Cidades Inteligentes: Transporte Público

Fonte: Wikiversidade
Alunos: Felipe Lira (14/0019821), Bruno Cordeiro (15/0007094), Yuri Castro (14/0033718) e Hugo Rezende (14/0181300)

Para acessar o power point da apresentação parcial clique aqui.

Entrega Parcial[editar | editar código-fonte]

Resumo[editar | editar código-fonte]

No cenário contemporâneo, está cada vez mais comum ver a tecnologia influenciado a vida das pessoas de forma positiva, e essa influência foi crescendo cada vez mais até que aglomerou um grupo tão grande de pessoas que a comunidade no qual esse aglomerado vivia começou a melhorar em questão de qualidade e segurança de vida. Foi daí que surgiu o conceito de smart cities, no qual por um conceito mais formal se define pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver.

E nesse cenário o Brasil está no meio do caminho no processo de construir cidades inovadoras e, no mínimo, mais agradáveis de se viver. Muitas cidades do Brasil já são reconhecidas como smart cities, e em um estudo feito por ranking Connected Smart Cities, da consultoria Urban Systems, mostrou as 50 cidades mais inteligentes do Brasil, e em 4º lugar se encontra Brasília.

Apesar de ter ficado entre os 5 primeiros no ranking, Brasília ainda tem muitos pontos a serem trabalhados para ser uma smart city a nível internacional, como grandes cidades como Cingapura e Nova York por exemplo. Entre esses pontos se encontra, saúde, educação, transporte, entre outros.

Introdução e Justificativa[editar | editar código-fonte]

Um ponto em especial que foi notado na análise sobre Brasília foi o transporte público. Se sabe que o transporte público de Brasília possue muitos problemas a serem tratados, como o preço da passagem, tráfego, número de frotas, e assédio. Assédio é um problema infelizmente muito frequente, e no transporte público é aonde costumam acontecer com mais frequência, por isso se faz necessário que esse problema seja resolvido, de preferência com tecnologia, o que possibilita uma solução inteligente. E a forma pensada de se fazer isso foi criando uma forma das pessoas que sofrem medo de sofrerem assédio ficarem alertas sobre os lugares aonde ocorre com mais frequência esse tipo de violência; e também que autoridades possam tomar decisões baseadas sobre como agir nesses pontos que a violência ocorre com mais frequência.

No estudo de caso foi visto que em uma cidade inteligente, uma grande característica é o baixo índice de violência na cidade, e por assédio ser uma forma de violência, é necessário que o índice de ocorrências dele sejam abaixados de forma a tornar brasília uma cidade mais inteligente. E para isso ocorrer, o uso de tecnologia deve se fazer presente para integrar as pessoas e tornar o envio da informação algo mais dinâmico.  

Descrição do pontos de vista dos usuários e do problema específico deste time[editar | editar código-fonte]

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

O primeiro passo para identificar o problema específico que seria trabalhado pelo time foi realizar uma série de entrevistas a respeito do tema maior: Transporte Público em Cidades Inteligentes. Com isso, o time teve como objetivo identificar um problema maior, que possuísse uma solução viável para os usuários de transporte público do DF. As entrevistas realizadas giraram em torno das seguintes perguntas:

  • Quais meios de transporte você mais utiliza no seu dia a dia?
    • Se usar transporte público - por quê você utiliza transporte público?
  • Você preferiria andar de transporte particular em relação ao público no seu dia a dia? Porquê?
  • Com que frequência você os utiliza? Diga sua rotina com o transporte público.
  • O quê você acha bom no transporte público? E ruim?
    • Caso tenha algo ruim - o quê poderia ser feito para melhorar?
    • Caso tenha algo bom - dá para melhorar ou está plenamente adequado?
  • Como é o transporte público na sua região? Tem muitas diferenças em relação ao restante do DF?
  • Existe algum caso ou situação específica que você vivenciou em um transporte público que você queira compartilhar?
  • Você acha que seu gênero e sua idade interferem na sua experiência no transporte público?

A partir destas perguntas, foram realizadas várias entrevistas com usuários de transporte público. Os resultados obtidos por algumas delas podem ser visualizados clicando aqui.

