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Cultura e Artes: Mostra das Minas

Fonte: Wikiversidade

Santos, cidade do litoral de São Paulo, é uma cidade considerada um grande polo de realização cinematográfica do Brasil, e como um polo, a cidade possui inúmeras amostras de curta metragens, dentre eles, a Mostra das MINAS é o primeiro e, até o momento, único festival de cinema da Baixada Santista focado para o trabalho de mulheres cis, trans e travestis. A equipe do festival é composto exclusivamente por mulheres e todos os filmes exibidos são dirigidos por mulheres. A amostra costuma ser realizada anualmente, durante o segundo semestre, e conta com uma seleção de filmes do Brasil inteiro, em 2024 foram 145 filmes inscritos na mostra, sendo 10 deles selecionados para exibição. Em anos mais recentes, a Mostra também participa com sua sessão exclusiva no Curta Santos, a maior amostra de curta-metragem da cidade.

A Mostra das MINAS surge com o convite do Movimento Audiovisual da Baixada Santista para participar de uma semana em comemoração ao centenário da dramaturga Ivani Ribeiro, em São Vicente, com uma seleção de filmes de diretoras da região. Em março de 2016, no 1º Encontro Audiovisual Caiçara, esta seleção participa como sessão extraordinária, seguida de uma roda de conversa no encerramento do evento.

As primeiras edições oficiais do projeto acontecem no formato de cine debates mensais, começando em maio de 2016. Nesse mesmo ano, surgem parcerias com outros festivais como o Curta Santos e o VALONGO – Festival Internacional da Imagem.

Os cine debates tornam-se bimestrais em 2017, intercalando entre o Cine Arte Posto 4, em Santos, e com o projeto Cinemão, de cinema LGBTQIAPN+. Paralelamente às sessões, acontece também a primeira edição da Festa do Videoclipe, com videoclipes dirigidos exclusivamente por mulheres.

Em 2018, o festival acontece em duas edições oficiais, sendo uma delas dentro do 60º FESTA - Festival Santista de Teatro, e teve participações especiais em outros eventos, como o E.L.A. - Empoderamento, Liberdade e Arte, em Santos/SP. A partir daí, o festival passa a ter uma edição oficial por ano.

Em 2019, a edição acontece em abril, contando com workshops, uma exposição, videoclipes, curtas e longas metragens. ​Em 2020, teve a exibição da edição #RESISTÊNCIA via streaming no início do ano e, em dezembro, o evento participa como convidado do festival Curta.

Após dois anos de hiato, o festival retoma suas atividades em outubro de 2023. Diferente das outras edições – em que o tema e o gênero dos filmes eram livres -, esta edição focou em trabalhos de ficção científica, terror e fantasia. No segundo dia de evento, também houve uma sessão com videoclipes.

Em 2016, o projeto começa com um cine debate mensal com seleção de filmes todo mês. Em maio, apresentam os filmes das pratas da casa, diretoras santistas, e abrem inscrições para o Brasil e o mundo a partir de junho.

Em 2017, as sessões oficiais da Mostra das MINAS se tornaram bimestrais, intercalavam-se os meses com sessões da mostra LGBTQIAPN+ Cinemão. Também acontece o evento de aniversário de um ano, quando começa a ter palestras, longas-metragens e festa do videoclipe.

Em 2018, acontecem mais duas sessões oficiais e diferentes participações em outros eventos. Também acontece a primeira e a segunda edição da oficina Guerrilha DOC, uma oficina intensiva de audiovisual, feito por mulheres e para mulheres, para documentar o entorno de seus bairros e personagens de suas vidas sob a perspectiva particular de cada olhar. Foram 4 dias de oficinas intensivas, tudo isso usando o material que as mulheres tinham em mãos, utilizando celulares. O resultado foram 6 curtas-metragens documentários, que foram apresentados no Museu da Imagem e do Som.

Durante um período de transição, causado pelo que seria uma das maiores tragédias do país, a edição #RESISTÊNCIA foi dividida entre os dois anos em streaming.

Diferente das outras edições, esta edição focou em trabalhos de ficção científica, terror e fantasia. A escolha temática desta edição veio com o objetivo de observar as produções especificamente ficcionais em áreas em que os números são ainda mais discrepantes no que se se refere às produções de diretores homens e diretoras. No segundo dia de evento, também houve uma sessão com videoclipes. Foram exibidos oito curtas-metragens, o longa metragem Raquel 1:1, de Mariana Bastos, e onze videoclipes. O evento também contou com a masterclass Monstruosidade Feminina no Cinema de Horror, com a criadora da plataforma Mulheres no Horror, Rafaela Germano.

