Jogo 2014/Aula 10

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Santos, 22 de maio de 2014, Clube Saldanha.
Aula 10, Trio 9: Cássio, Lucas Matheus, Igor e Lúcio

I. Tema e Objetivo da Aula[editar | editar código-fonte]

A aula teve em vista a preparação dos alunos para planejar intervenções na Semana Mundial do Brincar usando os diferentes tipos de jogos definidos por Caillois: agon, alea, mimicry e ilinx, focando em variações de brincadeiras de corda.

II.Materiais e Espaços Utilizados[editar | editar código-fonte]

Apenas uma corda foi necessária para realizar todas as atividades, no salão de dança do Clube Saldanha.

III. Método didático[editar | editar código-fonte]

A aula foi em maior parte prática, com os alunos recebendo instruções gerais antes de cada nova atividade, e debatendo sobre as atitudes tomadas após o fim, com a complexidade aumentando a cada atividade concluída.

IV. Descrição das Atividades[editar | editar código-fonte]

A primeira parte foi realizada como uma atividade livre. O professor, com a ajuda de uma aluna, começou a bater corda e convidou os outros a mostrarem sua cultura corporal, não pedindo que fizessem algo de maneira específica. Uns pularam em um pé só, outros apenas passaram por ela, alguns se juntaram para pularem juntos e logo até músicas da infância começaram a ser cantadas.

A segunda tarefa proposta foi apenas passar pela corda. Após a primeira tentativa, foi perguntado como poderíamos estimular mais a passagem, e foi dada a ideia de atravessar em duplas. Depois da nova tentativa, foi observado que, juntas, as pessoas têm menos medo.

Na atividade seguinte, o objetivo foi melhorar o ritmo dos alunos, que batiam palmas junto com o bater da corda no chão. Após todos passarem, quem passou a marcar o ritmo contando foi o professor, que também pediu que passassem em duplas. Um grupo de alunos se atrapalhou ao criar sua própria contagem.

Após isso foi proposto que todos os alunos pulassem pela corda dentro de um número menor de batidas. Apesar de erros, todos conseguiram.

Seguindo, a dificuldade aumentou; se ninguém passasse, ou se passasse mais de uma pessoa, ou se alguém errasse, a contagem era zerada. Enquanto não conseguissem passar em 36 batidas, o jogo não acabava. Depois de várias tentativas frustradas, o grupo conseguiu após um dos alunos, marcando o ritmo, ajudar os demais.

O novo jogo acaba em 36 batidas, sendo que as duplas não podem se repetir.

Na variação seguinte, foi proposto que cada grupo pulasse 3 vezes antes de sair.

E por último, o professor fez um reloginho:

V. Discussões e Dúvidas dos alunos[editar | editar código-fonte]

O professor explicou aos alunos uma técnica para bater corda; ela deve ser batida a favor da pessoa que cruza. Um grupo de alunos achou que não faria diferença e pôs a teoria à prova; não conseguiram. A dificuldade de entrar no meio da brincadeira aumenta quando a corda vai de encontro a pessoa.

VI.Fichamento de Textos[editar | editar código-fonte]

Recreação hospitalar: o papel do profissional de educação física na equipe multidisciplinar[editar | editar código-fonte]

Os autores são Diego Padovan e Gisele Maria Schwartz. Foi escrito no Laboratório de Estudos do Lazer do Departamento de Educação Física IB/Rio Claro, SP, em 2009. Fala sobre um estudo que de forma qualitativa demonstra os resultados e o papel de profissionais de educação física que atuam em equipes multidisciplinares na recreação hospitalar em um hospital em Leme SP. A atuação desses profissionais é através de intervenções com brincadeiras. Fantoches, dramatizações e música, as intervenções apresentadas exercem alterações positivas para os pacientes. No contexto hospitalar é inserido componente lúdico no processo de qualidade de vida, a incorporação de tais estratégias evidencia a maior facilidade de comunicação entre as crianças e a equipe auxilia e ameniza as ansiedades do desconforto e estranheza da hospitalização, promove momentos de distração, relaxamento, descanso, descontração, felicidade e alegria, viabilizando assim o bem estar da equipe e dos pacientes melhorando a qualidade do atendimento. O texto aborda a problemática de crianças que se encontram confinadas ou acamadas em hospitais com doenças que exigem tratamento ou recuperação prolongada, mexendo assim om seu estado emocional, interferindo na colaboração do emprego terapêutico. Os autores utilizam-se de 45 referências. O conhecimento é embasado na arte do riso – a risoterapia – com disciplinas como jogo que tem como contexto a brincadeira, o lazer e a recreação, e também muitos outros métodos pedagógicos e psicologia infantil. O texto é organizado por tópicos, onde inicia-se com uma breve introdução sobre a conduta lúdica e seu papel regulador no ambiente hospitalar, depois na revisão da literatura é enfocado a recreação e a incorporação das estratégias da educação física no atendimentos pediátrico inserindo como modo terapêutico a alegria e a escuta pedagógica, estruturando um apoio emocional no momento de fragilidade e desconforto da criança perante o processo de hospitalização. Estas estratégias promovem as relações sociais, descontração, prazer viabilizando o bem estar, também o resgate dos valores humanos na solidariedade, a compaixão e a fraternidade com o próximo em relação ao comprometimento com a realidade social. O artigo referencia também vários autores de livros que atuam intervindo na alegria como benefício no processo de recuperação do paciente. Os autores tem como tese que o papel do educador físico em consonância com a equipe multidisciplinar promove de forma positiva no processo de recuperação do paciente, considera que a recreação estimula a criatividade quebrando a rotina estressante do contexto hospitalar ligado a condição da doença.

