Letramento Midiático e Informacional e Diálogo Intercultural - UNESCO e UNICAMP
Letramento Midiático e Informacional e Diálogo Intercultural
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"MILWEEK2022: Conjunturas do Brasil"
[editar | editar código-fonte]24 a 31 de outubro de 2022 - online na UNICAMP
Apresentação
[editar | editar código-fonte]O evento Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022 foi pensado por um grupo de professores da UNICAMP - Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Faculdade de Educação, Observatório de Direitos Humanos, Instituto de Estudos da Linguagem - em parceria com a USP, UNESP, UFU, UFAC, PUC-RS, UNIPAITER/Associação Metareilá do Povo Indígena Paiter Suruí, UNESCO-UNAOC UNITWIN on Media and Information Literacy and Intercultural Dialogue e International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance. Pretende contemplar a conjuntura brasileira de forma disciplinar, a partir de perspectivas filosóficas, e de forma interdisciplinar, convocando pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento: ciências humanas - filosofia, história, ciências sociais, ciências econômicas, comunicação social, psicologia, estudos literários, educação - e ciências médicas, exatas e da computação.
A partir de reflexões sobre o papel da Universidade frente à atual conjuntura brasileira, consideramos pertinente formarmos um grupo de trabalho ligado ao letramento midiático e informacional e ao diálogo intercultural.
Nossos objetivos são refletir sobre Conjunturas do Brasil, considerando necessidades que elaboramos conjuntamente como grupo de trabalho ligado ao letramento midiático e informacional e diálogo intercultural:
1) a necessidade de elaborarmos juntos redefinições e ampliações de nossos interesses a ponto de atender às reivindicações de outros grupos, contribuindo inclusive para o alargamento do escopo destas reivindicações.
2) Pensar em soluções de problemas sociais, pensando na dinâmica de desigualdade social que se acirra no período da pandemia no Brasil, acrescentando as dinâmicas do período eleitoral de 2022,
3) que o apelo à reflexão que estamos propondo conjuntamente auxilie a desvendar potencialidades de nossa época considerando processos democráticos;
4) Estimular a discussão em torno de traços recorrentes da política brasileira, remetendo-nos à análise acadêmica dessa problemática para promover compreensão e negociação na conjuntura atual.
5) Pensar a defasagem entre a eficácia e a vigência dos valores atuais disponíveis para lidar com memória, verdade e justiça no país, como um empreendimento coletivo.
A tensão entre a reflexão filosófica e as pressões sociais se mantém como elemento central do evento na perspectiva de uma práxis intelectual que se articula e se envolve (cf. Ailton Krenak) com a realidade, com as comunidades e com o ecossistema. Esse entendimento do papel do intelectual na sociedade está bem elaborado na obra de Michel Debrun, particularmente no seu esforço de pensar a filosofia temática e a importância de compreender o fenômeno da auto-organização (Michel Debrun, 1982).
O Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, como compreendido pela UNESCO (cf. Alton Grizzle), aponta para uma outra necessidade, a da construção de uma formação sistemática em letramento midiático, informacional e diálogo intercultural devido à importância do impacto da expansão das novas tecnologias de comunicação e informação, compreendendo o papel dos estudos da linguagem, dos processos de ensino e aprendizagem, da compreensão da convivência com as línguas e produção de conhecimento locais, incluindo no diálogo diferentes perspectivas que estão ao nosso redor.
A memória, a verdade e a justiça são elementos incontornáveis em uma prática de letramento midiático, de afirmação do acesso à informação, de diálogo entre diferentes no Brasil. Trata-se de uma primeira necessidade que identificamos para a construção de um programa brasileiro ligado ao MIL (Media and Information Literacy). Ao longo de nossa história percebemos uma compreensão autoritária em que estes elementos vêm sendo eficientemente modelados para manter uma relação desigual entre atores. Precisamos desvendar os princípios deste desequilíbrio e dialogar a respeito.
As mesas e conferências estão organizadas de forma a contemplar temas atuais e o diálogo com pesquisadores e atores sociais de outros campos. Os temas escolhidos convocam a pensar sobre a centralidade do papel da reflexão, da linguagem e da comunicação nos mais diversos contextos. O evento contará com 22 mesas-redondas, 2 exibições de filmes e 6 oficinas.
Apoio: Pró Reitoria de Extensão e Cultura (PROEC/UNICAMP), Serviço de Apoio ao Estudante (SAE/UNICAMP), Coordenadoria dos Centros Núcleos de Pesquisa (COCEN/UNICAMP), Blog Eliara Santana, ZeitGeist, Ponte Preta Press, Xilomóvel e Psicologia & Africanidades.
Por que Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022?
[editar | editar código-fonte]Estamos convencidos de que os intelectuais (as pessoas com formação sistemática [ou não] que refletem sobre os rostos e as coisas do mundo) têm grande papel no debate público brasileiro. Entendemos que pode haver progresso no entendimento e no debate público de certas questões, sem a necessidade prévia de uma visão sintética do presente ou da história. Como diria Michel Debrun (1983), é uma discussão no varejo e não no atacado.
Estamos interessados em avançar nas discussões de temas, através de análises pormenorizadas de situações, dos meios disponíveis, das possibilidades, probabilidades e impossibilidades dos vetores em presença. Isso sem excluir o imbricamento com outras questões das mais diversas ordens. Estaríamos ultrapassando com certa audácia a ideia de que as políticas advindas de um bom senso amadurecido através do diálogo público (e aberto a questionamentos) podem vir a ser importantes para a cena política do Brasil hoje, e para nossa civilização. A audácia aqui é dizer que nós temos um papel social, e que podemos realizá-lo juntos através da reflexão em arena pública. Articulados com os princípios do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, como proposto pela UNESCO, propomos diálogos sobre nossas conjunturas e nossas realidades no Brasil.
A liberdade dos agentes históricos no Brasil tem tradicionalmente sido frustrada, através de processos autoritários mobilizadores ou desmobilizadores. Uma questão que nos mobiliza neste projeto é a necessidade de articulação flexível dos cidadãos (cf. livre docência Debrun, 1982). O lugar de articulação, para nós, é a reflexão conjunta através do diálogo. Este é um traço do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Cultural desenvolvido reflexivamente pela UNICAMP em parceria com diferentes instituições de educação superior e atores sociais.
Metodologia
[editar | editar código-fonte]Escolhemos o fenômeno do "Conjunturas do Brasil" para discutirmos como estamos no presente momento no Brasil, quais atores fazem parte desse processo e como esses atores estiveram presentes. Quais as principais questões que compõem as diversas conjunturas do Brasil, quais são os principais elementos estruturantes, quais as perspectivas de superação.
Pautar o tema do presente em sua complexidade e abrangência, considerando os recursos do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural como um caminho para problematizar de maneira ampla o fenômeno do momento presente, e pensar os processos democráticos no Brasil pandêmico e pós-pandêmico.
Considerar criticamente em diálogo o papel da mídia, dos meios de comunicação, na formação do bom senso e do consenso, representações, concepções de realidades sociais, construções simbólicas, enfim a comunicação pública que não é colocada em pauta pela concentração dos meios de comunicação no país.
Convidados
[editar | editar código-fonte]Adail Sobral (FURG)
Adriano Pawah Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Agnaldo Arroio (USP)
Alexandre Cadilhe (UFJF)
Alexandre Le Voci Sayad (International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance)
Alexandrina Monteiro (FE-UNICAMP)
Alireza Bastani (AIMEL, Irã)
Artur Scarvone (USP)
Amara Moira (BuzzFeed/Uol Esporte/Descomplica)
Anna Christina Bentes (UNICAMP)
Antonio Carlos Amorim (UNICAMP)
Carla Rodrigues (UFRJ)
Ciro Seije Yoshiyasse (Artista e Engenheiro)
Claudia Wanderley (UNICAMP)
Cristina Serra (Jornalista e Escritora)
Daniel de Mello Ferraz (USP)
Doto Takaire (Instituto Kabu)
Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)
Eugênio Bucci (USP)
Ewerton Machado (UFAC)
Fábio de Almeida Cascardo (Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ)
Filipe Campello (UFPE)
Francisco del Moral Hernandez (FATEC)
Gamalonô Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Gasodá Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Glenda Melo (UNIRIO)
Glês Nascimento (UFMT)
Ibrahim Kushchu (Turquia)
Itala D'Ottaviano (UNICAMP)
Ivana Bentes (UFRJ)
José Carlos Garcia (Juiz Federal TRF2 e AJD)
José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)
José Claudinei Lombardi (UNICAMP)
José Rodrigues Máo Jr. (Instituto Federal de SP)
Juliana Dal Piva (Jornalista)
Junia Zaidan (UFES)
Karla Bessa (UNICAMP)
Kátia Brasil (Amazônia Real)
Luciana Taniguti Bertarelli (Xilomóvel Ateliê Itinerante)
Luís Renato Vedovato (UNICAMP)
Manuela D’Ávila (Instituto E Se Fosse Você?)
