Laboratório de Conservação e Restauro de Documentos (LabDoc-UFRRJ)/01

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História e trajetória do Laboratório de Conservação e Restauro de Documentos da UFRRJ[editar | editar código-fonte]

Fonte: Viviane Godinho Vaz (bolsista de iniciação científica de 2009 a 2010) - Acervo da pesquisa.
Mapoteca com originais em papel vegetal e manteiga localizado na Prefeitura Universitária, em 2010.

A trajetória do LabDoc teve seu início muito antes de sua instituição oficial. No ano de 2007, as atividades curriculares conduzidas pelo Professor Doutor Cláudio Lima Carlos, nas extintas disciplinas obrigatórias de Técnicas Retrospectivas I e II, oferecidas pelo curso de Arquitetura e Urbanismo, conduziram à descoberta do acervo atualmente sob guarda do LabDoc. Seu estado precário de guarda e conservação, justificou vislumbrar meios adequados para sua conservação.

Mais tarde, entre os anos de 2009 e 2011, pesquisas realizadas no projeto de iniciação científica (PIBIC) “Descobrindo o Campus da UFRRJ através do seu Patrimônio Documental”, revelaram uma extensa coleção de plantas, desenhos e fotografias vinculadas ao conjunto arquitetônico-paisagístico da UFRRJ, preservada em setores da Instituição de Ensino Superior, como a Prefeitura Universitária e o Centro de Memória. Esse acervo documental apresenta uma riqueza notável, totalizando aproximadamente 500 pranchas contendo projetos arquitetônicos, detalhes construtivos e de mobiliário, além de resgatar a participação de arquitetos e algumas empresas que, anteriormente, receberam pouca ou nenhuma referência em pesquisas prévias, revelando não apenas as modificações realizadas na implementação dos projetos originais, mas também soluções arquitetônicas concebidas que não foram efetivadas.

Fonte: Viviane Godinho Vaz (bolsista de 2009 a 2010) - Acervo da pesquisa.
Escaninhos utilizados para a guarda de originais de farma inadequada em 2010.

Paralelamente, embora a pesquisa tenha trazido à tona a descoberta de um acervo importantíssimo, também foi capaz de chamar a atenção para problemas graves acerca do acondicionamento dos itens, pontuando o extremo abandono e descuido com os documentos, que encontravam-se dispostos precariamente em uma antiga mapoteca vertical de madeira sujeita à ação da umidade e incidência solar, fatores estes que culminariam em danos ao acervo, caso as devidas providências de conservação não fossem realizadas.

A partir disto, surge a necessidade de elaboração de um plano de resgate à memória documental da UFRRJ. Em 2013, por meio do Edital nº 32/2013 da FAPERJ, Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, a pesquisa sobre o acervo recebeu um respaldo financeiro, visando a realização de um projeto que fosse capaz de conferir a devida atenção à preservação desses documentos. Deste modo, foi possível adquirir equipamentos adequados para o acondicionamento correto do acervo, mesmo que em espaço provisório, mesmo que de forma precária, e criar um laboratório de conservação de papel.

As ações que foram propostas no projeto inicial foram realizadas pelo presente projeto e visaram:

a. promover a identificação e a pesquisa do acervo por parte de professores e alunos bolsistas da UFRRJ;

b. promover a conservação do acervo;

c. disponibilizar o acervo para pesquisa (reserva técnica) e, posteriormente, para visitação (exposição);

d. equipar o laboratório de restauração do Centro de Memória da UFRRJ de forma a garantir a continuidade das práticas iniciadas pelo projeto, pelo prazo de 24 meses proposto para o seu desenvolvimento;

e. estimular a pesquisa e a produção científica de alunos bolsistas e professores envolvidos na iniciativa.

Além desses objetivos, ao longo do desenvolvimento do projeto surgiu a ideia de inserir, brevemente, as plantas já catalogadas como bens culturais móveis, no âmbito do tombamento estadual do campus, já existente (1998-2001). A medida, caso aprovado pelos órgãos estaduais de patrimônio social, forçará os futuros administradores da IES a ter atenção particular ao acervo documental, sujeito risco de penalizações legais.