A edição 2024 foi uma celebração aos oito anos de trajetória do evento. Foram selecionados dez curtas metragens, sendo duas animações, três documentários e cinco ficções, de diretoras de diversas partes do Brasil. A programação contou também com um longa-metragem, duas atividades formativas e um encontro com música e videoclipes.

O tema dessa edição foi pegar a essência de todas as artes que já rolaram nas outras edições oficiais do evento e fazer uma singela homenagem a algumas das primeiras mulheres no cinema: Alice Guy Blanché, a primeira diretora de cinema registrada no mundo; Cléo de Verberena, a primeira diretora brasileira noticiada; e Adélia Sampaio, a primeira diretora brasileira negra a dirigir um longa-metragem.

Desde sua concepção, a amostra já exibiu mais de 80 filmes diferentes, abaixo segue a lista com eles categorizados por edição:

Ano / Edição Curta / Longa Diretoras
Maio 2016 SOPRO Rebecca Alba
SUTURA Larissa Melo
ÁRVORE Gabriela Drummond e Fabiana Conway
SANGRIA Iasmin Alvarez
Junho 2016 NEMESIS Karen Eggers
PARA ESTAR EM MIM Marina Melo
AS MINA DO RAP Juliana Vicente
PARALAXE Vanessa Oliveira
O SEGREDO DA FAMÍLIA URSO Cíntia Domit Bittar
DO PORTÃO PRA FORA Letícia Bina
MATRIOSKA Nina Hiraoka
BELLA Karinna de Simone
EPICURO Gabriela Lima
MADREPÉROLA Deise Hauenstein
Julho 2016 JANAÍNA COLORIDA FEITO O CÉU Babi Baracho
CAMILA Clarissa Rebouças e Virginie Dubois
ALMERINDA A LUTA CONTINUA Cibele Tenório
EU VOU BOTAR CRIANÇA NA CABEÇA DE VOCÊS Nathalia Tiveron
ANÔNIMO Moara Rocha
RETRATO DE DORA Bruna Callegari
AUTÓPSIA Mariana Barreiros
O VOO Manoela Ziggiatti
UMA FAMÍLIA ILUSTRE Beth Formaggini
A PORTA É ESTREITA Samara Monteiro
FRAGRÂNCIA Clarissa Rebouças
ROUPA DE BAIXO Lara Dezan
Agosto 2016 A MEIA VISTA Priscila Oliveira
SOMBRAS Diana Pereira
O AZUL DE BEATRIZ Bruna Carolli
CONVERSA DE SALÃO Bárbara Pina Cabral
QUAL QUEIJO VOCÊ QUER? Cíntia Domit Bittar
Setembro 2016 NOITE PÚRPURA Caroline Biagi
VOCÊ SABE QUEM É MEU PAI? Yasmin Rahmeier
CORPO VAZIO Amanda Gutierrez Gomes
GALERIA PRESIDENTE Cintia Nakashima
Outubro 2016 SOPRO Rebecca Alba
SUTURA Larissa Melo
ÁRVORE Gabriela Drummond e Fabiana Conway
SANGRIA Iasmin Alvarez
AUTÓPSIA Mariana Barreiros
VÁ COMO SE SEU NAMORADO NÃO FOSSE GOSTAR Iasmin Alvarez
ALMERINDA A LUTA CONTINUA Cibele Tenório
BELLA Karinna de Simone
ROUPA DE BAIXO Lara Dezan
Novembro 2016 TÃO LONGE E AQUI (LONGA) Eliza Capai
ORION Rodriane DL
O MAIS BARULHENTO SILÊNCIO Marcella Moreno
EDIFÍCIO TATUAPÉ MAHAL Carolina Markowicz e Fernanda Salloum
NO DEVAGAR DEPRESSA DOS TEMPOS Eliza Capai
Julho 2017 QUASE CONSOLAÇÃO Amina Jorge
NEM TÃO AMIGOS ASSIM Emy Lobo
SHOUJO BATTO SAMBA Jazz Miranda
