Ciência Aberta 2015/Experiências
Os relatos de experiências introduzirão os participantes aos sucessos e dificuldades de pesquisadores que tem adotado práticas abertas no seu trabalho.
Elas devem ser apresentações breves, com duração de 15 minutos, e categorizados em uma das tendências de abertura:
- Publicações abertas (periódicos, livros)
- Dados abertos (científicos ou de valor acadêmico)
- Instrumentos abertos (software, hardware, designs)
- Materiais abertos (moléculas, objetos, espécimes)
- Pesquisa aberta (cadernos abertos, colaboração massiva)
- Ciência cidadã (pesquisas participativas, blogs científicos, hackerspaces)
- Educação aberta (metodologias ativas, recursos abertos, escolas democráticas)
- Avaliação e reconhecimento para práticas abertas (peer-review, badges, altmetrics)
Experiências de treinamento, ética ou políticas institucionais para práticas abertas são bem vindas.
As apresentações selecionadas serão alocadas pela organização ao longo dos dias 27 e 28 de novembro, no auditório onde ocorrerá o seminário.
Deverão então apresentar um documento relatando a experiência, opcionalmente com recursos multimídia, que será incluído num livro do evento.
Os relatos serão publicados em formatos abertos sob a licença Creative Commons Atribuição.
Data limite para inclusão de propostas: 15 20 de setembro
Para propôr uma apresentação, crie uma conta na Wikiversidade e edite esta página, salvando uma nova seção abaixo que contenha:
- Proponente, afiliação e contato
- Descrição da proposta
- Tendência mais relevante (escolher dentro da lista anterior)
- Se requer custeio de viagem
Propostas
[editar | editar código-fonte]Experiência exemplo
[editar | editar código-fonte]Proponente: Merlin
Afiliação: Camelot
Contato: <merlin@wizards.ct>
Descrição: ---isto é um exemplo---
Tendência: Instrumentos abertos
A Experiência de um Evento entre a Sabedoria Coletiva e o Conhecimento Científico
[editar | editar código-fonte]Proponente: Nilton Bahlis dos Santos, Alessandra dos Santos, Antonio Cordeiro, Maria João Spilker, Mercia Maria Santos, Nathielly de Souza Campos, Rodrigo Vieira Ribeiro Afiliação: Next/Fiocruz
Contato: <niltonbdossantos [arroba] gmail.com>
Descrição: Esse trabalho apresenta uma reflexão sobre um Congresso Virtual, a “I Conexão Internacional de Saúde e (Ciber) Cultura”, uma experiência de Educação em Rede de organização de um evento na fronteira entre a sabedoria coletiva e o conhecimento científico. O evento foi, realizado na Internet e organizado pelo Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Brasil. Enquanto a “Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde”, foi organizada em modo presencial, no período de 3 a 5 dezembro de 2012, as atividades na Internet ocorreram no período de 8 de novembro a 21 de dezembro de 2012. No âmbito das atividades desenvolvidas online, foi organizado uma mesa redonda, ou e-Mesa, que foi filmada através de uma sessão do Google Hangout, e transmitida via Youtube. Participaram desta e-Mesa, de título “práticas e ações culturais nas redes”, pesquisadores da Espanha, Portugal e do Brasil.
Tendência: Educação aberta, Ciência cidadã, Instrumentos abertos
Custeio de viagem: Sim, uma pessoa desde Rio de Janeiro.
#DroneHackademy: laboratorio de ciencia ciudadana para el uso de UAVs como tecnología social
[editar | editar código-fonte]Proponente: Pablo de Soto
Afiliação: PPGCOM ECO UFRJ
Contato: <pablodesoto [arroba] gmail.com>
Descrição: #DroneHackademy es un prototipo de escuela hacktivista, laboratorio de ciencia ciudadana y de producción de teoría crítica para el uso de vehículos aéreos no tripulados (UAVs) como tecnología social. Como tecnologia social nos referimos a un uso ético vinculado a la defensa de los bienes comunes y los derechos humanos. Es fruto de la colaboración entre Lot Amorós (Barcelona), ingeniero informático y artista multidisciplinar; y Pablo de Soto (Rio de Janeiro), arquitecto e investigador.
