Cidades Inteligentes: Gestão hídrica

Fonte: Wikiversidade

Projeto desenvolvido pelos alunos Lucas Silva, Caleb Albuquerque, Gabriel Pinheiro e Matheus Vieira, estudantes da Universidade de Brasília para a Disciplina de Sistema de Informação 2017/2.

Resumo[editar | editar código-fonte]

O grupo composto por quatro integrantes, durante uma aula de Sistemas de Informação, se reuniu e cada integrante listou em post-its problemas que identificava em Brasília e depois juntaram todos os problemas por temas. Mesmo não o tema água não sendo o mais comentado pelos alunos, foi o escolhido por ser um problema que a grande maioria dos brasilienses está vivendo. Após a definição do problema a ser estudado, foram definidas algumas perguntas a serem realizadas a qualquer pessoa que pudesse colaborar para que o grupo tivesse mais noção da grandiosidade do problema, por exemplo, como ele afetou a população e o que poderia ser a causa dele, para que o grupo pudesse pensar em uma possível solução ou melhoramento.

Introdução[editar | editar código-fonte]

O tema água sempre foi bastante discutido por ser algo essencial para a sobrevivência humana e ser tão mal utilizada pelos seres humanos. O tema foi escolhido principalmente por atualmente Brasília estar passando por um problema de falta de água que obrigou o governo a realizar racionamentos semanais em quase todas as áreas do Distrito Federal, realizar planos de emergência para captar recursos hídricos de outras fontes, como o Lago Paranoá, e acelerar as obras de captação do Lago Corumbá IV, em Goiás[1].

Um problema que os integrantes do grupo em sua maioria estão sofrendo em suas casas e todo seu circulo social também e que possui uma extrema importância ser tratado logo para prevenir a falta do bem tão precioso para a humanidade, a água.

Cidades Inteligentes[editar | editar código-fonte]

Cidades inteligentes, um termo traduzido de "smart cities", teve sua origem em 1990, durante o advento da Internet. As smart cities são definidas pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver. Em uma época que a população está em constante crescimento, os centros urbanos estão cada vez mais populosos e os problemas dessa superlotação cada vez mais evidentes, como trânsito cada vez pior, falta de segurança, falta de gestão adequada para inúmeros setores entre outros inúmeros problemas que qualquer cidade possui o risco de ter.

As cidades inteligentes tem a finalidade de não só resolver esses problemas mas também melhorar o máximo possível a qualidade de vida dos habitantes com suas soluções.

Uma Cidade Inteligente é aquela que utiliza recursos tecnológicos para melhorar a gestão urbana, como utilizar big data para melhor visualizar gargalos da cidade, utilizar informações na nuvem para acompanhar dados em tempo real e ser um possível meio de integrar os sistemas[2].

O motivo dessa ideia ter ganhado tanta força é o potencial de mudança que ela pode trazer aos habitantes. Ela ajuda a construir uma cidade melhor, mais criativa e com soluções em tempo real. Ela poderá gerar índices de onde falta investimentos e relatórios para os gestores saberem onde precisam melhorar. A tecnologia é cada vez mais essencial no dia a dia do ser humano por sua praticidade e melhoria de muitas ações, sendo um motivo para introduzi-la em nossas cidades.

Cidades Inteligentes no mundo[editar | editar código-fonte]

O conceito de cidades inteligentes já é mundial e já existem cidades que deram passos maiores na busca de ser tornarem mais inteligentes. De acordo com uma pesquisa da Escola de Negócios da Universidade de Navarra na Espanha (IESE) [3], Toquio, a capital do Japão, foi eleita a cidade mais inteligente do mundo dentre as avaliadas e com os parâmetros utilizados.

A cidade brasileira melhor avaliada foi São Paulo, que ficou em 94º no ranking entre as 135 avaliadas. Uma posição que indica um grande potencial de crescimento para São Paulo e que isso possa despertar outras cidades no Brasil.

Cidades Inteligentes no Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil, um país emergente, possui muito a evoluir em inúmeros quesitos, sendo um deles no desenvolvimento de suas cidades para se tornarem inteligentes e melhorarem em muito a qualidade de vida de seus habitantes. A capital do país, Brasília, é, no ranking da Connected Smart Cities (Cidades Inteligentes e Conectadas), a quarta cidade mais inteligente, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba [4]. Mostrando o grande potencial da capital.

