Wikinativa/Seleção de conteúdo para discutir Políticas Públicas e relativismo cultural no contexto indígena

1. Introdução: Contextualizando o debate

Objetivo da apresentação.
Importância do tema no Brasil
Pergunta-chave: “Como tornar as políticas públicas para povos indígenas efetivas?”

2. O que é Eurocentrismo? Conceitos e críticas

Definição: visão de mundo que coloca a Europa como centro da história, civilização e progresso.
Exemplos históricos: colonização, “missão civilizatória”, branqueamento, ideia de "modernidade.
Críticas contemporâneas
Influências do eurocentrismo nas instituições, universidades e Estado

3. Relativismo Cultural: conceito e ressavas

O que é relativismo cultural?
Diferença entre respeito às diferenças e neutralidade moral
Críticas ao relativismo como justifica para violações de direitos

4. Como o eurocentrismo afeta políticas públicas aos indígenas

Exemplos práticos:
- Políticas de saúde: oposição aos saberes tradicionais.
- Programas de combate à fome e nutrição indígena
- Políticas de Moradia
- Concepção ocidental de propriedade vs. territorialidade indígena coletiva e espiritual.
- “Integração” como eufemismo para assimilação.
O papel do Estado: entre tutela, negligência e violência institucional.

5. Casos brasileiros atuais: desafios e resistências

Marco Temporal: ameaça as terras indígenas
Desmonte de órgãos como a Funai
A importância da consulta prévia, livre e informada (Convenção 169 da OIT).

6. Políticas públicas efetivas para a população indígena

"Descolonizar" políticas públicas?
Interculturalidade crítica
Educação bilíngue, justiça comunitária, gestão territorial indígena
Papel da academia e da sociedade

7. Encerramento + Perguntas e debate

Material de apoio

Meneses, Paulo. Etnocentrismo e relativismo cultural: algumas reflexões. Revista Symposium. Ano 3 • Número Especial • dezembro, 99

Bibliografia complementar

ACOSTA, Alberto O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundoss / Alberto Acosta; São Paulo: Autonomia Literária, Elefante, 2016. 264 p.

Plurinacionalidad y Vivir Bien/Buen Vivir (Especialmente Capítulo 2 "El concepto de Vivir Bien/Buen Vivir"). Disponível também na Biblioteca da EACH.

Apresentação de Letícia Men - Buen Vivir e Nhanderekó

Ferreira, Carlos H; Machado, Jorge (Organizador) Resistência Guarani: Uma Vivência na Aldeia Rio Silveiras. Tendenz: São Paulo, 2016.

LIMA, MS Lacerda; SOUZA Estella Libardi. Religião e Cosmologia: fundamentos do Direito Guarani.

MACHADO, Jorge. Reflexões sobre o Tempo Social. Revista Temática Kairós Gerontologia, 15 (6).

TAYLOR, C. "Uma política de reconhecimento" em TAYLOR, C. (org) Multiculturalismo . São Paulo: Loyola, 1998, pp. 244-251

WOODWARD, Kathryn. "Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual". Em: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença. Uma perspectiva dos estudos culturais . Petrópolis: Vozes, 2000, pp.7-25.

Cosmologia Guarani. Um discurso próprio e intransferível.

Pierre Clastres "A sociedade contra o Estado" (1973).

ALBERT, Bruce; KOPENAWA, Davi. *A queda do céu: palavras de um xamã yanomami*. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. *Políticas indigenistas no Brasil: passado e presente*. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2019.

BOAS, Franz. *Antropologia Cultural*. São Paulo: Ática, 1977.

Conselho Indigenista Missionário (CIMI). *Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil*. 2024. Disponível em: https://cimi.org.br/relatorio-violencia/.

Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas e Tribais. Disponível em: https://www.ilo.org/dyn/normlex/en/f?p=NORMLEXPUB:12100:0::NO::P12100_ILO_CODE:C169.

DUSSEL, Enrique. *1492: o encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade*. Petrópolis: Vozes, 1993.

GEERTZ, Clifford. *A interpretação das culturas*. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

KRENAK, Ailton. *Ideias para adiar o fim do mundo*. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. — *A vida não é útil*. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

LANGDON, Esther Jean; CARDOSO DE OLIVEIRA, João (Orgs.). *Saúde dos povos indígenas: reflexões sobre antropologia participativa*. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002. Disponível em: https://www.fiocruz.br/ioc/media/saude_dos_povos_indigenas.pdf.

MIGNOLO, Walter. *Histórias locais, projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento fronteiriço*. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. — *A opção decolonial*. Disponível em: https://journals.openedition.org/eps/588.

NUSSBAUM, Martha. *Fronteiras da Justiça: deficiência, nacionalidade, pertencimento à espécie*. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.

QUIJANO, Aníbal. *Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina*. In: LANDER, Edgardo (Org.). *A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas*. Buenos Aires: CLACSO, 2005. Disponível em: https://www.clacso.org.ar/libreria-latinoamericana/.

WALSH, Catherine. *Interculturalidad crítica y educación intercultural*. In: *Interculturalidad, conocimientos y decolonialidad*. Signo y Pensamiento, v. 28, n. 54, 2009. Disponível em: https://revistas.javeriana.edu.co/index.php/signoypensamiento.