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Cidades Inteligentes: Partipação Comunitária no Distrito Federal

Fonte: Wikiversidade

Alunos: Andreia de Freitas Novais (15/0005628), Célio Mauricio da Silva Júnior (15/0065990), Johny Veloso de Azevedo (14/0070303) e Rafael Porto Santori (15/0073208).

ENTREGA PARCIAL

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Introdução e Justificativa

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Podemos definir Cidades Inteligentes como desenvolvimentos urbanos que visam integrar tecnologia da informação e comunicação (TIC) em sua infraestrutura, auxiliando a gestão de seus recursos. Esses recursos incluem os sistemas de transportes, saúde, educação, o abastecimento de energia e água, o manejo do esgoto e do lixo, segurança pública, entre outros serviços.

Uma Cidade Inteligente busca, portanto, aumentar a eficiência dos seus serviços, com o uso intensivo de sistemas de TIC, promovendo a melhoria da qualidade, do desempenho e da interatividade dos serviços urbanos, a redução de custos e o aprimoramento do contato entre cidadãos e governo.

Como podemos tornar Brasília uma cidade inteligente e mais sustentável?

Considerando o conceito de Cidades Inteligentes, este projeto busca apresentar uma solução que responda à questão apresentada, utilizando os conhecimentos sobre Sistemas de Informação adquiridos durante a disciplina.

Inicialmente, foi realizada a escolha do tema a ser pesquisando. A partir da descrição, pelos membros da equipe, de vários problemas que ocorrem na região do Distrito Federal, iniciou-se a análise em busca de problema correlatos que indicassem um tema emergente a ser estudado. O resultado foi a escolha do tema de comunidades, abordando os aspectos da participação comunitária na resolução de problema locais.

Após a escolha do tema, fizemos a escolha de atender apenas os condomínios do DF, visando a melhoria na comunicação entre os administradores e os moradores, e visando também a transparência das finanças e a resolução dos problemas da comunidade.

Design Thinking

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O Design Thinking é a maneira como o Designer pensa, e nesse pensamento, é formulado questionamentos ou seja, perguntas a serem respondidas de acordo com as observações. Assim a solução do problema, não é derivada dele, e sim encaixa-se nele. A inovação guiada pelo design veio complementar a visão do mercado de que para inovar é preciso focar no desenvolvimento ou integração de novas tecnologias e na abertura e/ou atendimento a novos mercados: além desses fatores tecnológicos e mercadológicos, a consultoria em design Thinking inova principalmente ao introduzir novos significados aos produtos, serviços ou relacionamentos. uma vez que “as coisas devem ter forma para serem vistas, mas devem fazer sentido para serem entendidas e usadas”(Krippendorf, 1989), o design é por natureza uma disciplina que lida com significados. Ao desafiar os padrões de pensamento, comportamento e de sentimento “design Thinkers” produzem soluções que geram novos significados e que estimulam os diversos aspectos (cognitivo, emocional e sensorial) envolvidos na experiência humana. (MJV Press, 2012.)

Esquema

O primeiro passo para a busca de soluções a partir da perspectiva do Design Thinking é conhecer o problema. Essa etapa é conhecida como Imersão. Deve-se proceder à exploração do tema, adotando um ponto de vista mais empático, a fim de abstrair as reais necessidades dos usuários. Com esse objetivo, foi proposta a realização de entrevistas com os indivíduos de interesse para o estudo do tema.

Para a realização das entrevistas foi elaborada um roteiro de perguntas. As perguntas, porém, não devem ser lidas como um questionário, mas como direcionadores para a realização de uma entrevista efetiva, criando condições para o entrevistado discorrer sobre o tema e a obtenção de respostas que representem a perspectiva do entrevistado, ao invés da perspectiva de quem redigiu as questões. Atingindo, assim, um estado de empatia e engajamento na entrevista.