Resumo histórico sobre a utilização de água no contexto mundial[editar | editar código-fonte]

A água sempre esteve presente para a humanidade desde os primórdios[5]. Para Thales de Mileto (625-548 a.C.), a terra era redonda e que a água era a matriz de todas as utilizações do ser humano. Segundo estudos, grandes civilizações entraram em colapso quando se depararam com a falta dela. No Egito, há uma possibilidade de que a civilização acadiana tenha sido atingida em decorrência da seca dos rios Tigre e Eufrates; na América, os povos Astecas, Incas e Maias fugiram de seus locais em busca de novos recursos, devido a contaminação da água por rejeitos e desmatamento de nascentes.

Diversas civilizações nômades eram abrigadas e construídas ao redor de fontes hídricas existentes, tendo como exemplo os povos egípcios, que dependiam das enchentes do Rio Nilo para armazenarem líquido e distribuir na agricultura (irrigação de solo) e utilização humana. Entretanto, a evolução veio com os romanos, em um período marcado por grandes obras que visavam distribuição de água e saneamento básico, com isso, possibilitando uso controlado de água para a população por motivos de economia; além da criação de caixas d'água, hidrômetros, sistemas integrados de distribuição e campanhas incentivando o uso consciente.

Desde a Idade Média, a água foi utilizada em moinhos hidráulicos com a função de moer grãos, manipulação de tecidos e produção de energia através do movimento de turbinas; sendo material importante até para a Revolução Industrial, que ocorreu em 1760.

Atualmente, o uso da água se dá para geração de energia elétrica, refrigeração de ambientes (utilizando ar-condicionado) e motores a combustão, além de limpeza doméstica, controle de incêndios e lazer. Entretanto, com a crise hídrica em que Brasília vive, poderemos voltar a utilizar a água apenas para sobreviver?

Contexto sobre a falta de água em Brasília[editar | editar código-fonte]

Fundada em 1960, Brasília foi projetada para suportar cerca de 100.000 pessoas, havendo um boom populacional década após década, com índices migratórios acima de 280% durante as décadas de 1970 e 1980[6]. Em 2000, segundo o Censo 2000, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicou que o Distrito Federal tinha mais de dois milhões de habitantes. A capital contava com a barragem do Descoberto, a qual foi projetada na época para uso máximo de 500 mil pessoas; diferente dos 2.570.160 habitantes, segundo o Censo 2010 (fonte: IBGE)[7].

Ao longo das décadas, para suprir a necessidade de água de novos conjuntos habitacionais, foram construídos pequenas barragens e poços, havendo falha grave no quesito dos impactos ambientais que podem ocorrer. Para especialistas, o Governo do Distrito Federal (GDF) não investiu o suficiente na segurança hídrica, indo de desacordo com o crescimento da cidade, que ocorre de forma desordenada[8]. Um alternativa buscada pelo governo distrital é a captação de água do Lago Paranoá (que não supre as necessidades de toda a população, mas parte dela) e a do rio Corumbá, localizado em Goiás.

Em 25 de outubro de 2016, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) aplicou a tarifa de contingenciamento em decorrência da estiagem naquele período, quando a Barragem do Descoberto (a principal do sistema hídrico do estado) ficou abaixo de 25% da capacidade total[9]; na época, sem descartar a possibilidade de haver racionamento de água[10]. Para consumidores residências que consumirem mais de 10.000m³ de água ao mês, seria acrescido de 20% na fatura, 5% para residências populares, havendo um impacto total de 10% na conta final.

Com a redução no número das chuvas e dos níveis dos reservatórios no Distrito Federal, a companhia decretou rodízio de água em 16 de janeiro de 2017, afetando 1,8 milhão de habitantes, tendo um ciclo de um dia de corte total, dois dias de estabilização e três dias de fornecimento normal, com a meta de "economizar uma Ceilândia por dia" (em referência a cidade de Ceilândia/DF, que possui 398.374 habitantes, segundo o Censo 2010).

Com o agravamento da crise hídrica, a Agência Reguladora de Águas, Energias e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) autorizou, no Diário Oficial (ano XLVI, edição Nº 202) em 20 de outubro de 2017[11], o aumento do tempo de corte total no fornecimento de água de um para dois dias, não havendo previsão de início[12][13]. Para a agência, os motivos foram as médias insuficientes de chuvas no mês de outubro e evaporação acima da média devido aos recordes de temperatura.

Para ambientalistas e especialistas em gestão hídrica, existem cinco razões para que levasse o Distrito Federal a esta crise hídrica[14]:

  • Alterações no clima em decorrência do El Niño desde o ano de 2016, causando a redução de chuvas (em milímetros);
  • Estimativa anual de 35% em perda de água, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), que é equivalente a 86 bilhões de litros;
  • Falha do GDF (Governo do Distrito Federal) em não investir na segurança hídrica igualado com o crescimento populacional, segundo Maurício Luduvice, presidente da Caesb (até 2016);
  • Captação ilegal de água dos reservatórios por fazendeiros e criadores de peixes;
  • Desmatamento de árvores em áreas de nascentes.

Problema[editar | editar código-fonte]

Durante a aula do dia 12/10/2017 foi realizada, durante alguns minutos, uma sessão de brainstorming, onde os integrantes do grupo escreveram em post-its todos os problemas que observam em Brasília com relação à sustentabilidade. Ao final desse tempo, os post-its foram agrupados em grandes grupos que possuem características em comum, como por exemplo trânsito, saúde e águas.

Post-its escritos duranta a aula

Escolha do problema[editar | editar código-fonte]

Apesar de não termos escritos muitos post-its sobre a água, durante nossas discussões observamos que ela era uns dos maiores problemas atualmente e que necessitava de maiores aprofundamentos, pois o tema entrou subitamente na rotina da população do Distrito Federal e alguns moradores ainda estão reaprendendo a consumir os insumos hídricos com responsabilidade e respeito ao meio ambiente.

Empatia[editar | editar código-fonte]

O tema de Cidades Inteligentes busca integrar a tecnologia em ações cotidianas, com o objetivo de gerar o mínimo possível de impacto ambiental. Para isto, nosso objetivo durantes as entrevistas foram baseadas em quatro quesitos:

1) Tempo do entrevistado;

2) Causar discussões e opiniões;

3) Apresentar o projeto de Gestão Hídrica como uma forma de ajudar na redução de consumo de água;

4) Colher experiências pessoais de cada entrevistado.

Através destes quesitos, estaríamos aptos a colher os dados de cada pessoa, sem dar a sensação de obrigação por parte do entrevistado.

Perguntas[editar | editar código-fonte]

As perguntas que foram realizadas são:

  • Como é o seu consumo de água no seu dia a dia? (Aprofundamento nos consumos citados)
  • Quantidade de moradores / tamanho da caixa d'água / a caixa é suficiente a ponto de não sentir os efeitos do racionamento?
  • Você monitora seus gastos mensais com água?
  • Como o racionamento alterou sua rotina?
  • Qual atividade na sua rotina que gasta mais água?
  • Em quais atividades você poderia economizar mais água?
  • Em sua opinião, qual a causa da falta de água em Brasília? O que poderia melhorar a situação?

Cada integrante realizou a entrevista com o intuito de ser o mais informal possível, como se fosse uma conversa comum. Para isso, foi realizada uma entrevista sem papeis ou gravadores, com o intuito de deixar as pessoas o mais à vontades possível, permitindo assim, que elas fossem mais sinceras ao responderem as perguntas; logo após, cada entrevista foi catalogada nos arquivos internos do time. Os dados obtidos foram apresentado no corpo dessa wiki. Todas as respostas dos entrevistados podem ser encontradas na página Entrevistas.

Respostas[editar | editar código-fonte]

Listaremos a seguir as perguntas feitas aos entrevistados e algumas respostas mais relevantes para o tema.

Como é o seu consumo de água no seu dia a dia?[editar | editar código-fonte]

"Eu gasto o mínimo possível, tomando só um banho por dia, não lavando o cabelo todos os dias, economizando ao máximo a água na cozinha, não como carne, pois a produção de gado é algo que gasta muita água, e gera resíduos, além de causar indiretamente o desmatamento."

