Análise de Filme II - Vinícius Lopes

Fonte: Wikiversidade

Ficha técnica[editar | editar código-fonte]

Título do Filme: Getúlio

Ano: 2014

País: Brasil

Gênero: Biografia; Drama; História; Nacional; Suspense

Duração: 100 minutos

Direção: João Jardim

Roteiro: George Moura

Fotografia: Walter Carvalho

Trilha sonora: Federico Jusid

Elenco original: Tony Ramos, Drica Moraes, Alexandre Borges, Adriano Garib; Thiago Justino; Fernando Luís; Leonardo Medeiros; Alexandre Nero; José Raposo; Michel Bercovitch.

Produção: Carla Camurati

Idioma original: português

Sinopse: O filme conta a história do Getúlio Vargas, interpretado por Tony Ramos, que era o então presidente do Brasil no ano de 1954, mostrando seus 19 últimos dias que antecedem sua morte, que ocorreu no dia 24 de agosto desse mesmo ano. Pressionado por uma crise política sem precedentes, decorrentes do atentado contra o jornalista Carlos Lacerda e as acusações que apontavam que o presidente como mandante do crime, ele avaliou os riscos existentes até tomar a decisão de tirar a própria vida.

Ideia Inicial – História[editar | editar código-fonte]

O filme conta uma história. Sobre quem?[editar | editar código-fonte]

O filme conta uma história sobre Getúlio Vargas, que foi um dos mais importantes e controversos presidentes do Brasil. Ele governou o país por dois períodos: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954 (tratado no filme). Ele foi responsável por diversas reformas sociais, econômicas e políticas, mas também enfrentou acusações de autoritarismo, corrupção e violação dos direitos humanos.

Quais são as personagens principais?[editar | editar código-fonte]

Os personagens principais do filme são Getúlio Vargas (Tony Ramos), sua filha Alzira Vargas (Drica Moraes), o jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), o chefe da guarda presidencial Gregório Fortunato (Thiago Justino), o general Zenóbio da Costa (Jackson Antunes) e o ministro da guerra Henrique Teixeira Lott (Daniel Dantas).

Qual delas mereceu a sua atenção?[editar | editar código-fonte]

A personagem que mereceu a minha atenção foi Alzira Vargas, que foi uma das principais confidentes e conselheiras de seu pai. Ela demonstrou lealdade, coragem e determinação ao defender Getúlio das pressões políticas e militares. Ela também foi uma das poucas pessoas que presenciaram o suicídio de Getúlio e que leu a sua famosa carta-testamento.

Como termina o filme? O que você achou sobre ele e por quê?[editar | editar código-fonte]

O filme termina com a cena do suicídio de Getúlio, que atira no próprio peito com um revólver no seu quarto no Palácio do Catete, na madrugada de 24 de agosto de 1954. Antes de morrer, ele deixa uma carta-testamento em que acusa seus inimigos de conspirarem contra ele e contra o povo brasileiro. Ele diz que se sacrifica pela causa nacional e pede que o povo não se deixe enganar pelos que “agitam a bandeira da democracia, mas que só querem entregar o país ao imperialismo estrangeiro”. Ele termina a carta com a frase: “Saio da vida para entrar na história”.   

Tema de Fundo – Tese[editar | editar código-fonte]

Quais são os temas tratados no filme?[editar | editar código-fonte]

O filme aborda os acontecimentos que levaram ao suicídio de Getúlio Vargas, um dos presidentes mais importantes e polêmicos do Brasil. O filme mostra as tensões entre o governo populista de Getúlio e a oposição liderada pelo jornalista Carlos Lacerda, que o acusa de corrupção e autoritarismo. O filme também explora os conflitos pessoais e familiares de Getúlio, que se sente isolado e traído pelos seus aliados.   

Em que cena compreendeu o tema de fundo do filme?[editar | editar código-fonte]

A cena em que eu compreendi o tema de fundo do filme foi a cena final, em que Getúlio atira no próprio peito com um revólver no seu quarto no Palácio do Catete. Essa cena é impactante e emocionante, pois revela o desespero de Getúlio, que decide se sacrificar pela “causa nacional”, como ele diz na sua carta-testamento. Essa cena também mostra o contraste entre a imagem pública e a imagem privada de Getúlio, que era visto como um líder forte e carismático pelo povo, mas que sofria com a depressão e a solidão no poder.

Qual o problema ou questão que foi tratada mais demoradamente?[editar | editar código-fonte]

O problema ou questão que foi tratada mais demoradamente no filme foi o crime da rua Tonelero, que foi o estopim da crise política que culminou no suicídio de Getúlio. Mostra-se as investigações e as acusações sobre o atentado contra Carlos Lacerda, que resultou na morte do major Rubens Vaz. O filme questiona quem foi o mandante do crime e qual foi o envolvimento de Getúlio e do seu chefe da guarda pessoal, Gregório Fortunato, mostrando também as consequências do crime, como a pressão dos militares e da imprensa pela renúncia ou deposição de Getúlio.

