Branch atualizado sugerido pela professora

Fonte: Wikiversidade

Esta página faz parte do Projeto sobre Serviços Digitais, da disciplina Projeto de Sistemas de Produção 2 ministrada pela professora Claudia Melo. O foco do projeto é "identificar, desenhar e implementar soluções (protótipos funcionais) para endereçar uma oportunidade latente ou necessidade/dor existente em Serviços Digitais no DF, buscando uma solução cabível no assunto em foco." 

Membros da equipe: Matheus Ramiro, Rodrigo Dusi, Lucas Guimarães e Samuel Barroso.

Introdução e Justificativa[editar | editar código-fonte]

O que são Serviços Digitais ?[editar | editar código-fonte]

Internet, grandes bancos de dados, inteligência artificial, automação, são algumas coisas que surgiram com o rápido avanço tecnológico, avanço que trouxe novas formas e mudanças para quase tudo. Uma vez que a forma de trabalho não envolvia muitas coisas, vendas eram feitas “olho no olho”, todos com horário fixo, uma carta demorava semanas para ser respondida, a comunicação entre pessoas de nacionalidades diferentes era dificultosa, o acesso a produtos externos era raro, a necessidade de conhecimento técnico e conhecimento de outras áreas era pouca, com a tecnologia tudo mudou! Em segundos você consegue comunicar com uma pessoa do outro lado do mundo, rápida produção de produtos, além do conhecimento técnico de sua área, é necessário saber de outras áreas, novas profissões afloraram e outras foram esquecidas. Essa necessidade de alta qualidade e rapidez, fez alterações no método de trabalho e colaborou para o surgimento dos serviços digitais, que inicialmente foi usado em vendas, e depois expandiu para várias áreas. 

Serviços digitais são todos os serviços que são feitos por meios digitais, uma loja virtual, o seu email, o site de uma empresa de consultoria, o marketing  elaborado pela empresa de fast food, a solicitação de uma visita técnica requisitada pelo site de sua operadora de internet fixa, tudo isso pode ser considerado um serviço digital, são inúmeras as formas de atuação de um serviço digital.

Tecnologia na educação pública[editar | editar código-fonte]

Como todos já sabem, o sistema de educação publica do Brasil é bem precário, e ao começarmos a estudar o que as pessoas passam nos seus dias de estudo ou trabalho (corpo de docentes), vemos que são diversos tipos de problemas. Problemas na organização de seus docentes, na forma em que as aulas são ministradas, nas estruturas das escolas, na falta de recursos que o governo disponibiliza, dentre muitos outros. Em cima disso conseguimos trabalhar onde o mundo mais se desenvolve nos ultimos anos, a tecnologia. A tecnologia hoje é um dos caminhos mais fáceis para se desenvolver conhecimento e não podemos privar os alunos mais necessitados disso. Pensando assim que começamos nosso projeto.

Metodologia[editar | editar código-fonte]

O método foi definido pela nossa professora e orientadora do projeto, e será o Design Thinking. Esse conjunto de métodos e processos é utilizado para identificar e abordar problemas, gerando um pensamento criativo. O principal objetivo dessa ferramenta é lavantar informações, analisar conhecimentos e propostas de soluções. O Design Thinking é essencialmente dividido em três fases, descritas abaixo:

  1. Imersão. Onde encontraremos o problema e sua origem, através de entrevistas abertas e criativas com pessoas que vivem no seu dia-a-dia escola pública, como coordenadores, professores e alunos.
  2. Ideação. É a fase do brainstorming, quando as ideias são expostas sem nenhum tipo de julgamento e grupo deve começar a pensar mais abertamente. É o momento em que sintetizamos o que nos foi dito nas entrevistas e começamos a pensar nas soluções.
  3. Prototipagem. Nessa etapa passaramos as ideias pro papel, finalmente colocamos em prática todo nosso desenvolvimento de ideias. Prototipamos alguns protótipos e voltamos às ruas para podermos validá-los, após algumas tentativas chegamos em uma ideia que nos parece mais global.

Processo e Definição do Problema[editar | editar código-fonte]

Entrevistas Iniciais e Dados coletados[editar | editar código-fonte]

Para podermos englobar uma maior variedade de informações fizemos entrevistas com professores, coordenadores e alunos de vários colégios com realidades diferentes. As  entrevistas foram tanto pessoalmente quanto via whatsapp, fizemos anotações e gravamos áudios para podermos compartilhar com todos os membros do grupo. Quatro docentes foram entrevistados, com uma média de uma hora por entrevista, sendo a maioria pessoalmente, e foram entrevistados seis alunos de ensino médio de escolas públicas, com predominância a entrevista virtual, com durabilidade média de meia hora por aluno.