"Normal, o meu maior consumo é na hora do banho (quando lavo o cabelo o mesmo demora de 15 a 60 minutos)"

"Tentamos economizar o máximo, e em coisas que precisem de mais água (molhar plantas e lavar carros) utilizamos água do poço artesanal (a Caesb chegou na minha casa somente em 2012)"

"Na minha casa, reaproveitamos a água da máquina de lavar durante a semana, final de semana lavamos toda a roupa acumulada durante a semana, monitoramos o tempo de banho para evitar que exceda 5 minutos, evitamos lavar o quintal diariamente, as plantas são regadas dia sim dia não. Mantemos as torneiras em bom estado de conservação para evitar que fiquem pingando."

Quantidade de moradores / tamanho da caixa d'água / a caixa é suficiente a ponto de não sentir os efeitos do racionamento?[editar | editar código-fonte]

Tamanho da caixa d'água Total de pessoas Suficiente Não Suficiente
> 10000 1 1 0
3000 Litros 3 2 1
2000 7 6 1
1000 8 7 2
500 1 0 1
250 3 0 3
Não possui 2 2 0
Não sabe 9 7 2
Quantidade de Moradores Tamanho da caixa d'água Suficiente?
8 Não sabe Sim
5 Não sabe Sim (faltou uma vez devido ao esquecimento do racionamento)
5 Não sabe Sim
3 Não sabe Sim (faltou uma vez mas diz que não foi devido ao gasto exagerado)

"É uma caixa enorme, pois moro em prédio, são 40 apartamentos, mais ou menos 90 moradores, e a água não é individualizada, o que leva a um gasto maior, pois quem consome muita água, não se preocupa, pois não pagará por essa grande quantidade de água, já que o custo total é dividido igualmente pelos moradores."

"Moro em um prédio de 6 andares com 3 caixas d' água."

"O prédio possui 2 caixas de 10 mil litros"

Você monitora seus gastos mensais com água?[editar | editar código-fonte]

Monitora Não monitora
25 pessoas 18 pessoas

"Sim, é monitorado os gastos diariamente"

"Não, apenas a conta de agua quando vem mais cara."

Como o racionamento alterou sua rotina?[editar | editar código-fonte]

Motivo Quantidade de Pessoas
Banhos mais rápidos 5
Deixa pra realizar tarefas nos dias sem racionamento 7
Passou a estocar água 3
Não afetou 8

"Passei a reutilizar a água da máquina de lavar roupa na limpeza da casa, quintal e descarga no banheiro."

"Estamos poupando água mesmo no período fora do racionamento."

"Eu passei a lavar os vegetais numa bacia com água, acredito que gasta menos água do que lavar na torneira. Não lavo meu tênis há muitos meses, uso várias vezes a mesma calça jeans, lavo o cabelo duas vezes na semana somente, tomo banho de 2 minutos. Mas todo dia tem água, por causa da caixa d'água."

"Lavar roupa apenas uma vez na semana, máquina sempre cheia , e lavar a casa com balde, e não mangueira."

"Diminuiu de 3 banhos para apenas um e uma vez por semana enche a piscina somente."

"Eu já realizava essas tarefas antes (economia). Com o racionamento eu tento conscientizar as pessoas do meu prédio e conhecidos."

Qual atividade na sua rotina que gasta mais água?[editar | editar código-fonte]

Atividade Número de Pessoas
Higiene pessoal (banho, escovar dentes) 31
Lavagem da casa/apartamento 20
Preparação e cozimento de alimentos 9
Irrigação de plantas e gramados 4
Lavagem de automóveis 2

"Encher a piscina e lavar os carros."

"Descarga. Como moro de aluguel ainda não consegui trocar o vaso. Ele é daqueles acoplados, e gasta bastante água"

Banho e escovação (Um irmão entregou o outro, um deles demora no banho e o outro escova os dentes com a torneira aberta)

Em quais atividades você poderia economizar mais água?[editar | editar código-fonte]

Atividade Número de Pessoas
Higiene pessoal (banho, escovar dentes) 19
Lavagem da casa/apartamento 14
Irrigação de plantas e gramados 7
Lavagem de automóveis 6
Preparação e cozimento de alimentos 1

"Lavar o cabelo no tanque como a mãe faz."