Os realizadores descreveram bem os protagonistas?[editar | editar código-fonte]

Eu acho que os realizadores descreveram bem os protagonistas do filme, pois eles conseguiram retratar as características físicas, psicológicas e históricas dos personagens principais. Eu destaco a atuação de Tony Ramos como Getúlio Vargas, que foi impecável e convincente. Ele conseguiu captar os gestos, a voz e a personalidade de Getúlio, mostrando suas qualidades e defeitos, suas angústias e decisões. Eu também gostei da atuação de Drica Moraes como Alzira Vargas, que foi uma das principais confidentes e conselheiras de seu pai. Ela demonstrou lealdade, coragem e determinação ao defender Getúlio das pressões políticas e militares. Eu também achei que Alexandre Borges fez um bom papel como Carlos Lacerda, que foi o principal adversário de Getúlio. Ele mostrou a oratória articulada e demagógica de Lacerda, que usava a TV como plataforma para as denúncias contra o governo.

Ritmo e Montagem – Edição[editar | editar código-fonte]

Qual a cena ou sequência que mais chamou sua atenção ou lhe impactou? Por quê?[editar | editar código-fonte]

A cena ou sequência que mais chamou a minha atenção ou me impactou foi a cena do suicídio de Getúlio, que foi retratada com realismo e emoção. Essa cena foi marcante porque mostrou o desfecho trágico, no qual o presidente preferiu se matar a renunciar ou ser deposto. Essa cena também foi histórica porque gerou uma comoção nacional e mudou os rumos da política brasileira.

Houve algo no filme que te aborreceu? Em que parte do filme? Eram cenas de diálogo ou de ação?[editar | editar código-fonte]

Não houve nada no filme que me aborreceu, mas houve algumas coisas que me incomodaram um pouco. Por exemplo, eu achei que o filme poderia ter explorado mais a relação de Getúlio com sua esposa, Darcy Vargas, que apareceu pouco na trama. Eu também achei que o filme poderia ter mostrado mais as reações do povo brasileiro diante da crise política e do suicídio de Getúlio, que foi um líder populista e carismático. Essas coisas eram mais cenas de diálogo do que de ação.   

Qual a cena/sequência que não foi bem compreendida por você? Por quê?[editar | editar código-fonte]

A cena/sequência que não foi bem compreendida integralmente por mim foi a cena do sonho de Getúlio, em que ele se vê de mãos atadas diante dos seus inimigos. Eu não entendi muito bem o significado dessa cena, se era uma alucinação, uma premonição ou uma metáfora. Eu também não reconheci todos os personagens que apareceram nessa cena, como o general Dutra e o presidente Café Filho. Eu acho que essa cena poderia ter sido mais clara ou explicada no filme.

Mensagem[editar | editar código-fonte]

O que é proposto pelo filme é aceitável ou não? Por quê?[editar | editar código-fonte]

O que é proposto pelo filme é aceitável, na minha opinião, porque ele tenta mostrar um retrato fiel e equilibrado de um dos períodos mais importantes e turbulentos da história do Brasil. O filme não faz uma apologia ou uma condenação de Getúlio Vargas, mas sim uma análise dos seus dilemas pessoais e políticos, das suas virtudes e defeitos, das suas conquistas e erros. O filme também não esconde os aspectos negativos do seu governo, como o autoritarismo, a corrupção e a violação dos direitos humanos.

A quem se dirige, em sua opinião, o filme?[editar | editar código-fonte]

Se dirige, em minha opinião, a todos os que se interessam por história, política e drama. O filme é uma oportunidade de conhecer melhor a vida e a obra de Getúlio Vargas, que foi um dos presidentes mais influentes e controversos do Brasil. O filme também é uma forma de refletir sobre os dilemas e os desafios da democracia, da soberania nacional e da justiça social no país. A obra é didática, mas também envolvente, pois mostra os bastidores do poder, as intrigas, as conspirações e as emoções dos personagens, tornando-se um convite à reflexão crítica e ao debate sobre o passado e o presente do Brasil.

Relação com a disciplina de História do Brasil[editar | editar código-fonte]

Qual a contribuição do filme para sua compreensão da disciplina e do período estudado?[editar | editar código-fonte]

O filme "Getúlio" contribui para a compreensão da disciplina de História do Brasil II e do período estudado ao retratar os últimos 19 dias de vida de Getúlio Vargas. O filme mostra os bastidores da crise política que culminou no suicídio de Vargas, em 24 de agosto de 1954, após ser acusado de ordenar o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, seu principal opositor. O filme revela aspectos da personalidade, das motivações e dos dilemas de Vargas, bem como das relações entre ele, sua família, seus aliados e seus inimigos. Também apresenta o contexto histórico da época, marcado pela polarização política, pela pressão dos militares, pela influência dos Estados Unidos e pela reação popular à morte de Vargas.   

Relacione as contribuições desse trabalho para sua formação.[editar | editar código-fonte]

As contribuições desse trabalho para a formação são diversas, pois o filme permite uma reflexão crítica sobre a história do Brasil e sobre o papel de seus líderes políticos. As contribuições para a formação como cientista social são também variadas, pois o filme possibilita uma análise sociológica sobre a sociedade brasileira e sobre os processos sociais que envolvem o poder, a cultura, a comunicação, os movimentos sociais, as classes sociais, as identidades, os conflitos e as mudanças sociais. O filme também propicia uma comparação entre o passado e o presente, ao mostrar as continuidades e as rupturas da história do Brasil e os desafios para a construção de uma democracia plena e de uma cidadania ativa. Além disso, incentiva o desenvolvimento de habilidades como a interpretação, a argumentação, a crítica e a criatividade, que são fundamentais para a formação de um cientista social.