No dia 28 de novembro de 2013, iniciaram-se as atividades do projeto por meio de uma reunião entre os integrantes da equipe, na qual foram discutidas as prioridades referentes à aquisição de materiais de consumo e equipamentos, à alocação do espaço requerido para as atividades, à composição da equipe, bem como à coleta e identificação das plantas objeto da pesquisa. Quanto ao espaço destinado às atividades do laboratório, ficou definido que, por hora, visando não prejudicar o andamento do projeto, fossem utilizados o espaço do Centro de Memória da UFRRJ (CM/UFRRJ) e uma das salas dispostas na Prefeitura Universitária do Campus Seropédica, para fins de armazenamento de equipamentos e materiais, além de realização de reuniões e treinamentos destinados à equipe. A ocupação seria, por sua vez, provisória, não deixando de lado a busca por um espaço novo e adequado junto à administração superior.

No ano seguinte, em 10 de março de 2014, foi realizada uma nova reunião com a então Reitora da Universidade, onde estiveram presentes também os docentes Claudio Antonio S. Lima Carlos (coordenador), Ana Paula Ribeiro de Araújo, Júlio César Ribeiro Sampaio, Delson de Lima Filho e Fábio de Macedo (professores colaboradores), além da diretora do Centro de Memória da UFRRJ (CM/UFRRJ), Sra. Kate Helen de Sousa Batista. O encontro teve como principal objetivo apresentar a importância do projeto, além dos objetivos futuros e empasses, como por exemplo, o espaço adequado para o laboratório. Como alternativa para a problemática acerca do espaço destinado às atividades, foi solicitada e legitimada através de memorando à Magnífica Reitora, parte de uma das salas localizadas no andar térreo do prédio da Prefeitura Universitária. A sala em questão, apresenta maquinário mais apropriado para o acondicionamento correto das plantas, como uma grande mapoteca metálica que encontrava-se fora de uso e em ótimo estado. No mesmo dia, após a reunião, foi elaborado um projeto de ocupação e reorganização da sala.

Ainda em 2014, a Universidade enfrentou problemas administrativos que culminaram em uma greve de funcionários que acabou por atrasar e atrapalhar parcialmente o andamento do projeto e das obras necessárias no espaço cedido. A solução encontrada foi seguir com os dois espaços já cedidos - sala da mapoteca de madeira no segundo andar da Prefeitura Universitária (PU) e o Centro de Memória, localizado no Pavilhão Central - mesmo com todas as problemáticas encontradas.

Foram necessárias soluções provisórias de extrema urgência para que a sala do segundo andar da PU, pudesse ser utilizada como um espaço minimamente funcional para o andamento dos trabalhos. O problema mais grave eram goteiras vindas do telhado do prédio, que poderiam danificar os documentos. O espaço contou com a instalação de bancadas e pranchetas onde eram desenvolvidos os trabalhos de higienização, conservação preventiva e identificação da documentação e que, por sua vez, precisavam ser cobertas por lonas plásticas, assim como a mapoteca de madeira, a fim de tentar protegê-las de eventuais goteiras.

Ao final de 2014, foram realizadas obras de reparos na cobertura do edifício da PU/UFRRJ, resultando na eliminação parcial das infiltrações, o que culminou numa melhora significativa das condições laborais da equipe, fato que melhorou consideravelmente as condições de trabalho da equipe. A documentação histórica, uma vez conservada preventivamente, foi posteriormente transferida para a mapoteca em aço do andar térreo, separada e acondicionada corretamente e, sequentemente, foram realocadas no Centro de Memória da UFRRJ, como medida de segurança, a fim de evitar quaisquer outros possíveis danos.

Em 2015, a Universidade passou por um período conturbado administrativa e estruturalmente, como: atraso no início do ano letivo; corte expressivo de verbas por parte do governo federal; greve dos funcionários efetivos que estendeu-se até outubro; pane nos sistemas elétricos do Centro de Memória, incluindo o laboratório de restauração; o que afetou mais uma vez o andamento dos processos realizados pelo LabDoc. No entanto, também houve progressos consideráveis: optou-se por mover a mesa de higienização, adquirida em 2014 com financiamento da FAPERJ, para o segundo andar do edifício da Prefeitura Universitária, onde o acervo de plantas está situado; a inserção da logo da FAPERJ nas fichas de cadastro das plantas conservadas preventivamente; a compra de um transformador de 220 para 110v e substituição de dois bolsistas.

