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Qualidade da saúde pública no Distrito Federal, Brasil

Fonte: Wikiversidade

1.Justificativa

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Com foco nos usuários do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal, que não tem suas reclamações ouvidas nem atendidas, pensamos no aplicativo que coleta essas reivindicações de forma rápida, fácil e clara, além de disponibilizar a opinião de outros usuários. Dessa forma, os usuários da saúde pública saberão de um lugar onde serão ouvidos, o que expõe  os gargalos da gerência responsável e causa pressão para tomada de atitude, além disso, o poder público saberá quais medidas tomar para melhor atender a população de acordo com o feedback proporcionado pelo sistema. O aplicativo substitui então uma ouvidoria de difícil acesso e não fiscalizada e se torna uma fonte importante de dados abertos.

Disciplina, Curso e Universidade: Projeto de Sistemas de Produção 2, Engenharia de Produção, Universidade de Brasília.

Direcionamento: Como tornar Brasília uma cidade mais inteligente e sustentável?

Delimitação/Foco: Qualidade da saúde pública no Distrito Federal, Brasil.

Equipe de Projeto: Diego, Gabrielle Rodrigues, Jade Amorim, Mateus Halbe, Victor Zanina.

Smart Cities Cidades Inteligentes se baseiam em um uso intenso de tecnologia para uma melhor gestão dos recursos e qualidade de vida, com foco no hábito de recolher, analisar e trabalhar dados obtidos pela diversidade do cotidiano cosmopolita. O uso inteligente da vida urbana também leva a tecnologias práticas, como internet das coisas, ou seja, objetos adaptados ao constante fluxo de dados, como carros que não precisam de motoristas, por exemplo. Outro ponto importante das cidades inteligentes é o foco em sustentabilidade.

É possível encontrar cidades  em construção que já são classificadas como Smart Cities. Como por exemplo, Songdo na Coréia do Sul. Songdo está prevista a ser concluída em 2021 e se origina de um governo -  Lee Myung-bak - que acreditava na sustentabilidade e na baixa emissão de carbono como uma estratégia econômica. Dessa forma, a cidade terá prédios espaçados, grandes parques e ciclovias. Além disso, tecnologias práticas, como lixeiras que sugam os detritos direto para a área de tratamento adequada, tubulações que diferenciam água potável de água não potável e telões em ambientes públicos e privados com dados importantes, o que leva ao uso inteligente de serviços como a saúde, já que é possível saber qual o hospital adequado naquele momento.[1][2] [1]STRICKLAND, ELIZA  Cisco bets on South Korean smart city.  IEEE Spectrum, vol.: 48, páginas: 11-12, agosto de 2011.  [2]California Institute for Smart Communities. (2001). Smart Communities Guide Book. Disponível em: http://www.smartcommunities.org/guidebook.html

Saúde Pública Após coleta de dados de usuários do sistema público de saúde do Distrito Federal, e também conforme análise dos pontos de vista e o pitch traçado para o problema, a equipe ideou a proposta de um aplicativo que trabalhe com o feedback das pessoas que utilizam os hospitais da rede pública. Ao entrevistar algumas pessoas diretamente nos hospitais notamos que as opiniões, sugestões e feedbacks construtivos se perdiam em meio ao atendimento de má qualidade e a situação precária do sistema de saúde. A ouvidoria de saúde do Distrito Federal não informa o teor das denúncias e reclamações prestadas ao serviço público, e também exige validação presencial dos dados referentes pessoais referentes a consultas, exames e cirurgias [1]. Nesse viés o aplicativo trabalharia de forma transparente, com o intuito de dar voz às reclamações, feedbacks e sugestões referentes ao sistema de saúde pública do Distrito Federal.  

Como tornar Brasília uma cidade mais inteligente? Tornar Brasília uma cidade mais inteligente não implica necessariamente na resolução de todos os problemas da cidade, mas sim em como a nossa população e a nossa gestão utiliza da tecnologia para lidar com esses problemas.

Até porque Brasília é um sistema complexo que abrange dentro de si vários outros sistemas multifacetados e esse tipo de sistemas possuem em comum a aparição de problemas complexos, ou seja, problemas que não possuem uma solução exata, mas sim aproximações.

Dentre os diversos problemas complexos que Brasília precisa resolver, nosso time escolheu trabalhar em um que é o responsável por um grande impacto negativo na cidade, que é a má gestão da saúde pública.

