CAP Livre
Histórico
[editar | editar código-fonte]Redes livres nas escolas é um projeto aplicado à educação básica, que tem por objetivos:
- Instalar redes mesh em escolas públicas;
- Propiciar o desenvolvimento colaborativo de uma rede livre local;
- Fomentar e a gestão coletiva e colaborativa dessa rede e formar gestores;
- Pesquisar e desenvolver recursos que contribuam para uma aprendizagem e produção de conhecimento em rede e colaborativa;
- Contribuir para uma formação crítica do uso das redes digitais e apropriação crítica das tecnologias de comunicação de crianças, jovens e educadores da educação básica;
- Promover os princípios que caracterizam uma rede livre - disponível em Link externo
O projeto faz parte das linhas de pesquisa do Aprender Brincando http://labhiper.com.br/portal/, projeto de pesquisa e extensão idealizado e coordenado pela Profa. Izabel Goudart (CAp/UFRJ). A linha de pesquisa foi iniciada na edição de 2013 com a colaboração de Surian dos Santos.
Na ocasião dos laboratórios abertos, que ocorreram em novembro de 2013, alunos, funcionários, professores, convidados e tutores desenharam o layout dos serviços a serem oferecidos na rede, discutiram algumas questões sobre o uso do anonimato no chat coletivo, metareciclaram um computador e iniciamos a construção de um site para a biblioteca. O registro encontra-se disponível emhttp://labhiper.com.br/portal/index.php/projetos/126-redes-livres.
A iniciativa foi inspirada no projeto colaborativo de Redes Livres desenvolvido no Interactivos´12, no Nuvem Hacklab rural, em Visconde de Mauá, http://nuvem.tk/wiki/index.php/Interactivos%3F%2713_Nuvem#Redes_de_Telecomunicaciones_Libres.2C_Abiertas_y_Neutrales_-_.C3.81l_.28Europa_do_sul.29
No ano de 2014, continuamos o desenvolvimento ao longo dos laboratórios que ocorreram de março à maio, tanto da instalação dos roteadores (Surian dos Santos), como de programação do servidor (Lula Mattos). A partir de setembro de 2014, o desenvolvimento passou a ser realizado por Lucas Teixeira. Os registros encontram-se disponíveis nesta wiki.
A implantação da rede livre encontra-se no primeiro estágio: configuração dos roteadores, testes de sinal e comunicação, instalação e administração do servidor e de internet. O desenvolvimento tem sido lento, temos encontrado dificuldades na configuração e funcionamento da rede mesh e estamos pensando em soluções para que possamos avançar e disponibilizar a rede para uso pela comunidade, testar seu funcionamento em grande escala e finalmente, pensar em seus usos e aplicações educacionais.
No primeiro semestre de 2015, estaremos realizando uma convocatória para os interessados em conhecer e contribuir para o desenvolvimento desse projeto, de forma que possamos otimizá-lo e multiplicar esta iniciativa, em um futuro próximo, para outras instituições.
Aqueles que desejarem podem entrar em contato comigo, o projeto é aberto a intervenções e colaborações.
Izabel Goudart: belgoudart@gmail.com
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]A rede é formada por 5 roteadores TP-Link modelo WDR3600 versão 1.2.
Os roteadores foram reinstalados (“reflasheados”) com o firmware OpenWrt.
Firmware é o sistema operacional que controla o roteador.
O OpenWrt é uma espécie de distribuição linux para roteadores. Dessa forma, ele permite que visualizemos o roteador como um computador, com um sistema operacional rodando, onde podemos instalar pacotes específicos.
O firmware usado nesses roteadores é uma versão customizada do OpenWrt desenvolvida pelo projeto LibreMesh.
Foi criado um perfil de firmware especifico utilizando o Chef, que é um compilador de firmwares mantido pelo coletivo Altermundi. O firmware usado atualmente em todos os roteadores do CAP está disponível para download na página:https://chef.altermundi.net/network/redelivreorgbr/
O firmware específico criado para os roteadores da rede livre do Cap ainda precisa ser testado mas, a princípio, não apresentará problemas. Está disponível em: https://chef.altermundi.net/fwprofile/caplivre-ponto/
Funcionamento
[editar | editar código-fonte]De uma forma sucinta, a ideia da rede livre (mesh) é que todos os roteadores compartilham o mesmo nome de rede e juntos oferecem uma malha de rede comum onde os clientes estão sempre conectados e servidos pelo roteador mais próximo. Dessa forma, é possível andar pelo espaço estando sempre conectado à mesma rede a partir de pontos diferentes. A transição de um roteador para outro pode não ser tão rápida e se houver dificuldaade ao mudar de posição na rede, desconecte-se e reconecte-se novamente.
Um fator técnico importante para o bom funcionamento da rede é que a localização dos roteadores permita que um nó esteja sempre se comunicando com, no mínimo , algum outro seja por linha de visão, proximidade ou através de cabos. Dessa forma, um ponto nunca está isolado da malha.
Se um dos roteadores que compõem essa malha está cabeado à internet, servindo como um gateway, ele compartilha a conexão com o resto da rede e qualquer outro roteador passa a oferecer esse acesso tanto por wifi ou cabo. Um efeito disso é que se houverem muitos acessos de roteadores distantes, o roteador-gateway pode passar por um efeito de funil, demorando a responder todos esses pedidos de acesso. Por isso, é ideal que, ao se inserir acesso à internet na rede, haja mais de um roteador servindo de gateway. .
O mesmo pode ser feito com um servidor local conectado à algum roteador da rede, como é o caso do roteador 1 do CAp. Porém, isto não ocorre automaticamente como a internet descrita acima. Para configurar o acesso dos roteadores mais distantes ao servidor local, é necessário alterar a configuração do arquivo dnsmasq na instalação do openwrt de cada router. /etc/hosts e /etc/network podem ser necessários mexer também.
Na rede do CAP, esta é atualmente a parte que precisa ser trabalhada, a configuração de endereços e o monitoramento da taxa de dados entre os roteadores para saber se os nós da rede estão bons.
A introdução de um portal captivo para redirecionar os pedidos de outros sites para o portal do servidor é feita com o aplicativo nodogsplashque roda no openwrt. Ele é ativado com o comando nodogsplash start e possui um arquivo de configuração próprio. Ele já estava instalado e estava sendo usado mas agora está desabilitado.
Alguns exemplos de serviços que o servidor pode oferecer para o espaço:
- Servidor de arquivos com sincronização de pastas.
- Inicialmente usamos um sistema simples com uma página em php com um botão de “subir arquivo” e outro para fazer um pasta. Em seguida testamos o pydio (https://pyd.io/) que é um sistema de usuário mas complexo e tem o problema de não estar todo traduzido.
- Criação de microsites com hotglue
- Site interno da biblioteca
- Chat
- Tocador de músicas como uma rádio local acessada remotamente.
- Edição colaborativa de textos e projetos com etherpad ou Wiki.
- Cópia de sites para acesso rápido local como a wikipedia, por exemplo.
- Oferecer alguns desses serviços para a comunidade vizinha integrado-a ao espaço da GOMA.
- Ao integrar o espaço público comum com serviços de comunicação, a rede mesh está contribuindo para um movimento global de internet comunitária que busca dar autonomia de comunicação às pessoas e suas comunidades.