Domingos Ch.C.Chavola

Fonte: Wikiversidade
  Homilética

COMO PREPARAR SERMÕES DEFINIÇÃO: O QUE É HOMILÉTICA? É a arte de bem falar em público (especialmente em púlpito); teoria da eloquência. E é derivado do grego «HOMILOS» o termo significa «MULTIDÃO» PRINCÍCIPIOS DA HOMILÉTICA: PREGAR: Anunciar; ensinar sob forma de doutrina; aconselhar; inculcar; fazer sermões. SERMÕES: Discurso religioso, pronunciando no púlpito; prédica. PÚLPITO: Tribuna de onde pregam os sacerdotes; eloquência sagrada. A evangelização praticada pela igreja no novo testamento, continua como modelo da igreja hoje, a modernidade não mudou a mensagem que Jesus, Pedro, Paulo e outros pregam. Havia dois pontos básicos na igreja inicial; At 5:42; 2:40-41; 4:4. PRATICÁVA: O evangelismo pessoal, nas casas; de casa em casa de pessoa em pessoa. O evangelismo em massa (Campanhas), no templo e para multidão,’’com anzol e com rede.

      É importante reconhecer que o evangelismo pessoal é o método tradicional mais eficiente para obter resultados positivos e profundos.
      Sempre tem decisões mais consciente, (Jo 3:4-5).
      Cada cristão deve ser uma testemunha ardente, do poder regenerador do evangelho e proclamá-lo.

PREPARAÇÃO: É indispensável estar preparado em duas áreas: ESPIRITUAL NATURAL. NA ÁREA EXPIRITUAL: Temos que se preocupar com: Sua piedade pessoal; disponibilidade para Deus. Piedade: Respeito e amor, devoção às coisas religiosas. Seu conhecimento da palavra, pois vai interpretar a palavra. Sua fé e coragem. Sua convicção de chamada junto com a reconhecida vocação cristã. Sua humildade. Seu espírito de oração, canal livre para a comunhão com o alto. Sua visão da obra. Sua sensibilidade espiritual e uma unção plena do Espírito Santo. NA ÁREA NATURAL:

            Deve tomar cuidado com:

Seu desenvolvimento sóbrio e fecundo de sua inteligência. Seu exercício contínuo e sábio de sua memória. Seu adestramento constante de dicção. Seu cuidado dia e noite com saúde pessoal. Aperfeiçoamento do idioma (língua). Sua expansão honesta, humilde e inteligente da cultura. Sua preparação psicológica. Pregar o evangelho não é somente fazer discursos ou sermões, é falar em nome de Deus, 1Co 1:21; Is 52:7; Rm 10:25. «Vamos dar a pregação o prestígio que o senhor lhe deu e ele nos dará o êxito que ele mesmo conquistou». INÍCIO DE UMA PREGAÇÃO Parte de um texto Bíblico: Uma mensagem sem um texto Bíblico que a respaldo (aplainado), é como um trem sem os trilhos. «Um texto sem contexto pode ser mero pretexto». O pregador deve ser sábio ao escolher e utilizar o texto. O melhor comentário da Bíblia continua sendo ela mesma. É aconselhável pregar somente textos curtos e conhecidos do pregador. Aquele que não ordena seus pensamentos, não pode ser senhor de suas palavras. Ordene bem suas palavras e serás ouvido. Não grite como louco: O grito é a manifestação cabal de quem não tem o argumento.

                             «HOMILÉTICA»

PREFÁCIO: Todo pregador deve conhecer princípios de interpretação (hermenêutica) e princípios de explanação (homilética). O alvo principal de uma pregação é exibir a palavra de Deus, e explicá-la por métodos sem, em nada distorcer o propósito espiritual. A finalidade desta lição é ajudar todos que desejam sinceramente aprender a pregar a palavra de Deus sob a unção do Espírito Santo.

USANDO A FERRAMENTA CERTA A Bíblia deve ser a fonte da mensagem: Crer que dela posso extrair uma mensagem para o povo de Deus. Não devemos pregar o que nossa mente deseja mas sim o exposto pela palavra de Deus. O alvo de uma interpretação não é descobrir o que ninguém jamais viu; O alvo é procurar entender o que o autor pretendeu nos comunicar (At 8:30). Tenha em mente que a Bíblia é um livro singular; todos os demais livros não se comparam a ela.

Três conselhos úteis ao pregador Procure conhecer a verdade e a realidade da passagem bíblica que lê; não interprete uma passagem bíblica até ter a certeza dos factos. Seja simples e sem altivez (Pv 11:2). Seja sensato e raciocine (pense; Pv2:3). A boa interpretação está ligada a três factores A poderosa acção do Espírito Santo na vida do pregador; sem Ele nada vemos (Jo 3:3-5). Nosso canal de entendimento é o Espírito Santo; as outras fontes são alternativas ou secundárias. O pregador não pode entender de forma satisfatória e profunda as Escrituras por meio da mente humana (1Cor 2:14). O cultivo da vida espiritual do pregador Somente os puros podem alcançar a mensagem de Deus e a entregar aos homens; humanamente isto é impossível, mas com Deus é tudo possível (Jr 1:4-9). O espiritual discerne bem e tudo (1Cor 2:15). O espiritual tem afinidade com o Espírito Santo; por isso goza de um grande privilégio. O cultivo de uma vida em oração (1Tm 2:1-4). Exorto, pois antes de tudo que se façam súplicas, orações, intercessões e acções de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Normalmente a falta de sabedoria é falta de oração (Tg 1:5). Pela oração Deus revela coisas grandes e profundas ao pregador (Jr 33:3). A sabedoria que desejamos para ministrar a palavra de Deus vem de cima (brota de Deus; Tg 3:17). UTILIZANDO O MÉTODO CERTO Perguntas que identificam ao estudar o texto Bíblico: Quem pode ser?