"Diminuir frequência da lavagem do carro e piscina"

"Nenhuma, acredito que já faço o melhor possível"

"Como havia citado eu poderia economizar trocando vaso, chuveiro e torneiras por modelos mais econômicos."

Na sua opinião, qual a causa da falta de água em Brasília?[editar | editar código-fonte]

Causa Número de Pessoas
Má gestão 20
Uso excessivo 16
Seca 8
Falta de Investimentos 5
Uso ilegal 6
Excesso Populacional 4

"Falta de preparo do governo com sistemas alternativos de captação da água e indiretamente a questão ambiental global, o desmatamento que gera falta de chuvas, o assoreamento e desaparecimento de rios e nascentes, o crescimento urbano e o consumo crescente de água, pelas casas e pelas indústrias (ainda que aqui não tenha muitas indústrias)"

"A população cresceu e o modelo de abastecimento não acompanhou esse aumento, não se modernizou. O desmatamento também tem culpa, a população invadiu áreas próximas aos rios e isso contribui para o secamento de nascentes e absorção de chuvas. De imediato é necessário o ampliação do racionamento pois os níveis dos reservatórios estão críticos."

"Uso ilegal nas bacias, ocupação irregular nas zonas de recarga dos mananciais"

"No meu ponto de vista vejo o problema de um modo amplo, como o desmatamento, o mal cuidado com os rios e córregos, acho que isso tudo acarreta para o problema que estamos passando atualmente."

"Falta de planejamento diante do aumento da população e falta de fiscalização permitindo ocupações irregulares e gatos"

"Má gestão das bacias. Cobrança injusta no valor da água, quem usa mais deve pagar mais."

"Falta de investimento preventivo por parte do governo, corrupção e desperdício cultural."

"Falta de conscientização e educação prévia de que a água precisa ser usada com responsabilidade."

O que poderia melhorar a situação?[editar | editar código-fonte]

Solução Número de Pessoas
Conscientizar população 17
Aumento fiscalização 7
Aumento investimentos 6
Racionamento 3
Controle do Crescimento Urbano 2
Controle do Desmatamento 2
Aumento das Chuvas 2
Controle de gastos públicos 1
Não há solução a curto prazo 1
Sem opinião 1

"Diminuir a quantidade de andares de prédios, principalmente em águas claras; controlar os gastos de água em órgãos públicos e na agricultura; diminuir o desmatamento; conscientizar a população"

"Temos que aumentar urgentemente a fiscalização nos rios e nascentes, impedir invasões e o roubo de água, e esperar pelas obras que estão sendo feitas que visam melhorar a captação."

"Preservando e cuidando melhor da natureza, criando iniciativas pra tentar salvar os rios e córregos que estão poluídos, o governo implantar um projeto em que capte a água da chuva e a leve para área de tratamento e as pessoas continuarem tendo o cuidado pra não gastar a água além do que precisam."

"Aumento da fiscalização, melhora na captação de água no período de chuva e incentivo ao reuso (por ex. Água de banho e de lava roupas para descargas)"

"Melhor gestão, e cobrança mais justa. Mas também consciência de consumo por parte de todos."

"Consumo consciente e maior fiscalização para barrar empreendimentos que prejudicam as nascentes."

"Preservação das nascentes que ainda temos, e o reflorestamento em volta das nascentes que já perdemos para que a água volte ao seu ciclo. E menos poços artesianos, melhor "fiscalização pois ocorre mtos desvios nos cursos dos rios

"Desocupação ou pelo menos mais vistorias nas áreas de nascentes; Acabar progressivamente com o desmatamento; reeducar a população sobre o uso consciente da água."

"Se inspirar em Israel e na cidade de Las Vegas nos estados unidos da América."

"Uma melhor administração em todas as cidades, não privilegiando nenhum lugar ou pessoa. E começar um ensinamento desde o primário sobre a importância da conservação"

"Educação é o melhor caminho. E como estamos vivendo isso, itens de economia de água precisam ser obrigatórios."