Síntese das entrevistas[editar | editar código-fonte]

Foram realizadas entrevistas com uma variedade de docentes e alunos de colégios públicos de várias áreas do DF, foram entrevistas abertas, onde discutimos sobre a situação atual de cada colégio em que trabalha/estuda, e em alguns casos, dos colégios em geral (docentes). Com essas entrevistas, foram coletados os seguintes dados:

  • Problemas sociais (alimentação, vestuário, falta de perspectiva, etc.) influenciam diretamente no aprendizado dos alunos;
  • Falta de infraestrutura nos colégios, como as salas de informática, que não possuem computadores para todos os alunos, não possui internet compartilhada com os alunos, não possui retroprojetores para auxiliar nas aulas;
  • Falta de materiais didáticos atualizados, como livros e apostilas;
  • Não existe uma gestão dos professores adequada, não possuindo uma equipe de RH eficiente, sendo tudo feito na base do papel;
  • Desmotivação por parte dos alunos, uma vez que o colégio não possui suporte tecnológico (computadores e retroprojetores) para auxiliar nas aulas;
  • Não possui um mecanismo de comunicação extraclasse entre professores e alunos.

Principais problemas indicados[editar | editar código-fonte]

Após analisarmos cada entrevista, conseguimos absorver os principais problemas definidos por cada entrevistado e destacamos na imagem abaixo: 

Principais problemas identificados

Brainstorming[editar | editar código-fonte]

Depois de analisar todas as entrevistas feitas com professores e alunos das escolas publicas, tivemos o momento do Brainstorming. Nessa parte tivemos o objetivo que colocar no papel todos os problemas que encontramos, sendo problemas com alunos, professores ou estrutura do colégio.

Após essa primeira etapa nós colocamos os problemas de acordo com seus grupos específicos, para conseguir analisar mais facilmente os problemas. 

Pedaços de papel simulando post-its

Pontos de Vista[editar | editar código-fonte]

Utilizando pedaços de papeis como se fossem post-its (Imagem 2), conseguimos organizar as ideias e descrever vários pontos de vistas de acordo com os problemas apresentados pelos professores e alunos, nas imagens a seguir estarão os pontos de vista seguindo o modelo que nos foi definido (Imagem 3), e complementando o quadro com a união das possíveis soluções pensadas por cada membro do grupo.

Modelo de ponto de vista
Ponto de vista na perspectiva dos Professores e Administração

Possíveis soluções para Professores e Administração:

·        Banco de dados em um sistema

·        Planilha de controle

·        Controle próprio individual

Primeiro ponto de vista na perspectiva dos Professores e Alunos

Possíveis soluções para o primeiro ponto de Professores e Alunos:

·        Aulas utilizando projetor

·        Livros modernos digitalizados

·        Metodologias inovadoras

·        Plataforma com materiais de apoio disponíveis a qualquer momento

·        Maior interação de aluno-professor para melhor desenvolvimento

Segundo ponto de vista na perspectiva dos Professores e Alunos

Possíveis soluções para o segundo ponto de Professores e Alunos:

·        Computadores novos

·        Internet de qualidade com Wi-fi disponível para todos os alunos e docentes

·        Projetores nas salas comuns e salas de audio-visual

·        Biblioteca física e virtual atualizada

·        Plataforma com materiais de apoio disponíveis a qualquer momento

Ponto de vista na perspectiva da Administração
Ponto de vista na perspectiva dos Alunos

Possíveis soluções para Administração:

·        Sistema que permita uma interação entre colégios e Secretaria

·        Um “embaixador” de cada colégio para representar

Possíveis soluções para os Alunos:

·        Monitoria no colégio fora do horário de aula

·        Monitoria fora do colégio

·        Comunicação virtual aluno-professor

·        Plantão de duvidas à distância

Definindo o Problema[editar | editar código-fonte]

Analisando os pontos de vista e as possíveis soluções propostas por nós, vimos que uma boa parte das soluções estão fora do nosso alcance, visto que envolve grande investimento em infraestrutura por parte do Governo. Excluindo os problemas de infraestrutura e qualquer tipo de relação com a Secretaria de Educação, nos sobrou três problemas, não menos importantes, que são: falta de comunicação aluno-professor, falta de tempo suficiente para aprendizagem e problemas com materiais (desatualizados ou não disponíveis). Desses três problemas tivemos que escolher o principal, que foi o de comunicação aluno-professor, que influencia diretamente os outros dois. Conseguindo chegar num ponto onde há maior comunicação, teremos mais tempo para que os professores passem conhecimento para os alunos e ainda possam ajudar no problema de disponibilidade de material.