Roteiro de entrevista

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  1. Apresentação pessoal. Descrever objetivo da entrevista.
  2. Pergunta: Qual a importância da socialização entre as pessoas de uma comunidade?
    1. Sequência: Por quê ____ é importante?
  3. Pergunta: Quais comunidades você se identifica como integrante?
    1. Sequência: Por quê se identifica como integrante de ____? Por quê não de ____? (se for possível mencionar outra)
  4. Pergunta: Como sua(s) comunidade(s) interage(m)?
    1. Sequência: Quando foi a última vez a sua comunidade se mobilizou e com qual objetivo?
  5. Pergunta: Quando foi a última vez que você participou das atividades sociais na comunidade (onde reside ou outra)?
  6. Pergunta: Caso você possua algum problema no seu bairro (infraestrutura, saúde, segurança, social, etc.) como você faria para resolvê-lo?
    1. Sequência: Pode citar alguma situação em que a sua comunidade não conseguiu resolver um problema apesar de unirem esforços para isso?
  7. Questionar se entrevistado tem alguma pergunta.

O registro das entrevistas foram feitos de diversas formas, como gravações de aúdio, transcrição das respostas e anotações. A seguir, estão disponibilizados três aúdios de entrevistas como amostras.

Cidades Inteligentes. Partipação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 1
Cidades Inteligentes. Participação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 2.
Cidades Inteligentes. Participação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 3.

Descrição dos pontos de vistas (POV) dos usuários

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Problema específico

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Usuários Precisam Porque
Moradores de um condomínio Precisam de uma forma de interação e comunicação para resolução de problemas que afetam a vizinhança Porque usualmente não há comunicação dos problemas a menos que estes os afetem diretamente, ocasionando tanto a não convergência de esforços quanto a busca por soluções conflitantes.

Hipóteses de solução

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Após a escolha do problema específico a ser tratado, iniciou-se em sala de aula uma dinâmica onde cada membro da equipe deveria propor soluções para o problema definido. Essas soluções deveriam ser simples e objetivas, com foco no ponto de vista descrito. As ideias foram apresentadas aos restante do grupo, para recebimento de feedback e proposição de melhorias.

A hipótese de solução traçada consistia em um terminal de acesso instalado em local de fácil acesso e visibilidade, a exemplo da portaria do condomínio, onde o morador acessaria um sistema, também disponível na internet, de comunicação entre os moradores e a gestão do condomínio. Nesse sistema seria possível a criação de tópicos de discussão, onde os moradores e gestão debateriam sobre os problemas e soluções até, podendo também votar nos tópicos e comentários inseridos. A ferramenta também funcionaria como canal de comunicação da gestão do condomínio com os moradores.

Durante as discussões a respeito da validade da hipótese de solução, foi descartada a necessidade de instalação dos terminais, restando o sistema disponível online.

Técnicas de prototipação

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Prototipação é basicamente o desenvolvimento rápido de um sistema, que no passado tinha a finalidade exclusiva de avaliar os requisitos, assim o desenvolvimento tradicional era necessário, atualmente , os limites entre a prototipação e o desenvolvimento normal do sistema, muitas vezes, são indefinidos e muitos sistemas são desenvolvidos usando uma abordagem evolucionária.

O principal uso é ajudar os clientes e desenvolvedores entender os requisitos para o sistema, a prototipação pode também ser considerada como uma atividade de redução de riscos nos requisitos.

Elaboração do primeiro protótipo

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O primeiro protótipo foi desenvolvido sem considerar muitos detalhes do sistema, apenas para que a solução pudesse ser apresentada e validada junto ao público alvo. Essa estratégia facilita a validação do protótipo, pois as pessoas se sentem mais a vontade para propor alterações já que a funcionalidade está em baixo nível. Nesse sentido, o foco desse primeiro protótipo estava na apresentação das funcionalidades que a solução oferece.

Por uma limitação técnica dos componentes do grupo, esse protótipo não foi desenvolvido no papel, e sim com uma ferramenta que possibilita desenhar os elementos do website de maneira mais simples. Com esse formato, mesmo que ainda estivesse bem simples, a visualização do sistema foi mais completa.

Validação das hipóteses

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Por uma questão de facilidade de acesso ás instalações do condomínio e, consequentemente, de comunicação com o público alvo da solução, o processo de validação do sistema ocorreu principalmente em um condomínio do Guará. Esse condomínio não teve muitos investimentos em tecnologia e não possui nenhuma ferramenta online para administração do condomínio.

