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Wikinativa/Goitacases

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Laura C. Vieira Grupo: João, Laura, Douglas, Vinicius e Clayton

Os Goitacazes foram um grupo indígena, atualmente considerado extinto, que habitava no século XVI a região costeira entre o rio São Mateus, no estado brasileiro do Espírito Santo e a foz do rio Paraíba, no estado do Rio de Janeiro. "O índio Goitacaz é o senhor absoluto das terras no tempo da Capitania de São Thomé, depois do Paraíba do Sul", relato de Osório Peixoto em seu livro "500 anos dos Campos dos Goytacazes". "Goitacaz" quer dizer corredor, nadador ou caranguejo grande comedor de gentes. Fisicamente possuíam pele mais clara, eram mais altos e robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza".

Localização

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Os Goitacases, hoje, são um grupo indígena extinto que no século XVI habitavam a região costeira do Rio São Mateus e a foz do Rio Paraíba, localizados respectivamente no Espírito Santo e Rio de Janeiro. A cidade conhecida hoje como Campos dos Goytacazes - RJ está situada em uma região que representa apenas uma porção do extinto território Goitacá.

Coordenadas -21.812563275967708, -41.26752530688479

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Mapa interativo

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21.812563275967708° ' S 41.26752530688479º ' W

Os Goitacazes tinham cabelo longo, mas raspavam o cabelo do alto da cabeça, eram ótimos nadadores e moravam em ocas fixas, em palafitas sobre as águas.
Goitacás, significa para uns, nadadores e corredores, e para outros, grande comedor de gente. Os índios eram ferozes e rápidos, guerreavam com outras tribos, negociavam com os europeus e existe uma lenda que pegavam tubarão com o braço.
O que provocou a devastação dessa tribo, foi que os europeus pegavam roupas de pessoas com doenças, principalmente varíola, e colocavam na trilha dos índios, quando eles pegavam, ficavam doentes e morriam.
Comedores de gente, guerreiros ferozes e arredios. As características mais citadas para definir os índios goitacazes são também uma boa pista para entender por que se sabe tão pouco sobre essa tribo, de grandes caçadores e pescadores, que chegou ao litoral por volta do século II. A maioria dos relatos existentes foi feita com base em informações de segunda mão, muitas vezes fornecidas pelos tupis, seus inimigos, que cultivavam uma relação mais amistosa com os colonizadores e, portanto, eram melhor retratados por estes.

Os goitacazes tampouco se relacionavam ou faziam negócios com portugueses ou franceses que por essas bandas andavam.

Para esses nativos, todos eram inimigos. E inimigo, em sua língua, jê, significa "gente de comer" (tapouyest). Para conhecer melhor essa tribo, que ocupou o Rio de Janeiro de São Pedro da Aldeia até a fronteira com o Espírito Santo entre os séculos II e XVII, pesquisadores do Museu Nacional estão escavando sítios na Região dos Lagos. Sempre associados a Campos - não por acaso, dos Goitacazes - esses nativos ocuparam também a serra e o litoral fluminenses.

Não há registros 100% confiáveis sobre o idioma presente nos Goitacases, mas presume-se que o mesmo pertence à família linguística puri.

Cosmologia e Religiosidade

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O motivo que gerou a guerra entre os goitacases e os colonizadores foi a tentativa de convertê-los ao cristianismo, logo, eles não foram de forma alguma catequizados. Porém, seus costumes, mitos e cosmologias locais ainda precisam ser pesquisados mais a fundo.

Aspectos Culturais

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Medicina tradicional

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Nada foi encontrado momento que fale sobre a medicina tradicional da tribo dos Goitacases. Essa tribo foi extinta há muito tempo e há pouco material a respeito, porém como grande parte dos indígenas da época, é possível acreditar que eram conhecedores de ervas e plantas medicinais da região.

Literatura

O escritor brasileiro José de Alencar citou os índios goitacases em seu livro O Guarani, sendo esta, de certa forma, uma homenagem à tribo indígena (apesar do título do livro fazer referência aos guaranis). O romance conta a história de amor entre o índio Peri e a moça branca Ceci, tendo como cenário o Brasil do século XVII. Peri é o "bom selvagem", corajoso chefe da nação dos goitacás, que abandona seu povo para servir a sua senhora.

Campos dos Goytacazes

Outras homenagens aos Goitacases, além do livro O Guarani de José de Alencar é o nome da cidade deCampos dos Goytacazes, município do Rio de Janeiro, que compreende uma faixa do antigo território da tribo Goitacá, o nome de um dos principais times de futebol da cidade, o Goytacaz Futebol Clube, fundado em 1912 e no início da década de 90, foi inaugurado na cidade de Campos dos Goytacazes um monumento que retratava através de uma estátua o índio Goitacá construida através de uma mistura de espuma, uma camada fina de fibra de vidro e uma pintura que imita concreto.

Porém com o passar do tempo e o descaso com o cuidado da mesma, a então já frágil estrutura teve que ser retirada no ano de 2006, com a alegação do então prefeito em exercício Roberto Henriques, de que havia recebido um laudo da Defesa Civil do município que informava que a estátua do índio representava perigo à população,com um risco eminente de desabamento e precisava ser retirado de onde estava. O próprio prefeito em entrevista ao G1 afirma que "na época houve um desprezo histórico", algo lamentável em se tratar de um patrimônio da população.

Atualmente o governo de Campos dos Goytacazes, tem a ideia de que uma nova imagem seja colocada no local, com um material mais resistente, como pedra ou bronze.

Situação territorial

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Com a extinção da tribo Goitacá, a área que atualmente compreende a sua antiga faixa territorial foi totalmente urbanizada.

http://www.encontro2010.rj.anpuh.org/resources/anais/8/1276739775_ARQUIVO_trabalhoanpuh.pdf
http://fabianoseixas.blogspot.com.br/2008/04/dia-do-ndio-tribo-goytacazes.html
http://fotolog.terra.com.br/indiogoitaca301
http://pib.socioambiental.org/c/noticias?id=46102
http://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_dos_Goytacazes
http://camposfotos.blogspot.com.br/2011/11/indio-goitaca-campos-dos-goytacazes-rj.html http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/noticia/2013/05/abandonada-ha-7-anos-estatua-de-indio-em-campos-rj-sera-destruida.html

ALENCAR, J. O guarani. Adaptação de André Carvalho. Clássicos da Juventude. Volume 12. Belo Horizonte. Editora Itatiaia. 1964. 185p.

Referências externas

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