DataPoints e Pontos de Vista[editar | editar código-fonte]

Para encontrar os pontos de vista, foram feitos uma série de DataPoints para filtrar os resultados mais relevantes obtidos em entrevistas a respeito do tema.

data-points-1
data-points-2

Assim, a partir dos datapoints, foram escolhidos agrupamentos para formarem pontos de vista. E, com os pontos de vista, o time foi capaz de escolher um que julgou como sendo um problema com solução viável e assim ter um como base para traçar uma solução.

User Need Insights
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Utilizar o transporte sem correr riscos em relação a abusos Independente do gênero e idade, qualquer usuário deve poder ter acesso ao transporte público de forma igualitária, respeitosa e segura. Os abusos em suas diferentes formas vão de encontro a esses aspectos.
Usuário de transporte público de idade avançada ou com alguma deficiência Acessibilidade plena nos transportes públicos Todos os cidadãos têm o direito de se transportar como o resto da população e com o mesmo nível de qualidade. Muitas pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou idade avançada acabam por não utilizar o transporte público por falta de acessibilidade, e recorrem a meios muitas vezes mais caros.
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Caso sofra algum tipo de abuso poder reportar de forma rápida e eficiente Usuários são abusados todos os dias em transportes públicos pelo país, e a maioria acaba não reportando, por medo de falar com algum funcionário o que ocorreu ou até mesmo de ir em alguma delegacia. Se existir uma forma mais rápida e menos interativa de se reportar tal abuso, o número de denúncias aumentaria e por conseguinte mais pessoas que abusam seria punidas de forma mais rápida e eficiente.
Estudantes e trabalhadores que utilizam transporte público Que o transporte esteja disponível nos horários prometidos Os usuários possuem compromissos a cumprir, e muitas vezes se planejam com os horários divulgados pelas empresas de transporte, que acabam por não serem atendidos em muitos casos
Usuários de transporte público Que não precisem realizar grandes deslocamentos para poder acessar o transporte público Há locais onde o acesso a metrô e até mesmo a ônibus é escasso. Todos têm o direito de possuir o mesmo acesso ao transporte, independente de onde vivem, para que possam se deslocar quando necessário de forma igual.
Usuários de transporte público Que os funcionários do transporte público sejam eficientes no suporte ao usuário Constantemente são encontrados problemas nos ônibus e metrôs. Quando algo acontece, os usuários precisam saber informações a respeito do problema, solução, dentre outros. Paralisações e qualquer tipo de problemas afetam no dia a dia do usuário.

A partir dos pontos de vista traçados, foi escolhido um para ser o centro do projeto:

User Need Insights
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Caso sofra algum tipo de abuso poder reportar de forma rápida e eficiente Usuários são abusados todos os dias em transportes públicos pelo país, e a maioria acaba não reportando, por medo de falar com algum funcionário o que ocorreu ou até mesmo de ir em alguma delegacia. Se existir uma forma mais rápida e menos interativa de se reportar tal abuso, o número de denúncias aumentaria e por conseguinte mais pessoas que abusam seria punidas de forma mais rápida e eficiente.

A partir do ponto de vista acima, foi feita uma discussão. Para viabilização da aplicação , o abuso foi restringido para mulheres e o nicho do transporte público para metrô, pelos seguintes motivos:

  • Grupo de usuários mulheres - Pelas entrevistas, a maioria dos usuários  do transporte público no DF que sofrem abusos diários são mulheres.
  • Metrô - É muito mais fácil relatar ocorrências de abusos nos metrôs noque em ônibus devido ao controle de localização dado por linhas, sentidos , rotas fixas e vagões.

Ponto de vista final foi determinado à dois grupos de usuários. O primeiro das mulheres que sofreram assédio recente e precisam de algum meio de punir os malfeitores e garantir que isso não ocorra novamente.O segundo das mulheres que não sofreram abuso, mas querem ser informadas para se protegerem e diminuírem as chances de que elas sejam assediadas.