  • Identifique a pessoa, o elemento chave do assunto falado.
           2. Quem está falando?
                              * Identifique a personagem.
            3. Quem está ouvindo?
                                  * Identifique a quem está sendo dirigido a palavra.
             4. Quem será afectado?
                                   * Identifique quem está sendo afectado pela mensagem.
             5. Que termo o autor utiliza?
                                   * Identifica a forma de expressão do autor.
      B. Perguntas que apelam ao raciocínio:
             1. Por que isso foi dito?
            2. Por que é usado aqui; o que levou o autor a falar assim?
            3. Que posição ocupa na narrativa?
                                 * Retire as informações específicas desejadas (Js 24:1-24).
      C. Formas de prepararmos um estudo Bíblico:

A forma indutiva

      * O estudo indutivo parte do geral para o particular ou específico. Neste caso, o estudo começaria pelas Escrituras de onde se extrairiam as ideias, doutrinas. Será necessário ao aluno conhecimento geral da Bíblia para que este tipo de estudo tenha êxito.

A forma dedutiva

      * O estudo dedutivo começa com uma ideia ou doutrina, e então busca na Bíblia o necessário apoio para ela.

Método sintético

      * Esse método requer que: Primeiro o estudante da palavra vá ao texto Bíblico. É a Bíblia que determina os resultados do estudo.
Ajudas práticas na preparação do estudo Bíblico:

Observação Ler várias vezes as passagens, extraindo os pontos principais, os acontecimentos. Tentar entender as circunstâncias daquela passagem Bíblica. Interpretação O que quis dizer o autor ao escrever tal passagem? Quando damos resposta a esta pergunta estamos interpretando o texto. Avaliação A tarefa básica da avaliação consiste em analisar a passagem a fim de determinar qual das verdades é para todos. Algumas regras encontradas no A.T., com restrições a certos alimentos, aplicam somente a Israel. Porém em Deutoronómio 27 e 30 encontramos promessas de bênçãos físicas e espirituais se o povo obedecer a Deus. A mensagem desse texto para hoje é que a bênção acompanha a obediência. Aplicação O estudante das sagradas Escrituras verá a diferença entre aquele que coloca as palavras em prática, e aquele que assimila com a mente, mas se recusa a viver pelo princípio da palavra. Correlação O estudante toma a verdade que acabou de aprender e a compara com outras verdades reveladas na Bíblia. Leitura contextualizada O estudante deve ler sempre o contexto. «CONTEXTO: É analisar a leitura do texto antes e depois do texto».

Sugestão na escolha de informações.

Usar dicionários Bíblicos que forneçam informações sobre pessoas, lugares e dados Bíblicos. Usar uma concordância Bíblica, a fim de localizar passagens relacionadas. Usar comentários Bíblicos que ajudem a detalhar determinadas passagens Bíblicas. Dentro do possível, usar várias versões da Bíblia. AS BASES DE UM SERMÃO O texto de um sermão Definição da palavra: A palavra «texto» deriva-se da palavra latina TEXERE (tecer, desfiar). Assim vemos que todo pano parte de um fio; o texto é o tecido que dá roupa à pregação. Necessidades da escolha de um texto:

     O texto unifica o sermão, dando autoridade à mensagem; mantém o pregador dentro do tema e exercer mais influência em seus ouvintes.

Saiba escolher seus textos:

      Escolha textos que expressem pensamentos completos, os que você mesmo entenda, que não deixem dúvidas, que estejam dentro dos seus limites de percepção, que justifiquem o que você está a pregar e que despertem interesse nas pessoas.

O uso dos textos Os textos podem ser empregados para fazer perguntas e dar respostas (Rm 8:16).

Os textos podem indicar um problema e apontar à solução (Jo 14:27).

Podem nos obrigar a ver vários aspectos de uma mensagem (Gl 6:2,5; Sl 55:22)

O tema de um sermão Definição e comunicação O tema é o assunto chave de um sermão; é a verdade central, a ideia de um sermão. O tema pode ser explicado através de definições, divisões e exemplificações. A importância de um tema O tema é como o comandante de um navio; é o tema que conduz o ouvinte ao alvo desejado. O sermão não deve parecer um navio perdido sem direcção. A mensagem deve conter um início, um curo a ser seguido e uma conclusão. O tema dá ao pregador a possibilidade de iniciar e terminar sua mensagem dentro de um assunto sem desvios. Coerência entre o tema e texto

         O texto escolhido deve possuir um relativismo forte com o tema a ser abordado.

A introdução do sermão A introdução serve para dar início ao assunto. Serve para introduzir os ouvintes dentro do sermão. Serve de ponto de contacto para que os ouvintes tenham a ideia daquilo que se vai pregar. Requisitos para uma boa introdução A introdução deve ser breve. Existem pregadores que demoram tanto a servir a «mesa» que ao servir o alimento está frio. Uma breve introdução desperta os ouvintes no sentido de acompanhar a mensagem com mais interesse. Como dar uma boa introdução

            Observe o conteúdo do sermão; anuncie uma passagem Bíblica conectiva do assunto chave. 

As divisões de um sermão As divisões mantêm o sermão em ordem. Quando bem planejadas as divisões mantêm o pregador em ordem. Pregar sem ordem é levar os ouvintes em várias direcções; assim fazendo, os ouvintes perderão o conteúdo do sermão. Cuidado nas divisões de um sermão. Se seu sermão possui muitos pontos negativos, inicie anunciando os pontos negativos, e depois os positivos. (EX: ao falar de salvação e perdição coloque em ordem: fale de perdição em primeiro lugar e depois a salvação).