Efeitos de terremotos de diferentes magnitudes no Brasil

Fonte: Wikiversidade

Este estudo busca simular os efeitos de sismos de diferentes magnitudes da Escala Richter no Brasil.

Magnitude 4 - Frequência: 1 por ano[editar | editar código-fonte]

Um sismo de magnitude 4 não é forte o suficiente para causar grandes prejuízos nas construções brasileiras. Entretanto, algumas casas podem sofrer rachaduras e destelhamentos leves, como aconteceu em 2020, na Bahia.

Magnitude 5 - Frequência: 1 a cada 5 anos[editar | editar código-fonte]

O sismo de João Câmara em 1986 teve uma magnitude de 5,1 na Escala Richter.

A partir da Magnitude 5, casas de alvenaria simples e mal construídas, como as localizadas em favelas, não suportariam os abalos sísmicos e, possivelmente, desabariam. Isso ocorre pois os abalos sísmicos "empurram" as paredes da residência para diferentes direções, fazendo com que os tijolos sofram rachaduras e caiam.

Problemas na estrutura do telhado[editar | editar código-fonte]

A maior parte das casas de alvenaria possuem a estrutura do telhado feita de madeira. O problema é que, durante um terremoto de magnitude 5 pra cima, a estrutura pode não suportar o peso das telhas de barro e desabar, como aconteceu durante o sismo de João Câmara, em 1986.

Magnitude 6 - Frequência: 1 a cada 5 anos[editar | editar código-fonte]

Se um terremoto de magnitude 6 atingisse alguma cidade grande, como São Paulo, Brasília ou Rio de Janeiro, já seria o mínimo para resultar em milhares ou até milhões de reais de prejuízo. Favelas seriam quase destruídas. Casas e prédios mal projetados desmoronariam. As cidades levariam anos para se recuperarem. A esse ponto, algumas construções de taipa e adobe já teriam sofrido rachaduras.

Magnitude 7 - Frequência: 1 por século[editar | editar código-fonte]

Se um terremoto de magnitude 7 atingisse alguma metrópole do Brasil, seria considerado um dos piores terremotos da história da humanidade, pois ele causaria destruição em um raio de centenas de quilômetros em torno do epicentro. A devastação provavelmente seria pior do que o terremoto do Haiti, em 2010, e as mortes ultrapassariam 10 mil. A maior parte dos edifícios brasileiros desmoronariam, uma vez que eles não são projetados pensando nos abalos sísmicos.

Liquefação do solo e cidades afundando[editar | editar código-fonte]

Existem cidades que afundariam ou seriam levadas devido à liquefação do solo, que ocorre quando o solo passa a se comportar como um líquido, fazendo com que muitos edifícios e árvores sejam carregados ou afundados. Um exemplo é o que aconteceu durante o sismo da Indonésia de 2018.

A cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo, é um exemplo de cidade com terreno argiloso. Entretanto, os terrenos argilosos são saturados de água, portanto um terremoto de 7 graus na Escala Richter poderia fazer com que a cidade afundasse. Uma forma de prevenir isso seria construindo estacas profundas nos edifícios, de modo que elas alcançassem a parte rochosa do solo. Isso também vale para os prédios da cidade que inclinaram em decorrência do solo não muito adequado.

Magnitude 8 - Frequência: muito raro[editar | editar código-fonte]

Um terremoto de magnitude 8 é um evento extremamente raro e devastador, que pode causar danos graves em muitas áreas, mesmo que estejam a centenas de quilômetros do epicentro. As consequências de um terremoto dessa magnitude dependem de vários fatores, como a profundidade do foco, a distância do epicentro, o tipo de solo, a qualidade das construções e a capacidade de resposta das autoridades e da população.

Se um terremoto de magnitude 8 atingisse uma metrópole brasileira, provocaria danos generalizados em praticamente todas as construções, resultando em centenas de milhares de mortes. Se atingisse alguma cidade litorânea, como o Rio de Janeiro, haveria risco de um tsunami, o que multiplicaria o prejuízo. Ainda no Rio de Janeiro, o Cristo Redentor talvez resistiria ao abalo, levando em consideração a sua estrutura.

Magnitude 9 - Frequência: quase impossível[editar | editar código-fonte]

Um terremoto de magnitude 9 é um evento extremamente raro e devastador, que pode causar danos catastróficos em toda a região afetada, com praticamente todas as construções sendo arruinadas. Há risco de tsunamis no litoral e de erupções vulcânicas nas áreas próximas. As condições de vida ficam extremamente precárias e há necessidade de ajuda humanitária urgente.

No Brasil, um terremoto de magnitude 9 destruiria uma metrópole, como São Paulo, praticamente por completo, deixando apenas os escombros. O sismo possivelmente seria considerado uma das maiores catástrofes da história do país, com um número de mortes que alcançaria 1 milhão.