Estatística para Medicina/Estudos Comparativos/Teste seu conhecimento sobre estudos do tipo Coorte, Caso-Controle e Ensaio Clínico Aleatorizado

Fonte: Wikiversidade

Classifique os estudos descritos nas notícias a seguir em caso-controle, coorte ou ensaio clínico aleatorizado:

1 Níveis altos de triglicerídeos seriam fortes indicadores de derrames (Jornal Saúde - 17/04/2009) Pesquisadores identificaram nos altos níveis de triglicerídeos de pessoas com problemas cardíacos mais um forte indicador de derrames cerebrais, mesmo quando o nível de colesterol desses pacientes é baixo. O estudo de Tanne vincula os triglicerídeos ao derrame isquêmico e a ataques isquêmicos passageiros, que são "miniderrames". Os derrames isquêmicos são a forma mais comum e ocorrem quando uma artéria alimentando o cérebro é bloqueada por um coágulo. Tanne e sua equipe estudaram os dados de 11.177 pacientes cardíacos, sem histórico de derrames, por até oito anos. Aqueles que tinham níveis altos de triglicerídeos - acima de 200mg por decilitro - corriam um risco 30 por cento maior de sofrer derrames.

caso-controle
coorte
ensaio clínico aleatorizado

2 Uso de estatinas previne a recorrência dos casos de AVC (Folha de São Paulo - 01/06/2009) O estudo, realizado por pesquisadores gregos, envolveu 794 pessoas que sofreram AVC isquêmico. Elas foram acompanhadas por dez anos, sem interferência dos pesquisadores. Nesse período, 112 sofreram um segundo AVC e 224 morreram. De acordo com a pesquisa, 16% dos pacientes que não tomavam estatinas tiveram outro evento cerebral no período, enquanto apenas 7% daqueles que usavam estatinas constantemente. Além disso, o estudo aponta que a extensão e a gravidade do AVC entre aqueles que tomavam estatinas foi menor do que os que não tomavam.

caso-controle
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ensaio clínico aleatorizado

3 Ômega-3 pode proteger pacientes com insuficiência cardíaca, diz estudo (The Lancet, 11/06/2008 – Folha de São Paulo, on-line) Uma cápsula diária de óleo de peixe, rica em ômega-3, pode reduzir a mortalidade e a admissão hospitalar de pacientes com insuficiência cardíaca, segundo estudo italiano publicado na revista científica The Lancet”. No estudo, quase 3,5 mil pacientes com insuficiência cardíaca crônica receberam uma cápsula diária com um grama de ômega-3, enquanto o mesmo número de participantes recebeu placebo. E os resultados indicaram que, no grupo que consumiu o nutriente, 27% morreram, contra 29% do outro grupo, representando uma redução de 9% no risco relativo do primeiro grupo. Além disso, os autores concluíram que essa prática seria eficaz na redução da mortalidade por qualquer causa e das admissões hospitalares por razões cardiovasculares.

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ensaio clínico aleatorizado

4 Atletas queimam mais calorias mesmo em repouso (BBC Brasil - 21/10/2008) Atletas que têm um bom preparo físico queimam mais calorias do que quem não faz exercícios regularmente mesmo quando estão descansando, segundo um estudo publicado pela revista acadêmica Proceedings of the National Academy of Sciences. Os pesquisadores compararam os níveis de oxidação e de síntese de ATP (trifosfato de adenosina, molécula responsável por armazenar energia nas células) nos músculos da panturrilha de corredores de longa distância e de pessoas sedentárias durante períodos em que os dois grupos estavam de repouso. O resultado é que, apesar de não produzirem mais energia nos momentos de descanso, os atletas queimam mais calorias. O experimento contou com a participação de oito voluntários que não fazem exercícios físicos regularmente e de sete atletas. A comparação foi feita levando em conta a idade, o peso e a altura dos participantes.

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ensaio clínico aleatorizado

5 Estudo liga risco de câncer hepático a hipotireoidismo (Folha de São Paulo - 22/05/2009) (...) O estudo foi realizado com base nas respostas a um questionário aplicado para 420 pacientes em tratamento contra o câncer no fígado e para um grupo controle, formado por 1.104 pessoas teoricamente sadias. Entre os pacientes com câncer entrevistados, 12% afirmaram ter hipotireoidismo e, no grupo controle, 8% relataram ter a doença. (...)