Maria da Conceição Oliveira (Blog Maria Frô/Revista Fórum)
Márcio Elias Santos (Xilomóvel Ateliê Itinerante)
Marina Mayumi Bartalini (Artista visual)
Marcelo Vicentim (UNICAMP)
Melillo Dinis (Instituto Lampião)
Mydjere Kayapó Mekrangnotire (Instituto Kabu)
Nayara Souza (UFMG)
Paula Vermeersch (UNESP)
Rachel Fischer (Africa do Sul)
Renê Silva (Favela do Alemão)
Rita von Hunty (Tempero Drag)
Rosana Baeminger (UNICAMP)
Ricardo Ismael (PUC/RJ)
Rubens Naraikoe Suruí (UNIPAITER/Associação Metareilá)
Rudolfo Lago (Congresso em Foco)
Sherri Culver (Temple University, EUA)
Simone de Arruda Peixoto (Xilomóvel Ateliê Itinerante)
Simone Batista da Silva (UFFRJ)
Simone Hashiguti (UFU)
Suzi Sperber (UNICAMP)
Takao Amano Advogado (Escritor)
Tiago Oyiteor Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Ubiratan Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Uraan Anderson Surui (UNIPAITER/ Associação Metareilá)
Vera Vital Brasil (Psicóloga - Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação do Rio de Janeiro (MVJR/RJ))
Wagner Romão (UNICAMP)
Wallace Gichunge (Centre for Media and Information Literacy - Kenya)
Walter Carnielli (UNICAMP)
Referências
[editar | editar código-fonte]Curso gratuito online Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural UNESCO & UNICAMP (2019): https://pt.coursera.org/lecture/alfabetizacao-midiatica/alfabetizacao-e-letramento-midiatico-informacional-e-dialogo-intercultural-Y1gSV
DEBRUN, Michel Maurice. Filosofia política: Gramsci ; filosofia, política e bom senso. 1982. 260f Tese (livre docencia) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281338
SANTANA, Eliara; MARI, Hugo. Midiativismo, imprensa e a questão da ideologia. In: BRAIGHI, Antônio Augusto; LESSA, Cláudio; CÂMARA, Marco Túlio (orgs.). Interfaces do Midiativismo: do conceito à prática. CEFET-MG: Belo Horizonte, 2018. P. 212-225. Disponível em: https://interfacesdomidiativismo.wordpress.com/2017/12/07/download-do-e-book/
SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola; prefácio Gilberto Dimenstein- São Paulo: Aleph, 2011, ISBN 978-85-7657-119-3
UNESCO (2016). Marco de Avaliação Global da Alfabetização Midiática e Informacional: disposição e competências do país. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/portuguese_version_of_the_global_media_and_information_liter/>
UNESCO (2013). Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Disponível em https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000220418
Comissões
[editar | editar código-fonte]Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, Faculdade de Educação, Observatório de Direitos Humanos e Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP em parceria com a USP, UNESP, UFU, UFAC, PUC-RS, Psicologia & Africanidades, UNIPAITER - Associação Metareilá do Povo Indígena Paiter Suruí, UNESCO-UNAOC UNITWIN on Media and Information Literacy and Intercultural Dialogue e International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance.
Comissão Organizadora (ordem alfabética):
[editar | editar código-fonte]Claudia Wanderley (CLE/UNICAMP (Presidente))
Alexandrina Monteiro (FE/UNICAMP (Vice Presidente))
Ailton Sampaio Pinto (estudante UNICAMP)
Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
Bianca Paiva (estudante UNICAMP)
Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da revista Mouro)
Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)
Ewerton Machado (UFAC)
Ivânia Lipú Silvério (estudante UNICAMP)
Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)
John Alexandre Dias Restrepo (estudante UNICAMP)
José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)
Josianne F. Cerasoli (DeDH/UNICAMP)
Lavínia Cunha (estudante UNICAMP)
Lucila Chaves Fonseca (estudante UNICAMP)
Luzneri Aguiar Azevedo (estudante UNICAMP)
Mariana Peixoto (UFU)
Melillo Dinis (Instituto Lampião)
Rodrigo Gomes da Silva (estudante UNICAMP)
Rubens Naraikoe Suruí (UNIPAITER/Associação Metareilá)
Simone Hashiguti (IEL/UNICAMP)
Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP)
Wagner Romão (IFCH/UNICAMP)
Comissão Científica (ordem alfabética):
[editar | editar código-fonte]Agnaldo Arroio (FE/USP)
Alexandrina Monteiro (FE/UNICAMP)
Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
Claudia Wanderley (CLE/UNICAMP)
Eliara Santana (UNICAMP/UFMG)
Ewerton Machado (UFAC)
Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)
José Carlos Moreira da Silva Filho (PUCRS)
Josianne F. Cerasoli (DeDH/UNICAMP)
Mariana Peixoto (UFU)
Paula Vermeersch (UNESP)
Simone Hashiguti (IEL/UNICAMP)
Suzi Sperber (IEL/UNICAMP)
Wagner Romão (IFCH/UNICAMP)
Programação:
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24 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Abertura[editar | editar código-fonte]Claudia Wanderley (CLE), Alexandrina Monteiro (FE), Josianne Cerasoli (DeDH), Anna Christina Bentes (IEL), Wagner Romão (IFCH) Mediação: Bianca Paiva (estudante UNICAMP) 11h - Desinformação, fake news e estratégias político-eleitorais[editar | editar código-fonte]Glês Nascimento (Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins), Rudolfo Lago (Congresso em Foco) Ricardo Ismael (PUC/RJ) Mediação: Melillo Dinis (Instituto Lampião) 14h - Jornalismo e liberdade de expressão[editar | editar código-fonte]Cristina Serra (Jornalista e Escritora) Kátia Brasil (Amazônia Real) Juliana Dal Piva (Jornalista) Mediação: Eliara Santana (UNICAMP/UFMG) 16h - Direito à Informação e Estado Democrático[editar | editar código-fonte]José Carlos Garcia (Juiz Federal TRF2 e AJD) Artur Scarvone (USP) Mediação: Francisco del Moral Hernandez (FATEC) 18h30 - Programação Cultural no campus (Exibição de Cidadão Boilesen & debate com o Diretor Chaim Litewski)[editar | editar código-fonte] |
25 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Educação dos povos originários na conjuntura atual[editar | editar código-fonte]Gamalonô Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Tiago Oyiteor Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Mediação: Alexandrina Monteiro (UNICAMP) 11h - Verdade, política e bom senso[editar | editar código-fonte]Suzi Sperber (UNICAMP) Itala D'Ottaviano (UNICAMP) Mediação: Anna Christina Bentes (UNICAMP) 14h- Gênero, raça, desigualdades e democracia[editar | editar código-fonte]Amara Moira (BuzzFeed/Uol Esporte/Descomplica) Carla Rodrigues (UFRJ) Glenda Melo (UNIRIO) Karla Bessa (UNICAMP) Mediação: Mariana Peixoto (UFU / UnB) e Nayara Souza (UFMG) 16h - (In) Justiças e Direitos tortuosos - Imigrações no Brasil Contemporâneo[editar | editar código-fonte]Luís Renato Vedovato (UNICAMP) Rosana Baeminger (UNICAMP) Mediação: Marcelo Vicentim (UNICAMP) |
26 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Cultura e comunicação nos povos originários na conjuntura atual[editar | editar código-fonte]Gasoda Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Ubiratan Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Mediação: Simone Nogueira (Pesquisadora Psicologia Afrocentrada) 11h - Reflexão, militância e Direitos Humanos[editar | editar código-fonte]Adail Sobral (FURG) Junia Zaidan (UFES) Claudia Wanderley (UNICAMP) Mediação: Paula Vermeersch (UNESP) 14h- Discurso de ódio e seus impactos na agenda política e social brasileira[editar | editar código-fonte]Eugênio Bucci (USP) Ivana Bentes (UFRJ) Walter Carnielli (UNICAMP) Mediação: Filipe Campello (UFPE) 16h - Arte como máquina de guerra[editar | editar código-fonte]José Rodrigues Máo Jr. (Instituto Federal de SP) Marina Mayumi Bartalini (Artista visual, pesquisadora) Marcelo Vicentin (UNICAMP) Mediação: Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da revista Mouro) |
