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Ambientes Virtuais de Aprendizagem/Avaliação colaborativa

Fonte: Wikiversidade


Introdução

A prática em EaD online, que privilegia a avaliação baseada em atividades individuais, torna-se insuficiente quando a abordagem do curso é a aprendizagem colaborativa. Isso mostra a necessidade de criar estratégias avaliativas que valorizem uma proposta de avaliação colaborativa entre os pares no AVA, em que os alunos participem com comentários sobre as produções dos colegas e, inclusive, auxiliando no processo de avaliação.Ainda, compete destacar que a avaliação deve estar mais integrada com o processo de ensino, de forma que ela cause impacto significativo na aprendizagem dos estudantes.


Avaliação Colaborativa em Educação a Distância

As avaliações utilizadas no processo ensino-aprendizagem podem ser classificadas em dois tipos: avaliação somativa, cujo propósito maior é a pontuação de um produto já pronto e a avaliação formativa, que consiste em estabelecer um retorno para o aluno, permitindo a ele compreender sua própria aprendizagem, as regras usadas para avaliar, entre outros.


Para que seja viabilizada de forma efetiva a avaliação colaborativa em cursos a distância, são necessários ambientes virtuais de aprendizagem que suportem essa prática. Apesar de existirem ambientes que permitem atividades colaborativas, esse suporte ainda tem diversos aspectos a serem explorados, como, por exemplo, permitir a avaliação por pares em atividades. À medida que houver ambiente virtual com bom suporte para atividades a serem desenvolvidas colaborativamente e que permitam avaliação por pares, os professores podem se sentir motivados a colocar em prática essa forma avaliativa.


O Moodle, por exemplo, um dos AVAs mais utilizados atualmente. Além do fórum de discussão, ele possui apenas uma ferramenta, denominada Laboratório de Avaliação (Workshop), que permite a avaliação por pares, de forma insuficiente. De acordo com trabalhos desenvolvido por Ugulino et al. (2009), por exemplo, há dificuldade para os aprendizes perceberem o processo da atividade; há ausência de recurso que permita fazer comentários em todo o processo avaliativo por pares; além disso, esse recurso não distingue a auto-avaliação de avaliação por pares. É importante ressaltar que, em partes por causa das deficiências de ambientes virtuais que permitam a aprendizagem e avaliação colaborativa, existem alguns esforços para o desenvolvimento de aplicativos independentes de um AVA que supra essa necessidade.


É importante ressaltar que os princípios da avaliação somativa e formativa não mudam no ambiente online (Vonderwell et al., 2007). Inclusive, vários autores, como Lee (2008), Vonderwell et al. (2007), Trahasch (2004), afirmam que o ambiente virtual pode ser explorado para promover avaliação como um processo que está intimamente relacionado com a própria aprendizagem dos estudantes. Assim, no ambiente virtual, existem condições que permitem uma avaliação com potencial de contribuir com a aprendizagem, por meio do apoio à aprendizagem colaborativa, bem como pela interação entre professor e aprendizes. Como apontado em Palloff e Pratt (2002), a avaliação em um curso online deve ser de responsabilidade compartilhada pelo professor e pelo aprendiz. Quando o aluno avalia os trabalhos desenvolvidos por seus colegas, ele, indiretamente, está aprendendo a se autoavaliar e a ajustar o desempenho de seu trabalho de acordo com os requisitos estabelecidos pelo professor. Trahasch (2004, p.16) define avaliação por pares “como um cenário em que estudantes revisam artefatos, como resultados de aprendizagem de outros, baseados em um conjunto de critérios”.


Referencias

Kátia Cilene Amaral Uchôa,Joaquim Quinteiro Uchôa. Uma Análise Sobre Avaliação Colaborativa em Fórums de Discussão. CINTED-UFRGS Novas Tecnologias na Educação.
LEE, S. J. Designing a Peer Rating System for Asynchronous discussion. Association for Educational Communications and Technology: Estados Unidos, p. 413–417, 2008.
PALLOFF, R. M.; PRATT, K. Construindo Comunidades de Aprendizagem no ciberespaço: Estratégia para Salas de Aula Online. São Paulo, Artmed, 2002.
TRAHASCH, S. From Peer Assessment Towards Collaborative. In: ASEE/IEEE Frontiers in education conference. Savannah - GA: ASEE/IEEE, 2004. p. 16–20.
UGULINO, W.; MARQUES, A. d. M.; PIMENTEL, M.; SIQUEIRA, S. W. Avaliação Colaborativa: Um Estudo com a Ferramenta Moodle Workshop. In: XX Simpósio brasileiro de Informática na Educação. Florianópolis: UFSC, 2009. p. 1–10.
VONDERWELL, S.; ALDERMAN, K.; LIANG, X. Asynchronous Discussions and Assessment in Online Learning. Journal of Research on Technology in education, Eugene, v. 39, n. 3, p. 309–328, 2007.