Em 2016, após o serviço coletivo de levar o maquinário que se encontrava no Centro de Memória, procurou-se uma ordenação espacial funcional segundo os processos de conservação e restauração: limpeza/higienização, restauro, digitalização e conservação através de acondicionamento em organizadores. A taxonomia das plantas segundo seu estado de conservação e degradação e a catalogação digital; e, a decisão por um regimento interno junto ao do Centro de Memória, enquanto os técnicos já faziam ações de conservação preventiva e restauro dos documentos em papel foram iniciativas necessárias. O ano seguinte, em 2017, contou com a realização do III Seminário de Memória, patrimônio e Cultura e I Seminário de Conscientização Patrimonial: Memória Viva. Durante o ano de 2017 o laboratório conseguiu cumprir com a maioria de suas metas estabelecidas no regimento no início do ano, principalmente a realização do Seminário e a participação em outros eventos, congressos de Patrimônio. Entre os anos de 2018 - 2019 o inventário de plantas constatou na época: 3363 plantas no acervo.

No período de 2020 - 2021, por conta da pandemia de covid-19, foi praticamente impossível atuar nos espaços internos da Universidade. Durante este período os professores e técnicos se reuniram com a administração central e prefeitura solicitando melhor ocupação espacial, desenvolveram projeto de ocupação do primeiro andar da prefeitura. Em 2022: treinamento de Equipe onde Técnicos para trabalhos laboratoriais de catalogação, conservação e restauração de acervo de documentos e obras de arte em papel junto com o laboratório de Conservação e Restauro do Curso de Belas Artes.

No ano de 2023 o acervo de documentos em papel aumentou. A notoriedade do LabDoc na Universidade fez com que os vários espaços museológicos da Universidade, em seus institutos, o procurassem solicitando avaliações técnicas. Paralelamente surgiram o NAAC e o Museu Casa do Reitor, junto ao Centro de Memória. Atualmente, a equipe continua com limpeza, acondicionamento, arquivamento, catalogação e restauro dos documentos. O passo seguinte, que já está em andamento, é a digitalização em alta resolução dos documentos restantes, descrição do conteúdo e criação de um banco de dados online, exigindo equipamentos e colaboradores específicos. Também está prevista a elaboração de instrumentos de pesquisa e a integração do acervo com outros processos da UFRRJ.

A Importância do cuidado com o papel e análise de agentes externos[editar | editar código-fonte]

Mesmo com os avanços tecnológicos, o papel continua sendo amplamente utilizado como suporte. Devido à sua fragilidade e limitações, é tratado com extrema cautela durante a manipulação, armazenamento e preservação. A deterioração de plantas em formatos maiores é frequentemente atribuída à complexidade de sua manipulação e à necessidade de proteção, muitas vezes resultando em danos como rasgos, cortes, manchas, entre outros, quando armazenadas em depósitos. Os principais agentes de deterioração são umidade que causa acidez, a luz e temperatura causando o amarelecimento, entre outros e, a partir dessa premissa, podemos categorizar os fatores de degradação do papel de quatro maneiras: agentes químicos, agentes físicos, agentes biológicos e ação humana.