27 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Governança e educação superior dos povos originários na conjuntura atual[editar | editar código-fonte]Adriano Pawah Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Uraan Anderson Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Rubens Naraikoe Surui (UNIPAITER/Associação Metareilá) Mediação: Jackeline Mendes (UNICAMP) 11h - Educação Linguística e Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural[editar | editar código-fonte]Simone Batista da Silva (UFFRJ) Alexandre Cadilhe (UFJF) Daniel de Mello Ferraz (USP) Mediação: Simone Hashiguti (UNICAMP) 14h- Papel do ativismo digital[editar | editar código-fonte]Rita von Hunty (Tempero Drag) Manuela D’Ávila (Instituto E Se Fosse Você?) Renê Silva (Favela do Alemão) Maria da Conceição Oliveira (Blog Maria Frô/Revista Fórum) Mediação: Eliara Santana (UNICAMP/UFMG) 16h - "Balanço e Perspectivas da Justiça de Transição no Brasil"[editar | editar código-fonte]José Carlos Moreira da Silva Filho (PUC-RS) Fábio de Almeida Cascardo (ALERJ) Vera Vital Brasil (Psicóloga - membro do Coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação do Rio de Janeiro (MVJR/RJ)) Mediação: José Carlos Moreira da Silva Filho (PUC-RS) |
28 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Povo Kayapó-Mekrãgnotí na conjuntura brasileira atual[editar | editar código-fonte]Mydjere Kayapó Mekrangnotire (Instituto Kabu) Doto Takaire (Instituto Kabu) Mediação: Ewerton Machado (UFAC) 11h - Lançamento de Livros[editar | editar código-fonte]"O negócio do Jair – a história proibida do clã Bolsonaro" de Juliana Dal Piva "Crítica dos Afetos" de Filipe Campello "Jornal Nacional, um ator político em cena: Do impeachment de Dilma Rousseff à eleição de Jair Bolsonaro" de Eliara Santana Mediação: Mariana Peixoto 14h- Internal Meeting[editar | editar código-fonte]Alexandre Sayad (International Steering Committee do UNESCO MIL Alliance) Alireza Bastani (AIMEL, Iran) Claudia Wanderley (UNICAMP University) Sherri Hope (Temple University, EUA) Wallace Gichunge (Centre for Media and Information Literacy, Kenya) Mediação : Paula Vermeersch (UNESP) 16h - Impacts of Artificial Intelligence in Media and Information Literacy[editar | editar código-fonte]Alexandre Sayad (Brazil) Rachel Fischer (South Africa) Ibrahim Kushchu (Turkey) Mediação: Claudia Wanderley (Brazil) |
31 de outubro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
9h - Comissão da Verdade na Universidade e Cidadania[editar | editar código-fonte]Angela Carneiro Araújo (PAGU/UNICAMP - Membro Titular Comissão da Verdade da UNICAMP) Caio Navarro de Toledo (CEMARX/UNICAMP - Membro Titular Comissão da Verdade da UNICAMP) Mediação: Josianne Cerasoli (Observatório de Direitos Humanos/UNICAMP) 11h - Letramento Político, Direito à Memória e à Justiça[editar | editar código-fonte]Movimento Mães de Maio (Representante) Instituto Vladimir Herzog (Representante) Mediação: Josianne Cerasoli (UNICAMP) 14h - Xilomóvel Ateliê Itinerante em Reflexão: Sobre as Conjunturas Brasileiras[editar | editar código-fonte]Luciana Taniguti Bertarelli Simone de Arruda Peixoto Marcio Elias Santos 16h - Encerramento[editar | editar código-fonte]Wagner Romão (IFCH), Simone Hashiguti (IEL), Jackeline Mendes (FE), Josianne Cerasoli (DeDH), Claudia Wanderley (CLE) 18h - Programação Cultural no campus - Apresentação da curimba do Terreiro do candieiro Baiana Zé do Coco no Teatro de Arena da UNICAMP[editar | editar código-fonte]Repertório de Resistência |
7 de novembro de 2022 - Conjunturas do Brasil: MILWEEK2022[editar | editar código-fonte] |
18h30 - Programação Cultural no campus (Exibição de Hotel Everest & debate com a Diretora Cláudia Sobral e com Michel Gherman, protagonista do filme)[editar | editar código-fonte] |
Atividades Culturais no campus - Conjunturas do Brasil: MILWEEK 2022
[editar | editar código-fonte]Oficinas de Xilogravura com Xilomóvel
[editar | editar código-fonte]onde: Vão do Ciclo Básico na UNICAMP
[editar | editar código-fonte]dias de outubro
3a dia 04 a tarde
5a dia 06 a tarde
5a dia 13 a tarde
5a dia 20 a tarde
5a dia 27 a tarde
dia de novembro
5a dia 03 a tarde
Filmes e na sequência debate com os Diretores
[editar | editar código-fonte]onde: Casa do Lago na UNICAMP
[editar | editar código-fonte]segunda feira, dia 24 de outubro de 2022 às 18h30
Exibição do filme "Cidadão Boilesen" e debate com o Diretor Chaim Litewski
[editar | editar código-fonte]Mediação: Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP) e e Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da Revista Mouro)
Chaim Litewski: Carioca, nascido em 1954. Graduou-se (Graduação e Pos-Graduação) na Polytechnic of Central London (Westminster University), em cinema, especializando-se em propaganda e conflito. Escreveu para publicações do British Film Institute, e produziu documentários de televisão para o Channel Four, da Inglaterra. Trabalhou na TV Globo em Londres e no Rio de Janeiro. Foi diretor da Fundação Antares (Rádio e Televisão Educativa do Piauí). Produziu reportagens especiais para CBC (Canadá), RAI (Itália), NBC (EUA) e muitas outras redes de televisão internacionais. Trabalhou na LIESA/RJ entre 1988 e 1989. Em 1991, Chaim ingressou nas Nações Unidas em Nova Iorque. Antes de se aposentar em setembro de 2016, dirigiu a Seção de Televisão da ONU. Produziu e dirigiu dezenas de programas, documentários e reportagens sobre conflitos, emergências humanitárias, direitos humanos e questões ambientais em mais de 100 países. Cobriu guerras na América Latina, Oriente Médio, na antiga Iugoslávia, Cáucaso, Ásia Central, Melanésia e em toda a África, incluindo o genocídio de Ruanda. Foi curador e organizador de várias exposições e mostras de filmes. Foi consultor do documentário “Mais Além do Cidadão Kane” de Simon Hartog sobre a história da Rede Globo, e diretor e produtor do documentário “Cidadão Boilesen”. Atualmente dirige 4 documentários sobre a história recente do Brasil.
Cidadão Boilesen, Um dos 100 melhores documentários brasileiros:
Exibição do filme "Hotel Everest" e debate com a Diretora Cláudia Sobral e Michel Gherman, protagonista do filme
[editar | editar código-fonte]onde: Casa do Lago na UNICAMP
[editar | editar código-fonte]segunda feira, dia 7 de novembro de 2022 às 18h30
Mediação: Valéria Aroeira (Pesquisadora Phala/FE-UNICAMP) e e Ciro Seije Yoshiyasse (Editor e Ilustrador da Revista Mouro)
Claudia Sobral: Premiada documentarista, antropóloga cultural, e curadora. Nascida em São Paulo, viveu nos Estados Unidos e Europa, cultivando assim uma perspectiva global que informa, influencia e impacta fortemente seu trabalho. Atualmente vive na Califórnia. Claudia é descendente de sobreviventes do Holocausto. Em 2006, durante uma viagem a Berlim, teve despertada sua curiosidade sobre as experiências de vida dos descendentes de nazistas. Realizou assim seu primeiro documentário de longa metragem, “Os Fantasmas do Terceiro Reich’’, que foi exibido no National Geographic Channel na Ásia, América do Sul, Europa e Austrália, e no History Channel da Itália. “Hotel Everest’’, seu mais recente documentário, narra as experiências de ativistas palestinos e israelenses que lutam pela paz no Oriente Médio. Além disso, Claudia tem quase duas décadas de experiência em museologia e artes comunitárias em Nova Iorque e Los Angeles, incluindo um projeto de pesquisa e exibição organizado pelo Japanese American National Museum de Los Angeles intitulado Transpacific Borderlands (Fronteiras Trans-Pacíficas), que foca em conceitos como pátria, identidade, etnia, e cosmopolitismo que informam a criatividade e a estética da diáspora japonesa no Brasil, Peru, México e Estados Unidos.