Hipótese de Solução Traçada[editar | editar código-fonte]

Ideacao1
Ideacao2
Ideacao3
Ideacao4
Grupo I: Pessoas que sofreram abuso Grupo II: Pessoas que não querem sofrer abuso. Relatório: Relatos cadastrados por usuários no aplicativo. Órgão de segurança do metrô: a partir dos relatos recebidos toma providências. Timeline: Mostra os relatos cadastrados.

Definição do plano de ação, de estudos e pesquisas[editar | editar código-fonte]

A partir do momento que o time dispunha de um ponto de vista que seria o foco do projeto, foi passado para a busca de uma solução. A partir dos Data Points, dos agrupamentos feitos e da seleção dos pontos de vista, o grupo se organizou para discutir algumas propostas de soluções para o problema de abusos contra mulheres no metrô do DF.

A solução foi pautada em um sistema que permitisse com que os usuários pudessem comunicar com o órgão de segurança do metrô e obterem informações úteis a partir da plataforma.

Proposta Inicial[editar | editar código-fonte]

Por meio de uma aplicação, os usuários poderiam relatar informações sobre um caso de abuso que tenham sofrido no metrô, seja ele verbal, moral, físico e/ou psicológico.

Tais informações correspondem à linha, horário, sentido, estação e breve descrição da situação. Esse conjunto de informações  apareceriam em um feed de relatos para que outras pessoas pudessem se informar do que estava acontecendo. Por outra via seriam modelados em forma de relatório/gráficos e enviados ao corpo de segurança do metrô para que eles pudessem tomar atitudes a longo e curto prazo sobre a situação.

Mecanismo de Organização[editar | editar código-fonte]

O mecanismo de organização escolhido pelo time para este projeto foi através de um repositório Git. Assim, o compartilhamento de arquivos e dados recolhidos se tornou mais simples, prático e de fácil acesso para todos da equipe.

git-repositorio

Descrição do 1° protótipo[editar | editar código-fonte]

Tela inicial, nesta tela o usuário que já possui uma conta pode entrar no sistema, porém se ele não possuir pode criar uma conta para ele.
Tela de feed mostra os últimos relatos cadastrados no app, porém o usuário pode filtrar por data, relevância e local.
Na tela inicial do app o usuário pode escolher entre as 3 opções que existem no sistema: reportar um relato, onde esse relato é enviado para autoridades e colocado no feed, acessar o feed, ou acessar estatísticas.
Tela de cadastro, nesta tela o usuário deve informar, nome, idade, cidade, gênero, e tipo de usuário, ou seja, se é um usuário convencional, que gostaria de informar relatos, ou se é um usuário vigilante, que gostaria de usar o aplicativo para tornar seu ambiente de trabalho mais seguro estando ciente dos relatos de assédios ocorridos.
Exemplo de relato de abuso.
Na página das estatísticas é mostrado um gráfico com número de abusos relatos ao longo do tempo, ranking mostrando número de abusos que pode ser filtrado por data, estação, cidade ou horário.


Feedback protótipo 1[editar | editar código-fonte]

Para feedback do protótipo fomos a estação de metrô de Taguatinga Sul, foram abordadas 6 pessoas para demonstração do protótipo do sistema. Primeiramente nos apresentamos, explicamos a finalidade do projeto e pedimos para que elas se cadastrassem no sistema, realizassem um relato, olhassem o feed de relatos e visse as estatísticas. Um dos feedbacks mais recorrentes no processo, foi o de que o sistema poderia ser utilizado para relatos cujo escopo não fosse apenas de abusos no metrô, ou seja, poderiam ser relatados problemas de infraestrutura e atrasos,por exemplo. Outro feedback construtivo foi o de que a tela de estatísticas deveria ser mais intuitiva ao usuário , nela há muitas informações e fica difícil de compreender oque cada variável significa, para isso, resolvemos colocar pop-ups explicativos na primeira utilização da aplicação para que os utilizadores possam entender oque cada funcionalidade faz.

Considerações Finais[editar | editar código-fonte]

Cidades inteligentes vai ser algo cada vez mais visto na sociedade com o passar dos anos, justamente por conta do crescimento da tecnologia, o que vai possibilitar o uso dela para fazer uma cidade mais dinâmica e mais centrada em ajudar a população que nela se encontra.