O filme Patch Adams, no qual o americano Hunter Adam é conhecido como Patch Adams, mostra a aplicação da terapia do riso em hospitais e escolas. Nesse filme, em sua época de estudante, o médico atendia seus pacientes com um figurino bem descontraído e alegre (nariz de palhaço, peruca, flores, etc.), inspirando, também, outras iniciativas semelhantes na atualidade, como a dos Doutores da Alegria, ou a dos Hospitalhaços, atuando em ambientes hospitalares no Brasil e contando com profissionais de diversas áreas, inclusive do campo da Educação Física.

Perguntas

  • A intervenção de profissionais promovendo alegria pode ser considerada como tratamento terapêutico alternativo?
  • A atividade lúdica promove estratégias para uma melhor qualidade de vida no âmbito hospitalar?
  • As atividades lúdicas exercem papel pedagógico e psicológico em pacientes como momento de fragilidade?
  • A implantação de estratégias como por exemplo a recreação proporciona benefícios em situações de enfermidades?

O texto provocou sensações e reflexões nas quais enfocaram importância da aplicações da alegria no processo de saúde doença, torna-se inegável que para se viabilizar o bem estar é necessário que se utilize de estratégias como as aplicadas no texto.

O ensino de recreação: repensando algumas práticas[editar | editar código-fonte]

O autor é Edmison Santos dos Santos. Foi escrito na Revista Movimento da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) em 2001 a página é de 89 a 105, a revista aborda temas relacionados ao campo da educação física em interface com as ciências humanas e sociais. O texto analisa os pontos de recreação e lazer sugerindo atividade “práticas” em recreação justifica determinados procedimentos e referenda determinados práticas acadêmicas. As principais problemáticas levantadas são referentes as perspectivas de trabalho em relação a recreação e lazer enfatizando que alguns profissionais agem de forma mais pratica que outros, cada um utiliza estratégias diferentes na elaboração da disciplina. O autor supracitado analisou 22 obras que tratam sobre recreação infantil com intenção em constituir a verdade sobre a disciplina de recreação, a sua base referencial é Foucault quando se trata de reflexões sobre relações entre poder e saber, O referido autor embasa ainda nos livros direcionados para atividades de experimentação em recreação. O texto é uma dissertação, em que o autor expõe seus fatos. Ele critica a postura que banaliza a recreação, como algo no qual não é preciso critério, e a taxação de profissionais em práticos ou teóricos. Ele acredita que a verdade é manipulada pelos que estão no poder, e que é necessário sempre questionar a "verdade" que impede o desenvolvimento de novas teorias. Com tudo isso, o texto pode ser resumido em uma pergunta: sendo "física", há espaço para teorias na Educação Física? Uma experiência em comum com o texto foi a ansiedade sentida pelos alunos de partir para as atividades práticas, havendo até um desdém pelas teorias.

VII. Temas interdisciplinares[editar | editar código-fonte]

No módulo de Aproximação, foi usado como referência o texto Espinosa, alegria e Educação Física, que reflete sobre a alegria como forma de conhecimento e suas repercussões na área da Saúde. O texto conclui que o potencial do ser humano é realizado através de encontros.

VIII. Conclusões[editar | editar código-fonte]

Foi concluído que a complexidade de uma tarefa aumenta com o número de pessoas envolvidas, pois cria mais interações sociais. O princípio da brincadeira é divertir e ser livre; no evento, as crianças vão estar livres para escolher a brincadeira que as interessar.

Também foi concluído que as etapas de intervenção pedagógica consistiam em :

  1. Deixar o jogo acontecer, ser livre.
  2. Diluir a pessoa que não passou entre quem já havia passado, pois assim a pressão sobre a nova pessoa diminui.
  3. O aumento do número de participantes envolvidos encoraja o indivíduo.
  4. A definição do ritmo corporalmente aumenta o sucesso do indíviduo.

Pesquisa Bibliográfica[editar | editar código-fonte]

Texto 1: Recreação hospitalar - Diego Padovan e Gisele Maria Schwartz, 2009
Texto 2: O ensino de recreação - Edmilson Santos dos Santos, 2001
Espinosa, alegria e Educação Física - Conrado Augusto Gandara Federici, Marina Souza Lobo Guzzo, Odilon José Roble e Vinícius Demarchi Silva Terra, 2014.