6 - Robótica no ensino fundamental. Mostrar aos professores os ganhos obtidos quando ensinamos os jovens a entender o processo de automatização e onde pode ocorrer melhoria no ensino de outras disciplinas

Fonte: Wikiversidade

Universidade Federal Rural de Pernambuco

Período 2020.1

Disciplina: ROBÓTICA EDUCACIONAL

Professor: Abner Correa Barros

Aluno: Wedson Carlos Marinho Galindo – LC1


ATIVIDADE TEXTO 4

Robótica educacional: Perguntas abertas e novos desafios

Dimitris Alimisis alimisis@otenet.gr

Escola de Educação Pedagógica e Tecnológica, Patras, Grécia


Nos parece muito límpido, a importância educacional da robótica. Por “n” fatores, mas é importate destacar a possibilidade de engajamento e pertencimento dos alunos em várias áreas do conhecimento utilizando-se da robótica. Daí a necessidade urgente de uma reforma educacional que potencialize e reconheça a robótica educacional como propulsora dos aspectos pedagógicos, tecnológicos, econômicos, sociais e outros pilares do desenvolvimento.

Três abordagens diferentes para a Robótica Educacional são relatadas na literatura (Eguchi, 2010):

• Abordagem Curricular Baseada em Temas: as áreas curriculares são integradas em torno de um tema especial para a aprendizagem e estudadas principalmente por meio de inquérito e comunicação (por exemplo, Detsikas & Alimisis, 2011; Litinas &Alimisis, 2013)

• Abordagem baseada em projetos: os alunos trabalham em grupos para explorar problemas do mundo real; este é, por exemplo, o caso proposto na metodologia desenvolvida pelo projeto europeu TERECoP, Formação de Professores em Métodos Pedagógicos Construtivistas Aprimorados pela Robótica , www.terecop.eu)(Alimisis, 2009).

• Abordagem Orientada a Objetivos: as crianças competem em desafios em Torneios de Robótica que acontecem principalmente fora da escola, como a FIRST Lego League(http://www.firstlegoleague.org),RoboCupJunior(http://www.robocupjunior.org), Trophée de robotique na França (http://www.planete-sciences.org/robot),HYPERLINK "http://www.planete-sciences.org/robot)" Olimpíada Mundial de Robótica na Olimpíada Mundial de Robótica na Grécia (http://wrohellas.gr) e muito mais.

         As principais teorias por trás da Robótica Educacional são o construtivismo e o construcionismo. Piaget argumenta que a manipulação de artefatos é uma chave para as crianças construírem seus conhecimentos (Piaget, 1974). Papert acrescentou a ideia de que a construção do conhecimento acontece especialmente efetivamente em um contexto onde o estudante está conscientemente engajado na construção de um ente público, seja um castelo de areia na praia ou um artefato tecnológico (Papert, 1980). O papel dos educadores é oferecer oportunidades para que as crianças se envolvam em explorações práticas e forneçam ferramentas para que as crianças construam conhecimento no ambiente em sala de aula

Os desafios, para a robótica educacional apresentam-se, sempre desafiadores, assim como seu poder de sedução. A necessidade de implantação de políticas públicas educacionais que valorize a robótica está cada dia mais urgente e necessária de efetividade.

Embora os especialistas estejam otimistas com o desenvolvimento de oportunidades de aprendizagem aprimoradas pela tecnologia, o ceticismo prevalece em relação à capacidade dos sistemas e instituições formais de educação acompanharem as mudanças e se tornarem mais flexíveis e dinâmicos. Essas dificuldades não são irrelevantes para os achados das pesquisas atuais de atitudes dos alunos da escola em relação à Ciência e tecnologia (ver por exemplo: TISME, A Iniciativa Direcionada de Ciência e Educação Matemática 2012, http://tisme-scienceandmaths.org), que testemunham o declínio do interesse e engajamento nas áreas tecnológicas de estudo (Nourbakhsh et al., 2006).

Precisamos com engajamento e criatividade superar os desafios impostos, sobretudo, desafios econômicos, na sociedade contemporânea não se pode construir um pais forte sem o reconhecimento e atualização destes instrumentos.

Os obstáculos à implementação da robótica como parte do currículo escolar regular parecem ser a natureza demorada das atividades robóticas, o custo do equipamento necessário e o trabalho prático exigido dos professores para lidar com a bagunça resultante da aula e manter todas as peças no lugar certo em seus kits. O problema torna-se pior quando associado à percepção de que a robótica, da mesma forma com outros assuntos de ciência e tecnologia, é dura, altamente tendenciosa de gênero (apenas para meninos!) e não convida a maioria dos alunos (Blikstein, 2013).

Por fim, gostaria de concordar com o texto aqui trabalhado e enaltecer a necessidade de se criar uma rede de apoios a robótica educacional. Acredito que essa ação tem de ser urgente para consolidação de todo ambiente tecnológico dentro do sistema educacional.

A robótica tem muito potencial para oferecer na educação, porém, os benefícios na aprendizagem não são garantidos para os alunos apenas pela simples introdução da robótica em sala de aula, pois existem vários fatores que podem determinar o resultado; a tecnologia por si só não pode afetar as mentes. Robôs não são o ponto final para melhorar o aprendizado; a verdadeira questão fundamental não é o robô em si; em vez disso, é o currículo. Robôs são apenas mais uma ferramenta, e é o currículo que determinará o resultado do aprendizado e o alinhamento da tecnologia com teorias sólidas de aprendizagem.

É preciso assumirmos esse compromisso de coletividade em busca dessa construção colaborativa, para que no futuro bem próximo tenhamos frutos consubstanciado em todo o território nacional.