Influenciada por pensadores como Donna Haraway o Antonio Lafuente, #DroneHackademy se desenvuelve creando comunidades de aprendizaje y de intercambio de saberes situados. Los participantes son elegidos a través de una llamada pública con el objetivo hacer converger propositivamente personas de orígenes y destrezas diferentes: cineastas, media-activistas, artistas, arquitectos, investigadores, hackers, ingenieros, geógrafos, desarrolladores de software, biólogos, etc. La llamada privilegía la selección de responsables de colectivos de áreas periféricas y de menos recursos o acceso material a esta tecnología disruptiva.
Como proyecto de educación abierta, #DroneHackademy combina contenidos teóricos y prácticos. En la parte teórica los participantes son introducidos a una genealogía del espacio aéreo radical y a nociones sobre como y por que protegerse de los vehículos aéreos no tripulados. En la parte práctica los participantes toman las primeras clases de simulador y vuelo real con UAVs, y aprenden a construir FLONE (the flying phone), creado por Lot Amorós. FLONE es un quadricóptero de fabricación digital, de hardware y software libre, que se pilota desde el teléfono celular a través de un aplicativo de código abierto programado en Processing.
La primera edición de #DroneHackademy aconteció en junio de 2015 en la Escuela de Comunicación del campus de Praia Vermelha de la Universidad Federal de Rio de Janeiro, en colaboración con el MediaLab.UFRJ y la Red Latino-americana de pesquisa em Vigilância, Tecnologia e Sociedade, en el contexto del proyecto Rede LAVITS: interseções entre pesquisa, ação e tecnologia. Contó con diez participantes de entre 19 y 46 años de edad y de diferentes ciudades de Brasil y áreas geográficas de Rio de Janeiro, entre las cuales Maré, Duque de Caxias, Pavuna. En un periodo de cinco días fueron construidos desde cero dos FLONES, uno de ellos con board Arducopter, una plataforma para UAVs de código abierto creada por la comunidad de drones do it yourself basada en la plataforma Arduino. Colaborando con los movimientos sociales, la acción urbana inaugural de #DroneHackademy en Rio de Janeiro consistió en la realización de la cartografia aérea de la Vila Autódromo.
Tendência: Educação aberta, Ciência cidadã, Instrumentos abertos
Custeio de viagem: Sim, uma pessoa desde Rio de Janeiro.
Cartografia Aérea da Vila Autódromo
[editar | editar código-fonte]Proponente: Pablo de Soto
Afiliação: PPGCOM ECO UFRJ
Contato: <pablodesoto [arroba] gmail.com>
Descrição: A cartografia aérea da Vila Autódromo foi composta a partir de 20 fotografias selecionadas dentre 1238 que foram tiradas com uma Câmera GoPro Hero 4 Black montada num drone DJI Phantom voando a uma altitude de 200 a 300 metros entre 9 e 11 horas da manhã de 15 de agosto de 2015. Com um tamanho de 12000 x 10000 pixels, a imagem producida oferece uma resolução varias veces maior que a atual fotografia aérea oferecida por o servicio de Google Maps (https://www.google.com.br/maps/place/Vila+Aut%C3%B3dromo/@-22.9740901,-43.4027553,917m/data=!3m1!1e3!4m2!3m1!1s0x9bdbf743f4ddc5:0x1d79b1b1e7ac0d79!6m1!1e1?hl=es) .
A cartografia é uma iniciativa da #DroneHackademy e foi realizada por Pablo de Soto, Douglas Monteiro e Marlus Araujo em parceria com o MediaLab.UFRJ em colaboração com moradores da comunidade. A cartografia foi composta com o software livre online Mapknitter (http://publiclab.org/wiki/mapknitter) de Public Lab, uma organização e rede aberta de ciência cidadã.
A Vila Autódromo é uma comunidade autoconstruída e auto-urbanizada, oriunda de uma vila de pescadores que existe na beira da Lagoa de Jacarepaguá há mais de 60 anos. Desde a década de 90 está sendo ameaçada de remoção pela Prefeitura do Rio, sob os mais diversos motivos apresentados. No entanto, sua história de resistência é histórica e simbólica, pelo direito à cidade e à moradia. Atualmente se encontra ao lado de onde vem sendo construído o Parque Olímpico, um empreendimento oriundo de uma parceria entre a Prefeitura e três da maiores empreiteiras do Brasil (Carvalho Hosken, Odebrecht e Andrade Gutierrez). Na chamada Barra Olímpica, maior área de expansão do Mercado imobiliário da cidade.
Num ato publico realizado no dia 12 de setembro de 2015 na Vila Autódromo, a cartografia foi entrega a comunidade, com o objetivo de explorar as posibilidades de uso da fotografia aérea nos processos de advocacia popular e defesa dos direitos de moradia e direito a cidade da comunidade local.
http://medialabufrj.net/download/vila-autodromo-cartografia-dronehackademy.jpg
Tendência: Ciência cidadã e Instrumentos abertos
Custeio de viagem: Sim, uma pessoa desde Rio de Janeiro.
Iniciativa wiki do NeuroMat
[editar | editar código-fonte]Proponente: João Alexandre Peschanski
Afiliação: CEPID NeuroMat (FAPESP/USP)
Contato: <neuromat@numec.prp.usp.br>
Descrição: O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática (NeuroMat), financiado pela FAPESP para desenvolver a teoria matemática do cérebro, aposta nas tecnologias mantidas pela Fundação Wikimedia para difundir o conhecimento em torno de sua pesquisa. Isso envolve contribuições em várias tecnologias, como a Wikipédia, o Wikimedia Commons, o Wikinotícias e o Wikcionário. A neuromatemática é uma disciplina em formação e, desde o momento zero, os canais abertos que a comunicação wiki permite têm contribuído para avançar na concepção dessa disciplina e contribuir de maneira efetiva para melhorar a qualidade da ciência desenvolvida no CEPID NeuroMat.
Tendência: Wiki-ciência
Blogs e vlogs científicos no Brasil: em que pé estão?
[editar | editar código-fonte]Proponente: Rafael Bento
Afiliação: Scienceblogs Brasil / NuminaLabs
Contato: <rafael@scienceblogs.com.br>
Descrição: Enquanto os grandes canais e jornais fecham suas editorias de ciência, o interesse por esse assunto só cresce. Blogs e canais de vídeos científicos no Brasil são feitos na sua maioria por amadores em comunicação que simplesmente gostam, vão lá e fazem. Mas por que temos tão poucos deses canais abertos? Quem são esses conteudistas? Dá para viver deste conteúdo? Estar em uma rede e ter uma chancela, são coisas necessárias nessa área científica? Como estimular novos conteudistas?
Tendência: Ciência cidadã (blogs científicos)
Cultura digital, tecnologia e ciência aberta - Estudando Engenharia
[editar | editar código-fonte]Proponente: Jan Luc Santos Tavares
Afiliação: Centro de Tecnologia Acadêmica - Instituto de Física/UFRGS
Contato: jan.luc [arroba] ufrgs.br
Descrição: Nos últimos anos, temos observado o surgimento de máquinas e processos que dispensam uma infraestrutura industrial complexa, como as impressoras 3D. Além disso, já vivemos tempos nos quais o fluxo de informação é dinâmico e seu armazenamento, abundante. A existência dessas tecnologias proporcionou a expressão e manifestação de uma forma de ver o mundo bastante diferente daquela existente na primeira metade do século passado, culminando na emergência de uma cultura digital.
As comunidades pertencentes a essa cultura digital acabam se deparando com paradigmas consolidados, muitas vezes com suas ideias entrando em conflito com tais paradigmas. Por séculos as publicações científicas e heranças culturais foram reunidas, armazenadas e publicadas por entidades centralizadoras, pois isso se fazia necessário. Atualmente observamos uma tendência ao rompimento dos velhos paradigmas em muitas áreas. A manifestação disso é o que vemos com o surgimento da cultura livre expressa através do software livre, do Creative Commons, do Arduino, da Rep Rap e até do Popcorn Time.
