CdT Taioca: Intensivo de Pesquisa-Ação Participativa
Nossa segunda semana de curso teve como tema a Pesquisa-Ação Participativa. Para este tipo de pesquisa aprendemos que o erro é algo comum e inevitável. Também nos foi ensinado uma frase para lembrar como devemos proceder em Pesquisa-Ação: "Começa, erra, compartilha e começa de novo". Nos dois dias, aprendemos e praticamos diversas ferramentas de pesquisa-ação com o nosso próprio grupo e com os moradores da região.
17 de maio de 2014
Para começar o sábado, realizamos rodadas de nomes para relembrarmos quem somos nós, do CdT Taioca. As atividades do período da manhã foram:
- Auto-retrato
- Jornada
No período da tarde fomos até a Praça do Campinho, onde será colocado em prática tudo que aprenderemos nessas semanas. Uma vez na praça, iniciamos nossa interação com moradores locais que foi agradável e divertida.
No final da tarde, ainda na praça nos dividimos em grupos de tarefa responsáveis por desafios chaves no processo de transformação da praça.
18 de maio de 2014
O domingo foi um dia de práticas. A cada ferramenta que nos era ensinada havia uma aplicação prática na sequência. E utilizando folhas sulfite e canetas aprendemos a desvendar nossos sonhos, dificuldades, desafios e momentos de transformação. As ferramentas exploradas foram:
- Linha do tempo
- Árvore dos sonhos
- Peixes e pedras
- Campo de forças
- Matrix
Mais sobre a pesquisação
Diz Barbier (2002) que o verdadeiro espírito da pesquisa-ação consiste em sua “abordagem em espiral”. Significa que “todo avanço em pesquisa-ação implica o efeito recursivo em função de uma reflexão permanente sobre a ação” (p. 117). Essa reflexão permanente sobre a ação é a essência do caráter pedagógico desse trabalho de investigação. Nesse processo de reflexão contínua sobre a ação, que é um processo eminentemente coletivo, abre-se o espaço para se formar sujeitos pesquisadores.
Nesse processo reflexivo de coletar dados, registrá-los coletivamente, discuti-los e contextualizá-los, já se está caminhando para a construção de saberes e para seu compartilhamento, num processo único, dialético, transformador dos participantes e das condições existenciais.
Assim, os dados coletados são discutidos, refletidos, apropriados, ressignificados pelo grupo, principalmente por meio das espirais cíclicas, transformando-se gradativamente em conhecimentos do processo de pesquisa. Essas compreensões/ interpretações/análises/revisões precisam ser processadas sob forma de registros críticos. Todo grupo deve participar, até porque essas discussões e esses registros são importante instrumentos formativos do pesquisador.
Fontes:
http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a11v31n3.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdf