Cultura e Artes: Carnaval de rua São paulo
Carnaval de Rua de São Paulo
[editar | editar código-fonte]Introdução
[editar | editar código-fonte]O Carnaval é uma das festas populares mais conhecidas no mundo ocidental, sendo a maior festividade do Brasil. Sua origem remonta à Idade Média e tem associação direta com o cristianismo. O Carnaval chegou ao Brasil, durante o período colonial, caracterizado por diversas brincadeiras, como o entrudo. Em São Paulo, o carnaval de rua tem ganhado destaque nos últimos anos. Diferente do carnaval de escolas de samba, o carnaval de rua envolve a participação de blocos que promovem a festa nas ruas da cidade, criando um ambiente de celebração e diversidade. Este trabalho tem como objetivo explorar a história, a importância cultural, os elementos artísticos e o impacto social e econômico do Carnaval de Rua em São Paulo.
História do Carnaval de Rua em São Paulo
[editar | editar código-fonte]O Carnaval foi trazido ao Brasil pelos colonizadores portugueses entre os séculos XVI e XVII, manifestando-se inicialmente por meio do entrudo, uma brincadeira popular. Com o passar do tempo, o Carnaval foi adquirindo outras formas de se manifestar, como o baile de máscaras. O surgimento das sociedades carnavalescas contribuiu para a popularização da festa entre as camadas pobres.
A partir do século XX, a popularização da festa contribuiu para o surgimento do samba, estilo musical muito influenciado pela cultura africana, e do desfile das escolas de samba, evento que acabou sendo oficializado com apoio governamental. Nesse período, o Carnaval assumiu a sua posição de maior festa popular do Brasil.
A formação do carnaval popular paulistano tem como base fundamental as festas de caráter religioso-profano das pequenas cidades interioranas nas quais a população pobre manifestava-se por meio de suas danças e músicas, que acabaram tornando-se parte indissociável dos festejos, como na festa de Bom Jesus de Pirapora. Os primeiros líderes de grupos carnavalescos paulistanos, em sua maioria provindos do interior do estado, ao frequentarem estas festas, absorviam elementos musicais e coreográficos que seriam manifestados no carnaval popular paulistano. Assim, a influência dos sambas rurais presentes na festa de Pirapora refletir-se-ia na música dos cordões carnavalescos paulistanos, que por sua vez influenciariam as futuras escolas de samba da capital bandeirante, atualmente as principais agremiações carnavalescas de São Paulo.
O surgimento do Carnaval paulistano ocorrido da forma descrita determina que a origem geográfica das manifestações de samba em São Paulo esteja ligada às zonas fabris, o que de certa forma explica que duas das mais tradicionais.
A tradição carnavalesca paulistana, além do chamado "Carnaval de Rua", consistente em bailes e brincadeiras populares pelas ruas da cidade, era centralizada na figura dos cordões, entre os quais destacavam-se justamente . A festa nas ruas e os desfiles de cordões ocorriam paralelamente e em harmonia, compondo o quadro cultural paulistano. Data de 1934 a primeira intervenção da Prefeitura Municipal de São Paulo no Carnaval, promovendo o primeiro desfile carnavalesco dos cordões existentes à época. Os cordões por longo tempo definiram a musicalidade da população operária paulistana, e neles é que se desenvolvia o samba paulistano.
No Brasil, o Carnaval é marcado por festividades variadas, o que demonstra a diversidade cultural do território. Em cada parte de nosso país o Carnaval pode ser celebrado de muitas maneiras, e a celebração do Carnaval brasileiro é um evento que atrai milhões de turistas para o Brasil todos os anos
Entrudo[1]
[editar | editar código-fonte]O Carnaval chegou ao Brasil por meio da prática do entrudo, uma brincadeira muito popular em Portugal. Essa prática estabeleceu-se no Brasil, na passagem do século XVI para o XVII, e foi muito popular até o século XIX, desaparecendo do país em meados do século XX, por meio da repressão que se estabeleceu contra essa brincadeira.
O entrudo poderia ser realizado de diversas maneiras, como manifestações de zombarias públicas. A forma mais conhecida era o jogo das molhadelas, realizado alguns dias antes da Quaresma e que consistia em uma brincadeira de molhar ou sujar as pessoas que passavam pela rua. Poderia ser realizado publicamente, mas também poderia ser realizado de maneira privada.
No jogo das molhadelas, produziam-se recipientes que eram preenchidos de determinado líquido. Esse líquido poderia ser aromatizado, mas também poderia ser malcheiroso e, neste caso, o recipiente era preenchido com água suja de farinha ou café, por exemplo, e até mesmo urina.
No âmbito público, o entrudo era usado como uma ferramenta de zombaria, pois as pessoas voltavam-se contra quem cruzava as ruas das vilas ou cidades. Como era uma prática muito popular, sobretudo nos séculos XVIII e XIX, essa brincadeira era vista como uma oportunidade de renda extra para algumas famílias.
Cordões, ranchos e marchinhas
[editar | editar código-fonte]Mesmo diante dos obstáculos, as camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas. No final do século XIX, buscando adaptarem-se às tentativas de disciplinamento policial, foram criados os cordões e ranchos. Os primeiros incluíam a utilização da estética das procissões religiosas com manifestações populares, como a capoeira e os zé-pereiras, tocadores de grandes bumbos. Os ranchos eram cortejos praticados principalmente pelas pessoas de origem rural.