Nesse contexto, o trabalho que o Centro de Tecnologia Acadêmica vem desenvolvendo integra várias ferramentas físicas e digitais, de forma a desenvolver uma infraestrutura para a expansão do conhecimento e sua aplicação em projetos que possibilitam e facilitam a colaboração, a educação e a pesquisa científica aberta. Em projetos nesses moldes, documenta-se, se ensina, aprende-se com os colegas de trabalho e gerenciam-se projetos, tudo isso com uma perspectiva completa das ferramentas, processos e conhecimentos desenvolvidos no projeto. Essa experiência tem impacto positivo na formação de um engenheiro, desenvolvendo habilidades diversas tanto no uso das ferramentas de colaboratividade e gerenciamento de projetos, quanto na conscientização das novas realidades sociais.
Tendência: Ciência cidadã e instrumentos abertos
Estações Meteorológicas de Código Aberto: Conhecimento Aberto para Educação em Ciências e Monitoramento Climático e Ambiental
[editar | editar código-fonte]Proponente: Renan Bohrer da Silva
Afiliação: Centro de Tecnologia Acadêmica - Instituto de Física/UFRGS
Contato: <renan.silva@ufrgs.br>
Descrição: Os registros das variáveis climáticas costumam ser realizados por estações meteorológicas institucionais, adequadas para estimar o estado meteorológico do local onde estão localizadas, distribuídas em redes de larga escala, mas – por estarem esparsamente distribuídas e/ou não se comunicarem – incapazes de registrar gradientes meteorológicos dentro da própria cidade ou região, permanecendo cegas para microclimas específicos que compõem o mosaico urbano. Algumas vezes seus registros são feitos de forma isolada, sem que haja disponibilização sistemática das medições.
O projeto Estações Meteorológicas Modulares, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia Acadêmica (CTA) do Instituto de Física da UFRGS, visa melhorar esse cenário a partir do desenvolvimento de estações meteorológicas modulares de código aberto e baixo custo para formar uma rede cidadã de coleta, registro, armazenamento e compartilhamento de dados meteorológicos e ambientais em microclimas, explorando também o potencial educacional desta situação.
Na perspectiva educacional, estes dispositivos meteorológicos podem ser explorados desde o ensino básico até o superior. No ensino básico, podem ser usados para atividades de introdução às ciências através de medições, da elaboração e interpretação de gráficos, de noções de termodinâmica e climatologia, da aquisição, gerenciamento e compartilhamento de dados científicos. No ensino superior, podem ser o próprio objeto de estudos em cursos que se aprofundam em instrumentação mecânica, digital e científica.
Aqui, será focado o processo de interação de alunos dos ensinos básico e superior no desenvolvimento do projeto, e como esse desenvolvimento serve como uma porta de entrada para a cultura do conhecimento aberto.
Tendência: Instrumentos abertos
Ciência Aberta e Desenvolvimento Local em Ubatuba
[editar | editar código-fonte]Proponente: Henrique Z.M. Parra, Sarita Albagli, Maria Lúcia Maciel, Felipe Fonseca e Alexandre Abdo
Afiliação: Universidade Federal de São Paulo e IBICT
Contato: <opensocialsciences@gmail.com>
Descrição: Nesta atividade apresentaremos a experiência que estamos desenvolvendo no âmbito do projeto Ciência Aberta Ubatuba, coordenado pelo IBICT e apoiado pelo IDRC/OCSDNet e CNPq. Ao expor o percurso da pesquisa e das ações de intervenção em curso daremos destaque aos desafios relacionados à utilização de tecnologias digitais livres e aos modos de participação e colaboração no projeto. A iniciativa toca diferentes aspectos da "ciência aberta" e sua forma de implementação nos desafia a construir soluções tecnológicas e metodológicas adequadas ao contexto local, orientadas pelos princípio da abertura e que possam impactar de maneira positiva nas dinâmicas de desenvolvimento local. Combina-se, portanto, tanto a adoção como a difusão de práticas de dados abertas, instrumentos abertos para pesquisa socioambiental, formas de engajamento social na pesquisa, inspirada na ciência cidadã, e também uma proposta de documentação aberta de todo o percurso investigativo.
