Ciência e Superstição

Fonte: Wikiversidade

Irei explicar a seguir sobre a Técnica da Terapia Japonesa EHT. Originariamente, a “Terapia Japonesa” criada por mim cura diversas enfermidades através da técnica de imposição da mão, sem recorrer a nenhum tipo de recurso material, tais como remédios ou equipamentos e aparelhos médicos. Esta técnica consiste na concentração da energia espiritual peculiar ao ser humano e sua irradiação, através da mão, ou seja, parte do princípio de “curar o espírito através do espírito”. Porém, desde que o homem contemporâneo se encontra dominado pelas ideias preconcebidas e materialistas, por trata-se de uma ação espiritual de âmbito imaterial, que não pode ser vista pelos seus olhos ou mesmo tocada pelas suas mãos, tende a imaginar que esta é uma terapia anti-científica. Porém, uma pessoa que se submete à terapia, sente a manifestação surpreendente do seu poder de cura; o que acontece então? por isso, as pessoas que veem pela primeira vez, ficam perplexas diante desse poder misterioso. No entanto, ao compreender o princípio básico desta técnica, a pessoa passa a explicar cientificamente sem qualquer mistério.

Podemos afirmar sem sombra de dúvidas que a verdadeira Ciência, logicamente, vem a ser a concretização da Verdade. E esta deve ser a própria realidade, não sendo permitido que haja uma mínima influência de superstições, de ideias preconcebidas ou da subconsciência. Nesse sentido, o meu método de cura de doença realmente faz sanar as doenças. Desde que ocorre a cura pela raiz sem qualquer preocupação de recaídas, afirmo que o meu método de tratamento é uma ciência.

Observado, por outro lado que, apesar de, teórica e formalmente, aparentar que houve a cura de doenças através do tratamento da Medicina Ocidental, na realidade, a mesma não ocorre. Também, a Medicina Ocidental é extremamente minuciosa e habilidosa no que se refere à higiene e aos métodos de saúde, mas por mais que os pratiquem, não estimula a saúde. Vejam, a condição física dos povos civilizados está regredindo e insinuando um destino decadente, não é mesmo? Está por demais distante a expectativa que a humanidade deposita na Medicina. Nesse sentido, acho que podemos dizer que a Medicina Ocidental é uma espécie de superstição na atualidade.

O homem da atualidade, ao abrir a boca, fala sobre o pavor das superstições. E imagina que elas são inerentes somente nas religiões e tradições, mas devem saber que a superstição existe também no aspecto da Ciência que as pessoas imaginam ter alcançado o progresso. Há vários séculos vieram pensando que se tratava de verdade aquilo que não era e a realidade é que isso acabou tornando-se gradativamente até mesmo em senso comum para o homem.

E as pessoas em geral dizem que a cura ocorre devido à fé, mas pelo auxílio do pensamento é que o efeito se torna maior. No entanto, em absoluto ocorre isso no meu método de tratamento. O doente pode recebê-lo sem mesmo acreditar. Embora receba o tratamento com desconfiança, o resultado será o mesmo. Vou apresentar, a seguir, um ótimo exemplo a respeito.

Trata-se da esposa de um alto oficial e ex-ministro do Estado, que exerceu o referido cargo por duas vezes. Ela restabeleceu-se por completo de uma doença crônica de longos anos através do meu tratamento em poucos dias. Assim sendo, passou a ter absoluta confiança no nosso tratamento.

No entanto, seu digníssimo filho, formando da Universidade de Tóquio e atualmente funcionário de certa empresa, casualmente contraiu gripe e por mais de um mês vinha recebendo tratamentos médicos, mas podia notar claramente que ao invés de melhorar, a tendência era de piorar gradativamente; por isso, a sua mãe, a senhora acima referida, incentivou-o para que ele viesse receber o meu tratamento. No início, examinei-o e disse-lhe que ele sofria de neuralgia intercostal e que o diagnóstico médico que indicara pleurisia seca estava equivocado. Então, o referido filho ficou irritado e disse que era insolência da minha parte dizer que o diagnóstico do médico, de sua confiança e proeminente do Japão, está errado e recusou veementemente, afirmando que não receberia o tratamento de um mestre como eu de forma alguma. Então, sua mãe procurava incentivá-lo de qualquer maneira, dizendo que através do tratamento médico jamais haveria cura e que isso seria absolutamente possível se recorresse ao meu tratamento.

Mas o rapaz que, apesar de normalmente ser obediente aos pais, nessa ocasião, estranhamente contrariou incontinenti a sua mãe e não aceitou o seu conselho, dizendo que se fosse outra coisa não tinha a menor intenção de contrariá-la, mas em relação a esta doença, não sentia a mínima vontade de receber o meu tratamento e, mantendo-se firme nessa posição, recusou-o. Então, sua mãe, depois de pensar muito, resolveu pedir ajuda ao seu marido e juntos procuraram convencê-lo. Depois de muita insistência dos pais, o referido rapaz aceitou receber o meu tratamento por apenas uma semana, mas o interessante é que ele aceitou, impondo a seguinte condição: a de não referir em absoluto sobre a sua doença. Concordei, porém, impus-lhe também as minhas condições: em contrapartida, durante o período de tratamento, ou seja, durante uma semana, poderia receber os exames médicos, mas que não usasse nenhum tipo de remédio; e ele concordou. Por esse motivo, o rapaz recebeu o meu tratamento com toda desconfiança; mais do que isso, totalmente contrariado. Contudo, achei muito interessante o fato dele receber o meu tratamento contrariado e sem falar nada sobre a doença, pois a primeira condição impede a influência do pensamento e a segunda, não permite o sugestionamento para cura de doenças através das palavras.

