Educação na Web
Página criada e mantida por Atila Iamarino e Sônia Lopes. Atualmente vinculada à Disciplina BIZ-0444 Internet no Ensino de Ciências e Biologia, uma optativa livre do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo.
Uma wiki para compilar recursos para ensino de ciências e alfabetização científica usando ferramentas de Web, a ser construída junto da disciplina de ensino de ciências e internet, com foco em mídias sociais e ferramentas familiares aos alunos, ao invés de plataformas de ensino (AVA - Ambientes Virtuais de Aprendizagem).
Seja bem-vindo a contribuir com ideias, referências, links, ferramentas e o que mais achar relevante!
Turmas
[editar | editar código-fonte]Dezembro de 2015 - Desmistificando boatos sobre Zika
Aulas
[editar | editar código-fonte]Aula 1 - A dinâmica de redes sociais
[editar | editar código-fonte]Clay Shirky - O sobressalente cognitivo [vídeo]
Essena O'Neill sai do Instagram - Notícia em inglês - Vídeo duplicado [o original foi apagado]
"Musa fitness" dá uma terrível recomendação para seguidoras
Aula 2 - Como usar redes sociais
[editar | editar código-fonte]Consumo de ciência em novas mídias - Artigo na PNAS [Bibliografia de aulas 1]
Aprendendo a correr com as máquinas [pdf em inglês, páginas 86 a 92] - Capítulo 12 do livro A Segunda Era das Máquinas [Bibliografia de aulas 2]
Aula 4 - Alfabetização científica
[editar | editar código-fonte]A necessária renovação do ensino de ciências - trecho das páginas 17 a 32 [Bibliografia de aulas 3]
Capítulos 14 - A Descoberta da Ignorância e 15 - O Casamento entre Ciência e Império de Sapiens [Bibliografia de aulas 4]
Aula 4 - Temas contemporâneos e leitura crítica
O que é pensamento crítico [vídeos]
Princípios de leitura crítica e ensino de ciências [Bibliografia de aulas 5]
Temas contemporâneos e leitura crítica
Aula 6 - Episódios históricos e mídias sociais
A importância da história da ciência na educação científica. [Bibliografia de aulas 6]
Aula 6 - Aprendizagem baseada em problemas e mídias sociais
Introdução à Aprendizagem baseada em problemas. [Bibliografia de aulas 7]
E-ducação e o uso de tecnologias de informação e comunicação[Bibliografia de aulas 8]
Material de apoio da Aula
[editar | editar código-fonte]Mapas abertos que podemos usar
Uso de mídias sociais
[editar | editar código-fonte]Usar mídias sociais [1]como plataformas de ensino prepara o aluno para aprendizagem em um ambiente rico em contexto social, que ele continuará a frequentar ao longo da vida[2]. Em 2014, mais de 85% dos egressos do ensino médio americano já haviam acessado Facebook e YouTube, sendo que pelo menos metade deles faz uso diário de cada plataforma[3]. Para tanto, ao invés de refletirem a apresentação de conhecimento pelo professor a ser absorvido pelos alunos, devem ser usadas de maneira a estimular a troca de conhecimento e construção ativa pelos alunos (aprendizagem colaborativa)[2].
Wang et al.[2] compila a seguinte lista de recomendações para uso do Facebook, que pode ser estendida para outras mídias sociais:
- Estabelecer um propósito claro da atividade a ser desenvolvida: isso garante que alunos, professores e monitores estarão cientes do que será produzido e cobrado.
- Especificar o grau de comprometimento dos alunos: deixar claro se os alunos precisarão interagir mais, produzindo conteúdo para uma atividade específica, ou apenas comparecer a um grupo ou página do Facebook para se manterem atualizados de anúncios e atividades.
- Deixar claro o que será avaliado: os alunos precisam saber se serão ou não avaliados pela contribuição que fizerem do espaço compartilhado
- Explicitar a necessidade de participação: deixar claro se a participação dos alunos é obrigatória ou não. Alguns alunos podem optar por não participar em atividades voluntárias, por ideologia ou por dificuldade de acesso.
- Explicitar a contribuição das atividades: esclarecer aos alunos como a atividade desenvolvida na plataforma de mídia social será complementar ao ensino em sala de aula, e não uma substituição, para que não entendam a participação como prejudicial.
- A participação não deve exigir que alunos adicionem outros participantes como amigos: alunos podem se sentir desconfortáveis em participar de atividades que exijam adicionar pessoas que não são próximas em redes como Facebook.
- Garantir que todos os participantes tenham a fluência necessária: participantes podem não ter o hábito ou conhecimento suficiente sobre a plataforma escolhida para participar da maneira exigida.
- Garantir que os participantes tenham noção de propriedade intelectual: cuidado para que os alunos não compartilhem material que infrinja leis de propriedade intelectual.
- Ter uma política clara de mau uso e de punição: monitorar postagem de spam e material que não condiz com o curso, bem como práticas de plágio.
- Considerar o bem estar emocional do grupo: mídias sociais devem ser usadas para promover interação produtiva e coesão do grupo no desenvolvimento de tarefas.
- Aconselhar sobre configurações de privacidade: garantir que os participantes tenham noção de como usar apropriadamente as condições de privacidade de cada plataforma.
Cuidado com a privacidade
[editar | editar código-fonte]Mídias sociais, quando usadas para o ensino, devem ser encaradas como uma extensão da sala de aula[4]. Recomenda-se que para redes como Facebook, o professor crie um perfil exclusivamente profissional, através do qual não compartilhará informações/fotos pessoais[5]. Os alunos também precisam estar conscientes que qualquer material postado na internet muito dificilmente é esquecido ou apagado[6]. O que inclui material compartilhado e opiniões emitidas[7].
Cuidado com o que cada rede social oferece
[editar | editar código-fonte]Facebook, Twitter, Instagram e demais redes sociais possuem políticas de privacidade e usabilidade diferentes entre si. Por isso, é necessário entender o funcionamento de cada uma delas para maximizar a sua performance em sala de aula.
Atenção ao consultar materiais online
[editar | editar código-fonte]A internet oferece uma infinidade de sites e materiais para consulta, mas é preciso selecionar o conteúdo que esteja bem referenciado a fontes confiáveis, especialmente quando se tratam de artigos escritos na Wikipedia[8].
Teorias da aprendizagem
[editar | editar código-fonte]Materiais didáticos digitais devem ser construídos observando princípios de design e organização que estejam baseados em evidências científicas. E uma das bases é a teoria da carga cognitiva.
A aprendizagem colaborativa, relacionada à ideia de se aprender e trabalhar em grupo, embora pareça recente, desde o século XVIII já foi bastante testada por teóricos, pesquisadores e educadores[9]. O aluno, nesse contexto, atua como gestor de seu próprio processo de aprendizagem e, ao mesmo tempo, participa ativamente na aprendizagem do colega. Contudo, apesar da aparente modernidade desse processo pedagógico, ele ainda apresenta resquícios da abordagem tradicional, na medida em que ainda valoriza-se a reprodução do conhecimento já estabelecido e sua consequente memorização.[9] O mais importante, na cooperação, é que a autoridade permanece com o professor, que retém a propriedade da tarefa, a qual envolve um problema de solução definida ou solucionável (o professor conhece a solução ou pode prevê-la). Na colaboração, o professor – uma vez que a tarefa é dada – transfere toda a autoridade para o grupo. Idealmente, a tarefa proposta para o grupo é sem solução definida.[10]
O pensamento crítico é a aplicação da análise crítica aplicada à leitura, para interpretação, julgamento da argumentação e do raciocínio empregados. Seu desenvolvimento é antigo, mas apenas recentemente passou a ser empregado no ensino[11].
Segundo Zabala[12], a sequência didática é “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais em relação a um conteúdo concreto”. Um conjunto de atividades em etapas ligadas entre si que transmitem um conteúdo específico.
Uso do episódio histórico
[editar | editar código-fonte]Eventos históricos que transmitem.
Material didático
[editar | editar código-fonte]O plágio por estudantes é um processo feito cada vez mais simples por ferramentas online.[13] Não à toa, este é um problema crescente. Seu combate é melhor feito com base na prevenção (discussão prévia com os alunos) e em punições claras e consistentes de infrações.[13] Ferramentas para busca por plágio estão disponíveis aqui.
O conteúdo produzido e disponibilizado em mídias sociais está sujeito a direitos autorais, copyright e licenças de reprodução. Uma das melhores maneiras de fomentar a produção desse conteúdo online é o uso de materiais abertos de ensino, objetos de aprendizagem que podem ser usados, modificados e reproduzidos livremente[14].
Contextualizar o conteúdo da aula
[editar | editar código-fonte]Os alunos aprendem melhor quando se sentem mais próximos de um conteúdo. Assim, é possível escolher um conteúdo de acordo com seu contexto histórico, científico ou social para desenvolver um raciocínio mais crítico com os alunos em sala de aula, ao mesmo tempo em que eles aprendem um novo tópico.