"Sistema de reaproveitamento de água em todas residências (água da chuva para molhar jardim, água de máquinas de lavar para descarga, etc). Além de economia por parte da indústria, "mesmo pequena, que temos no DF. Porém não apenas economizar água, mas conseguir produzi-la através de tratamento da água e do esgoto do lago Paranoá. Além de acabar com esgotos clandestinos.

"Fiscalização de construções. Exigência de construções ecológicas."

"Aplicação de multas severas mesmo que os reservatórios voltem ao normal. Mas claro, com realização de senso de acordo com quantidade de pessoas em casa residência."

"Existem diferentes formas de resolver esse problema, além da implementação de campanhas mais eficientes, a estruturação de sistemas hídricos que possibilitem o gerenciamento de cada casa de acordo com a quantidade de pessoas, por exemplo uma casa X, com 2 pessoas recebe mensalmente uma quantidade Y de água. Ou a regulação por cotas e aumento do preço, um limite de água para a quantidade de pessoas e uma punição em dinheiro para a pessoas que ultrapassem esse limite. Entre outras."

Perguntas Complementares[editar | editar código-fonte]

O que você acha do valor da sua conta de água? Geralmente qual a primeira coisa que você pensa ao receber a conta? Se decidir economizar, você realmente economiza no mês seguinte?[editar | editar código-fonte]

"Não acho muito alto não, em Minas era pior. Sempre tento perceber o que eu fiz de diferente em relação ao mês passado. Tento sempre economizar mais, mas o valor da conta nunca varia muito"

"Pago caro, 5 moradores lá em casa. Mostro pra família toda que estamos gastando muito (risos). Todo mês decido diminuir os gastos, mas não ocorre"

"Acho que na média, tem mês que é maior, tem mês que é menor. Eu comparo com os meses anteriores. Faço o possível, mas sem resultados significativos"

"Não sei, minha mãe que paga a conta e fala nada, não deve ser muito alta então."

"É cara. Sempre que sobe eu tento descobrir no que eu fiz de errado, no que eu gastei a mais. Quando vem alta eu tento economizar no mês seguinte."

Observações[editar | editar código-fonte]

  • Durante uma caminhada na região do Cruzeiro foram observadas várias caixas d'água novas, e muitas casas possuem mais de uma caixa.
  • Também no Cruzeiro foram observadas várias casas que estavam sendo lavadas, com muita água sendo jogada na rua.

Ponto de vista[editar | editar código-fonte]

Brainstorming com os pontos mais importantes obtidos nas respostas

Durante a aula do dia 31/10/2017, analisamos as respostas obtidas, escrevemos os pontos mais importantes e recorrentes nas respostas e os agrupamos em perfis de usuário com pontos de vistas únicos. Como tivemos dificuldades em obtermos esses perfis claramente, fizemos mais algumas perguntas[15] para as pessoas pessoas, o que facilitou a observação desses pontos. Descrevemos três postos de vista:

  1. Moradores precisam de uma forma facilitada de reaproveitar a água da máquina de lavar para evitar a necessidade de carregar baldes pela casa;
  2. Moradores precisam de uma forma de melhor monitorar seus gastos para não ver depender somente da conta no fim do mês para melhor análise de seus gastos;
  3. População precisa de uma forma de conscientizar seus habitantes sobre o consumo consciente de água para frear o consumo desenfreado de água das pessoas;

Com base nos pontos de vista descritos, discutimos qual ponto devemos seguir a buscar solução para suas necessidades. Decidimos seguir com o ponto de vista número 2 (monitoramento de gastos).

Brainstorming[editar | editar código-fonte]

Resultado de um dos brainstorms individuais

Após a decisão do ponto de vista, fizemos uma sessão de brainstorming individual, onde cada integrante deveria pensar em pelo menos 5 possíveis soluções para o ponto de vista escolhido.

Feita essas hipóteses, nos reunimos para decidir qual hipótese de solução devíamos seguir. Foi uma decisão fácil de ser tomada, vistos que todos os integrantes do grupo citaram uma mesma solução, que está apresentada abaixo em formato de Elevator Pitch:

Para os moradores que necessitam de melhores formas de controlarem seus gastos, nosso produto é um medidor em tempo real do consumo de água que mostra para o usuário o quanto de dinheiro ele gastou ao executar essa tarefa, diferente do sistema atual hoje em que as pessoas precisariam ou verificar no hidrômetro e calcular a diferença ou esperar pelo fim do mês para receber a conta em sua casa, permitindo uma maior percepção das tarefas que mais consomem água em sua casa.