O seu quadro clínico era o seguinte: diariamente a febre subia espasmodicamente, acima de 40°C, sentia fortes calafrios, transpiração excessiva e, devido a tosses persistentes o enfraquecimento ia se acentuando. Por isso, o médico responsável e o médico que o auxiliava ficaram muito preocupados e, depois de trocar idéias, aconselharam o seu internamento num hospital. Entretanto, não sei se feliz ou infelizmente, o hospital escolhido estava lotado. Assim sendo, a internação imediata não era possível e ficou decidido que faria a internação assim que surgisse vaga. Nessa ocasião, já havia passado cerca de quatro dias, restando somente três dias para o prazo determinado de uma semana; por isso, tanto eu como a mãe do rapaz estávamos apreensivos. Ela dizia-me: “Se ele for internado nas condições atuais, acho que correrá perigo de vida, mas se vier o aviso de vaga do hospital, não podemos deixar de interná-lo imediatamente, por isso, peço-lhe o favor de fazer com que ceda a febre enquanto o hospital permaneça lotado e antes que chegue a notícia de vaga.”

A essas alturas, ao mesmo tempo que pude estimar o sentimento daquela senhora, também fiquei numa situação em que precisava mostrar o resultado favorável do meu tratamento. Além disso, como a febre de 40°C ocorria por volta das duas ou três horas da madrugada e queria observar o estado de surgimento dessa febre, decidi pernoitar em sua residência, o que ocorreu na noite do quinto dia de tratamento. No sexto dia, não houve nenhuma mudança visível e nem chegou o aviso do hospital. Finalmente, chegamos ao sétimo dia e felizmente recebi a notícia de que a sua temperatura pela manhã estava abaixo dos 37°C, ou seja, exatamente 36,8°C, o que me tranqüilizou. Nesse dia, a temperatura máxima excedeu os 37°C, mas não ultrapassou os 38°C; por isso, o médico suspendeu a internação. A partir de então, a sua temperatura foi se normalizando gradativamente e ele restabeleceu-se por completo.

Acho que o exemplo acima é perfeito no que se refere à não interferência do elemento pensamento. Acredito que, mesmo baseado nesse fato, não há o que contestar que o nosso tratamento é, sem sombra de dúvidas, científico. Comprovável através de seus inúmeros resultados.

Análise do Caso: a respeito do paciente acima, vou apresentar o meu ponto de vista. Quanto à doença, no início era uma gripe simples, cuja febre variava entre o mínimo de 36°C e o máximo de 38°C, e essa situação permaneceu por volta de uma semana. Depois, veio a se agravar e o mínimo passou para 37,5°C e o máximo para 38,5°C. Duas semanas se passaram nesse estado e, repentinamente, a febre ultrapassou os 40°C, acompanhada de tosse, de calafrios e outros sintomas já citados.

No meu primeiro exame, achei que pela natureza dessa enfermidade, a febre pertinente deveria ser de mais ou menos 38°C, não havendo motivo para que a mesma se elevasse, mas se houve febre alta de mais de 40°C, ela é uma febre reacionária que fora provocada pela ingestão de antitérmicos; por isso, se parar de usá-los, a febre reacionária irá cedendo aos poucos e, no final, acabará restando apenas a febre comum à doença. Fiz essa explicação àquela senhora e seu filho.

A seguir, vou falar sobre um fato que aconteceu por volta do quinto dia e que me surpreendeu muito. Ela disse que o médico examinou o seu filho e afirmou que, apesar da pleurisia seca estar praticamente curada, o fato da febre alta de 40°C persistir é uma prova de que a doença avançou para o fundo do pulmão, e por ser este um sintoma complicado, a internação do filho era absolutamente necessária. Ao ouvir isso, dei risada e fiz a seguinte explicação a ela: “Não há nenhum problema no pulmão do seu filho. Se realmente houvesse o avanço da doença no pulmão, a respiração dele estaria alterada. No entanto, a respiração permanece normal, portanto, fique tranquila, pois o diagnóstico médico está errado”. Aí ela se acalmou. Gostaria de dizer aqui que a realidade acima está implicando um problema grave.

O problema é que no início era uma gripe simples que, se deixasse seguir o seu curso natural, curar-se-ia em cerca de uma semana, mas o tratamento médico tentou baixar a febre usando antitérmico. Isso, ao contrário do que se esperava, provocou febre reacionária. Além do mais, diagnosticando essa febre alta como doença pulmonar grave, tentou internar o paciente. Assim, após a internação, iria, logicamente, enfraquecer o estômago e os intestinos através do repouso absoluto e, como o antitérmico iria manter a febre reacionária, realizaria a interrupção da purificação aplicando injeções, emplastros, etc. Assim sendo, evidentemente o doente vai se debilitando cada vez mais, a ponto de perder a vida.

Podemos imaginar que não são poucos os casos de disseminação da tuberculose e mortes provocadas por ela em consequência de tais diagnósticos e tratamentos equivocados.

“A Verdade é simples e incontestável”.