Através de entrevistas no modelo de Design Thinking aos pacientes dos hospitais públicos do DF percebemos que uma importante causa para esse problema é a falta de mecanismos para comunicação entre os pacientes e a administração do hospital, a qual causa um distanciamento entre esses dois grupos, fazendo com que haja uma falta de informação para os pacientes sobre o hospital e também uma falta de informação dos pacientes sobre os problemas do hospital para a administração ( os pacientes são a melhor fonte para diagnosticar os problemas dos hospitais públicos, já que eles que enfrentam essa realidade).[1]

[1] https://pegcar.com/blog/cidades-inteligentes-no-brasil

Portanto uma forma de tornar Brasília uma cidade mais inteligente é através do desenvolvimento de um mecanismo que auxilie na comunicação dos pacientes com a administração dos hospitais públicos.  

Gerais Tornar Brasília uma cidade mais inteligente;

Impactar de forma positiva a saúde pública em Brasília;

Resolver, em partes, o problema da ouvidoria ser longe e não passar confiança de resolução dos problemas dos pacientes. 

Específicos Entender como não se sentir ouvido impacta na vida dos pacientes dos hospitais públicos;

Prototipar um aplicativo que possa ser utilizado pelo nosso público-alvo;

Verificar a viabilidade do projeto;

Tomar consciência da alimentação de dados do sistema proposto.

A solução para o problema exposto é um site porque as pessoas estão acostumadas a usá-los;

O programa terá boa aceitação pois será rápido e eficiente na função a qual se presta;

Os usuários do hospital estarão dispostos a responder as questões para poder usar o WiFi gratuito do estabelecimento;

O programa chamará atenção do governo e da imprensa;

  • O público-alvo não aderir ao projeto;
  • O protótipo não alcançar a simplicidade procurada;
  • A equipe não conseguir seguir o plano de ação;
  • A comunicação entre as partes não ser efetiva;
  • O aplicativo não atingir a visibilidade esperada;

5.Plano de Ação

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Para realizar as entregas do protótipo, a equipe se organizou por meio de liderança descentralizada e metas individuais. Dividimos o plano de ação quanto à acompanhamento e discussão em: 

  • Reuniões presenciais semanais, com horário fixo na semana e duração de 1 hora, onde atualizamos a ferramenta de gestão de atividades Trello e criamos novo backlog do produto;
  • Reuniões não-presenciais semanais, com horário flexível no final de semana e duração de 1 a 3 horas, feitas através da ferramenta Discord. Assim, discutimos o andamento do projeto, dúvidas, sugestões e quaisquer outros pontos referentes à prototipagem. 

Quanto à obtenção de dados em: 

  • Uso dos registros das atas e das atividades postadas na Wikiversidade, na primeira fase de contato com o público alvo;
  • Pesquisação quali-quantitativa;
  • Pesquisa de campo, com grupos de 2 ou 3 pessoas, onde iremos validar o primeiro protótipo. 

Quanto à organização dos dados, em: 

  • Criação de ata para cada reunião, em maior extensão durante a idealização do produto, onde tivemos que reestruturá-lo diversas vezes;
  • Atualização semanal da ferramenta Drive, onde escrevermos colaborativamente e em tempo real antes de postar na Wikiversidade em definitivo.

6.1 Descrição do problema específico desse time

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Os hospitais públicos possuem uma gama de deficiências e problemas estruturais, tanto na sua parte física quanto gestão. É visível nos jornais o descaso público, filas gigantescas, pacientes que esperam durantes horas - dias - meses - anos para serem atendidos ou realizarem suas cirurgias, a falta de informação e os médicos que trabalham em horários divergentes dos informados da sua jornada. Dentre tantos problemas relatados visíveis e parecendo não ter saída, os usuários do sistema público de saúde se queixam de suas reclamações não serem ouvidas. A ouvidoria, por mais que seja um portal acessível e que diz ser transparente, aparenta descaso com a população, os cidadãos não observam nenhum tipo de melhora. Mas ao mesmo tempo, esta pode não ter a vontade e poder necessários para trazer essa gama de insatisfações do público à tona e procurar maneiras de resolver. As informações se perdem na fala, mas não são concretizadas em um lugar que qualquer um possa acessar e validar suas dores. Há a necessidade de concretizar essas reclamações e estas serem ouvidas. 

6.2 Descrição dos pontos de vista dos usuários

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O ponto de vista é provavelmente uma das partes mais desafiadoras do projeto. Nele existe a necessidade de delimitar o problema e decidir o caminho que o projeto deverá  prosseguir a partir dos depoimentos coletados nas entrevistas realizadas nos hospitais.

Anteriormente à decisão de qual problema atacar, realizamos entrevistas, as quais alguns relatos e o modelo podem ser encontrados no apêndice A. Essas entrevistas foram feitas de maneira informal para encontrar informações mais verídicas do escopo e tentar nos aproximar deles, evitando a todo custo parecer que queremos apenas dados para gráficos, mas que queremos entender o que acontece para encontrar uma solução prototipável. O ponto de vista deixa claro quem serão os usuários, quais são suas necessidades e gera insights a partir das observações realizadas [1]. Estes podem ser encontrados logo abaixo: 

A.Funcionários Precisam de: motivação. Porque: o atendimento desmotivado e não especializado leva a atraso nos processos e desgaste nas relações cliente/colaborador, o que piora a experiência de ambos.