Michel Gherman possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000), mestrado em Sociologia e Antropologia pela Universidade Hebraica de Jerusalém (2007) e doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2014). Michel atualmente é pesquisador do instituto de pesquisa Ben-Gurion e é professor adjunto do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além disso, Michel Gherman é coordenador do NIEJ (Centro Interdisciplinar de Estudos Judaicos) do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador convidado do Centro de Estudos do Judaísmo da Universidade de São Paulo. Michel também é diretor acadêmico do Instituto Brasil-Israel.
Sobre o Hotel Everest:
Trailer: https://vimeo.com/manage/videos/231322915
Acesse também:
- Página do evento:
https://www.cle.unicamp.br/cle/conjunturas-do-brasil-milweek2022
- Página do evento no Instagram:
https://www.instagram.com/milweek.unicamp/
Esperamos vocês!
#milkweek2022 #conjunturasdobrasil #letramento #letramentomidiáticoeinformacional #unicamp
- página do evento na USP https://www4.fe.usp.br/category/noticias
- agenda do ODH/DeDH na UNICAMP: http://www.direitoshumanos.unicamp.br/agenda/
Canal Youtube de Transmissão: https://www.youtube.com/user/Multilinguisme
“MILWEEK 2021: CENÁRIOS DE UM BRASIL PANDÊMICO"
[editar | editar código-fonte]Apresentação
[editar | editar código-fonte]A ideia de um evento para refletir sobre o Brasil na pandemia vem de três necessidades: 1) a necessidade de elaborarmos juntos redefinições e ampliações de nossos interesses a ponto de atender às reivindicações de outros grupos, contribuindo inclusive para o alargamento do escopo destas reivindicações. 2) Pensar em soluções de problemas sociais, pensando na dinâmica de desigualdade social que se acirra no período da pandemia no Brasil, 3) que o apelo à reflexão que estamos propondo conjuntamente auxilie a desvendar potencialidades de nossa época considerando processos democráticos.
A tensão entre a reflexão filosófica e as pressões sociais é o elemento central deste evento na perspectiva de uma práxis intelectual que se articula e se envolve (cf. Ailton Krenak) com a realidade, com as comunidades e com o ecossistema. Esse entendimento do papel do intelectual na sociedade está bem elaborado na obra de Michel Debrun, particularmente no seu esforço de pensar a filosofia temática e a importância de compreender o fenômeno da auto-organização (Michel Debrun, 1982).
O Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, como compreendido pela UNESCO (cf. Alton Grizzle), aponta para uma outra necessidade, a da construção de uma formação sistemática em letramento midiático, informacional e diálogo intercultural devido à importância do impacto da expansão das novas tecnologias de comunicação e informação, compreendendo o papel dos estudos da linguagem, dos processos de ensino aprendizagem, da compreensão da convivência com as línguas e produção de conhecimento locais, incluindo no diálogo diferentes perspectivas que estão ao nosso redor. A universidade pública associada a diferentes atores que dominam os novos modos de circulação de informação pode e deve criar esse fórum de reflexão conjunto em prol do bem comum. É sempre interessante analisar esses fatos marcantes e decisivos na história.
Metodologia
[editar | editar código-fonte]Escolhemos o fenômeno do "Brasil na pandemia" para discutirmos como chegamos até aqui, quais atores fazem parte desse processo e como esses atores estiveram presentes nesse processo. Quais as principais questões que compõem esse fenômeno, quais são os principais elementos estruturantes, quais as perspectivas de superação – haverá superação?
Pautar o tema em sua complexidade e abrangência, considerando os recursos do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural como um caminho para problematizar de maneira ampla o fenômeno, e pensar os processo democráticos no Brasil pós-pandêmico.
Considerar criticamente em diálogo o papel da mídia, dos meios de comunicação, na formação do bom senso e do consenso, representações, concepções de realidades sociais, construções simbólicas, enfim a comunicação pública que não é colocada em pauta pela concentração dos meios de comunicação no país.
Isso será feito a partir de temas: Linguagem e Pandemia, Desinformação e discurso de ódio, O papel da mídia corporativa,A educação na pandemia, Lawfare – como esse processo contribuiu para a eleição de Bolsonaro, O que é lawfare; Sérgio Moro e a Lava Jato, Parceria mídia e Lava Jato, Povos indígenas e a pandemia, Trabalhos MILID Interculturais: Biblioteca Digital Paiter Suruí, Museu Online Paiter Suruí, Segurança alimentar, Pós-pandemia Xadrez político e desafios no campo democrático.
Convidados
[editar | editar código-fonte]Adail Sobral (FURG)
Agnaldo Arroio (USP)
Alexandre Le Voci Sayad (UNESCO MIL Alliance)
Alexandrina Monteiro (FE-UNICAMP)
Anna Christina Bentes (IEL-UNICAMP)
Ângela Carrato (UFMG)
Antonio Gois (JEDUCA)
Beatriz Raposo (projeto Biblioteca Digital Paiter Suruí)
Bianca Paiva (estudante UNICAMP)
Carmem Moretzsohn (projeto Guaruak)
Claudia Wanderley (CLE-UNICAMP)
Eliara Santana (Pesquisadora Independente)
Felipe Dornelas (estudante UNICAMP)
Franklin Martins (Ex-ministro das Comunicações)
Gabriel da Cunha Marques Brasileiro (estudante USP)
Gasodá Suruí (Doutorando UNIR, Coord.Centro Cultural Indígena Paiter Wagôh Pakob)
Gisele Cittadino (PUC RIO)
Jackeline Mendes (FE-UNICAMP)
Jane Quintiliano (PUC MINAS)
João Alegria (Canal Futura)
João Antônio de Moraes (projeto FiloLibras)
Juarez Guimarães (UFMG)
Junia Zaidan (UFES)
Leonardo Brant (DeusDará Filmes)
Lilian Minotto (Pesquisadora Independente)
Lívia Gouvêa de Carvalho Moura (estudante USP)
Luana Tolentino (UFOP)
Lúcia Santaella (TIDD/PUC SP)
Luis Carlos Azenha (Viomundo)
Luis Nassif (GGN)
Maria Luisa Alencar Feitosa (UFPB)
Maria do Pilar Lacerda (Ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação)
Melillo Dinis (Instituto Lampião)
Patrícia Blanco (Instituto Palavra Aberta)
Patrus Ananias (Ex-Ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome)
Paula Vermeersch (UNESP)
Ricardo Brito (estudante UNICAMP)
Robson Monteiro (projeto MIL MOOC PT UNESCO e UNICAMP)
Rosana Onocko (Presidente da ABRASCO – FCM UNICAMP)
Rubens Naraikoe Suruí (projeto UNIPAITER)
Sandra Cavalcante (PUC MINAS)
Sérgio Lüdtke (Projeto Comprova)
Sérgio Paganini (Ex-secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional)
Simone Hashiguti (UFU)
Suzi Sperber (IEL-UNICAMP)
Tainan Franco (projeto Foca no Enem)
Valdir Oliveira (Historiador autodidata)
Venício Lima (Professor emérito da UnB)
Wagner Romão (UNICAMP)
Walter Carnielli (CLE-UNICAMP)
Referências
[editar | editar código-fonte]Curso gratuito online Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural UNESCO & UNICAMP (2019): https://pt.coursera.org/lecture/alfabetizacao-midiatica/alfabetizacao-e-letramento-midiatico-informacional-e-dialogo-intercultural-Y1gSV
DEBRUN, Michel Maurice. Filosofia política: Gramsci ; filosofia, política e bom senso. 1982. 260f Tese (livre docencia) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/281338
SANTANA, Eliara; MARI, Hugo. Midiativismo, imprensa e a questão da ideologia. In: BRAIGHI, Antônio Augusto; LESSA, Cláudio; CÂMARA, Marco Túlio (orgs.). Interfaces do Midiativismo: do conceito à prática. CEFET-MG: Belo Horizonte, 2018. P. 212-225. Disponível em: https://interfacesdomidiativismo.wordpress.com/2017/12/07/download-do-e-book/
SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade Mídia: a comunicação reinventada na escola; prefácio Gilberto Dimenstein- São Paulo: Aleph, 2011, ISBN 978-85-7657-119-3
UNESCO (2016). Marco de Avaliação Global da Alfabetização Midiática e Informacional: disposição e competências do país. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/portuguese_version_of_the_global_media_and_information_liter/>
UNESCO (2013). Alfabetização midiática e informacional: currículo para formação de professores. Disponível em https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000220418
Alfabetização midiática e informacional: diretrizes para a formulação de políticas e estratégias; 2016. Grizzle, Alton. Alfabetização midiática e informacional: diretrizes para a formulação de políticas e estratégias /Alton Grizzle, Penny Moore, Michael Dezuanni e outros. – Brasília : UNESCO, Cetic.br, 2016. 204 p., ilus. ISBN: 978-85-7652-214-0 https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUKEwjtypyVlqryAhVBq5UCHQMzBMUQFnoECBYQAQ&url=https%3A%2F%2Fnic.br%2Fmedia%2Fdocs%2Fpublicacoes%2F8%2F246421POR.pdf&usg=AOvVaw1QxCR9-utsaIKPN4GSDO31
Comissões
[editar | editar código-fonte]Organizado pelo CLE/UNICAMP em parceria com a UNESP, Eliara Santana e UNESCO MIL Alliance.