MARIA Elen Linth e Riane Nascimento
Setembro 2017 MAR DE MONSTRO Isabella Raposo
COM OS PÉS NO CHÃO Marise Urbano
OLHOS DE VIDRO Thaís Vila Nova Gomes
MADALENA Liah Melo
Agosto 2018 ANA Vitória Felipe
TERRITÓRIO DO DESPRAZER Maíra Tristão e Mirela Marin
CORPOS RESISTEM Lívia Monteiro
PÃO DE ROSAS Daniela Camila
AMOR SÓ DE MÃE Julia Hannud e Catharina Scarpellini
Novembro 2018 2017 Pryka Almeida
A MULHER DO TREZE Rejane Arruda
BRAÇOS VAZIOS Daiana Rocha
BUP Dandara de Morais
EU PRECISO DESTAS PALAVRAS ESCRITA Milena Manfredini
O CAOS, AS TREVAS E A MULHER Maria Clara Arbex
SEMPRE VEREI CORES NO SEU CINZA Anabela Roque
TRANSVIVO Tati Franklin
YZALÚ - RAP, FEMINISMO E NEGRITUDE Inara Chayamiti e Mayra Maldjian
ENTREMARÉS Anna Andrade
ALÔ, MAMAN Michely Ascari
CRISÁLIDA Paola Santos
GRITO! PARTE I: MINI MANIFESTO FEMINISTA INTERSECCIONAL EM IMAGENS Dandara de Morais
NATUREZA MORTA Michely Ascari
TRAVÉS DO JARDIM Raquel Satto
IMO (LONGA) Bruna Shelb Correa
AS PASTORAS - VOZES FEMININAS DO SAMBA (LONGA) Juliana Chagas
2020 MULHERES PARAENSES CONTRA O FASCISMO Joyce Cursino
(SUB)IMERSIVA Maria Diaz
ONZE MINUTOS Hilda Lopes Pontes
A PARTEIRA Catarina Doolan
A SÚSSIA Lucrécia Dias
CABEÇA DE RUA Angélica Lourenço
CÁLICE Bianca Rocha e Julian Santos
CAMINHADA LÉSBICA POR MARIELLE Rita Moreira
CASCA DE BAOBÁ Mariana Luiza
CORPOS RESISTEM Lívia Monteiro
CORPUS Amanda Dimes
DESTEMIDAS Lena Tosta
DIRIRI DE BDÉ BIRÉ Silvana Beline Tavares
ESPERO TUA (RE)VOLTA Eliza Capai
HAFSA Letícia Aguiar
INADEQUADA Mylla Fox
LEALDADE Milene Avellar e Ana Stella Cunha
MESMO COM TANTA AGONIA Alice Andrade Drummond
MOTRIZ Tais Armodivino
NÃO É SÓ ISSO Yasmin Rocha
OS INSÊNICOS Rafaela Uchoa
PEDALE COMO UMA GURIA Thaís Brito
PEIXE Yasmin Guimarães
PREFIRO NÃO SER IDENTIFICADA Juliana Muniz
QUE SOM TEM A DISTÂNCIA? Marcela Schild
QUEBRANDO TELAS BELAS Madylene Barata
SAIR DO ARMÁRIO Marina Pontes
SEM ASAS Renata Martins
SOU PIETRA Nicole Zadorestki Blake
UM CORPO FEMININO Thais Fernandes
2023 AURORA - A RUA QUE QUERIA SER UM RIO Radhi Meron
INFANTARIA Laís Santos Araújo
JUSSARA Camila Ribeiro
MANGATA Maja Costa
NEIGHBORS Nika Braun
QUIMERA Anita Barbosa
RASGA MORTALHA Patrícia de Aquino
RAQUEL 1:1 (LONGA) Mariana Bastos
2024 NALUA Isabelly Cristini
QUAL É, BROTO? Michele Massagli
SINAIS VERMELHOS Vânia Maria e Marcia Lohss
TERRA LIVRE (?) Ana Paula Ferreira
CASULO Aline Flores
PEDAGOGIAS DA NAVALHA Alma Flora, Colle Christine e Tiana Santos
PROCREARE Alice Stamato
DE DENTRO DO QUARTO Paula Magrini Urbinati
MARÉ BRABA Pâmela Peregrino
CIDA TEM DUAS SÍLABAS Giovanna Castellari
QUANDO O AMOR NÃO RESPIRA Ana Carolina Marinho e Anna Zêpa
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