De uma maneira geral, os moradores se mostraram muito animados com a solução. A funcionalidade que mais chamou a atenção dos entrevistados foi o fórum onde os moradores poderia postar dúvidas, críticas e sugestões para o condomínio. Como a maioria das pessoas entrevistadas não costuma ir às reuniões do condomínio, eles enxergaram essa ferramenta como uma forma de garantir a sua participação, podendo também interagir com demais condôminos. Todos os moradores também atribuíram uma posição de destaque para o espaço das finanças do condomínio, mas não se demonstraram tão empolgados com a funcionalidade.

A impressão que fica é que a possibilidade de iniciar um tópico online agrada muito, pois a pessoa não precisa se expor tanto como se fosse pessoalmente, fazendo com que ela se comprometa menos com aquilo.

Com base no feedback do público alvo e nas discussões do grupo, o principal diferencial da solução proposta é a possibilidade de interação entre os moradores do condomínio. Essa característica do sistema facilita a comunicação entre todos, convergindo esforços de todos para que busquem soluções para os problemas identificados na comunidade.

Além disso, o módulo financeiro do sistema também agrega bastante valor para o sistema, pois essa ferramenta fornece informações importantes para todos os moradores de uma maneira simples.

Entretanto, a solução possui alguns pontos a desenvolver, que estão relacionados principalmente com algumas funcionalidades propostas pelos moradores. Esses moradores gostariam que o sistema tivesse algumas facilidades que outras ferramentas já possuem, tais como impressão de boletos e agendamento de áreas comuns.

Considerações finais

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O trabalho foi feito pensando, principalmente, na facilidade de acesso às informações dos condomínios por parte tanto dos moradores como do síndico ou administradores dos prédios.

A facilidade na comunicação ou o início dela, em alguns casos, foi o principal objetivo do grupo, visto que nas entrevistas realizadas, os moradores ou participantes de alguma comunidade, seja religiosa, empresa ou universidade, os entrevistados relataram a falta de comunicação e a dificuldade em inicia-la.

A busca para a resolução do problema, foi a etapa mais difícil, visto que estávamos tratando de problema na visão macro, e depois diminuímos o problema para micro, atendendo assim uma pequena parte da população, mas não menos importante.

Apresentação

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ENTREGA FINAL

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O crescente avanço tecnológico vem possibilitando a informatização dos mais variados processos, podendo melhorar produtos e serviços, além de facilitar o seu acesso para as pessoas. Nesse sentido, algumas cidades estão investindo no uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) no contexto de gestão social e urbana, com o intuito de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. O presente trabalho busca utilizar desses conceitos de Cidades Inteligentes para responder a seguinte pergunta “Como podemos tornar Brasília uma cidade inteligente e mais sustentável?”. Com isso, foram utilizadas algumas técnicas de design thinking e prototipação para identificar e desenhar uma solução voltada para incentivar a participação e engajamento das pessoas dentro de um condomínio, tornando-o mais sustentável.

Introdução e Justificativa

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Podemos definir Cidades Inteligentes como desenvolvimentos urbanos que visam integrar tecnologia da informação e comunicação (TIC) em sua infraestrutura, auxiliando a gestão de seus recursos. Esses recursos incluem os sistemas de transportes, saúde, educação, o abastecimento de energia e água, o manejo do esgoto e do lixo, segurança pública, entre outros serviços.

Uma Cidade Inteligente busca, portanto, aumentar a eficiência dos seus serviços, com o uso intensivo de sistemas de TIC, promovendo a melhoria da qualidade, do desempenho e da interatividade dos serviços urbanos, a redução de custos e o aprimoramento do contato entre cidadãos e governo.

Como podemos tornar Brasília uma cidade inteligente e mais sustentável?

Considerando o conceito de Cidades Inteligentes, este projeto busca apresentar uma solução que responda à questão apresentada, utilizando os conhecimentos sobre Sistemas de Informação adquiridos durante a disciplina de Sistemas de Informação.

O objetivo do trabalho é a identificação e o desenho de uma solução, por meio da elaboração do seu protótipo, que atenda à uma necessidade ou oportunidade existentes no âmbito de Cidades Inteligentes no Distrito Federal, buscando fazer com que ela fique mais sustentável.