Solução e Protótipos[editar | editar código-fonte]

Definida a solução, buscamos então os materiais necessários para realizar essa medição e a fonte de onde verificaríamos o valor tarifa de água cobrada em Brasília. Ficou decidido que usaríamos um Raspberry Pi para fazer o processamento dos dados obtidos pelo medidor de agua e apresentar os dados ao usuário. Outro ponto discutido foi como mostraríamos os dados gerados ao usuário e decidimos (ainda seria necessário consultar os usuários) que seria através de notificações através do aplicativo de mensagens Telegram, que possui clientes para todas as plataformas e sistemas operacionais e permite a criação de bots que podem interagir com o usuário sendo então uma maneira fácil e prática de o usuário visuliazar as informações. As tarifas cobradas em Brasília foram facilmente encontradas no site da Caesb[16].

Protótipo Inicial[editar | editar código-fonte]

O primeiro protótipo desenvolvido foi feito em papel para exemplificar como seria a ideia do grupo e mostra a medição sendo realizada e o meio de visualização de resultados por parte do usuário. Mostramos como exemplo um chuveiro com o medidor da vazão de água acoplado. O medidor conectado ao Raspberry que irá processar os dados recebediso e realizar os calculos de custo , e ao termino desta atividade, enviará os dados através de um bot no telegram ao usuário.

Melhorias[editar | editar código-fonte]

Após algumas conversas com usuários e discussão entre os integrantes do grupo descobrimos que o uso do telegram não agrada a maioria deles, pois não é um aplicativa amplamente utilizado. Então descartamos a ideia do Telegram e passamos a pensar na criação um aplicativo próprio para o nosso segundo protótipo .

Protótipo Intermediário[editar | editar código-fonte]

Por meio da plataforma de prototipação MarvelApp criamos o nosso segundo protótipo, que visa criar um aplicativo que garanta uma maior flexibilidade do que o telegram nos proporcionaria.

Adicionamos a funcionalidade de cadastro de usuários para que o usuário crie uma conta para que possa fazer o monitoramento de seus gastos via múltiplos dispositivos e que os dados possam ser salvos na nuvem. O aplicativo também proporcionaria a adição de novos medidores instalados em outros equipamentos e a visualização desses gastos em minutos, litros e custo. Por fim, a aplicação permitiria apagar os dados de todas as medições e ainda realizar uma atualização das tarifas cobradas pelo fornecedor de água.

O segundo protótipo pode ser visualizado nesse link.

Protótipo Final[editar | editar código-fonte]

Pesquisa[editar | editar código-fonte]

Com o protótipo desenvolvido e instalado em uma plataforma mobile, organizamos uma nova rodada de entrevistas, ocorridas de 10 a 17 de novembro de 2017, em vários locais de Brasília, como a Rodoviária do Plano Piloto, a Universidade de Brasília e moradores de cidades-satélite do Distrito Federal. Foram entrevistadas 16 pessoas neste período.

O objetivo das entrevistas era colher dados acerca do protótipo intermediário, receber feedbacks e trabalhar na melhoria do aplicativo propriamente dito.

Nos baseamos em quatro quesitos para a elaboração das perguntas:

1) Design visual do aplicativo;

2) Utilização das funções do aplicativo;

3) Usabilidade;

4) Dados sobre o consumo,

Foram perguntadas aos entrevistados seis questões sobre o segundo protótipo. São elas:

  1. Você teve dificuldade para utilizar o aplicativo?
  2. Sentiu falta de alguma função?
  3. Em qual aplicação o(a) Sr(a) utilizaria?
  4. Você acredita que este aplicativo pode ajudar a reduzir o consumo de água?
  5. O Sr(a) tem alguma sugestão ou reclamação sobre este protótipo?

Respostas[editar | editar código-fonte]

Feitas as perguntas sobre o protótipo, os entrevistados retornaram suas opiniões sobre o estado do protótipo. As entevistas foram rápidas, logo as respostas também foram curtas e simples. Extraímos somente os trechos considerados importantes para o aperfeiçoamento do protótipo.