Comissão Organizadora
[editar | editar código-fonte]Claudia Wanderley CLE/UNICAMP (Presidente)
Paula Vermeersch UNESP (Vice Presidente)
Eliara Santana (Pesquisadora Independente)
Alexandre Sayad (UNESCO MIL Alliance)
Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)
Lilian Minotto (Pesquisadora Independente)
Felipe Dornelas (estudante UNICAMP)
Bianca Paiva (estudante UNICAMP)
Ricardo Vieira de Brito (estudante UNICAMP)
Cauã Borari [Cauã Nóbrega Da Cruz] (estudante UNICAMP)
Comissão Científica:
[editar | editar código-fonte]Claudia Wanderley (CLE/UNICAMP)
Paula Vermeersch (UNESP)
Eliara Santana (Pesquisadora Independente)
Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
Agnaldo Arroio (FE/USP)
Jackeline Mendes (FE/UNICAMP)
Angela Carrato (UFMG)
Maria Luisa Alencar Feitosa (UFPB)
Mariana Peixoto (UFU)
Jane Quintiliano (PUC MINAS)
Simone Hashiguti (UFU)
Suzi Sperber (IEL/UNICAMP)
Programação:
[editar | editar código-fonte]25 de outubro
[editar | editar código-fonte]9h -Abertura - MILID e UNESCO MIL Alliance no Brasil
Alexandre Sayad (UNESCO MIL Alliance)
Claudia Wanderley (CLE-UNICAMP)
Eliara Santana (Pesquisadora Independente)
Paula Vermeersch (UNESP)
11h - Linguagem e Pandemia
Anna Christina Bentes (IEL-UNICAMP)
Suzi Sperber (IEL-UNICAMP)
Lúcia Santaella (TIDD/PUC SP)
14h - Desinformação e discurso de ódio
Adail Sobral (FURG)
Sérgio Lüdtke (Projeto Comprova)
Walter Carnielli (CLE-UNICAMP)
Patrícia Blanco (Instituto Palavra Aberta)
16h - O papel da mídia corporativa
Luis Nassif (GGN)
Venício Lima (Professor emérito da UnB)
Junia Zaidan (UFES)
26 de outubro
[editar | editar código-fonte]9h - Lawfare – como esse processo contribuiu para a eleição de Bolsonaro
Maria Luisa Alencar Feitosa (UFPB)
Gisele Cittadino (PUC RIO)
11h - Parceria mídia e Lava Jato
Ângela Carrato (UFMG)
Luis Carlos Azenha (Viomundo)
14h - Projetos Bem-Sucedidos ligados ao Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural
João Antônio de Moraes (projeto FiloLibras)
Tainan Franco (projeto Foca no Enem)
Robson Monteiro (projeto MIL MOOC PT UNESCO e UNICAMP)
Carmem Moretzsohn (projeto Guaruak)
Beatriz Raposo (projeto Biblioteca Digital Paiter Suruí)
27 de outubro
[editar | editar código-fonte]9h - A educação na pandemia
Agnaldo Arroio (USP)
Luana Tolentino (UFOP)
Alexandrina Monteiro (FE-UNICAMP)
Simone Hashiguti (UFU)
11h - Como recuperar a defasagem de aprendizagem na realidade brasileira?
Maria do Pilar Lacerda (Ex-Secretária de Educação Básica do Ministério da Educação))
Antonio Gois (JEDUCA)
Sandra Cavalcante (PUC MINAS)
14h - Museu Online Paiter Suruí (projeto CLE-UNICAMP)
Bianca Paiva (Estudante UNICAMP)
Felipe Dornelas (Estudante UNICAMP)
Lilian Minotto (Pesquisadora Independente)
Ricardo Brito (Estudante UNICAMP)
16h - Papel da TV com finalidade educativa na difusão do letramento midiático e informacional
Alexandre Le Voci Sayad (UNESCO MIL Alliance)
Leonardo Brant (DeusDará Filmes)
João Alegria (Canal Futura)
28 de outubro
[editar | editar código-fonte]9h - Segurança alimentar
Sérgio Paganini (Ex-secretário Nacional de Segurança Alimentar)
Patrus Ananias (Ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome)
11h - O papel do SUS na pandemia
Rosana Onocko (Presidente da ABRASCO – FCM UNICAMP)
29 de outubro
[editar | editar código-fonte]9h - Povos indígenas e a pandemia
Rubens Naraikoe Suruí (projeto UNIPAITER)
Gasodá Suruí (Doutorando UNIR, Coord Centro Cultural Indígena Paiter Wagôh Pakob)
Valdir Oliveira (Historiador autodidata)
11h - Pós-pandemia: xadrez político e desafios no campo democrático
Juarez Guimarães (UFMG)
Franklin Martins (Ex-ministro da Comunicação)
Melillo Dinis (Inteligência Política)
Wagner Romão (UNICAMP)
14h - Lançamento de livros
"A Misteriosa Carta Portuguesa" de Alexandre Sayad e José Santos
"Paulo Freire: A Prática da Liberdade, para Além da Alfabetização" de Venício Lima
"Jornal Nacional. Um projeto de poder" de Ângela Carrato, Eliara Santana e Juarez Guimarães
"MIL MOOC PT - Letramento Midiático Innformacional e Diálogo Intercultural UNESCO & UNICAMP" org. de Claudia Wanderley, Prefácio Alton Grizzle
16h - Encerramento
Paula Vermeersch, Eliara Santana, Alexandre Sayad, Claudia Wanderley
Como assistir no Youtube ou nos sites parceiros:
[editar | editar código-fonte]onde assistir:
https://www.youtube.com/user/Multilinguisme
[perguntas apenas pelo chat do Youtube]
ou
ZeitGeist, alexandresayad.com
https://www.instagram.com/letramid/
Quando:
24 a 31 de outubro de 2021 - evento completamente remoto organizado pelo CLE/UNICAMP em parceria com a UNESP, Eliara Santana e com a UNESCO MIL Alliance
Organização:
CLE/UNICAMP, UNESP, Eliara Santana, UNESCO MIL Alliance, PPPress
Apoio:
SAE/UNICAMP, FAEPEX/UNICAMP, ZeitGeist, FE/USP, UFU, UFPB, PUC MINAS, GGN, Viomundo
Agradecimentos:
Evento Fake News e Linguagem 2023
[editar | editar código-fonte]Voltamos a nos encontrar para atualizar as reflexões de 2019. Em breve mais informações.