Como esse tema é bem abrangente, a primeira etapa do processo para criação de uma solução foi a delimitação de um problema mais específico para ser estudado. A partir da descrição, pelos membros da equipe, de vários problemas que ocorrem na região do Distrito Federal, iniciou-se a análise em busca de problema correlatos que indicassem um assunto emergente a ser estudado. O resultado foi a escolha do tema de comunidades, abordando os aspectos da participação comunitária na resolução de problema locais.

Após a escolha do tema, o grupo optou por restringir ainda mais o público-alvo da solução para atender apenas usuários de condomínios do DF, visando a melhoria na comunicação entre os administradores e os moradores, além da transparência das finanças e a resolução dos problemas daquela comunidade. A opção por tornar essa solução mais específica, atendendo a um público bem restrito, teve o intuito de deixar claro o público-alvo da solução e assim facilitar o desenho e a validação do protótipo. Entretanto, nada impede que após o lançamento desse piloto, o uso do software possa ser expandido para os moradores de um bairro, onde os administradores da região e/ou políticos podem fazer o papel de administrador na ferramenta.

Design Thinking

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O Design Thinking é a maneira como o Designer pensa. Nesse pensamento são formulados questionamentos, ou seja, perguntas a serem respondidas de acordo com as observações. Assim, a solução do problema não é derivada dele, e sim encaixa-se nele. A inovação guiada pelo design veio complementar a visão do mercado de que para inovar é preciso focar no desenvolvimento ou integração de novas tecnologias e na abertura e/ou atendimento a novos mercados. Além desses fatores tecnológicos e mercadológicos, a consultoria em Design Thinking inova principalmente ao introduzir novos significados aos produtos, serviços ou relacionamentos. uma vez que “as coisas devem ter forma para serem vistas, mas devem fazer sentido para serem entendidas e usadas”(Krippendorf, 1989). O design é, por natureza, uma disciplina que lida com significados. Ao desafiar os padrões de pensamento, comportamento e de sentimento “Design Thinkers” produzem soluções que geram novos significados e que estimulam os diversos aspectos (cognitivo, emocional e sensorial) envolvidos na experiência humana. (MJV Press, 2012.). O processo de Design Thinking possui três etapas principais, sendo elas a imersão, ideação e prototipação.

Esquema

O primeiro passo para a busca de soluções a partir da perspectiva do Design Thinking é conhecer o problema. Essa etapa é conhecida como Imersão. Deve-se proceder à exploração do tema, adotando um ponto de vista mais empático, a fim de abstrair as reais necessidades dos usuários. Nesse sentido, para a exploração adequada dessa questão, o grupo inicialmente buscou listar a maior quantidade de problemas que o Distrito Federal possui e que poderiam levar a potenciais soluções criativas e inovadoras.

Esse processo de geração de ideias foi trabalhado com todos os integrantes do grupo , de modo que cada um pudesse contribuir com o maior número de questões a partir do conhecimento e das experiências que cada um possuía. O objetivo dessa tarefa foi tentar identificar uma necessidade ou oportunidade existente no âmbito de Cidades Inteligentes no DF.

Para cada um dos problemas listados durante essa tarefa, foi definido qual seria o público-alvo daquele tema, conforme tabela a seguir:

Problema Público-alvo
Falta de água para abastecimento devido ao consumo elevado e fatores climáticos População do DF
Falta de participação da comunidade para resolver problemas da cidade População do DF
Baixa participação política por parte da população População do DF
Descarte inadequado de lixo População do DF
Precariedade no atendimento de hospitais públicos Usuários da rede pública de saúde
Aumento nos casos de violência contra a mulher População feminina do DF
Problemas de congestionamento e transporte público ineficaz Usuários de transporte público

Após a realização de debates entre os participantes do grupo, o tema escolhido foi a falta de participação da comunidade para resolver os problemas da cidade. Uma vez que o tema foi escolhido, a próxima etapa do processo de imersão foi a realização de entrevistas com o público-alvo do problema para estudo do tema.