As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, destacando-se a figura de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música “Ô abre alas”. O samba somente surgiu por volta da década de 1910, com a música “Pelo Telefone[2]”, de Donga [3]e Mauro de Almeida[4], tornando-se, ao longo do tempo, o legítimo representante musical do Carnaval."
Trio elétrico
[editar | editar código-fonte]O trio elétrico no carnaval, que se tornou um ícone da festa em várias partes do Brasil, incluindo São Paulo, tem uma origem ligada à inovação na música e ao desejo de transformar a experiência dos desfiles. A história do trio elétrico em São Paulo está intimamente conectada ao desenvolvimento da música popular brasileira e às mudanças nas tradições do carnaval.
A origem do trio elétrico remonta ao Carnaval da Bahia, onde ele foi criado no final da década de 1950. A invenção é creditada a Dodô e Osmar, dois músicos baianos que, com um grupo de percussionistas, transformaram um caminhão em um palco móvel para tocar músicas para as multidões. Eles adaptaram um amplificador de som para o caminhão, criando o famoso "trio", que permitiu que a música fosse ouvida por grandes multidões nas ruas. Essa invenção teve grande sucesso e rapidamente se espalhou para outros estados.
No Carnaval de São Paulo, o trio elétrico chegou mais tarde, nos anos 1980. A cidade, que até então tinha uma tradição de blocos e desfiles, passou a incorporar essa nova forma de carnaval com a introdução do trio elétrico, principalmente com a ajuda de artistas e blocos que estavam mais conectados com a música popular e a cultura baiana. A transição foi gradual, e o estilo baiano de festa foi ganhando força, especialmente com a popularização do axé e outros gêneros musicais típicos do Nordeste.
Em São Paulo, o trio elétrico passou a ser uma característica marcante dos blocos de rua e desfiles, principalmente em eventos como o Bloco do Sargento Pimenta (que mistura samba e Beatles) e outros blocos que começaram a explorar o formato. Nos anos 1990 e 2000, o fenômeno se expandiu ainda mais, com os blocos de rua e as escolas de samba adotando o modelo do trio elétrico para atrair e animar os foliões.
Assim, a evolução do trio elétrico em São Paulo seguiu um caminho de adaptação e mistura cultural, absorvendo influências do carnaval baiano e contribuindo para a modernização das festas de rua, ampliando a interatividade com o público e trazendo uma nova dinâmica ao carnaval paulistano.
Importância Cultural
[editar | editar código-fonte]A importância cultural do Carnaval é imensa, refletindo não apenas uma celebração popular, mas também uma rica manifestação de identidade, história e criatividade. O Carnaval é um evento que une diversos aspectos da cultura de um povo, sendo uma expressão artística e social que transcende fronteiras e gera significados profundos tanto para os participantes quanto para os observadores. Em diferentes partes do Brasil, como em São Paulo, o Carnaval se configura como uma das maiores e mais poderosas representações culturais, repleta de significados que vão além da festa.
- Preservação e Valorização das Tradições
O Carnaval é um veículo poderoso para a preservação de tradições culturais, como as danças, as músicas, as fantasias e as narrativas que, muitas vezes, têm origens profundas nas culturas afro-brasileiras, indígenas e portuguesas. As escolas de samba, por exemplo, representam não apenas uma forma de expressão artística, mas também uma maneira de manter vivas as histórias de povos marginalizados e de expressar as lutas sociais e culturais dessas comunidades. No Carnaval, as raízes africanas e afro-brasileiras são celebradas, com os ritmos do samba, maracatu, frevo, axé, entre outros, sendo passados de geração em geração.
- Fomento à Criatividade e à Inovação
O Carnaval é um espaço privilegiado para a expressão criativa. A construção de alegorias, as fantasias, os sambas-enredo e os desfiles envolvem um trabalho coletivo de artistas, designers, músicos, costureiros e muitos outros profissionais que, juntos, criam espetáculos vibrantes e inovadores. A competição entre as escolas de samba e blocos de rua também é uma força que impulsiona a busca por inovação, onde a cada ano há uma busca por novas formas de representar a cultura, de contar histórias e de emocionar o público. O evento promove, assim, a experimentação artística, permitindo que novas formas de arte e performance sejam testadas e apreciadas.
- Fortalecimento da Identidade Coletiva
O Carnaval tem um papel fundamental na construção e fortalecimento da identidade coletiva. As escolas de samba, blocos de rua e outras manifestações carnavalescas permitem que diferentes grupos sociais e culturais se expressem de maneira única e vibrante, enquanto compartilham um sentimento de pertencimento a uma comunidade maior. A festa, seja no Sambódromo, seja nas ruas, cria um ambiente de união e celebração da diversidade, em que diferentes pessoas se juntam para se divertir, celebrar e afirmar suas identidades, sejam elas regionais, étnicas ou sociais. O Carnaval é, portanto, um momento de reafirmação da pluralidade cultural, onde todos são convidados a participar e a se sentir parte de algo maior. ‘’o Carnaval é de grande importância cultural, pois vai muito além de uma simples festividade. Ele é um reflexo da história, da luta, da diversidade e da criatividade de um povo.’’
‘’o Carnaval é de grande importância cultural, pois vai muito além de uma simples festividade. Ele é um reflexo da história, da luta, da diversidade e da criatividade de um povo.’’
Os 5 dados sobre a história do carnaval no Brasil que você não sabia
[editar | editar código-fonte]A origem do carnaval é antiga e alinhada com preceitos da Igreja Católica, tal como o costume de vestir fantasias para celebrar a festa, como já se fazia na época do Império Romano.
no Brasil que essa manifestação popular envolvendo dança e música ganhou contornos de patrimônio cultural e números impressionantes.
A origem dos primeiros blocos de carnaval vem da Procissões católicas [5]
os blocos de rua surgiram de comemorações populares decorrentes de procissões e outras manifestações católicas dias anteriores ao período da Quaresma. No Brasil, mais especificamente, o ato de celebrar o carnaval nas ruas descende dos chamados “entrudos” portugueses.
Eram comemorações bastante populares nas quais as pessoas brincavam jogando água, ovos, farinha, frutas podres e restos de comida umas nas outras.
“A brincadeira na rua, no entanto, era principalmente feita por pessoas negras escravizadas, enquanto as famílias brancas se divertiam em suas casas derramando baldes de água suja em passantes desavisados
Nada de samba! As primeiras músicas de carnaval foram as marchinhas
Foi ainda no século 19, quando as manifestações carnavalescas iam se popularizando nas diversas camadas da sociedade que as marchinhas eram o ritmo oficial do carnaval.
O ritmo descendia das marchas populares portuguesas, reproduzindo algumas de suas características como o compasso binário e cadência militar
O samba, por sua vez, teria se colado à festividade apenas na década de 1910, com a música “Pelo Telefone”, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, lançada em 1916. A partir daí, enquanto a composição de marchinhas foi diminuindo, o samba ganhou espaço como o gênero musical considerado o legítimo representante musical do carnaval
A palavra sambódromo foi criada por causa do carnaval brasileiro[6]
A existência da Marquês de Sapucaí, ou seja, da avenida exclusiva onde ocorrem os desfiles das escolas de samba cariocas, é um exemplo concreto de como a festividade influencia a cultura brasileira.
Isso porque o lugar desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, um ícone do modernismo, e inaugurado em 1984, se tornou o espaço oficial de exibição
Ela é a combinação da palavra “samba” com o sufixo grego “dromo”, que significa “corrida” ou “local para correr”
Sem os afoxés não haveria o carnaval no Brasil como se conhece hoje
A presença da cultura africana no carnaval brasileiro é o que fez dele uma manifestação cultural única, ainda que suas origens remontem a tradições católicas e européias.
E uma das melhores mostras de como essa influência é rica e essencial à festa rítmica da atualidade está na música e no ritmo dos afoxés – cortejos de manifestação afro-brasileira
o primeiro grupo de afoxé surgiu em 1885, em Salvador, capital baiana, e se chamava Afoxé Embaixada da África. “Os primeiros afoxés foram o Embaixada Africana e os Pândegos da África. Por volta do mesmo período, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda”
Qual é o maior bloco de carnaval do mundo? Ele começou desfilando com 75 pessoas
Reconhecido como o maior bloco de carnaval do mundo pelo “Guinness Book”[7] o livro dos recordes, o bloco pernambucano Galo da Madrugada começou sua existência desfilando com apenas… 75 pessoas. Elas estavam acompanhadas por 22 músicos, e esse desfile aconteceu em 4 de fevereiro de 1978, como informa o site oficial do Galo da Madrugada. Já em 2009, a cifra dos 2 milhões de foliões seguindo o Galo havia sido ultrapassada, e nesse mesmo ano o governo estadual declarou o bloco como Patrimônio Imaterial de Pernambuco. Em 2018, bateu a marca de 2,3 milhões de pessoas no bloco, ostentando uma estrutura que deixa aquele cordão carnavalesco inicial de 22 pessoas bastante no passado. De acordo ainda com o site oficial do Galo, são cerca de 30 trios elétricos e 30 bandas com orquestras de frevo.
Elementos Artísticos
[editar | editar código-fonte]Os elementos artísticos do Carnaval são uma parte essencial de sua riqueza cultural e estética, criando uma experiência única que envolve música, dança, fantasia e performance. Cada componente dessa celebração é cuidadosamente planejado e executado para criar um espetáculo visual e sonoro impressionante.
Blocos de Rua
Os blocos de rua são grupos de pessoas que se organizam para desfilar pelas ruas da cidade, tocando música, dançando e cantando. Diferente dos desfiles de escolas de samba, que acontecem no Sambódromo, os blocos de rua ocupam as vias públicas, criando uma celebração mais acessível, espontânea e inclusiva.
"O carnaval é o espelho do povo brasileiro: alegre, irreverente, cheio de ritmos e de cor." - Chico Buarque
Bloco Casa Comigo
[editar | editar código-fonte]O Bloco "Casa Comigo" é um dos blocos de carnaval mais criativos e animados de São Paulo, com uma proposta bem divertida. Ele se destaca por reunir pessoas que estão em busca de um clima de romance e descontração. A ideia central do bloco é criar um ambiente onde os foliões possam celebrar o amor e a alegria, com marchinhas e hits que falam sobre relacionamentos.
Com um visual característico, o bloco costuma trazer adereços e fantasias que remetem a temas românticos. Durante o desfile, a animação é contagiante, com a participação de casais e solteiros, todos em busca de diversão e boas vibrações. O Bloco "Casa Comigo" tem atraído cada vez mais foliões, especialmente aqueles que desejam uma experiência leve e cheia de amor no carnaval.
Características do Bloco
Tema Romântico: O bloco é centrado na celebração do amor, com marchinhas e músicas que falam sobre relacionamentos, flerte e romance. A atmosfera é leve e descontraída, perfeita para quem busca um clima de alegria e afeto.
Ambiente Inclusivo: O bloco é aberto a todos, independentemente do estado civil. Tanto casais quanto solteiros são bem-vindos, promovendo uma celebração coletiva do amor em suas diversas formas.
Fantasias e Adereços: Os foliões costumam se vestir de forma criativa, com fantasias que remetem ao tema de casamentos, corações e romance, acrescentando um toque especial à festa.
Animação e Interatividade: Durante o desfile, a animação é contagiante. As pessoas costumam dançar, cantar e interagir umas com as outras, criando um clima de camaradagem e felicidade.
Ritmos Diversos: O repertório é variado, incluindo desde marchinhas tradicionais até sucessos contemporâneos, garantindo que todos se divirtam e possam dançar.
Bloco do Beco do Batman
[editar | editar código-fonte]O Bloco do Beco do Batman é uma das festas mais icônicas e coloridas de São Paulo durante o carnaval. Localizado na Vila Madalena, o bloco se destaca por sua conexão com a arte urbana, já que o Beco do Batman é famoso por seus grafites e murais vibrantes.
Características do Bloco:
Temática Artística: O bloco celebra a cultura urbana e a arte de rua, atraindo não apenas foliões, mas também amantes da arte e turistas que querem aproveitar a atmosfera única do local.
Música e Animação: O repertório é diversificado, misturando clássicos de carnaval, samba, e hits atuais, garantindo uma festa animada e inclusiva para todos os gostos.
Ambiente Festivo: A festa é marcada por um clima descontraído e divertido, com muitos foliões se fantasiando e interagindo entre si, sempre cercados pelas incríveis obras de arte do beco.
Inclusão: O bloco é aberto a todos, promovendo uma celebração de diversidade e comunidade, fazendo com que cada participante se sinta parte da festa. Bloco da Virada Bloco da Virada
Bloco da Virada
[editar | editar código-fonte]Um dos maiores blocos de rua de São Paulo, o Bloco da Virada é famoso por tocar marchinhas tradicionais e atrair milhares de foliões. Ele ocorre no centro da cidade, em uma das áreas mais movimentadas, e é um dos principais eventos de Carnaval para quem gosta da tradição das marchinhas.
Característica do bloco
Foco nas Marchinhas de Carnaval: Uma das principais características do Bloco da Virada é o resgate das marchinhas de Carnaval, um dos estilos musicais mais tradicionais e populares do Brasil. Durante o desfile, o bloco toca clássicas marchinhas como "Mamãe Eu Quero", "Me Dá um Dinheiro Aí", "Cabeleira do Zezé".
Espírito de Festa Popular e Inclusiva: Ele é voltado para todos os públicos, independentemente da idade, classe social ou origem. A ideia é criar uma festa de rua onde todos possam se sentir bem-vindos e participar, sem exclusões. Os foliões, ao som das marchinhas e samba, compartilham a alegria e a diversão em um ambiente de celebração e união.
Caráter Tradicional: O bloco é muito fiel à tradicional festa de Carnaval, especialmente no que diz respeito às músicas e ao estilo de celebração. Ao invés de seguir tendências mais modernas ou experimentar com outros ritmos, o Bloco da Virada se mantém fiel às raízes do Carnaval, com ênfase nas marchinhas e no samba.
O Bloco da Latinha Mix
[editar | editar código-fonte]O Bloco da Latinha em São Paulo é um dos maiores e mais populares blocos de rua da cidade durante o Carnaval. Ele é conhecido pela sua atmosfera descontraída, pelo seu estilo musical e pela grande diversidade de foliões que atrai todos os anos.
- Ritmos variados: O Bloco da Latinha mistura uma gama de estilos musicais, como samba, funk, marchinhas, axé e outros gêneros que fazem parte da cultura carnavalesca de rua. Essa mistura de ritmos é um dos grandes atrativos, tornando o bloco acessível a públicos de diferentes idades e gostos musicais.
- Festa popular e inclusiva: O bloco é um dos maiores eventos de rua durante o Carnaval em São Paulo, e uma das suas características mais marcantes é a acessibilidade e a inclusão. Ele atrai pessoas de todas as idades, origens e classes sociais, e não exige ingressos ou pagamento para participar, tornando-se um evento democrático.
