7. Comércio Internacional
O capítulo 7 será o último capítulo de análise do modelo procura-oferta. Após termos analisado a elasticidade, os efeitos de price ceiling ou price floor, a questão da tributação,... analisamos agora o que acontece no modelo quando se decide a abertura ao comércio internacional. não é a primeira vez que falamos sobre isto. Fizémos a mesma análise com o modelo da Fronteira de Possibilidades de Produção e concluímos que a abertura ao comércio é algo positivo. Agora, com base neste modelo vamos fazer uma análise mais cuidadosa das consequências, positivas e negativas, da abertura ao comércio internacional. Ananlisaremos também duas formas de controlo que o Estado utiliza para minimizar as consequências para alguns agentes económicos. De modo geral estes mecanismos de controlo reduzem a eficiência do mercado mas são utilizados por uma questão de redistribuição e justiça social. À semelhança do que analisámos nos capítulos anteriores trata-se de novo de um trade-off.
TEORIA
[editar | editar código-fonte]Abertura ao Comércio internacional
[editar | editar código-fonte]Como no modelo da fronteira de possibilidades de produção, a abertura ao comércio internacional faz com que os produtos sejam vendidos ao preço internacional. Ou seja não interessa os preços domésticos (dos consumidores e dos produtores). A partir do momento em que se abre a economia ao comércio internacional o preço praticado será indiscutivelmente o preço internacional (Pi). Se o preço original fosse superior ao preço internacional os produtores não conseguiriam vender nada pois os consumidores iriam adquirir ao preço Pi os produtos. Da mesma forma se o preço original fosse inferior ao internacional os consumidores não conseguiriam comprar nada no mercado interno pois os produtos seriam vendidos para o exterior.
O primeiro gráfico ilustra o caso em que o preço internacional é definido acima do preço de equilíbrio. Neste situação, como o preço praticado será mais elevado, os consumidores irão consumir menos que a quantidade inicial. Temos por isso no mercado interno a venda e o consumo de Qd unidades. Contudo a um preço mais elevado os produtores estão dispostos a colocar mais produto à venda (Qs). Temos por isso uma diferença entre Qd e Qs. Em autarcia (economia fechada) teríamos uma sitaução em que iria existir um excesso de oferta. Seria um desperdício de recursos e o preço deveria baixar. Porém como existe a hipótese do comércio internacional tal situação não acontece pois o excesso de oferta é escoado e vendido no estrangeiro. Assim, o excedente produzido (Qs-Qd) serão as exportações, o que permite aos produtores venderem para o exterior toda a quantidade que sobra! Não existe assim nenhum desperdício de recursos e, apesar dos consumidores comprarem menos face à situação inicial, os produtores poderão vender mais unidades a um preço maior o que permitirá um ganho de eficiência económica no mercado pois o excedente social írá aumentar!
O segundo gráfico representa um caso semelhante. Neste caso o preço internacional encontra-se abaixo do preço de equilíbrio. Como o preço praticado será mais baixo, os consumidores vão consumir mais que a quantidade inicial. Temos por isso no mercado interno o desejo de consumir Qd unidades. Contudo a um preço mais baixo os produtores estão dispostos a colocar menos produto à venda (Qs). Temos por isso uma diferença entre Qd e Qs. Em autarcia (economia fechada) teríamos uma sitaução em que iria existir um excesso de procura e não teríamos produto suficiente para todos se o preço não descesse. Porém como existe a hipótese do comércio internacional tal situação não acontece pois o excesso de procura é corrigido por compras ao estrangeiro. Assim, a quantidade de unidades em falta (Qd-Qs) serão as importações do mercado, o que permite aos consumidores consumirem mais do que aquilo que existe à venda dentro do mercado. Não existe assim nenhum desperdício de recursos e, apesar dos produtores venderem menos face à situação inicial, os consumidores poderão comprar mais unidades a um preço menor o que permitirá um ganho de eficiência económica no mercado pois o excedente social írá aumentar! Teremos por isso o ponto de produção interna em Qs (unidades que os produtores nacionais vendem), um ponto de consumo em Qd (quantidade consumida), sendo que a sua diferença corresponderá às importações feitas ao exterior.
A diferença é que, apesar da definição de um preço, o excedente social aumenta pois aumentam as possibilidades de consumo/ venda com o exterior. Parte-se do princípio que a economia é proce-taker (não influencia o preço do mercado mundial). Desta forma o preço definido é uma limitação mas será também uma oportunidade para um dos agentes económicos. Como a limitação causada a um grupo é menor que a oportunidade para o outro grupo, o excedente social auumenta como veremos de seguida.
Análise de Bem estar
[editar | editar código-fonte]A abertura ao comércio internacional resulta sempre num aumento do excedente social. Isto acontece pois se P>Pi, o excedente dos consumidores aumenta mais do que a perda que existe no excedente dos produtores. Se Pi>P, então seria o oposto, o excedente dos produtores aumentaria mais do que a redução do excedente dos consumidores. Contudo, e apesar das perdas existentes em ambas as situações, o balanço final é positivo e o excedente social efectivamente aumenta! Contudo por vezes as perdas dos produtores/consumidores são tão elevadas que apesar de Xs aumentar e o mercado tornar-se mais eficiente, o Estado interfere no mercado de modo a mitigar as perdas existentes de alguns agentes no mercado. Vamos analisar esses mecanismos já a seguir.
Controlo do Comércio Internacional
[editar | editar código-fonte]Tarifas
[editar | editar código-fonte]Quotas
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EXERCÍCIOS
[editar | editar código-fonte]Em breve serão disponibilizados exercícios.