Para a realização das entrevistas foi elaborado um roteiro semi estruturado de perguntas. A importância de trabalhar com um roteiro semi estruturado para a entrevista é que as perguntas podem ser usadas como direcionadores para a realização de uma entrevista efetiva, criando condições para o entrevistado discorrer sobre o tema e a obter respostas que representem a perspectiva do entrevistado, e não a perspectiva de quem redigiu as questões. Para que isso seja possível, as perguntas não podem ser vistas como um questionário, podendo ser alteradas à medida que o entrevistador julgar necessário, atingindo assim um estado de empatia e engajamento do entrevistado.

As entrevistas foram realizadas a partir das seguintes perguntas orientadoras:

  1. Qual a importância da socialização entre as pessoas de uma comunidade?
  2. Por quê a sua comunidade é importante?
  3. Quais comunidades você se identifica como integrante?
    1. Por quê se identifica como integrante da comunidade X? Por quê não da Comunidade Y? (se for possível mencionar outra)
    2. Como sua(s) comunidade(s) interage(m)?
    3. Quando foi a última vez que a sua comunidade se mobilizou e com qual objetivo?
    4. Pode citar alguma situação em que a sua comunidade não conseguiu resolver um problema apesar de unirem esforços para isso?
    5. Quando foi a última vez que você participou das atividades sociais na sua comunidade?
  4. Caso você possua algum problema no seu bairro (infraestrutura, saúde, segurança, social, etc.) como você faria para resolvê-lo?

As entrevistas foram realizadas com um total de 15 pessoas, com as características mais variadas possíveis, buscando deixar a amostra mais abrangente. Não foram coletados muitos dados demográficos dos participantes das entrevistas, já que muitas dessas informações não foram consideradas relevantes para o estudo do tema.

A partir das respostas dos entrevistados, foi observado que a maioria das pessoas já se sentia parte de uma comunidade, mesmo sendo apenas por possuir alguma característica em comum com outros indivíduos (como por exemplo, a região onde mora). No entanto, apesar de se sentirem como membros de uma comunidade, grande parte dos entrevistados não se considerava ativo nela, pois não se engajava nas questões que afetavam a sua comunidade e nem interagia muito com os demais membros. Os entrevistados tinham a consciência de que a falta de engajamento não é um aspecto positivo, considerando que uma comunidade pode ter mais poder e exercer mais pressão para solucionar problemas de maneira mais simples do que uma única pessoa.

Os registros das entrevistas foram feitos de diversas formas, como gravações de aúdio, transcrição das respostas e anotações. A seguir, estão disponibilizados três aúdios de entrevistas que servem como amostras.

Cidades Inteligentes. Partipação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 1
Cidades Inteligentes. Participação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 2.
Cidades Inteligentes. Participação Comunitária no Distrito Federal. Entrevista 3.

Descrição dos pontos de vistas (POV) dos usuários e do Problema Específico

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Pontos de Vista

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Dando continuidade no processo criativo, os principais dados coletados durante a realização das entrevistas foram levantados e agrupados de acordo com características em comum que eles possuíam. Essa etapa foi importante para que o grupo pudesse conseguir enxergar as necessidades e/ou oportunidades levantadas pelos entrevistados, orientando o foco da solução em questões mais específicas. Sendo assim, com base nesses aspectos foi levantado um ponto de vista (POV) principal com os dados obtidos da entrevista, conforme tabela abaixo:

Usuários... Precisam de uma forma de... Porque...
Moradores de um condomínio Interação e comunicação para resolução de problemas que afetam a vizinhança Usualmente não há comunicação dos problemas, a menos que estes os afetem diretamente, ocasionando na não convergência de esforços e na busca por soluções conflitantes.

Problema específico

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Após a delimitação das características mais específicas do problema, por meio da definição do seu ponto de vista, é possível pensar em uma solução de maneira muito mais simples. Todas essas etapas fazem parte do processo de Design Thinking e auxiliam na definição de um foco e melhor estratégia para a solução. Com base nessa questão, o grupo definiu que o problema específico tratado seria a falta de participação e engajamento dos moradores de um condomínio e transparência de gastos da administração. Considerando que todas as pessoas estão inseridas em uma comunidade na região em que moram e que um condomínio pode facilitar a integração entre as pessoas que moram nele, a criação de uma solução para esse público pode ser bem mais aceita pelos usuários.