O Bloco da Latinha e o Recorde de Público:[8]
[editar | editar código-fonte]Em 2024, o Bloco da Latinha alcançou um feito impressionante ao atrair mais de um milhão de pessoas para as ruas de São Paulo. Esse número de foliões representa um marco significativo, colocando o bloco entre os maiores de toda a cidade e destacando a popularidade crescente do carnaval de rua em São Paulo. Esse recorde de público é um reflexo do aumento da participação dos paulistanos e visitantes na folia de rua, que cada vez mais se torna um espaço de expressão e celebração da cultura popular.
O impacto desse acontecimento
[editar | editar código-fonte]- Reflexo do crescimento do Carnaval de rua: O Bloco da Latinha faz parte de uma tendência crescente no Brasil, especialmente nas grandes cidades como São Paulo, onde os blocos de rua têm atraído mais e mais pessoas. A popularização dos blocos de rua tem sido um movimento crescente, com cada vez mais pessoas preferindo essas festas àqueles eventos de Carnaval mais tradicionais e fechados, como os desfiles de escolas de samba.
- Impacto cultural e turístico: A atração de mais de um milhão de pessoas para um bloco de rua é um reflexo do poder de mobilização da cultura popular, e São Paulo, como uma cidade multicultural e cosmopolita, se torna um grande palco para a diversidade carnavalesca. Esse crescimento também tem um impacto positivo no turismo e na economia local, com hotéis, bares, restaurantes e comércios locais se beneficiando do grande fluxo de visitantes
- Importância para o cenário do carnaval paulista: Esse recorde de público coloca o Bloco da Latinha como um dos principais eventos do Carnaval de São Paulo, destacando a cidade como um dos destinos mais importantes para os foliões de rua. Isso também aumenta o interesse de patrocinadores e mídia para o Carnaval paulistano, que, nos últimos anos, tem ganhado cada vez mais destaque.
O Bloco da Latinha se consolidou como um dos maiores e mais tradicionais blocos de rua de São Paulo. O recorde de mais de um milhão de pessoas em 2024 reflete o crescimento do bloco e a popularização do carnaval de rua em São Paulo, marcando esse evento como uma grande festa de celebração da cultura, da diversidade e da alegria do povo paulista.
Bloco Afro Ilú Oba De Min
[editar | editar código-fonte]O Bloco Afro Ilú Obá De Min é um importante grupo cultural e artístico brasileiro, baseado em São Paulo. Fundado em 2004, o grupo tem como principal missão a valorização da cultura afro-brasileira e o fortalecimento do protagonismo das mulheres negras. O nome "Ilú Obá De Min" significa "mãos femininas que tocam tambor para o rei", em iorubá, idioma de origem africana muito presente nas práticas culturais e religiosas do Brasil.
Características principais do Ilú Obá De Min
[editar | editar código-fonte]Foco no protagonismo feminino : O bloco é formado majoritariamente por mulheres e destaca a força feminina nas manifestações culturais e artísticas. Por meio da música, da dança e dos tambores, o grupo busca empoderar mulheres e promover a igualdade de gênero.
Tradições afro-brasileiras e africanidades : O Ilú Obá De Min trabalha com ritmos e expressões culturais oriundos das tradições africanas e afro-brasileiras, como os toques de candomblé, maracatu e ijexá. Esses elementos estão presentes tanto nas músicas quanto nas coreografias e nos trajes usados durante as apresentações.
Educação e resistência cultural : Além das apresentações artísticas, o grupo desenvolve projetos educativos e oficinas, promovendo o conhecimento sobre a história, a cultura e as religiões de matriz africana. Essa atuação fortalece a luta contra o racismo e os estereótipos.
Carnaval como espaço de resistência : Durante o Carnaval, o Ilú Obá De Min desfila pelas ruas de São Paulo, trazendo não apenas festa, mas também reflexão e resistência. Suas apresentações são marcadas por fortes mensagens políticas e sociais, destacando a importância da memória afro-brasileira e da luta contra a opressão.
Estética e simbolismo : Os trajes usados pelo bloco são riquíssimos em cores, padrões e adereços que remetem à ancestralidade africana. Muitas vezes, esses elementos carregam significados religiosos, culturais ou históricos, reforçando a conexão com as raízes afro-brasileiras.
Blocos que estão sumindo por falta de patrocínio
[editar | editar código-fonte]Em São Paulo, como em muitas outras cidades brasileiras, o patrocínio desempenha um papel crucial para a organização e manutenção de blocos de rua durante o Carnaval. No entanto, esse modelo tem gerado discussões e preocupações, especialmente sobre o impacto no acesso a recursos e a preservação da essência de muitos blocos. Alguns blocos estão sumindo ou diminuindo sua importância devido à dependência excessiva de patrocínio, à comercialização da festa e à dificuldade de obter apoio financeiro de grandes marcas.
- Fatores que Contribuem para o Sumiço de Blocos por Conta do Patrocínio
Comercialização e Perda da Identidade O patrocínio de grandes empresas é fundamental para garantir a infraestrutura e a logística dos blocos, como segurança, som, transporte e materiais de divulgação. No entanto, a comercialização excessiva da festa tem levado alguns blocos a perderem sua identidade original, transformando-se em eventos voltados principalmente para o lucro. Alguns blocos que surgiram com uma proposta mais alternativa ou autêntica acabam sendo "domesticados" por grandes marcas, e sua autonomia e proposta cultural são diminuídas.