Constituição do Campus Digital UNITWIN UNESCO-UNAOC MILID - USP & UNICAMP - 2021
[editar | editar código-fonte]Articulados em prol da divulgação do Letramento Midiático, Informacional e Diálogo Intercultural, UNICAMP e USP se organizaram para construir um campus digital.
Curso Alfabetização Midiática e Informacional e Diálogo Intercultural (AMIDI) disponível na plataforma Coursera 2020:
[editar | editar código-fonte]O curso “ Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural - UNESCO e UNICAMP" é de acesso aberto e foi traduzido, adaptado e oferecido como uma parceria entre a UNESCO e a UNICAMP. Introduz os conceitos de mídia e alfabetização da informação e do diálogo intercultural, juntamente com questões importantes que dizem respeito a este novo conjunto de competências para a cidadania global. Foi traduzido e adaptado por (ordem alfabética) Bruno Vieira Nery, Claudia Wanderley, Mariana Ferraz Almirón, Nátaly Stéfany Pereira e Robson Rodrigues Monteiro, ligados ao grupo de pesquisa Multilinguismo e Interculturalidade no Mundo Digital (até 2019 chamado Multilinguismo e Multiculturalismo no Mundo Digital) no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Mídia e informação e Diálogo Intercultural (MILID - Media Information Literacy and Intercultural Dialogue) busca a compreensão de como se dá o acesso à informação, ao conhecimento, à liberdade de expressão, à igualdade de gênero, e a um alto nível de educação em um ambiente intercultural. Descreve habilidades e atitudes que são necessárias para entender as funções de produtores/fornecedores de informação na sociedade, através de uma variedade de formatos de mídia, inclusive os da Internet. Incentiva a valorizar, aceitar e compartilhar diversos pontos de vista.
O curso tem esta perspectiva, com o intuito de compartilhar conhecimentos e experiências, aprender uns dos outros e encontrar, avaliar e produzir informações e conteúdo midiático por conta própria. Em outras palavras, MILID abrange as competências que são vitais para as pessoas participarem de forma eficaz em todos os aspectos do desenvolvimento da sociedade da informação. O curso tem o propósito de auxiliar na difusão da alfabetização midiatica e informacional, de acordo com os princípios da MILID como compreendida pela UNESCO e adaptados para as inumeráveis culturas de países de íngua oficial portuguesa pela UNICAMP. Este curso é parte de um conjunto de ferramentas MIL (Toolkit MIL) abrangente sendo desenvolvido pela UNESCO e parceiros.
Todos interessados podem participar desta reflexão. O curso é aberto a qualquer pessoa que deseja conectar-se. Há 10 módulos abordando conceitos como meios de comunicação e alfabetização informacional, o diálogo intercultural, a liberdade de expressão, os múltiplos papéis dos meios de comunicação e da publicidade na vida contemporânea, a representação de gênero e os estereótipos na mídia, desafios e oportunidades para os jovens, e formas de envolvimento com novas tecnologias para a mudança social . Se você deseja receber um certificado para fazer este curso, você precisa para alcançar um grau de pelo menos 60 % do total. Você pode também solicitar um certificado de participação no curso, se assim o preferir.
Link em que o curso está disponível: <https://www.coursera.org/learn/alfabetizacaomidiatica>.
Temas para reflexão:
[editar | editar código-fonte]- Introdução a Letramento Informacional e Diálogo Intercultural
- Alfabetização Midiática, Informacional e Diálogo Intercultural, o que é?
- Avaliação do Uso e Conteúdo de Mídia
- Uso de Pesquisa e Análise para Produzir seu Próprio Conteúdo
- Liberdade de Expressão, de Informação e de Imprensa
- Representação de Gênero na Mídia, Livros, Internet e História
- Ética na relação com os grandes negócios, políticas e desenvolvimento
- Entendendo e avaliando o Mundo da Publicidade
- Desafios e Oportunidades para Crianças e Jovens na Internet
- Engajando com a Mídia e usando Novas Tecnologias
Videos:
[editar | editar código-fonte]Introdução aos trabalhos do MIL MOOC em língua portuguesa (conheça nossa equipe de trabalho) <https://youtu.be/gykGzg9m7xc>
Desinfodemia no Brasil: Liberdade de Expressão/ Freedom of Expression - UNESCO Global MIL WEEK 2020 (vamos pensar liberdade de expressão, de quatro maneiras diferentes) <https://youtu.be/iz0MCVN9iVQ>
Evento Fake News e Linguagem 2019
[editar | editar código-fonte]Link para página do evento: https://em-cena-14.abralin.org/
Repercussão:
Durante três dias docentes de diversas Universidades brasileiras dissecam o tema Fake News e Linguagem: http://adunicamp.org.br/novosite/durante-tres-dias-docentes-de-diversas-universidades-brasileiras-dissecam-o-tema-fake-news-e-linguagem/
Indústria das Fake News entrega verdades sob medida aos seus consumidores: https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2019/11/26/industria-das-fake-news-entrega-verdades-sob-medida-aos-seus-consumidores
Balbúrdia na Unicamp revela como Fake News e desinformação sistemática ameaçam a democracia brasileira: https://www.viomundo.com.br/desnudandoamidia/eliara-santana-balburdia-na-unicamp-revela-como-fake-news-e-desinformacao-sistematica-ameacam-a-democracia-brasileira.html?
O evento
[editar | editar código-fonte]O tema “Fake News e Linguagem”, que está sendo proposto para o ABRALIN em CENA 2019, é um dos eventos regionais anuais promovidos pela Associação Brasileira de Linguistas, a ABRALIN. Ele foi proposto pelo Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Unicamp e por seis cursos de pós-graduação: Linguística da UNICAMP; Linguística Aplicada da UNICAMP; Língua Portuguesa/USP; Língua Espanhola e Literaturas Espanhola e Hispano-Americana/USP; Linguística e Língua Portuguesa/UNESP-Araraquara; Linguística da UFSCar.
O evento pretende contemplar o tema Fake News e Linguagem de forma disciplinar, a partir de perspectivas sociocognitivas e aplicadas de estudo da linguagem, e de forma interdisciplinar, convocando pesquisadores de diferentes campos de estudos: ciências humanas - história, antropologia, ciências sociais, ciências econômicas e jurídicas, jornalismo, comunicação social, estudos literários - e ciências médicas, exatas e da computação.
Nossos objetivos com o evento são:
- dar visibilidade ao papel central da linguagem para a compreensão do fenômeno das Fake News; e
- colocar o campo de estudos da linguagem, mais especialmente os estudos lingüísticos, em diálogo direto e aberto com pesquisadores de outros campos, de forma a divulgar o modo como a ciência linguística vem se abrindo para o trabalho inter e transdisciplinar e também de forma a contribuir para a compreensão da natureza do fenômeno.
Chamada
[editar | editar código-fonte]Com acesso de aproximadamente 70% da população brasileira à internet, em geral através do celular (IBGE, 2018), a diferença do modo de circulação de informação nas novas mídias nos traz desafios que vão desde a distinção entre o valor da verdade científica e a verdade dos fatos até – em nosso caso - uma reflexão voltada para os países que navegam e produzem informação em língua portuguesa. O que é possível fazer para melhor compreendermos o fenômeno das notícias falsas no ambiente digital e criar condições para promover o acesso igualitário à informação e ao conhecimento online?
As notícias falsas não são novidades entre nós, e sempre houve a possibilidade de se incomodar com elas assim como de verificá-las. Por exemplo, Hannah Arendt (1967), em Verdade e Política, aponta para as dificuldades estruturais da relação entre a política e a verdade. Michel Foucault ([1983-84] 2011), em A Coragem da Verdade, nos leva pela história dos sistemas de pensamento na compreensão da verdade em suas aulas no Collège de France.