Transporte público é um setor de brasília que ainda precisa ser muito trabalhado para que se possa parecer com um sistema de transportes de uma cidade inteligente, ao longo do estudo foi notado problemas como preço de passagem, superlotação dos ônibus, falta de respeito com idosos e gestantes, e assédio sexual e moral principalmente com as mulheres. Existem muitos passos a serem dados para se consolidar um bom sistema de transportes públicos em Brasília, e acabar com o assédio pode ser o marco inicial desse processo, já que o respeito ao próximo é a base para qualquer sociedade que viva em harmonia.

Também por meio da análise de caso sobre segurança e sobre o transporte público, percebe-se que um grande passo para se acabar com qualquer tipo de violência, e também o assédio, é o relato do caso com uma autoridade ou corpo policial o mais rápido possível. Também foi possível perceber que integrar pessoas que sofrem de um mesmo mal e fazer com que essas pessoas ajudem umas às outras se comunicando sobre os casos de assédio, e se alertando sobre horários e linhas de metrô que estão mais perigosas, faz com que casos de assédio possam ser evitados.

Portanto apesar de Brasília ser considerada a quarta cidade mais inteligente do Brasil, precisamos nos esforçar para que ela um dia possa entrar na lista de cidades mais inteligentes do mundo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. http://www.metro.df.gov.br/metro-policia-civil-e-secretaria-das-mulheres-intensificam-combate-ao-assedio/
  2. https://www.theguardian.com/cities/smart-cities
  3. https://en.wikipedia.org/wiki/Smart_city
  4. http://www.scholarsstrategynetwork.org/brief/violence-against-women-riding-public-transport-global-issue-especially-developing-countries
  5. http://www.telegraph.co.uk/women/life/want-tackle-sexual-assault-public-transport-start-onlookers/
  6. https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en/news/putting-smart-public-transport-technology-test

Entrega Final[editar | editar código-fonte]

Link para os slides da Entrega Final: clique aqui.

Resumo[editar | editar código-fonte]

No cenário contemporâneo é cada vez mais comum ver a tecnologia influenciado a vida das pessoas de forma positiva. Essa influência foi crescendo a ponto que um grupo tão grande de pessoas se aglomerou que a comunidade se viu melhorando em questão de qualidade e segurança de vida. Foi daí que surgiu o conceito de smart cities, onde, por um conceito mais formal, se define pelo uso da tecnologia para melhorar a infraestrutura urbana e tornar os centros urbanos mais eficientes e melhores de se viver.

Nesse cenário, o Brasil está no meio do caminho no processo de construir cidades inovadoras e, no mínimo, mais agradáveis de se viver. Muitas cidades do Brasil já são reconhecidas como smart cities, e em um estudo feito pelo Ranking Connected Smart Cities, da consultoria Urban Systems, mostrou as 50 cidades mais inteligentes do Brasil, e em 4º lugar se encontra Brasília.

Apesar de ter ficado entre os 5 primeiros no ranking, Brasília ainda tem muitos pontos a serem trabalhados para ser uma smart city a nível internacional, tais como Cingapura ou Nova York. Entre esses pontos podemos enxergar saúde, educação, transporte, entre outros.

Introdução e Justificativa[editar | editar código-fonte]

Um ponto em especial que foi notado na análise sobre Brasília foi o transporte público. Sabe-se que o transporte público de Brasília possui muitos problemas a serem tratados, como o preço da passagem, tráfego, número de frotas, e assédio. Em específico, o assédio é um problema muito frequente, e no transporte público é onde costumam acontecer a maior parte dos casos. Por isso se faz necessário que esse problema seja resolvido, de preferência com tecnologia, pois facilita o processo de se encontrar uma solução inteligente.

Para este projeto, a solução encontrada foi criando uma forma das pessoas que sofrem medo de sofrerem assédio ficarem em alerta sobre os lugares onde ocorre com mais frequência esse tipo de violência; e também que autoridades possam tomar decisões baseadas sobre como agir nesses pontos que a violência ocorre com mais frequência.