Exclusividade e Comercialização de Acessos Com o apoio de patrocínios, certos blocos de rua passaram a ter um modelo de venda de ingressos ou áreas VIP, o que pode afastar aqueles que buscam um Carnaval mais democrático e acessível. Essa elitização e a criação de "setores exclusivos" acabam dificultando a participação de algumas pessoas, especialmente aquelas de classes sociais mais baixas. Alguns blocos que, inicialmente, eram gratuitos e abertos a todos, passaram a ter restrições de acesso, o que gerou frustração entre seus antigos seguidores.
Dependência de Grandes Marcas A dependência de patrocínios de grandes empresas tem feito com que alguns blocos se vejam em uma situação difícil quando o apoio financeiro não é renovado ou se as marcas retiram seu patrocínio. O financiamento público e privado pode ser imprevisível, e a falta de recursos pode resultar no fim de blocos históricos ou na mudança de suas características. Blocos menores, que tradicionalmente dependem do apoio da comunidade e de fundos espontâneos, podem ser afetados pela dificuldade em atrair patrocinadores ou manter a independência financeira.
Exemplos de Blocos Que Foram Impactados ou Desapareceram
[editar | editar código-fonte]Bloco do Sargento Pimenta [9]O Bloco do Sargento Pimenta, famoso por tocar músicas dos Beatles em versão de samba, teve dificuldades financeiras e de patrocínio em algumas edições, o que comprometeu a realização do evento em certos anos. Com o tempo, o bloco precisou de apoio de grandes patrocinadores para cobrir seus custos operacionais e, em alguns momentos, a organização enfrentou desafios devido à falta de financiamento estável.
Bloco da Lua[10], que também é tradicional em São Paulo e tem um público fiel, enfrentou desafios financeiros no passado. O bloco tem se adaptado às novas exigências do mercado de patrocínios e ao modelo de grandes patrocinadores, mas também precisou mudar sua dinâmica de organização para se ajustar às novas realidades comerciais do Carnaval.
Bloco da Vergonha[11] Este bloco, famoso por sua irreverência e por fazer uma crítica social ao Carnaval, teve dificuldades em algumas edições em garantir recursos para a organização do evento, principalmente quando a lógica do patrocínio se intensificou. A necessidade de buscar patrocinadores para garantir a infraestrutura e segurança do evento colocou alguns blocos em uma posição desconfortável, já que muitos deles tinham como princípio a independência financeira.
Bloco Saci do Bixiga[12], que tem uma forte conexão com a cultura do samba e com as raízes afro-brasileiras, também sofreu com a falta de patrocínios e com a crescente competição entre blocos na cidade. Blocos de bairro como esse, que antes eram mais espontâneos e orgânicos, agora enfrentam dificuldades para manter sua identidade diante da pressão de grandes patrocinadores.
Figurinos e Adereços
[editar | editar código-fonte]Os figurinos e adereços são elementos essenciais e marcantes no Carnaval de São Paulo, tanto nos desfiles das escolas de samba quanto nos blocos de rua. Eles são responsáveis por criar o visual exuberante e vibrante que caracteriza a festa, contribuindo para a expressão artística, a identidade cultural e o encantamento visual do evento. Aqui, exploramos os diferentes aspectos dos figurinos e adereços no Carnaval paulistano
- Materiais e Técnicas
Os figurinos do Carnaval de São Paulo são confeccionados com uma enorme variedade de materiais, desde paetês, lantejoulas, tecidos metálicos e plumas até materiais reciclados e alternativos, como garrafas PET ou papelão. A combinação de tecidos brilhantes, texturas e acessórios cria um efeito deslumbrante à medida que os desfilastes se movimentam pela passarela. Os detalhes, como bordados, penas e penas artificiais, adicionam ainda mais sofisticação e beleza.
- Cabeças e tiaras
Muitas fantasias incluem adornos para a cabeça, como coroas, tiaras, plumas, e chapéus estilizados, que muitas vezes fazem parte do personagem que está sendo representado.
- Cores vibrantes
O uso de cores fortes, como vermelho, amarelo, verde, dourado, e prateado, é uma característica dos figurinos, com cada escola de samba escolhendo uma paleta que remeta à sua identidade e ao seu enredo.
- Elementos simbólicos
Muitas fantasias possuem detalhes simbólicos ligados ao enredo, como escudos, instrumentos musicais, ou representações de figuras mitológicas, históricas ou culturais.
Os figurinos e adereços no Carnaval de São Paulo são, sem dúvida, uma das partes mais emocionantes e representativas do evento. Eles não apenas ilustram o enredo das escolas de samba ou as temáticas dos blocos de rua, mas também expressam a criatividade e o talento dos artesãos, designers e foliões que se dedicam a criar essas obras-primas.
"No carnaval, a rua vira palco de poesia, onde a fantasia não é só de roupa, mas de alma." - Ney Matogrosso
Música e Dança
[editar | editar código-fonte]As músicas e danças são o coração pulsante do Carnaval de São Paulo, tanto nos desfiles das escolas de samba quanto nos blocos de rua. A diversidade musical e as coreografias vibrantes são características que definem a festa e a tornam um evento de celebração da cultura brasileira, rica em sons, ritmos e movimentos.