B.Pessoas que realizam exames Precisam de: horários que sejam cumpridos e local de fácil acesso para reclamar Porque: esperam muito tempo mesmo com o atendimento marcado e a ouvidoria é longe.

C.Público geral Precisam de: informações sobre o tempo médio de espera de um hospital. Porque: têm muitos compromissos e acabam perdendo tempo em uma espera tão grande.

D.ZANINA

E.HALBE

Porque: com a conscientização da população podem se abrir os olhos do governo para investir na saúde.

7. Relatórios e outros dados secundários de suporte

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Os dados relatados pelos usuários do sistema público de saúde do Distrito Federal condizem totalmente com a realidade, podendo ser validados pelo Relatório de Fiscalização de Hospitais, documento produzido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O estudo realizado entre março e outubro de 2016 em alguns hospitais de Brasília incluindo o HRT e o HRAN , aponta falhas graves nos hospitais da rede pública: má distribuição dos profissionais, tecnologias obsoletas, falta de manutenção dos equipamentos entre outros problemas que expõe pacientes e servidores a riscos extremos.[1]

[1]http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2017/03/06/interna_cidadesdf,578358/com-graves-falhas-saude-publica-sofre-ate-com-infestacao-de-piolhos.shtml

A equipe achou suficiente para a definição e entendimento do problema que fossem realizadas as primeiras entrevistas. Estas foram realizadas nos hospitais HRAN (Hospital Regional da Asa Norte)  e de HRT ( Hospital Regional de Taguatinga), tomando como base a metodologia de entrevista do Design Thinking, onde o objetivo principal é estimular o diálogo sobre assuntos relevantes seguindo um protocolo pré determinado que pode ser flexibilizado em função da conversa. [FONTE] O usuário é encorajado a relatar suas experiências de forma espontânea para que o entrevistador  possa  gerar insights através da linguagem verbal e não verbal relatada, e assim compreender melhor o que foi dito. Recolhemos no total 14 depoimentos, totalizando 10 horas de entrevistas com o público alvo.

O cenário observado pela equipe foi de precariedade, e os relatos recorriam sobre os seguintes aspectos:

  • Pessoas sem informação sobre o quadro de médicos;
  • Pessoas que esperavam mais de 5 horas para ser atendidas;
  • Crianças que não foram atendidas, exceto se seu caso fosse gravíssimo (casos próximos à morte);
  • Pessoas com glaucoma esperando as consultas depois das que tem horário agendado;
  • Grávidas realocadas de hospital próximo ao trabalho de parto;

8. Descrição do protótipo 1

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O protótipo é um aplicativo que terá como inputs a avaliação dos usuários dos hospitais públicos e como outputs um conjunto de informações transparentes em forma de relatórios e comentários. 

  1. Avaliação das especialidades de cada hospital cadastrado;
  2. Espaço de texto livre para comentários gerais acerca do hospital, com filtros de palavras ofensivas e de baixo calão.

Aparência O design site foi desenvolvido para ser acessível. Por isso o fundo branco com letras pretas, letras e símbolos muito grandes e frases curtas. O objetivo do site é que ele funcione também com leitores de tela, então todas as imagens terão legendas adaptadas a esses leitores, para que deficientes visuais e pessoas com dificuldade na leitura possam acompanhar o processo.


10. Considerações finais

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CONCLUSÕES FINAIS DO PROJETO - VALIDAÇÃO

11. Apêndice

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12. Lições aprendidas

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Um grupo formado por pessoas excepcionais pode não dar o resultado esperado se suas atividades não são delegadas ou não existe um foco claro dado por um deles;

Reuniões diárias são difíceis e semanais muito espaçadas, nosso ponto ótimo foi de 2 por semana.

Feedback deve ser feito a cada ciclo de atividades;

Atritos devem ser resolvidos o mais rápido possível a fim de evitar mágoas e falhas de comunicação futuras;

Entregas semanais nem sempre são fáceis de gerir, devemos aprender a balancear os projetos com as demais partes da vida.

Para que uma reunião tenha a eficácia procurada, as pessoas já devem vir com o seu ponto de vista a debaater

  1. Governo do Distrito Federal. Ouvidoria do SESDF [Internet]. Secretária de Estado de Saúde do Distrito Federal. 2017. Disponível em: http://www.saude.df.gov.br/ouvidoria.html