  • Agentes químicos: Esses agentes externos desencadeiam uma série de reações adversas, como processos fotoquímicos, oxidações e hidrólises, que levam à degradação da celulose e à quebra de sua estrutura molecular. Como resultado desses processos, observamos a manifestação de características indesejadas nos papéis, incluindo escurecimento, amarelamento, fragilidade, quebradiços e manchas.
  • Agentes físicos: A luz, em especial os raios UV emitidos, provoca a deterioração, principalmente em materiais orgânicos. A luz solar, devido à maior quantidade de radiações ultravioletas, fluorescentes e incandescentes, é especialmente prejudicial. Apesar de ter efeitos inibidores no crescimento de agentes biológicos, a luz altera o suporte do papel, desencadeando mudanças na celulose e resultando em características físico-químicas modificadas, amarelecimento e escurecimento. A penetração da luz nos aglutinantes afeta mais esses componentes do que os pigmentos, causando alterações mútuas. Além disso, alguns vernizes, junto com outros elementos, envelhecem, perdem propriedades e endurecem, tornando-se rígidos. Esse processo pode levar a rachaduras e, em casos específicos, a craquelados que se desprendem da superfície do papel, levando consigo a escrita.
  • Agentes biológicos: Microorganismos de dimensões microscópicas, como insetos,roedores, bactérias e fungos, atuam como agentes biológicos capazes de causar infecções, alergias e toxicidades no corpo humano, além de destruir acervos com matéria orgânica para sua alimentação. Esses vilões se alojam silenciosamente em ambientes escuros, com umidade e pouca ventilação, causando danos significativos. Fungos e bactérias apresentam diversas colorações, indo do negro ao verde, roxo, amarelo e branco. Alguns danos, como os causados por colas, tornam-se irreversíveis antes de serem percebidos. Os estragos provocados por esses agentes são comuns e podem resultar em verdadeiras catástrofes em arquivos e bibliotecas.
  • Ação humana: A manipulação inadequada dos documentos, seja direta ou indireta,resulta em danos como desprendimentos, desgarros, manchas, arrugas e deformações, tornando a peça mais frágil. Atitudes como enrolar, dobrar e empilhar complicam ainda mais o manuseio. Diante dos riscos iminentes de perda mencionados, o projeto priorizou a conservação preventiva das plantas do acervo. Isso envolveu a retirada gradual dos originais da mapoteca de madeira, onde estavam suspensas por "orelhas de papel" grampeadas, e a remoção do ambiente prejudicial da sala da Prefeitura Universitária (PU), caracterizado por umidade, exposição excessiva à luz e poeira.

Além disso, incluíram registro fotográfico do carimbo da planta, da planta inteira em suas proporções reais e do detalhamento das patologias detectadas. O uso da fotografia foi essencial para documentar o estado anterior à conservação. Após o registro fotográfico, foi realizado o exame organoléptico e preenchida uma ficha de registro. Em seguida, foram tomadas medidas básicas de conservação, como higienização e remoção de grampos e orelhas de papelão.

Após essas etapas, as plantas higienizadas foram transferidas para a mapoteca em aço no primeiro andar do prédio da PU/UFRRJ, após rigorosa limpeza. O controle climático do laboratório e da sala da mapoteca foi realizado para evitar choques climáticos que pudessem prejudicar as plantas. As plantas foram acondicionadas em "pastas em cruz" feitas com papel filiset neutro, proporcionando proteção adequada. Após a finalização da conservação preventiva, procedeu-se com a realização de registros fotográficos e o cadastramento individual de cada obra original. As plantas higienizadas foram temporariamente armazenadas no Centro de Memória/UFRRJ, em mapotecas horizontais em aço. Até o momento, mais de 350 plantas foram higienizadas e 177 originais relacionados à memória do Campus Seropédica da UFRRJ foram cadastrados, embora o acervo conte com mais de 4.000 documentos ao todo.

Técnicas de Conservação[editar | editar código-fonte]

Após análises iniciais acerca de agentes externos e a realização de higienização das plantas, é imprescindível também que haja os devidos cuidados quanto ao acondicionamento correto dos documentos, e para isso, os itens passam por mais etapas de organização e conservação: planificação, catalogação, nova embalagem, acondicionamento e digitalização.