Você teve dificuldade para utilizar o aplicativo?

Resposta Número de pessoas
Sim 6
Não 10

"Sim, faltou a utilização dos botões virtuais"

Sentiu falta de alguma função?

Resposta Número de pessoas
Não 5
Comparações entre equipamentos 5
Login Facebook/Google 4
Comparações entre meses 4
Notificações 2

Em qual aplicação o Sr(a) utilizaria?

Resposta Número de pessoas
Chuveiros 12
Torneiras 5
Piscina 1
Todos 3

Você acredita que este protótipo pode ajudar a reduzir o consumo de água?

Resposta Número de pessoas
Sim 14
Não 2

"Talvez não. Posso achar o preço baixo e gastar ainda mais"

O Sr(a) tem alguma sugestão ou reclamação sobre este protótipo?

Resposta Número de pessoas
Melhorar aparência 11
Fazer versão iOS 2
Não 5

Observação: Fora entrevistadas 16 pessoas, mas a soma de algumas respostas passam de 16 pois algumas pessoas deram mais de uma resposta.

Melhorias[editar | editar código-fonte]

Com as respostas em mãos listamos as funcionalidades e melhorias que devíamos realizar para o próximo protótipo:

1) Login com google e facebook

2) Compartilhar estatísticas no facebook e no twitter

3) Notificações com as medições realizadas

4) Estatísticas globais dos equipamentos

5) Uso dos botões virtuais

6) Melhorar a apresentação (aparência)

Verificação das Melhorias[editar | editar código-fonte]

O protótipo 3 foi apresentado à 6 dos entrevistados anteriores para a verificação das melhorias e a nova versão agradou a todos eles.

Resultado[editar | editar código-fonte]

Após adicionadas todas as funcionalidades escolhidas, o protótipo pode ser visualizado e testado através desse link.


Considerações Finais[editar | editar código-fonte]

A água sempre esteve presente na humanidade desde a Idade da Pedra. Considerado como um dos elementos principais para a existência humana, este elemento natural foi utilizado, gerenciado e planejado para suprir a necessidade de uma população cada vez mais exigente em todo o globo terrestre; na ausência dela, causa conflitos dignos de guerra.

No Brasil, acreditava-se que a água era abundante, até o clima tropical definir suas regras. Grandes capitais brasileiras enfrentaram ou enfrentam problemas hídricos, tais como a cidade de São Paulo (SP), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), neste último, escancarando as portas para um problema que virou rotina, para a tristeza de uma nação. Em 67 anos, Brasília registrou pela primeira vez em sua história um problema nunca pensado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, a crise hídrica.

Em entrevistas feitas com trabalhadores, estudantes e especialistas na área, deu-se a entender três problemas distintos:

Falta de campanhas educativas; Gestão ineficiente por parte das companhias e agências hídricas do Distrito Federal (Caesb e Adasa, respectivamente); Falta de preservação da natureza. O tema é bastante discutido e atual, havendo diversas acusações distintas para si mesmo, ao seu próximo (desperdício de água ou desmatamento de áreas ciliares e nascentes) e ao governo, por não possibilitar segurança hídrica a longo prazo e regularizar áreas antes consideradas como invasão, fato este estritamente ligado em decorrência da falta de estudos acerca dos impactos ambientais.

Com estas informações em mãos, nosso time decidiu criar um sistema com Raspberry Pi para alertar ao usuário caso haja excesso de consumo de água, um conceito bem simples que pode economizar cerca de 120 litros e que pode separar o consumo consciente do desperdício exacerbado de água. Vale ressaltar que o controle hídrico de água foi implantado, inicialmente, pelo Império Romano (27 a.C. - 476 d.C.) e propagado até hoje, baseado em deixar estoque de água constante para hospitais e centros educacionais, mesmo em períodos de escassez hídrica.

Arquivos[editar | editar código-fonte]

Slides - Entrega Parcial 06/11/2017

Slides da Entrega Parcial

[[:|Slides - Entrega Final 29/11/2017]]

Protótipo Intermediário

Protótipo Final

Referências[editar | editar código-fonte]