DC-UFRPE/Licenciatura Plena em Computação/AspectosHumanose Soc. naComputaçãoDC (60) EAD/O DANO SURGIDO NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

Fonte: Wikiversidade

Produção Textual[editar | editar código-fonte]

Esta a seguir foi uma produção de texto acerca do tema Sociedade da informação.

O Dano Surgido na Sociedade da Informação[editar | editar código-fonte]

Por: Cleyton José Rodrigues da Silva, 11/04/2021.

Após mais de aproximadamente vinte anos do que se considera a difusão da Sociedade da informação, também referenciada como a atual Era da Informação, um indivíduo com poucas dezenas de anos de vida pode refletir, e ponderar sobre o impacto que o acesso à aparentemente infinita quantidade de informação causou, e quais dentre os efeitos estabelecidos pelo avanço exponencial da tecnologia, que permeiam na vida em sociedade, se mostram como danos graves.

A possibilidade de comunicação virtual entre pessoas localizadas em pontos muito distantes na terra, com culturas e crenças diferentes, mas que podem compartilhar de um ou mais ideais em comum, através de simplórios clicks ou toques num sistema, torna, dessa maneira, incrivelmente próximas as culturas ao redor do globo. Produções em áreas da ciência como a medicina e inteligência artificial, podem, advindas de colaborações como esta, objetivar melhorar a vida dos indivíduos da sociedade. Como exemplo disso, temos, num momento em que se vive em uma pandemia mundial, instituições de pesquisa de países muito distantes fisicamente, colaborando para a produção, compartilhamento e conhecimento acerca das vacinas, um caso disso sendo visto na parceria entre o Instituto Butantan do Brasil e a farmacêutica chinesa Sinovac. Diante desta que foi citada e de mais uma miríade de facilidades para as atividades produtivas na vida em sociedade, possibilitadas pela extrema conectividade oriunda da globalização que se integra ao conceito da Sociedade da Informação, os benefícios decorrentes desta era de alta conectividade tornam-se de certa forma óbvios e tem importância intrínseca ao modo de viver daqueles que conseguem o acesso à rede mundial de computadores.

Certamente, não seriam apenas benefícios que seriam trazidos com a evolução da tecnologia atuante na sociedade, juntamente a toda a continuamente crescente volume de informações disponibilizadas e consumidas pelos indivíduos que vivem nela. Manuel Castells, sociólogo e precursor de destaque no estudo sobre a sociedade da informação, explica, há mais de vinte anos, que a existência da grande quantidade de informação não é um fator problemático, o que seria um fator preocupante é a capacidade do grande grupo de indivíduos na sociedade de conseguirem absorver essas informações, e isso ainda se aplica ao nosso presente. Além disso, Castells também explica na mesma época, que apesar da alta difusão das redes ao redor do mundo, a sociedade em rede não incluía a todos. Hoje, temos um mundo onde muitas mais pessoas estão incluídas no uso da internet, com o acesso a toda ou parte da informação existente nela. Entretanto, existem aqueles pertencentes a grupos que, por algum privilégio ou não, absorveram, dentre todas as informações na rede, o conhecimento de que há o potencial de direcionamento a, e enviesamento de ideias em indivíduos que tem uma visão mais simples ou talvez inocente do acesso das informações e do que a grande rede representa.

Segundo pesquisa realizada no Brasil pela Mobile Time e Opinion Box em junho de 2015, dentre 1268 entrevistados, 96% utilizava o WhatsApp método primário de comunicação, o que em um movimento recente, consequente significou que ele serve para lidar com negócios, relacionamentos, e compartilhamento de conhecimento no geral. Nele existem canais abertos a todos aqueles que conhecerem a sala (identificada pelo número de telefone) do indivíduo a que se deseja comunicar alguma informação. De certa maneira, o aplicativo tornou-se a porta de entrada para o acesso à rede de informação que a internet representa. Assim, com o potencial de compartilhamento massivo de informações que essas portas de comunicação virtuais representam, organizações ou indivíduos com objetivos específicos próprios, podem difundir conhecimento, e consequentemente narrativas que serão verdadeiras apenas se vistas diante do interesse almejado por sua criação. Tem-se, então, o grande potencial de manipulação ideológica daqueles que estiverem suscetíveis a tal.

Em eventos recentes, ligados à eleição presidencial nos E.U.A, as gigantes da tecnologia Facebook e Twitter anunciaram políticas que buscavam atenuar justamente a difusão de informações incorretas ou falsas, cuja intenção era de enviesar ou promover uma ideologia específica ligada ao acontecimento das eleições. Essa preocupação é apresentada também por outras iniciativas como o recente movimento “Todos pelas vacinas”, que visa o âmbito específico da vacinação contra o Covid-19. Desta forma, o movimento contra a difusão da desinformação, além de outros fatos envolvendo o mesmo problema, mostra o quão claro é o impacto causado pela facilitação da alta conectividade, o frenético poder de produção e compartilhamento de informações permitidos através das redes sociais, uma parte fortemente integrada à nossa atual era da informação.

Refências[editar | editar código-fonte]