"O carnaval de rua é um momento de pura festa, de esquecer os problemas e se jogar na alegria do povo." -
Zeca Pagodinho
As marchinhas de Carnaval são, sem dúvida, um dos maiores símbolos da festa popular em São Paulo. Com suas melodias alegres e letras satíricas, as marchinhas conquistam corações e se tornam um verdadeiro patrimônio do Carnaval, "Mamãe Eu Quero"[13], "Ô Abre Alas" [14]e "Cidade Maravilhosa"[15]
Samba-enredo Nos desfiles das escolas de samba, o samba-enredo é a principal música que embala as apresentações. Cada escola de samba cria uma canção específica que reflete o tema ou enredo escolhido para o desfile daquele ano.
Samba de Roda e Pagode Em algumas regiões de São Paulo, especialmente nas periferias, o samba de roda e o pagode também são estilos musicais que se misturam ao Carnaval. Esses estilos, que têm forte ligação com a cultura afro-brasileira, ganham destaque principalmente nos blocos de rua e nas festas informais do Carnaval.
Funk e Axé Embora não sejam originais do Carnaval tradicional, o funk carioca e o axé também ganharam muito espaço nos blocos de rua de São Paulo. O funk, com suas batidas rápidas e letras divertidas, especialmente nas versões de protesto e humor, atrai um público jovem que gosta de dançar ao som do batidão.
Frevo Embora mais associado ao Carnaval de Pernambuco, o frevo também tem ganhado popularidade em São Paulo, especialmente em blocos de rua que buscam resgatar a tradição carnavalesca de outras regiões do Brasil. O frevo é uma dança vibrante, rápida e cheia de energia, com passos complexos que envolvem saltos e giros.
"O carnaval de rua é a verdadeira festa popular. É onde a democracia se encontra com a alegria." -
Caetano Veloso
Impacto Social e Inclusão
[editar | editar código-fonte]O Carnaval de São Paulo é uma grande festa popular que promove a integração social e a inclusão. O evento reúne pessoas de diferentes classes sociais, idades, origens e etnias, proporcionando um ambiente de igualdade e convivência harmoniosa. Tanto os desfiles das escolas de samba quanto os blocos de rua são eventos acessíveis, em sua maioria gratuitos, permitindo a participação de qualquer pessoa, sem barreiras econômicas ou sociais. Este aspecto é especialmente evidente nos blocos de rua, que se espalham por diferentes regiões da cidade e atraem um público extremamente diversificado.
Valorização das Culturas Periféricas O Carnaval de São Paulo também tem sido fundamental para valorizar as culturas periféricas, principalmente nas comunidades que têm escolas de samba. Muitas escolas de samba nas zonas periféricas de São Paulo, como na Zona Leste e Zona Sul, são responsáveis por manter vivas as tradições culturais do samba e outras manifestações artísticas. O processo de preparação para o desfile fortalece o senso de identidade cultural e orgulho comunitário, além de proporcionar oportunidades de desenvolvimento pessoal e coletivo para muitos membros dessas comunidades.
Fomento à Participação Comunitária O envolvimento no Carnaval, seja nas escolas de samba, seja nos blocos de rua, promove o engajamento comunitário e a solidariedade. Em muitas áreas, as escolas de samba se tornam centros comunitários, com ensaios, cursos de arte, música e dança, além de outras atividades culturais durante o ano todo. Nos blocos de rua, a organização local também engaja moradores e voluntários para ajudar com logística e infraestrutura, criando um forte senso de pertencimento e coletividade.
Educação e Formação O Carnaval também tem um papel educacional, especialmente nas escolas de samba, onde são oferecidos cursos de arte, música, dança e design para a população. Essas atividades contribuem para o desenvolvimento de habilidades e a formação de novos talentos, além de servirem como uma forma de resistência cultural. A participação no Carnaval também ensina importantes lições de organização e trabalho em equipe, fundamentais tanto para a vida comunitária quanto profissional.
Inclusão de Grupos Marginalizados Em São Paulo, o Carnaval tem se mostrado um espaço importante para a inclusão de grupos marginalizados, como a população LGBTQIA+[16], negros, mulheres e pessoas com deficiência. A celebração promove a diversidade e o respeito à pluralidade, tanto nas ruas quanto nos desfiles. Muitos blocos de rua têm como tema a luta por igualdade e justiça social, criando um espaço seguro e acolhedor para todos os tipos de expressão.
"O carnaval de rua é um grito de liberdade, onde a cidade se transforma e a gente se reinventa."
Cássia Eller
Impacto Econômico
[editar | editar código-fonte]- Geração de Empregos
O Carnaval de São Paulo gera milhares de empregos diretos e indiretos. Isso inclui a contratação de profissionais para a produção dos desfiles das escolas de samba, como costureiras, músicos, coreógrafos, artesãos e outros profissionais da área cultural. Além disso, o Carnaval também movimenta setores como a segurança, limpeza urbana, transporte, comércio, alimentação e turismo, proporcionando um impulso econômico para a cidade, especialmente durante a alta temporada carnavalesca.