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6 Crianças criadas com cães e gatos têm menos alergia (Portal Terra - 27/08/2002) As crianças criadas com gatos e cachorros têm um risco menor de desenvolver alergias relacionadas aos animais, de acordo com um estudo que será publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA). "Simplesmente começamos a analisar nossos dados para ver se a exposição a gatos e cachorros realmente aumenta o risco, e a informação não foi a que esperávamos", afirmou o co-autor do estudo Dennis Ownby, chefe da seção de alergia e imunologia do Medical College da Georgia. Os cientistas compararam, durante um período de sete anos, 184 crianças expostas a no mínimo dois cachorros ou gatos com 220 crianças cujas famílias não tinham esses animais. Descobriram que 15,5% das crianças de famílias sem animais desenvolveram alergias aos gatos, contra 7,7% daquelas que tinham dois ou mais gatos e cachorros. O mesmo resultado aconteceu em relação às alergias derivadas do contato com os cachorros: 8,6% das crianças desenvolveram alergias em casas sem cachorros e gatos, contra apenas 2,6% do outro grupo. "A conclusão é que talvez parte da razão pela qual tenhamos crianças com alergias e asma é que vivemos uma vida muito limpa", declarou Ownby. "O que acontece quando as crianaçs brincam com gatos e cachorros? O animal os lambe. A saliva transfere muitas bactérias e isso poderia mudar a maneira de responder do sistema imunológico da criança, de modo a protegê-la das alergias", destacou.

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7 Adesivo contra "diarréia dos viajantes" é eficaz, afirmam cientistas Adesivos que substituem injeções também são eficientes na diminuição da incidência de diarréia, aponta uma pesquisa publicada pela revista "The Lancet". Os "patches" contêm toxinas da bactéria Escherichia coli enterotoxigênica (Etec), principal causadora da doença. Segundo o estudo, os viajantes imunizados com adesivos manifestam episódios mais curtos e menos graves da doença. (...) Os pesquisadores estudaram adultos saudáveis, com idades entre 18 e 64 anos, que viajariam ao México e à Guatemala e que tinham acesso a um centro de vacinação regional nos Estados Unidos. Os pacientes foram selecionados aleatoriamente para receberem, por meio de adesivos colocados antes da viagem, toxinas LT e placebo. Dos 201 pacientes avaliados, 178 receberam adesivos de um e de outro tipo, e 170 deles foram examinados. Os cientistas descobriram que 24 (22% do total) dos 111 participantes que receberam placebo tiveram diarréia e 11 (10%) sofreram a doença causada pela Etec. No grupo que recebeu o adesivo com a vacina de toxinas LT, nove (15%) dos 59 participantes tiveram diarréia, e apenas três (5%), a diarréia dos viajantes. (...)

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8 Vacinar gestante contra gripe reduz internação de bebê (Folha de S.Paulo - 07/12/2009) Bebês de mães que foram vacinadas durante a gestação contra o vírus influenza - causador da gripe - foram menos hospitalizados do que os demais ao longo do primeiro ano de vida, apontam resultados preliminares de um estudo ainda em andamento na Yale School of Medicine (EUA). Participaram da pesquisa crianças de zero a 12 meses que foram internadas em um hospital durante as temporadas de gripe de 2000 a 2009. Parte delas, ou 157 bebês, foi hospitalizada em consequência da gripe. Outros 230 não receberam esse diagnóstico e formaram o grupo controle. Os resultados revelaram que vacinar as mães durante a gestação preveniu 80% das hospitalizações por influenza de seus bebês ao longo do primeiro ano de vida e diminuiu em 89% as dos filhos com menos de seis meses - para os quais não há vacina aprovada nos Estados Unidos nem no Brasil. A gripe é uma das principais causas de doenças respiratórias graves em gestantes e de hospitalização em crianças.

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9 Tédio intenso pode ser sinal de risco de vida, diz estudo (Estado São Paulo on-line - 10/02/2010) É possível entediar-se até a morte? Em um comentário que será publicado em abril no International Journal of Epidemiology, especialistas afirmam que é possível que, quanto mais entediado você estiver, maior a sua chance de uma morte prematura. (...) Os pesquisadores (Annie Britton e Martin Shipley) analisaram questionários preenchidos entre 1985 e 1988 por mais de 7,5 mil funcionários públicos londrinos com idade entre 33 e 35 anos. Eles responderam se haviam se sentido entediados no trabalho no mês anterior. Britton e Shipley então rastrearam quantos desses funcionários haviam morrido até abril de 2009. Os que tinham informado sentirem-se muito entediados tinham 2,5 vezes mais chance de terem morrido de problemas cardíacos do que os que não haviam comunicado tédio. Mas quando os autores fizeram correções estatísticas para levar em conta fatores como atividade física, o efeito reduziu-se.

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10 Anticoncepcionais orais dificultam formação de massa muscular. (Estadão.com.br, 17 de abril de 2009.) Os anticoncepcionais orais dificultam o desenvolvimento de massa muscular, segundo um estudo realizado por cientistas americanos e publicado nesta sexta-feira, 17, por The American Physiological Society. Os pesquisadores das universidades americanas do Texas A&M e Pittsburgh submeteram 73 mulheres a um programa de 10 semanas de exercícios de resistência e comprovaram que as que não consumiam anticoncepcionais orais ganharam 60% mais de massa muscular que as que os tomavam.

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