ELEVATOR PITCH
PARA Moradores de um condomínio
QUE Precisam de uma forma de interação e comunicação para resolução de problemas que afetem a vizinhança
O/A Ferramenta de gestão participativa e transparência do condomínio
É UMA Solução para promover a integração e engajamento entre moradores e administração
DIFERENTE DE Ferramentas de gestão de condomínio, que priorizam questões administrativas e financeiras, não se pautando em aspectos sociais

Hipóteses de solução

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Após a escolha do problema específico a ser tratado, iniciou-se em sala de aula uma dinâmica onde cada membro da equipe propôs soluções para o problema definido. Essas soluções deveriam ser simples e objetivas, com foco no ponto de vista descrito. As ideias foram apresentadas aos demais membros do grupo, para que cada um desse o seu feedback e pudesse propor melhorias.

Muitas das soluções que foram levantadas pelos membros do grupo eram bem semelhantes. Uma delas consistia na criação de uma rede social para os moradores do condomínio, onde as pessoas pudessem interagir e debater sobre as questões que as afetam naquela comunidade. Outra solução pensada foi a criação de um aplicativo para celular em que as pessoas pudessem registrar ocorrências e consultar as ocorrências cadastradas por outros usuários de acordo com a localização em que se encontram.

Por fim, a hipótese de solução escolhida consistia em um terminal de acesso instalado em local de fácil acesso e visibilidade, a exemplo da portaria do condomínio, onde o morador acessaria um sistema, também disponível na internet, de comunicação entre os moradores e a gestão do condomínio. Nesse sistema seria possível a criação de tópicos de discussão, onde os moradores e gestão debateriam sobre os problemas e soluções, podendo também votar nos tópicos e comentários inseridos por outros usuários. A ferramenta também funcionaria como canal de comunicação da gestão do condomínio com os moradores, onde o administrador poderia incluir avisos e informações referentes ao orçamento do condomínio para transparência.

Durante as discussões a respeito da validade da hipótese de solução, foi descartada a necessidade de instalação dos terminais, mantendo somente o sistema disponível online.

Técnicas de prototipação

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A prototipação é um processo que possui o objetivo de facilitar o entendimento dos requisitos, apresentar os conceitos e as funcionalidades do sistema. Nesse sentido, esse processo é muito importante para alinhar o desenvolvimento com as necessidades do usuário. A prototipação pode ser realizada em um nível de fidelidade mais alta, onde o seu resultado já vai ser semelhante ao resultado do software que será entregue. Porém, ela também pode ser feita com um nível mais baixo de fidelidade, inclusive por meio de rascunhos no papel, somente para que o cliente tenha uma noção de como aquele produto irá funcionar para que seja feita a sua validação.

Portanto, o principal uso da prototipação é ajudar os clientes e desenvolvedores a entender os requisitos para o sistema, podendo ser considerada como uma atividade de redução de riscos e que pode influenciar diretamente em fatores como prazo, orçamento e complexidade.

Primeiro Protótipo

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O primeiro protótipo foi desenvolvido sem considerar muitos detalhes do sistema, apenas para que a solução pudesse ser apresentada e validada junto ao público alvo. Essa estratégia facilita a validação do protótipo, pois as pessoas se sentem mais a vontade para propor alterações já que a funcionalidade está em baixo nível. Nesse sentido, o foco desse primeiro protótipo estava na apresentação das funcionalidades que a solução oferece.

Por uma questão visual, o grupo optou por não desenvolver esse protótipo no papel, e sim com uma ferramenta que possibilita desenhar os elementos do website de maneira mais simples. Com esse formato, mesmo que ainda estivesse bem simples, a visualização do sistema foi mais completa. O software utilizado para criação das telas do protótipo é o Balsamiq Mockups, que está disponível em sua versão gratuita por 30 dias.