No estudo de caso foi visto que em uma cidade inteligente uma grande característica é o baixo índice de violência na cidade. Por assédio ser uma forma de violência, é necessário que o índice de ocorrências dele sejam abaixados de forma a tornar brasília uma cidade mais inteligente. E para isso ocorrer, o uso de tecnologia deve se fazer presente para integrar as pessoas e tornar o envio da informação algo mais dinâmico.

Descrição do pontos de vista dos usuários e do problema específico deste time[editar | editar código-fonte]

Entrevistas[editar | editar código-fonte]

O primeiro passo para identificar o problema específico que seria trabalhado pelo time foi realizar uma série de entrevistas a respeito do tema maior: Transporte Público em Cidades Inteligentes. Com isso, o time teve como objetivo identificar um problema maior, que possuísse uma solução viável para os usuários de transporte público do DF. As entrevistas realizadas giraram em torno das seguintes perguntas:

  • Quais meios de transporte você mais utiliza no seu dia a dia?
    • Se usar transporte público - por quê você utiliza transporte público?
  • Você preferiria andar de transporte particular em relação ao público no seu dia a dia? Porquê?
  • Com que frequência você os utiliza? Diga sua rotina com o transporte público.
  • O quê você acha bom no transporte público? E ruim?
    • Caso tenha algo ruim - o quê poderia ser feito para melhorar?
    • Caso tenha algo bom - dá para melhorar ou está plenamente adequado?
  • Como é o transporte público na sua região? Tem muitas diferenças em relação ao restante do DF?
  • Existe algum caso ou situação específica que você vivenciou em um transporte público que você queira compartilhar?
  • Você acha que seu gênero e sua idade interferem na sua experiência no transporte público?

A partir destas perguntas, foram realizadas várias entrevistas com usuários de transporte público. Os resultados obtidos por algumas delas podem ser visualizados clicando aqui.

DataPoints e Pontos de Vista[editar | editar código-fonte]

Para encontrar os pontos de vista, foram feitos uma série de DataPoints para filtrar os resultados mais relevantes obtidos em entrevistas a respeito do tema.

Assim, a partir dos datapoints, foram escolhidos agrupamentos para formarem pontos de vista. E, com os pontos de vista, o time foi capaz de escolher um que julgou como sendo um problema com solução viável e assim ter um como base para traçar uma solução.

User Need Insights
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Utilizar o transporte sem correr riscos em relação a abusos Independente do gênero e idade, qualquer usuário deve poder ter acesso ao transporte público de forma igualitária, respeitosa e segura. Os abusos em suas diferentes formas vão de encontro a esses aspectos.
Usuário de transporte público de idade avançada ou com alguma deficiência Acessibilidade plena nos transportes públicos Todos os cidadãos têm o direito de se transportar como o resto da população e com o mesmo nível de qualidade. Muitas pessoas que possuem algum tipo de deficiência ou idade avançada acabam por não utilizar o transporte público por falta de acessibilidade, e recorrem a meios muitas vezes mais caros.
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Caso sofra algum tipo de abuso poder reportar de forma rápida e eficiente Usuários são abusados todos os dias em transportes públicos pelo país, e a maioria acaba não reportando, por medo de falar com algum funcionário o que ocorreu ou até mesmo de ir em alguma delegacia. Se existir uma forma mais rápida e menos interativa de se reportar tal abuso, o número de denúncias aumentaria e por conseguinte mais pessoas que abusam seria punidas de forma mais rápida e eficiente.
Estudantes e trabalhadores que utilizam transporte público Que o transporte esteja disponível nos horários prometidos Os usuários possuem compromissos a cumprir, e muitas vezes se planejam com os horários divulgados pelas empresas de transporte, que acabam por não serem atendidos em muitos casos
Usuários de transporte público Que não precisem realizar grandes deslocamentos para poder acessar o transporte público Há locais onde o acesso a metrô e até mesmo a ônibus é escasso. Todos têm o direito de possuir o mesmo acesso ao transporte, independente de onde vivem, para que possam se deslocar quando necessário de forma igual.
Usuários de transporte público Que os funcionários do transporte público sejam eficientes no suporte ao usuário Constantemente são encontrados problemas nos ônibus e metrôs. Quando algo acontece, os usuários precisam saber informações a respeito do problema, solução, dentre outros. Paralisações e qualquer tipo de problemas afetam no dia a dia do usuário.