Material recomendado
[editar | editar código-fonte]Como funcionam mídias sociais (aula em vídeo) e Slides - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia" - Aula 1
Como usar mídias sociais (aula em vídeo) e Slides - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia" - Aula 2
Fontes de consulta e sequência didática - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia" - Aula 3
Episódios históricos e uso de mídias sociais (aula em vídeo) e Slides - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia"- Aula 4
Temas contemporâneos e leitura crítica (aula em vídeo) e Slides - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia" - Aula 5
Aprendizagem baseada em problemas e mídias sociais (aula em vídeo) e Slides - Curso "Internet no ensino de Ciências e Biologia" - Aula 6
Ferramentas didáticas
[editar | editar código-fonte]Fontes de conteúdo
[editar | editar código-fonte]The Science Side of Tumblr (pesquisar por essas mesmas palavras-chaves no tumblr também dará bons resultados)
Palaeos - Life Through Deep Time
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Kaplan Andreas M., Haenlein Michael. Users of the world, unite! The challenges and opportunities of social media.Business Horizons 53 (1). p. 61, 2010.
- ↑ 2,0 2,1 2,2 Wang, R., Scown, P., Urquhart, C., & Hardman, J. (2014). Tapping the educational potential of Facebook: Guidelines for use in higher education. Education and Information Technologies, 19(1), 21–39. doi:10.1007/s10639-012-9206-z
- ↑ Niche. The Best and Worst: Media Habits of the Class of 2014. 2014. Link.
- ↑ NYC Department of Education. Teachers’ Guide to Student Social Media Guidelines. 2013. [pdf]
- ↑ Munoz, C. & Towner, T. (2009). Opening Facebook: How to Use Facebook in the College Classroom. In I. Gibson et al. (Eds.), (pp. 2623-2627). Chesapeake, VA: Association for the Advancement of Computing in Education (AACE)
- ↑ Google Can’t Forget You, But It Should Make You Hard to Find - Wired. Por Evan Selinger e Woodrow Hartzog 20/05/2014
- ↑ Tuítes 'estúpidos' de adolescente abrem debate sobre direito a apagar passado na web - BBC - 09/04/2013
- ↑ Evans, P., & Krauthammer, M. Exploring the use of social media to measure journal article impact. Annual Symposium proceedings / AMIA Symposium, 2011(January), 374–81.
- ↑ 9,0 9,1 IRALA, Esrom Adriano Freitas; TORRES, Patrícia Lupion. O uso do AMANDA como ferramenta de apoio a uma proposta de aprendizagem colaborativa para a língua inglesa. Abril de 2004. http://www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/172-TC-D4.htm
- ↑ PANITZ, T. A definition of collaborative vs cooperative learning. Disponível em: http://ccti.colfinder.org/sites/default/files/a_definition_of_collaborative_vs_cooperative_learning.pdf
- ↑ The Critical Thinking Community. A Brief History of the Idea of Critical Thinking. Link
- ↑ Zabala, A. 1998. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. p.78
- ↑ 13,0 13,1 Park, C. (2003). In other (people’s) words: Plagiarism by university students--literature and lessons. Assessment & Evaluation in Higher Education, 28(5). doi:10.1080/0260293032000120352
- ↑ Okada, A., Mikroyannidis, A., Meister, I. & Little, S. (2012). Coaprendizagem através de REA e Redes Sociais. In: Okada, A. (2012). Open Educational Resources and Social Networks: Co-Learning and Professional Development. London: Scholio Educational Research & Publishing. Link.
Material de leitura do curso
[editar | editar código-fonte]- ↑ Brossard, Dominique. "New media landscapes and the science information consumer." Proceedings of the National Academy of Sciences 110, no. Supplement 3 (2013): 14096-14101.
- ↑ Brynjolfsson, Erik, and Andrew McAfee. A Segunda Era das Máquinas. Alta Books, 2015. ISBN-13: 978-8576089148
- ↑ Cachapuz, A. et al. A necessária renovação do ensino de ciências. Editora Cortez, 2005. pg 17-32
- ↑ Yuval Noah Harari. Sapiens: Uma breve história da humanidade. L&PM, 2015. ISBN 978-8525432407
- ↑ Bailin, S. (2002). Critical thinking and science education. Science & Education, 11(4), 361–375.
- ↑ Prestes, M. E. B., & Caldeira, A. M. de A. (2009). Introdução. A importância da história da ciência na educação científica. In Filosofia e História da Biologia (Vol. 4, pp. 1–16).
- ↑ Hmelo-Silver, C. E. (2004). Problem-Based Learning: What and How Do Students Learn? Educational Psychology Review, 16(3), 235–266.
- ↑ Floridi, Luciano. "E-ducation and the Languages of Information." Philosophy & Technology 26, no. 3 (2013): 247-251.