Validação da Hipótese de Solução com o Público-alvo

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Por uma questão de facilidade de acesso ás instalações do condomínio e, consequentemente, de comunicação com o público alvo da solução, o processo de validação do sistema ocorreu principalmente em um condomínio do Guará. Esse condomínio não teve muitos investimentos em tecnologia e não possui nenhuma ferramenta online para administração do condomínio.

De uma maneira geral, os moradores se mostraram muito animados com a solução. A funcionalidade que mais chamou a atenção dos entrevistados foi o fórum onde os moradores poderia postar dúvidas, críticas e sugestões para o condomínio. Como a maioria das pessoas entrevistadas não costuma ir às reuniões do condomínio, eles enxergaram essa ferramenta como uma forma de garantir a sua participação, podendo também interagir com demais condôminos. Todos os moradores também atribuíram uma posição de destaque para o espaço das finanças do condomínio, mas não se demonstraram tão empolgados com a funcionalidade.

A impressão que fica é que a possibilidade de iniciar um tópico online agrada muito, pois a pessoa não precisa se expor tanto como se fosse pessoalmente, fazendo com que ela se comprometa menos com aquilo.

Com base no feedback do público alvo e nas discussões do grupo, o principal diferencial da solução proposta é a possibilidade de interação entre os moradores do condomínio. Essa característica do sistema facilita a comunicação entre todos, convergindo esforços de todos para que busquem soluções para os problemas identificados na comunidade.

Além disso, o módulo financeiro do sistema também agrega bastante valor para o sistema, pois essa ferramenta fornece informações importantes para todos os moradores de uma maneira simples.

Entretanto, a solução possui alguns pontos a desenvolver, que estão relacionados principalmente com algumas funcionalidades propostas pelos moradores. Esses moradores gostariam que o sistema tivesse algumas facilidades que outras ferramentas de gestão de condomínio já possuem, tais como impressão de boletos e agendamento de áreas comuns.

Segundo Protótipo

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Após a apresentação do primeiro protótipo em sala de aula, foram recebidos diversos feedbacks por parte da professora e dos colegas de sala a respeito da solução desenvolvida pelo grupo. A partir dessas opiniões e sugestões e também do feedback do público-alvo da solução, um novo protótipo foi desenvolvido para buscar agregar novas ideias ao software e deixar a solução mais completa.

Ainda assim, o grupo buscou não desviar o foco do problema principal elencado para o trabalho. Esse fator é importante para que a solução permaneça priorizando as funcionalidades principais que ela deve ter em sua primeira versão, que seria o produto mínimo viável (MVP). De qualquer forma, sempre que novos feedbacks eram recebidos sobre a solução, o grupo verifica se aquele fator fazia ou não sentido e, se fosse o caso, agregava essas questões ao protótipo.

Validação da Hipótese de Solução com o Público-alvo

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Durante o processo de validação da solução, foram realizadas entrevistas com 15 pessoas para confirmar se o software está atendendo o seu propósito. Todas as entrevistas foram realizadas com moradores de condomínios, considerando que esse é o público-alvo da solução. Os fatores demográficos de sexo, idade e renda não foram levados em consideração nessa validação, pois o grupo achou que essas questões não eram determinantes para a análise que está sendo realizada.

Alguns entrevistados fizeram críticas relacionadas à estética do sistema, sugerindo que a disposição de alguns objetos e os desenhos fossem alterados. Como esse protótipo não foi feito em alto nível, a sua construção não foi feita priorizando essas questões, sendo que ele ainda vai passar por alterações significativas de design e experiência do usuário antes de ser implementado. O objetivo desse protótipo é, na realidade, validar os seus requisitos e funcionalidades, confirmando com os usuários se eles atendem ao propósito da sua criação. Abaixo temos alguns relatos de entrevistados que estão relacionados com essa questão.

"Na minha opinião a única coisa que dá pra fazer é uma nova versão. Colocar uma cor, deixar tudo organizadinho..."