Do ponto de vista epistemológico, ao refletirmos a partir de uma racionalidade, poderíamos pensar em desinformação, ou em equívocos. Entretanto, o que estamos presenciando na realidade brasileira é muitas vezes um agenciamento de novas tecnologias de maneira a conduzir o leitor de boa fé, sem que ele tenha à disposição recursos claros e objetivos para se dar conta deste investimento das notícias falsas em integrar modificar e arraigar seus valores. Da perspectiva da linguagem, há um mundo de relações e imprecisões no qual precisamos compreender melhor. A Agência Lupa, que iniciou o processo de checagem de fatos no Brasil, aponta para uma gradação de categorias que vão de: Verdadeiro (A informação está comprovadamente correta), Verdadeiro, mas... (A informação está correta, mas o leitor merece mais explicações), Ainda é cedo para dizer (A informação pode vir a ser verdadeira. Ainda não é), Exagerado (A informação está no caminho correto, mas houve exagero), Contraditório (A informação contradiz outra difundida antes pela mesma fonte), Subestimado (Os dados são mais graves do que a informação), Insustentável (Não há dados públicos que comprovem a informação), Falso (A informação está comprovadamente incorreta) e De olho (Etiqueta de monitoramento). Lúcia Santaella (2018), em A Pós-Verdade é verdadeira ou falsa? aponta, entre outras possibilidades, para um ambiente da pós-verdade, em que nós escolheríamos deliberadamente acreditar em algo e desconsiderar fatos que venham a destituir nossas crenças. São caminhos de reflexão para os quais convidamos você.
A Unesco em relação às transformações e inovações digitais propõe que trabalhemos para «facilitar a aquisição de habilidades básicas no uso de computadores para todos, popularizar a implementação do uso de tecnologias de informação e comunicação (TIC) para o desenvolvimento sustentável e a paz». No caso deste evento, nós queremos refletir a respeito deste fenômeno das fake news e apreender a dinâmica das notícias falsas no ambiente digital em língua portuguesa. Isto nos permitirá apresentar referências à/o cidadã/o falante de língua portuguesa de modo que ela/ele possa identificar que está recebendo uma notícia falsa, negociar novas informações para rever o que recebeu, e estar melhor informada/o sobre seus assuntos preferidos.
Se você se interessa pelo tema, e deseja participar desta reflexão coletiva, submeta um resumo para a organização do Abralin em Cena: Fake News e Linguagem.
Referências
- Agência Lupa
- Arendt, H. Verdade e política. Título original: «Truth and Politics». Este texto foi publicado pela primeira vez em The New Yorker, em Fevereiro de 1967 e integrado no livro «Between Past and Future», editado no ano seguinte. Tradução: Manuel Alberto
- Foucault, M. A Coragem da Verdade: o governo de si e dos outros II. Curso no Collège de France (1984-1984), tradução Eduardo Brandão, São Paulo, Editora Martins Fontes, 2011, 339p. Isbn 978- 85-7827-476-4
- Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, Isbn 978- 85-240-4481-6, IBGE, 2018.
- Santaella, L. A Pós-Verdade é verdadeira ou falsa? Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2018, 98p. Isbn 978-85-68552-80-3
- UNESCO. Alfabetização Midiática e Informacional (AMI)
Metodologia
[editar | editar código-fonte]O evento está organizado de forma a contemplar sempre pelo menos um linguista no diálogo com pesquisadores de outros campos. Os temas escolhidos convocam tanto os pesquisadores de outros campos como os linguistas a pensarem sobre a centralidade do papel da linguagem nos mais diversos contextos.
O evento contará com 09 (nove) mesas-redondas, 02 (dois) pockets shows e (01) um Open Fórum. Além disso, há a previsão de apresentação de 64 trabalhos, a serem selecionados pela comissão científica do evento.
A proposta é que esta "ABRALIN em Cena" contemple pesquisadores do Sudeste, representados aqui pelas seguintes instituições: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Museu Nacional (RJ), Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), USP, UNICAMP, UFSCar. Sendo assim, o evento contará com 21 linguistas e com 16 pesquisadores de outras áreas (comunicação social, ciências da computação, educação, ciências humanas, estudos literários, ciências exatas, ciências biológicas e ciências jurídicas).
As apresentações dos profissionais envolvidos no evento Abralin em Cena: Fake News e Linguagem poderão fazer parte de um acervo digital de livre acesso. Com este evento atraímos o debate sobre o letramento midiático e informacional para o espaço acadêmico brasileiro, com o protagonismo dos profissionais da teoria da linguagem. Há uma possibilidade de construção de publicação em conjunto com a UNESCO, no caso da linguagem dos artigos dos autores ser acessível ao público não acadêmico, o que - associado ao lançamento do curso e às parcerias acadêmicas com os países de língua portuguesa voltadas para a mesmo propósito, contribuirão para dispararmos um debate qualificado sobre o tema na sociedade brasileira.
Acreditamos que as discussões a serem levadas tal como estão organizadas poderão ser de grande contribuição para a compreensão do papel da linguagem na emergência de um fenômeno social tão importante nos dias de hoje que são as "fake news".
O formato desta ABRALIN em Cena pode contribuir de forma qualificada, tanto disciplinar como inter e transdisciplinarmente para a formação dos alunos de Letras e Linguística do Sudeste, assim como para a formação dos alunos de outras áreas, que deverão considerar, de forma mais contundente e informada, o papel dos estudos lingüísticos na compreensão de fenômenos sociais importantes.
Comissões
[editar | editar código-fonte]Comissão Organizadora
- Claudia Wanderley (Presidente) (CLE/UNICAMP)
- Anna Christina Bentes (Vice-presidente) (IEL/UNICAMP)
- Edwiges Maria Morato (IEL/UNICAMP)
- Eleonora Albano (IEL/UNICAMP)
- Beatriz Raposo (FFLCH/USP)
- Adrian Pablo Fanjul (FFLCH/USP)
- Paulo Segundo (FFLCH/USP)
- Jean Cristus Portela (UNESP-Araraquara)
- Otto Vale (UFSCar)
- Marcelo Buzatto (UNICAMP)
Comissão Científica
- Claudia Wanderley (CLE/UNICAMP)
- Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
- Edwiges Maria Morato (IEL/UNICAMP)
- Eleonora Albano (IEL/UNICAMP)
- Beatriz Raposo (FFLCH/USP)
- Paulo Segundo (DLF/USP)
- Marcelo Buzatto (IEL/UNICAMP)
- Adrian Pablo Fanjul (FFLCH/USP)
- Márcia Mendonça (IEL/UNICAMP)
- Cynthia Agra Brito (IEL/UNICAMP)
- Simone Hashiguti (UFU)
- Marci Fileti (Museu Nacional/RJ)
- Sandra Cavalcante (PUC-Minas)
- Junia Zaidan (UFES)
- Otto Vale (UFSCar)
- Margarida Salomão (UFJF)
- Inês Signorini (IEL/UNICAMP)
- Wilmar da Rocha D'Angelis (UNICAMP)
- Kanavilil Rajagapolan (UNICAMP)
- Miguel Oliveira (UFAL)
- Fabiana Komesu (UNESP - Rio Preto)
Programação
[editar | editar código-fonte]21/ 11 | qui |
8h45 – 9h15
Abertura
Autoridades: Reitor, Diretores (CLE/IEL), Presidente da Abralin, Coordenadoras do Evento
9h30 – 10h30
Fake news e o papel da linguagem no futuro da comunicação no Brasil
Coordenação: Miguel Oliveira
Participantes: Ivana Bentes (ECO-UFRJ), Kanavilil Rajagopalan (IEL-UNICAMP)
11h – 13h
Fake news e big data: o papel da linguagem
Coordenação: Edwiges Morato (IEL/UNICAMP)
Participantes: Marcelo Buzato (IEL/UNICAMP), Oto Vale (UFSCar), Esther Colombini (IC/UNICAMP)
14h – 16h
Fake news, cultura de massa e linguagem: o papel do texto e do discurso
Coordenação: Débora Mazza (FE/UNICAMP)