A partir dos pontos de vista traçados, foi escolhido um para ser o centro do projeto:

User Need Insights
Usuário de transporte público do sexo feminino e crianças Caso sofra algum tipo de abuso poder reportar de forma rápida e eficiente Usuários são abusados todos os dias em transportes públicos pelo país, e a maioria acaba não reportando, por medo de falar com algum funcionário o que ocorreu ou até mesmo de ir em alguma delegacia. Se existir uma forma mais rápida e menos interativa de se reportar tal abuso, o número de denúncias aumentaria e por conseguinte mais pessoas que abusam seria punidas de forma mais rápida e eficiente.

A partir do ponto de vista acima, foi feita uma discussão. Para viabilização da aplicação , o abuso foi restringido para mulheres e o nicho do transporte público para metrô, pelos seguintes motivos:

  • Grupo de usuários mulheres - Pelas entrevistas, a maioria dos usuários do transporte público no DF que sofrem abusos diários são mulheres.
  • Metrô - É muito mais fácil relatar ocorrências de abusos nos metrôs noque em ônibus devido ao controle de localização dado por linhas, sentidos , rotas fixas e vagões.

Ponto de vista final foi determinado a dois grupos de usuários: o primeiro das mulheres que sofreram assédio recente e precisam de algum meio de punir os malfeitores e garantir que isso não ocorra novamente; o segundo das mulheres que não sofreram abuso, mas querem ser informadas para se protegerem e diminuírem as chances de que elas sejam assediadas.

Hipótese de Solução Traçada[editar | editar código-fonte]

Grupo I: Pessoas que sofreram abuso. Grupo II: Pessoas que não querem sofrer abuso. Relatório: Relatos cadastrados por usuários no aplicativo. Órgão de segurança do metrô: a partir dos relatos recebidos toma providências. Timeline: Mostra os relatos cadastrados.

Definição do plano de ação, de estudos e pesquisas[editar | editar código-fonte]

A partir do momento em que o time dispunha de um ponto de vista que seria o foco do projeto, foi passado para a busca de uma solução. A partir dos Data Points, dos agrupamentos feitos e da seleção dos pontos de vista, o grupo se organizou para discutir algumas propostas de soluções para o problema de abusos contra mulheres no metrô do DF.

A solução foi pautada em um sistema que permitisse com que os usuários pudessem comunicar com o órgão de segurança do metrô e obterem informações úteis a partir da plataforma.

Proposta Inicial[editar | editar código-fonte]

Por meio de uma aplicação, os usuários poderiam relatar informações sobre um caso de abuso que tenham sofrido no metrô, seja ele verbal, moral, físico e/ou psicológico.

Tais informações correspondem à linha, horário, sentido, estação e breve descrição da situação. Esse conjunto de informações apareceriam em um feed de relatos para que outras pessoas pudessem se informar do que estava acontecendo. Por outra via seriam modelados em forma de relatório/gráficos e enviados ao corpo de segurança do metrô para que eles pudessem tomar atitudes a longo e curto prazo sobre a situação.

Mecanismo de Organização[editar | editar código-fonte]

O mecanismo de organização escolhido pelo time para este projeto foi através de um repositório Git. Assim, o compartilhamento de arquivos e dados recolhidos se tornou mais simples, prático e de fácil acesso para todos da equipe.

git-repositorio

Descrição do 1° protótipo[editar | editar código-fonte]


