Baré
Os índios Baré e Werekena (ou Warekena) vivem principalmente ao longo do Rio Xié e alto curso do Rio Negro, para onde grande parte deles migrou compulsoriamente em razão do contato com os não-índios, cuja história foi marcada pela violência e a exploração do trabalho extrativista. Oriundos da família linguística Aruak, hoje falam uma língua franca, o Nheengatu, difundida pelos carmelitas no período colonial. Integram a área cultural conhecida como Noroeste Amazônico.
Localização e população
[editar | editar código-fonte]A área formada pelo Rio Xié e alto curso do Rio Negro, acima da foz do Uaupés, é ocupada principalmente pelos índios Baré e Werekena, sendo que mais de 60% dos índios do Xié se identifica como Werekena. São aproximadamente 140 sítios e povoados, onde residem cerca de 3.200 pessoas. A maioria da população vive em “comunidades”, como são chamados esses povoados na região, que geralmente compõe-se de um conjunto de casas de pau-a-pique construídas em torno de um amplo espaço de areia limpa; uma capela (católica ou protestante); uma escolinha; e, eventualmente, um posto médico. Há, porém, comunidades que não possuem nada além das casas de moradia. Os principais povoados são Cucuí, Vila Nova e Cué-Cué.
No Rio Xié existem hoje nove comunidades: Vila Nova, Campinas, Yoco, Nazaré, Cumati, Tunu, Umarituba, Tucano e Anamuim. As comunidades situadas à montante da cachoeira de Cumati são: Tunu, Umarituba, Tucano e Anamuim. No caso de Tunu, localizada numa ilha, sua população vive majoritariamente em sítios pequenos, tais como Macuxixiri ou Cuati, indo para a comunidade apenas na época das festas de santo, em junho.
Acima de Cucuí, o Rio Negro deixa o Brasil, passando a ser o limite entre Venezuela e Colômbia. À montante do canal do Casiquiari, que liga ao Orinoco, na Venezuela, o Rio Negro é denominado de Guaínia. O curso do Rio Negro entre a foz do Uaupés até a cidade de Santa Isabel é a área que atualmente concentra o maior contingente populacional de todo o noroeste amazônico. As cidades de Santa Isabel e, sobretudo, São Gabriel da Cachoeira atuam como pólos de atração de populações que antes viviam mais no interior, nas margens dos formadores do Rio Negro. O fluxo populacional das comunidades do interior do município em direção à cidade de São Gabriel se caracteriza pela busca de complementação do estudo escolar, trabalho remunerado, serviço militar e proximidade do comércio com preços mais acessíveis que os praticados pelos regatões e barcos de comerciantes que se deslocam pelos rios.
Mapa Interativo
[editar | editar código-fonte]Coordenadas: 0°07'N, 67°05'O
Conflito de Culturas
[editar | editar código-fonte]Nessa narrativa, o autor traz um relato da tribo, em relação à chegada do povo branco. Essa narrativa pode-se ver no link
http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/narrativas-indigenas/narrativa-do-bare
Referencias
[editar | editar código-fonte]http://pib.socioambiental.org/pt/povo/bare
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/bare/1574
http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/narrativas-indigenas/narrativa-do-bare