Participantes: Vinicius Romanini (ECA/USP), Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP), Paulo Segundo (USP)
16h – 18h
Linguagem das/nas fake news
Coordenação: Simone Hashiguti (UFU)
Participantes: Edwiges Morato(IEL/UNICAMP), Sandra Cavalcante (PUC-MG) e Beatriz Raposo (USP)
18h – 19h
Open Forum: Ações para o Letramento Midiático Informacional
Participantes: André Pasti (Intervozes/Cotuca/Unicamp) e Alexandre Le Voci Sayad (Co-Chair GAPMIL Unesco)
Lançamentos:
a) Cartilha: "Desinformação: ameaça ao direito à comunicação muito além das fake news" (Intervozes)
b) Livro: "Pós Verdade e Fake News" (Alexandre Sayad)
19h-21h
Fake News, Jornalismo e Cidade
Coordenação: Anna Christina Bentes (IEL/UNICAMP)
Participantes: Eliara Santana (PUCMG), Maria Eduarda Giering (UNISINOS), Adrian Pablo Fajul (USP), Adriana Bernardes (IFGW)
///////////////////////////////////////////////////
22/ 11 | sex |
9h – 11h
Fake news e suas repercussões nas humanidades
Coordenação: Jean Cristtus Portela (UNESP-Araraquara)
Participantes: Sávio Cavalcante (IFCH/UNICAMP), Carlos Etulain (FCA/UNICAMP), Junia Zaidan (UFES)
11h – 13h
Fake news, movimentos sociais e resistência: o papel da linguagem
Coordenação: Cláudia Wanderley (CLE-UNICAMP)
Participantes: Maria Manuel Baptista (Universidade de Aveiro, Portugal), Iara Beleli (IFCH/UNICAMP)
14h – 16h
Fake News e Letramento Informacional
Local: Auditório da ADUNICAMP
Participantes: Ana Paula Grillo El-Jaick (UFJF); Cássio Pereira Oliveira (UFES); Gabriel Agustinho Piazentin (UNICAMP); Janaísa Martins Viscardi (UNICAMP); Karine Silveira (IFES); Leonel Andrade dos Santos (UFC); Marcel Fernandes Gugone (PUC-SP)
17h – 18h
Open Forum
Participante: Gustavo Conde (Brasil/247)
18h – 19h
Lançamento de Livros
19h – 21h
Fake news e Letramento digital
Coordenação: Sandoval Nonato Gomes-Santos (USP)
Participantes: Márcia Mendonça (IEL/UNICAMP), Claudia Wanderley (CLE-UNICAMP), Patrícia Blanco (Palavra Aberta)
///////////////////////////////////////////////////
23/ 11 | sab |
9h – 11h
O papel da linguagem na produção de fake news na ciência
Coordenação: Inês Signorini (IEL/Unicamp)
Participantes: Peter Schutz (FCA/UNICAMP), Eleonora Albano (IEL/UNICAMP), Ana Arnt (IB/UNICAMP)
11h – 13h
Fake news na relação com a literatura, com o corpo e com a história
Coordenação: Suzi Sperber
Participantes: Sandra Luna (UFPB), Paula Vermeersch (UNESP-Presidente
Prudente), Odilon Roble (FEF-UNICAMP)
14h – 16h
Fake News, Linguagem e Política
Local: Auditório da ADUNICAMP
Participantes: Ana Clara Teixeira da Silva (UFRJ); Barbara Cristina Gallardo (UNEMAT); Gisele Azevedo Rodrigues (UnB); Istárlet Kétile Santos de Melo e Lilian Noemia; Janaísa Martins Viscardi (UNICAMP); Lidiane Pedroso Gonçalves (PUC-SP); Andreia Cunha (PUC-SP) e Daniela Barbosa (PUC-SP)
14h – 16h
Fake News: Abordagens Linguístico-discursivas
Local: Sala Multiuso da ADUNICAMP
Participantes: Clara Moreira Molinari (UNESP-Araraquara); Ester Cordeiro da Fonseca (UEA) e Claudiana Nair Pothin Narzetti (UEA); Gabriela Wick Pedro (UFSCar); Luiz Arthur Pagani (UFPR); Rodrigo Esteves de Lima-Lopes (UNICAMP), Karen Tank Mercuri (UNICAMP) e Maristella Gabardo (IFPR/UNICAMP); Valéria Adriana Maceis (USP)
16h – 18h
Fake News e Letramento Midiático
Local: Auditório da ADUNICAMP
Participantes: Assunção Aparecida Laia Cristovão (UNIFRAN); Cesar Augusto Gomes (UNICAMP); Filipo Figueira (UNICAMP); Francisco Renato Lima (UFPI); Karina Rocha Campos (UNESP – Araraquara) e Jean Cristtus Portela (UNESP – Araraquara); Rafaely Carolina da Cruz (Portal TEC Sala de Aula) e Paula Rodrigues Furtado (Portal TEC Sala de Aula)
16h – 18h
Fake News: Abordagens Discursivas
Local: Sala Multiuso da ADUNICAMP
Participantes: Andréia Honório da Cunha (PUC-SP), Maristela Costa (PUC-SP) e Camila Capps (PUC-SP); Débora Leite de Oliveira (UECE) e Maria Helenice Araújo Costa (UECE); Izabel da Silva (IFPR/UNICAMP) e Ana Cecília Bizon (UNICAMP); Marta Aparecida Paulo Ferreira (PUC-SP); Nathalia Melati (PUC-SP); Renata Coelho Marchezan (UNESP-Araraquara)
18h – 19h
Pocket Show: Fake News no Samba
19h
Open Fórum – Enfrentamento das Fake News: Política, Justiça e Linguagem
Coordenação: Cláudia Wanderley (CLE-UNICAMP) e Anna Christina Bentes (IEL-UNICAMP)
Participantes: Margarida Salomão (Linguista), Desembargador Jorge Souto Maior (TRT-Campinas).
Moção de Repúdio aos ataques feitos à Universidade Pública pelo Ministro da Educação
[editar | editar código-fonte]Diante dos mais recentes ataques perpetrados pelo sr. Abraham Weintraub, ministro da Educação do Governo Bolsonaro, professores, pesquisadores e estudantes presentes a um evento científico intitulado “ABRALIN em Cena: Fake News e linguagem”, promovido pela Associação Brasileira de Linguística e realizado na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), vêm a público juntar-se às vozes democráticas brasileiras no sentido de repudiar veemente as declarações feitas em vídeo. Infames, mentirosas e irresponsáveis, as declarações segundo as quais a comunidade acadêmica são “madraças de doutrinação” e que algumas universidades federais têm “plantações extensivas de maconha” procuram não apenas ameaçar a autonomia universitária, agredir e achincalhar a educação e a ciência brasileiras, mas torná-las refém de um projeto pedagógico neoliberal antidemocrático, privatista e antinacional.
As Universidades brasileiras, fundamentais para a soberania nacional e reputadas internacionalmente, têm enfrentado sérias dificuldades em função do subfinanciamento e dos efeitos da Emenda Constitucional 95/2016, que congelou gastos públicos por 20 anos em áreas essenciais como Ciência, Saúde e Educação. Com o Governo Bolsonaro e seu desprezo pelo Conhecimento e pela Democracia, as Universidades Brasileiras têm enfrentado cotidianamente as ameaças à sua autononomia, à liberdade de cátedra, ao ensino público, laico, gratuito e socialmente referenciado. As declarações do sr. Weintraub se inscrevem nesse projeto de tentativa de aniquilamento de sólidas e respeitáveis instituições nacionais.
A comunidade acadêmica presente no encerramento dos trabalhos desta última edição do “Abralin em Cena”, centrado providencialmente na análise do fenômeno social intitulado “fake news”, vem a público manifestar seu repúdio às novas declarações do atual ministro da Educação e sua expectativa de que providências jurídicas sejam tomadas para apurar eventual cometimento de crime de responsabilidade, improbidade, difamação ou prevaricação.
Vem a público, também, juntar-se aos que defendem a continuidade do papel fundamental da Universidade Pública – demonstrado por indicadores e rankings nacionais ou internacionais, públicos ou privado - na vida do País a partir de suas mais diferentes funções e responsabilidades, como o ensino gratuito, o atendimento via sistema público de saúde, a pesquisa de interesse social, a soberania nacional, o aprofundamento da democracia e o respeito à diversidade.
Assista no YouTube
[editar | editar código-fonte]Abralin em Cena: Fake News e Linguagem | 21/11 | Parte da manhã
https://www.youtube.com/watch?v=rxEYT0tqS60
Abralin em Cena: Fake News e Linguagem | 21/11 | Parte da tarde
https://www.youtube.com/watch?v=aTxeAgudMRc
ABRALIN EM CENA: fake news e linguagem | 22/11
https://www.youtube.com/watch?v=H4MlcNjRCc8
ABRALIN EM CENA: fake news e linguagem | 22/11 - Parte da tarde/noite
https://www.youtube.com/watch?v=GQoam_Sfm10
ABRALIN EM CENA fake news e linguagem | 23/11