Tendência: pesquisa aberta, instrumentos abertos, dados abertos, ciência cidadã
Bancos de dados científicos abertos: um estudo de caso na Neurociência
[editar | editar código-fonte]Proponente: Kelly Rosa Braghetto
Afiliação: DCC-IME-USP e CEPID NeuroMat
Contato: <kellyrb@ime.usp.br>
Descrição: Uma grande parte do processo de descoberta científica na atualidade se dá por meio da análise computacional de dados digitais coletados ou gerados em experimentos científicos. Nesse cenário, dados científicos abertos exercem um papel fundamental, por possibilitarem uma ciência de melhor qualidade (reprodutível) e de maior impacto. A criação de bancos de dados científicos abertos envolve vários desafios. Em muitos domínios do conhecimento, ainda não há formatos padronizados para a representação digital que possibilitem um armazenamento físico eficiente e seguro dos dados e que sejam, ao mesmo tempo, de fácil adoção para os cientistas. E para que dados abertos possam ser compreendidos e reusados, eles precisam estar acompanhados de informações sobre a sua proveniência e estrutura. Assim, a curadoria de dados científicos abertos depende de diferentes tipos de recursos computacionais (como repositórios de dados online e ferramentas de software livre) para auxiliar os cientistas na coleta e geração de dados de qualidade e na sua manutenção a longo prazo. O Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) em Neuromatemática (NeuroMat), financiado pela FAPESP, desenvolve diversas iniciativas de apoio à Ciência Aberta e que têm como objetivo mais específico amparar progressos na compreensão do funcionamento cerebral e no tratamento de doenças neurológicas. Neste relato, serão destacadas duas dessas iniciativas no domínio de dados de experimentos de neurociência: o desenvolvimento do software livre Neuroscience Experiments Systems e do bancos de dados aberto do Instituto de Neurologia Deolindo Couto (INDC) da UFRJ.
Tendência: Dados científicos abertos
Relatórios de pesquisa multimídia e interativos: como fazer?
[editar | editar código-fonte]Proponente: Bruno Paschoal e Caio Werneck
Afiliação: Onda Politica
Contato: <info@ondapolitica.org>
Descrição: Durante os últimos 12 meses, estamos transformando uma dissertação de mestrado em políticas públicas em uma narrativa multimídia e interativa, com o intuito de explorar diferentes formas de compartilhar a totalidade de dados coletados pelos pesquisadores e atingir um público mais amplo do que apenas acadêmicos.
A pesquisa "Promovendo a sustentabilidade na reforma agrária brasileira: lições de ecovilas e assentamentos" foi desenhada e conduzida dentro do programa de mestrado da Hertie School of Governance em Berlim. Desde o início, essa pesquisa qualitativa foi pensada para resultar em algo além de um texto em PDF. Nossa ideia foi coletar, processar e analisar os dados - objetos de pesquisa - de modo a permitir sua posterior publicação na internet, além de usá-los para produzir uma narrativa multimídia e personalizável de acordo com os interesses e necessidades dos potenciais leitores (gestores públicos, jornalistas, ativistas, entre outros). Dentre esses objetos, destacamos as gravações integrais em vídeo de todas as 39 entrevistas, com suas respectivas transcrições; fotos, vídeos e sketches de cada um dos 12 casos estudados; referências bibliográficas, documentais e websites coletados durante a pesquisa.
Estamos utilizando essa pesquisa como um protótipo para desenhar e testar diferentes maneiras de abrir os dados de uma pesquisa empírica qualitativa. Com esse foco, esperamos contribuir com o avanço de debates e práticas em consonância com o movimento de ciência aberta, mas ainda pouco exploradas. Apesar de trazer particularidades de pesquisas em políticas públicas, nosso relato explora ferramentas e procedimentos que outros pesquisadores qualitativos também poderiam utilizar para abrir os dados de suas próprias pesquisas.
A pesquisa já teve sua narrativa principal finalizada. Estamos, no momento, na fase final de edição do texto multimídia e interativo usando a plataforma Atavist. A primeira versão deverá ser publicada até o final de outubro.
Tendência: Publicações abertas, dados abertos e materiais abertos.
Custeio de viagem: Sim, uma pessoa desde Belo Horizonte.