  1. Planificação: O procedimento de planificação envolve a remoção de rugas e marcas indesejadas do papel. Nesse processo, a planta arquitetônica é posicionada entre folhas de papel mata-borrão e submetida a uma pressão por pesos por um período de 24 horas. Se essa etapa não for eficaz o bastante, procede-se à aplicação de água deionizada por meio de um borrifador, seguida de um tempo de repouso de dez minutos, repetindo-se o processo três vezes, se necessário.
  2. Catalogação: Com relação à catalogação, optou-se pela preservação da numeração original das plantas, localizada nas bordas e carimbos, juntamente com uma nova, atribuída para o Banco de Dados do Centro de Memória (BDCM). Foram incluídas nas planilhas de catalogação e nas etiquetas afixadas nos envelopes de papel com pH neutro, destinados ao acondicionamento, duas numerações distintas, juntamente com informações sobre os desenhos e sua autoria. Apenas ficou em branco, provisoriamente, a coluna concernente à localização do original, pelos motivos acima expostos.
  3. Nova embalagem: Para acondicionar as plantas, optou-se por utilizar pastas em cruz confeccionadas com papel filiset neutro, acompanhadas de uma base protetora abaixo e acima, com o propósito de evitar qualquer contato com outros documentos. O papel escolhido é do tipo acid-free, caracterizado por sua alcalinidade e produção livre do processo convencional de colagem ácida. O agente de colagem empregado é de natureza sintética e é processado em meio neutro, excluindo o uso de sulfato de alumínio em sua fabricação. Tal escolha visa evitar resíduos que possam liberar ácido sulfúrico, prejudicial às fibras de celulose, causando danos aos documentos. Este papel demonstra uma durabilidade significativa, sendo resistente a fungos e à proliferação de bactérias, tornando-o ideal para a restauração e recuperação de documentos e certificados. O principal objetivo é preservar as características intrínsecas dos documentos, como sua originalidade e autenticidade. A seleção adequada do local de armazenamento das plantas é crucial, foram preparadas caixas individuais para cada planta, personalizadas e organizadas por temas específicos e posteriormente armazenadas em mapotecas. Preservou-se o número de registros existentes antes da intervenção, documentado em uma lista para consulta.
  4. Ficha de registro: A ficha de Registro é um documento que contém detalhes acerca do processo completo de conservação e restauro do documento, incluindo testes, análises patologias, e as propostas de tratamento. Ela atua como a memória do documento, sendo capaz de documentar e comunicar ao pesquisador ou restaurador os processos de conservação pelos quais o documento foi submetido e quais ainda devem passar. A ficha é composta por campos específicos que abrangem dados desde o momento do registro e sua localização, passando pelos exames realizados, patologias identificadas, até os tratamentos já implementados e os planejados para o futuro.
  5. Digitalização: Após uma análise mais detalhada do acervo documental, foi identificada a presença de diversas plantas de detalhes arquitetônicos, ornatos e mobiliário em dimensões inferiores ao formato A3. Diante disso, e considerando o estado razoável de conservação de alguns desses documentos, optou-se por realizar a digitalização utilizando um scanner A3. No que diz respeito às plantas de maior formato, devido ao precário estado de conservação, especialmente aquelas em suportes frágeis de papel manteiga, a escolha foi não empregar um scanner de tração. Esse procedimento demandaria a estabilização e restauração prévia dos suportes, uma etapa ainda não concluída. Nesse contexto, a digitalização está sendo conduzida por meio de fotografia digital, utilizando uma câmera profissional acoplada a um suporte desenvolvido pelo Professor Delson de Lima Filho, fabricado no próprio Departamento de Arquitetura e Urbanismo (DAU).  O suporte, de custo reduzido, teve muitas de suas peças produzidas por meio de uma impressora 3D de propriedade do professor. Flexível em sua montagem, pode ser utilizado tanto na posição vertical quanto horizontal. Por meio de uma leve e contínua sucção, realizada por uma pequena bomba de vácuo, os originais são planificados em uma base oca de MDF, com formato A0, permitindo a captura de fotografias com luz ambiente, evitando possíveis danos aos documentos originais como tração, choques térmicos decorrentes da luz ou outras ações que poderiam agravar ainda mais a atual condição dos documentos. As imagens passam por tratamento digital e, a longo prazo, há a intenção de disponibilizar parte do acervo em formato PDF na página do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFRRJ.

Equipe[editar | editar código-fonte]

  • Coordenador: Antonio José da Silveira
  • Adjunto: Claudio Antonio Santos Lima Carlos
  • Técnico Administrativo: Talles Yvson Alves de Souza
  • Arquiteta: Andressa Pazianelli Leite
  • Bolsista: Letícia Augusto Siqueira