Tela de Login Nesta tela o usuário que já possui uma conta pode entrar no sistema, porém se ele não possuir pode criar uma conta para ele.
Tela Inicial Na tela inicial do app o usuário pode escolher entre as 3 opções que existem no sistema: reportar um relato, onde esse relato é enviado para autoridades e colocado no feed, acessar o feed, ou acessar estatísticas.
Tela de Cadastro de Usuário Nesta tela o usuário deve informar, nome, idade, cidade, gênero, e tipo de usuário, ou seja, se é um usuário convencional, que gostaria de informar relatos, ou se é um usuário vigilante, que gostaria de usar o aplicativo para tornar seu ambiente de trabalho mais seguro estando ciente dos relatos de assédios ocorridos.
Tela de Estatísticas Na página das estatísticas é mostrado um gráfico com número de abusos relatos ao longo do tempo, ranking mostrando número de abusos que pode ser filtrado por data, estação, cidade ou horário.
Tela de Feed Mostra os últimos relatos cadastrados no app, porém o usuário pode filtrar por data, relevância e local.
Tela de relato de abuso Exemplo de relato de abuso.

Validação da hipótese de solução com o público-alvo[editar | editar código-fonte]

Para feedback do protótipo fomos à estação de metrô de Taguatinga Sul, foram abordadas 6 pessoas para demonstração do protótipo do sistema. Primeiramente nos apresentamos, explicamos a finalidade do projeto e pedimos para que elas se cadastrassem no sistema, realizassem um relato, olhassem o feed de relatos e visse as estatísticas. Um dos feedbacks mais recorrentes no processo foi o de que o sistema poderia ser utilizado para relatos cujo escopo não fosse apenas de abusos no metrô, ou seja, poderiam ser relatados problemas de infraestrutura e atrasos, por exemplo. Outro feedback construtivo foi o de que a tela de estatísticas deveria ser mais intuitiva ao usuário, nela há muitas informações e fica difícil de compreender o quê cada variável significa. Para isso, resolvemos colocar pop-ups explicativos na primeira utilização da aplicação para que os utilizadores possam entender o quê cada funcionalidade faz.

Descrição do 2° protótipo[editar | editar código-fonte]

Tela 1: Login Um usuário que já possui uma conta pode entrar no sistema, caso não possua pode criar uma nova e ser redirecionado para outra tela. Também há uma funcionalidade de "esqueci minha senha".
Tela 2: Cadastro de Usuário No cadastro, o usuário insere seus dados e tem seu perfil cadastrado no sistema
Tela 3: Redefinir senha Essa tela serve para que usuários que esqueceram sua senha, possam redefini-las
Tela 4: Menu Nessa tela há 3 opções para o usuário: adicionar um relato, acessar o feed de notícias ou sair e deslogar do sistema.
Tela 5: Feed Nessa tela se encontram os relatos de abuso dos usuários
Tela 6: Relatar Tela para enviar um relato ao corpo de segurança
Tela 7: Estatísticas Tela de dados estatísticos.

Validação da hipótese de solução com o público-alvo[editar | editar código-fonte]

Para o segundo protótipo o processo de validação foi semelhante ao realizado com o primeiro, o time se dirigiu a uma estação de metrô mostrando as telas para os usuários. De imediato foi perceptível o engajamento um pouco maior dos usuários com o protótipo, por possuir uma fidelidade um pouco maior a uma plataforma real do que as telas desenhadas em papel.

A partir dos usuários, foram extraídos alguns elogios e críticas a respeito do segundo protótipo. Uma crítica frequente diz respeito à tela de estatísticas, baseado no feedback de alguns colegas e de usuárias de metrô, essas informações poderiam ser usadas pelos abusadores para se informarem a respeito da situação do metrô em determinados horários, muitos usuários disseram que não tem costume de entrar em aplicativos para ver estatísticas e afins. Além disso, outros aspectos percebidos são que as telas de usuário estavam muito misturadas com as dos vigias, deixando o sistema mal estruturado, e que o menu poderia ser incorporado à tela de feeds. Por fim, obteve-se o feedback a respeito do cadastro de um relato, onde o ideal seria ter um input específico para a descrição do possível agressor, e não embutido dentro da descrição do relato. Todas esses feedbacks foram repensados no terceiro protótipo.