"Acho que dava para alterar os botões de apoiar um tópico, colocar uma mãozinha como no Facebook"

Outra questão levantada pelos entrevistados foi a possibilidade de dar uma maior visibilidade para os avisos do condomínio, pois os usuários teriam o acesso à informação que os administradores do condomínio desejam passar de maneira mais fácil e rápida. Esse ponto é muito pertinente, pois o sistema foi pensado como uma ferramenta para facilitar a comunicação entre as pessoas do condomínio. Buscando resolver esse problema e deixar os avisos com um destaque maior na plataforma, decidimos por fazer uma pequena alteração no fórum e deixar os avisos fixados em sua parte superior. Esses tópicos que são avisos terão uma etiqueta indicativa e ficarão acima dos outros tópicos para garantir a sua visibilidade e facilidade no acesso. Uma sugestão interessante e que também foi acatada pelo grupo foi relacionada à notificação dos usuários. Alguns entrevistados relataram que muitas pessoas não acessam sites na internet com muita frequência. Com isso, caso houvesse algum aviso muito importante pelo sistema, o usuário acabaria não sabendo por não acessar a ferramenta. Para solucionar essa questão, incluímos o cadastro do e-mail do usuário durante a inclusão de novas pessoas, possibilitando assim o envio de notificações importantes importantes.

"Acho que seria legal se tivesse uma forma de notificar os usuários, porque nem todo mundo acessa a internet o tempo inteiro"

De uma maneira geral, os entrevistados acharam a solução bastante positiva. Muitos alegaram que o fórum é muito importante, pois garante a participação daqueles moradores que não podem participar das reuniões de condomínio e desburocratiza o acesso aos administradores para a realização de reclamações ou sugestões. Eles também alegaram que a visibilidade do orçamento do condomínio é essencial, já que a maioria das pessoas não conhece o funcionamento financeiro do condomínio e como o dinheiro é investido.

"Adorei! Adorei porque, muitas vezes em reuniões nem todos os moradores podem participar e seria interessante também você saber em que o dinheiro é aplicado"

"Curti. Apoio. Adorei. Quero no meu condomínio já. Porque sempre tenho que fazer uma reclamação pro porteiro. Que vai avisar pro zelador, Que vai avisar pro síndico. Já aviso pro síndico logo d uma vez."

"Olha só, Eu já participei de reunião de condomínio. E assim, muitas pessoas sempre perguntam no que de fato é feito com o dinheiro arrecadado. Acho que é uma plataforma bem válida"

Modelagem de Processos de Negócio

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Service blueprint no protótipo
Service blueprint no protótipo

Considerações finais

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O trabalho foi feito pensando, principalmente, na facilidade de acesso às informações dos condomínios por parte dos moradores e do síndico e/ou administradores dos prédios. A facilidade na comunicação dos usuários foi o principal objetivo do grupo, visto que nas entrevistas realizadas os entrevistados deixaram clara a falta de comunicação e a dificuldade em iniciá-la entre os membros de uma comunidade, seja ela de moradores de alguma região, comunidade religiosa, empresa ou universidade, por exemplo.

A busca para a resolução do problema foi a etapa mais difícil do processo, tendo em vista que o grupo estava tratando do problema em uma visão mais macro. Depois de muitas discussões e processos produtivos, foi possível diminuir um pouco o foco do problema para uma versão menor, atendendo apenas uma pequena parte da população, que são os moradores de condomínios. Porém, nada impede que a solução seja expandida para outras comunidades e usuários em um segundo momento, após a maturidade na sua primeira versão. A implementação de novas funcionalidades também pode ser feita a qualquer momento, caso seja identificada uma nova necessidade ou oportunidade. Como a solução é um software web, as mudanças no sistema podem ser implementadas facilmente, sem afetar os usuários.

Apresentação

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[1] Design Thinking: Inovação em Negócios. Maurício Vianna; et al. 2012.

[2] https://en.wikipedia.org/wiki/Smart_city

[3] Smart Sustainable Cities: Reconnaissance Study.

[4] Design Thinking - Paper Prototypes

[5] Rapid Prototyping 1 of 3: Sketching & Paper Prototyping

[6] Define and Frame Your Design Challenge by Creating Your Point Of View and Ask “How Might We”

[7] Empathy Map – Why and How to Use It

[8] Social Challenges of Cities of Tomorrow.

[9] Gemeinschaft and Gesellschaft. Wikipedia.

[10] Community Building. Wikipedia.

[11] Participatory Planning. Wikipedia.