DC-UFRPE/Licenciatura Plena em Computação/Cursos ONline Abertos e Massivos (MOOCs)

Fonte: Wikiversidade

Introdução[editar | editar código-fonte]

O termo MOOC foi usado pela primeira vez em 2008 em um curso oferecido pela Divisão de Extensão da Universidade de Manitoba no Canadá. Esse curso, chamado Connectivism and Connective Knowledge (CK08), foi projetado por George Siemens, Stephen Downes e Dave Cormier e não valia como crédito. Teve a presença de 27 alunos matriculados que pagaram uma men/salidade, mas também foi oferecido gratuitamente na versão online. Para a surpresa dos instrutores, houve 2.200 alunos matriculados na versão gratuita online. Segunido a mesma ideia, Downes classificou este curso e os outros que foram oferecidos como conectivista ou cMOOCs, devido ao seu design (DOWNES, 2012).

No outono de 2011, Sebastian Thrun e Peter Norvig, professores de Ciência da Computação da Universidade de Stanford, lançaram um MOOC chama do Introduction to IA (Introdução à Inteligência Artificial) que teve mais de 160.000 matrículas, seguido rapidamente por outros dois MOOCs também da área de ciência da computação oferecidos pelos instrutores de Stanford, Andrew NG e Daphne Koller. Sebastian Thrun fundou a Udacity, e NG e Koller o Coursera. As duas são empresas com fins lucrativos, usam seus próprios softwares especialmente desenvolvidos para suportar número imenso de matriculas e uma plataforma para ensino. A Udacity e o Coursera estabeleceram parcerias com universidades importantes, que pagavam uma taxa para oferecer seus próprios MOOCs usando essas plataformas. A Udacity mais recentemente mudou de direção e está agora se concentrando mais no mercado de formação e treinamento corporativo.

Em março de 2013, o MIT e a Universidade de Harvard desenvolveram uma plataforma aberta para MOOCs chamada edX, que também atua para registro e ensino online. O edX fez parcerias com universidades importantes para oferecer MOOCs sem cobrança direta para hospedagem dos cursos, embora algumas pagassem para se tornarem parceiras. Outras plataformas para MOOCs, tais como a FutureLearn da Universidade Aberta do Reino Unido, também foram desenvolvidas. Como a maioria dos MOOCs oferecidos por meio destas diferentes plataformas estão baseados principalmente em videoaulas e provas automatizadas, Downes classificou estas plataformas como xMOOCs, para distingui-los do modelo conectivista cMOOCs. Em março de 2015, havia globalmente pouco mais de 4.000 MOOCs, dos quais pouco mais de 1.000 eram de instituições europeias.


Fonte: Texto retirado do livro "BATES, Tony. Educar na era digital: design, ensino e aprendizagem". São Paulo: Artesanato Educacional, 2016".