Descrição do 3° protótipo[editar | editar código-fonte]

Validação da hipótese de solução com o público-alvo[editar | editar código-fonte]

Com o terceiro protótipo, o processo de validação não foi diferente. A partir do feedback do segundo protótipo, foram realizadas modificações para gerar o terceiro, que foi levado para uma estação de metrô para novamente extrair feedback dos usuários. O sistema foi interfaceado por duas frentes: a dos usuários (aplicativo mobile) e a dos vigias (web). O menu de usuários foi removido (adicionar relato foi incorporado à tela de feeds) e a descrição do abusador ganhou seu próprio campo. Os dados estatísticos só podem ser vistos pelos vigias neste protótipo e, por fim, foi adicionado geração de relatório para a segurança.

De modo geral, o terceiro protótipo foi muito bem aceito, mantemos um diálogo com o metrô para modificar a página de formulário com as formalidades necessárias, mas não tivemos tempo de alterar o protótipo.

Ferramentas e técnicas utilizadas na prototipação[editar | editar código-fonte]

Para a prototipação foi utilizada a ferramenta online e colaborativa draw.io. Com ela foi possível desenhar os últimos protótipos bem como construir o BPM (Business Process Management).

BPM: Business Process Management[editar | editar código-fonte]

O BPM (em português Gerenciamento de Processos de Negócio) é uma abordagem de gerenciamento com a finalidade de sistematizar e facilitar processos organizacionais individuais complexos, dentro e fora das empresas. Para os fins deste projeto, foi realizada a modelagem através do BPM, onde existiam 3 níveis: back stage, front stage e costumer action. O back stage consiste em toda e qualquer ação que o sistema realiza e que o usuário não vê, enquanto o front stage é toda aquela que o usuário pode visualizar. Enquanto isso, o costumer action consiste nas ações e interações que o usuário pode realizar com o sistema. A seguir pode ser visualizada a modelagem:

Modelagem usuário versão 1[editar | editar código-fonte]

Ferramentas e técnicas utilizadas na prototipação[editar | editar código-fonte]

Para a prototipação foi utilizada a ferramenta online e colaborativa draw.io. Com ela foi possível desenhar os últimos protótipos bem como construir o BPM (Business Process Management).

Considerações Finais[editar | editar código-fonte]

Cidades inteligentes vai ser algo cada vez mais visto na sociedade com o passar dos anos, justamente por conta do crescimento da tecnologia, o que vai possibilitar o uso dela para fazer uma cidade mais dinâmica e mais centrada em ajudar a população que nela se encontra.

Transporte público é um setor de brasília que ainda precisa ser muito trabalhado para que se possa parecer com um sistema de transportes de uma cidade inteligente, ao longo do estudo foi notado problemas como preço de passagem, superlotação dos ônibus, falta de respeito com idosos e gestantes, e assédio sexual e moral principalmente com as mulheres. Existem muitos passos a serem dados para se consolidar um bom sistema de transportes públicos em Brasília, e acabar com o assédio pode ser o marco inicial desse processo, já que o respeito ao próximo é a base para qualquer sociedade que viva em harmonia.

Também por meio da análise de caso sobre segurança e sobre o transporte público, percebe-se que um grande passo para se acabar com qualquer tipo de violência, e também o assédio, é o relato do caso com uma autoridade ou corpo policial o mais rápido possível. Também foi possível perceber que integrar pessoas que sofrem de um mesmo mal e fazer com que essas pessoas ajudem umas às outras se comunicando sobre os casos de assédio, e se alertando sobre horários e linhas de metrô que estão mais perigosas, faz com que casos de assédio possam ser evitados.

Portanto apesar de Brasília ser considerada a quarta cidade mais inteligente do Brasil, precisamos nos esforçar para que ela um dia possa entrar na lista de cidades mais inteligentes do mundo.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  1. http://www.metro.df.gov.br/metro-policia-civil-e-secretaria-das-mulheres-intensificam-combate-ao-assedio/
  2. https://www.theguardian.com/cities/smart-cities
  3. https://en.wikipedia.org/wiki/Smart_city
  4. http://www.scholarsstrategynetwork.org/brief/violence-against-women-riding-public-transport-global-issue-especially-developing-countries
  5. http://www.telegraph.co.uk/women/life/want-tackle-sexual-assault-public-transport-start-onlookers/
  6. https://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en/news/putting-smart-public-transport-technology-test