(Contra-pedagogias da crueldade: miradas latino-americanas sobre a violência)
Contra-pedagogias da crueldade: miradas latino-americanas sobre a violência
Ementa
[editar | editar código-fonte]Inspirada pela proposta da antropóloga Rita Laura Segato de produzir contra-pedagogias da crueldade — isto é, processos que impeçam que a vida seja tornada uma coisa que possa ser agredida, eliminada, consumida ou deixada em farrapos —, pretendo apresentar modos como a violência é discutida a partir de experiências de subjetividades latino-americanas e, ainda, os modos pelos quais esses sujeitos buscam resistir, amortecer ou desviar os efeitos das pedagogias da crueldade. Além das discussões de Segato sobre pedagogias e contra-pedagogias da crueldade, buscarei apresentar três outras elaborações que se aproximam parcialmente dessas discussões: (1) a caracterização de um capitalismo gore e as possibilidades de resistência a ele, por Sayek Valencia; (2) a proposta de uma redistribuição da violência, de Jota Mombaça; (3) o tema da violência em processos de fabricação do mundo em narrativas orais ameríndias.
Objetivos
[editar | editar código-fonte]Objetivos gerais
[editar | editar código-fonte]- Apresentar elaborações e respostas latino-americanas ao tema da violência a partir da proposição de contra-pedagogias da crueldade.
Objetivos específicos
[editar | editar código-fonte]- Discutir a noção de contra-pedagogias da crueldade de Rita Laura Segatto.
- Discutir a noção de capitalismo gore de Sayak Valencia.
- Discutir a proposta de redistribuição da violência de Jota Mombaça.
- Discutir sobre a violência em processos de fabricação do mundo em narrativas orais ameríndias.
Conteúdo Programático
[editar | editar código-fonte]1. Pedagogias e contra-pedagogias da crueldade.
[editar | editar código-fonte]BIBLIOGRAFIA DE APOIO
SEGATO, Rita Laura. 2018. Contra-pedagogías de la crueldad. Buenos Aires: Prometeo Libros.
SEGATO, Rita Laura. 2003. “Los princípios de la violencia”. In: Las estructuras elementales de la violência. Bernal: Universidad Nacional de Quilmes.
SEGATO, Rita Laura. 2014. Las nuevas formas de la guerra y el cuerpo de las mujeres. Puebla: Pez en el árbol.
2. Capitalismo gore e resistências transfeministas.
[editar | editar código-fonte]BIBLIOGRAFIA DE APOIO
VALENCIA, Sayak. 2010. Capitalismo Gore. Espanha: Editorial Melusina.
3. Redistribuição da violência, trauma e a arte de des-esperar.
[editar | editar código-fonte]BIBLIOGRAFIA DE APOIO
MOMBAÇA, Jota. 2016. Rumo a uma redistribuição desobediente de gênero e anticolonial da violência.
MOMBAÇA, Jota. 2017. O mundo é meu trauma. PISEAGRAMA, 11, pp. 20-5.
MOMBAÇA, Jota. 2016. lauren olamina e eu nos portões do fim do mundo.
4. Transformações nos corpos e transformações nos mundos ameríndios.
[editar | editar código-fonte]BIBLIOGRAFIA DE APOIO
CLASTRES, Pierra. 2011. “Arqueologia da violência: a guerra nas sociedades primitivas”. In: Arqueologia da violência: pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify.
CESARINO, Pedro N. 2016. Corporalidades heterotópicas: montagens e desmontagens do humano nos mundos ameríndios e além. Revista Brasileira de Psicanálise, 50(2).
KOPENAWA, Davi Y.; ALBERT, Bruce. 2016. A queda do céu. São Paulo: Companhia das Letras.