Hipótese de solução[editar | editar código-fonte]

Como nosso propósito inicial sempre foi desenvolver ou melhorar um sistema digital, nós escolhemos desenvolver um novo. Baseados nos sistemas de ensino à distância, pensamentos em um sistema que é capaz de suprir a necessidade dos alunos e professores nos aspectos que foram mencionados acima, focado principalmente no nosso problema raiz, comunicação/interação aluno-professor, mas também nas suas duas ramificações.

Prototipagem[editar | editar código-fonte]

Para podermos validar nosso projeto, elaboramos uma série de questões para que pudéssemos levar em forma de questionários para alunos responderem, e em cima dessas perguntas desenvolver melhor nossa proposta. Nós consideramos três âmbitos para a elaboração, que são: acesso, apoio e transporte.

Gráfico 1 - Necessidade de apoio extracurricular
Gráfico 5 - Meios de transporte

Apoio[editar | editar código-fonte]

Analisando os Gráficos 1, 2 e 3, vemos que 65% dos alunos entrevistados necessitam de apoio fora do horário de aula e que 64% dos alunos acreditam que o tempo das aulas não é suficiente para o aprendizado, 12% diz que depende da disciplina e 12% diz que é possível porém necessita otimização. 82% dos alunos dizem que frequentemente existe uma urgência para tirar dúvidas.

Gráfico 2 - Tempos das aulas não são o suficiente para o aprendizado
Gráfico 6 - Falta de segurança no percurso e no perímetro da escola

Transporte[editar | editar código-fonte]

No âmbito de transporte, podemos ver nos Gráficos 4, 5 e 6 que existe uma dificuldade de locomoção por parte dos alunos, 70% leva entre 11-20 minutos para chegar no colégio, sendo que 71% dos entrevistados vão a pé, e 59% diz que é perigoso o percurso e acerca do colégio, e 29% diz que é um pouco perigoso. Então vemos que os alunos não só perderiam tempo de estudo indo até o colégio, mas também têm medo de ir por falta de segurança no local.

Gráfico 3 - Necessidade de urgência nas respostas
Gráfico 7 - Acesso à Internet em casa

Acesso[editar | editar código-fonte]

Quando entramos no assunto de acesso, fica um pouco mais delicado, devida a situação precária que encontra nosso país, e vendo a um nível mais específico, nossas periferias, que foram nosso foco de estudo. Porém, os resultados são animadores, 94% dos alunos alegam ter acesso à internet em casa, e 76% dos alunos dizem ter computadores em casa.

Gráfico 4 - Tempo gasto com o deslocamento até a escola

Resultados[editar | editar código-fonte]

Através dessa entrevista de campo, percebemos que muitos alunos possuem computadores e acesso à internet em casa, o que é um ponto crucial pro nosso projeto. Outro ponto importante é o fato de vários alunos terem dificuldades em ir para o colégio fora do horário de aula, outro ponto a favor nosso, e pra finalizar, o apoio, a maioria dos alunos necessitam de apoio extraclasse, o que fortalece também nossa ideia.

Gráfico 8 - Quantidade de alunos que possuem computadores em casa

Esboço do primeiro protótipo[editar | editar código-fonte]

Esse é o momento em que mais quebramos a cara, por assim dizer. Em cima das respostas de entrevistas, fizemos um esboço de um protótipo da maneira que achamos que seria mais adequado, colocamos várias funcionalidades e tentamos fazer dele o mais completo possível, e levamos às ruas para mostrar para alguns alunos, segue o protótipo com algumas anotações em vermelho (feedbacks dos alunos), a ser visualizado no Esboço 1:

Esboço 1

Assim que levamos para nossa orientadora percebemos nosso erro, não focamos exatamente no nosso problema, e sim em uma plataforma EAD já existente, então nos foi dado a tarefa de quebrar a cabeça e tentar inovar fazendo esboços em tempo real enquanto conversávamos com alunos ou mesmo em casa refletindo. Nosso objetivo aqui era desenvolver um esboço de um protótipo que atender o nosso problema, e seguem os resultados nos Esboços 2, 3 e 4.

Esboço 2
Esboço 4
Esboço 5
Esboço 3

Após muitos feedbacks, tanto da orientadora como dos alunos e dos professores, conseguimos chegar a algo mais simples que atendesse aos nossos objetivos, ou seja, resolvesse nosso problema inicial, mostrado no esboço 5:

Chegamos um sistema que possui um menu bem simples, contendo um painel à direita mostrando quais alunos e professores estão disponíveis no momento (on-line), podendo abrir um chat, um calendário na página inicial mostrando a disponibilidade de cada professor, podendo filtrar por matéria na própria página da disciplina, uma espécie de inventário localizado no centro da página mostrando as tarefas futuras e materiais disponíveis e as disciplinas que os alunos estão cursando.