- Turismo
O Carnaval de São Paulo atrai turistas de todas as partes do Brasil e do mundo. Muitos visitantes vêm especialmente para assistir aos desfiles das escolas de samba no Sambódromo, enquanto outros buscam os blocos de rua, que se espalham por diferentes bairros da cidade.
- Impulso ao Comércio Local
O Carnaval é uma oportunidade para o comércio local em São Paulo se beneficiar de um aumento significativo na demanda por produtos e serviços. Desde a venda de fantasias e adereços até a comercialização de bebidas e alimentos durante os eventos, o Carnaval movimenta uma vasta cadeia produtiva. Pequenos e médios negócios, especialmente em bairros com blocos de rua, como a Vila Madalena e o Bixiga, têm um aumento expressivo nas vendas, gerando lucro e estabilidade econômica.
- Patrocínios e Investimentos
O Carnaval de São Paulo tem se tornado cada vez mais atrativo para marcas e patrocinadores, especialmente devido à visibilidade que o evento proporciona. Grandes empresas veem no Carnaval uma oportunidade para divulgar seus produtos e serviços para um público amplo e diversificado. Esse fluxo de investimentos e patrocínios contribui para a viabilidade financeira dos blocos de rua, escolas de samba e outras atrações carnavalescas, além de permitir o aprimoramento da infraestrutura do evento.
- Crescimento de Setores Culturais e Artísticos
O Carnaval tem impulsionado o crescimento de setores culturais e artísticos em São Paulo. As escolas de samba, os blocos de rua e os diversos grupos artísticos que se envolvem no evento geram demanda por produtos culturais, como fantasias, adereços e cenários. Além disso, a cidade passa a ser vista como um polo cultural, o que atrai outros eventos e projetos artísticos durante o ano, favorecendo o crescimento da economia criativa na região.
"Carnaval é uma revolução silenciosa, onde todo mundo pode ser quem quiser, sem medo de julgamento."
Rita Lee
Conclusão
[editar | editar código-fonte]O Carnaval em São Paulo é um dos maiores e mais significativos eventos culturais da cidade, com importância histórica, social e econômica, refletindo a diversidade e a riqueza cultural . Ele é uma celebração que reúne uma vasta gama de expressões artísticas, sociais e culturais, sendo, ao mesmo tempo, um espaço de afirmação da identidade paulistana e de celebração.
A importância social do Carnaval em São Paulo também é notável, já que ele promove a inclusão e o fortalecimento de laços comunitários. As escolas de samba não são apenas espaços de entretenimento, mas também de construção de identidade e de expressão de grupos. Elas representam uma plataforma onde a criatividade e a vivência das comunidades, muitas vezes periféricas, podem se manifestar e se projetar para o mundo. Além disso, o Carnaval é uma época de intensa participação popular, em que diferentes faixas etárias, classes sociais e etnias convivem e se misturam em uma festa de unidade e alegria, superando barreiras culturais e sociais.
Em termos econômicos, o Carnaval paulista movimenta bilhões de reais. O evento atrai turistas de várias partes do Brasil e do mundo, gerando emprego e renda para uma infinidade de setores, como o turismo, a hotelaria, o comércio e a indústria do entretenimento. O Carnaval de São Paulo é muito mais do que uma festa popular; ele é um reflexo das transformações sociais. Sua importância transcende o aspecto festivo, sendo um elemento crucial na construção da memória cultural da cidade e na promoção de um ambiente inclusivo e vibrante, capaz de conectar as pessoas por meio da arte, da música e da alegria.
Referências
Livros e Artigos
ALMEIDA, J. S. O Carnaval de Rua em São Paulo: História e Expressão Cultural. São Paulo: Editora XYZ, 2020.
MARTINS, L. F. A música e a dança no Carnaval de Rua. Revista Brasileira de Cultura, v. 15, n. 2, p. 50-65, 2021.
PEREIRA, M. R. Impactos econômicos do Carnaval de Rua em São Paulo. Journal of Urban Studies, v. 10, n. 4, p. 30-45, 2019.
Fontes Online
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NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL. Os 5 dados sobre a história do Carnaval no Brasil que você não sabia. Disponível em:https://www.nationalgeographicbrasil.com/cultura/2024/02/os-5-dados-sobre-a-historia-do-carnaval-no-brasil-que-voce-nao-sabia.
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PORTO SOCIAL. Carnaval de impacto: conheça ações que causam impacto durante a folia. Disponível em: https://portosocial.org/blog/carnaval-de-impacto-conheca-acoes-que-causam-impacto-durante-a-folia.
THINK TRAVEL. A importância do Carnaval para a economia e turismo do Brasil. Disponível em:https://www.thinktravel-e.com.br/a-importancia-do-carnaval-para-a-economia-e-turismo-do-brasil .
NEGÓCIOS SC. Veja como o Carnaval 2024 movimentará a economia do Brasil. Disponível em: https://www.negociossc.com.br/blog/veja-como-o-carnaval-2024-movimentara-a-economia-do-brasil/ .
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Ligações Externas
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- ↑ https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/lgbtqia.htm