Emergencia educacional pandemica
Em todo o Brasil, comunidades escolares e universitárias se mobilizam para buscar soluções para a educação nas condições de distanciamento social prolongado. Nessa busca, disputam-se modelos educacionais e econômicos -- ou mesmo, implicitos a eles, perspectivas civilizatórias. Esta página busca consolidar os argumentos em favor da luta pela universalização do acesso à educação em todos os níveis, através de um sistema de ensino público, gratuito, laico e de qualidade.
Desde abril de 2020, em Belo Horizonte, sindicatos de trabalhadores do ensino dos três níveis, pesquisadores e uniões estudantis, tem convergido a partir da percepção do caráter amplo dos desafios e dos conflitos políticos e econômicos dessa luta. A partir dessas percurso da coalizão pela educação não presencial democrática as discussões em cinco dimensões -- distintas e complementares:
- pedagógico-educacional
- político-sindical
- jurídico-legal
- tecnopolítica
- médico-sanitária
Estamos propondo a realização de sondagens e coleta de relatos e imagens com os públicos concernidos, durante as três primeiras duas semanas de julho de 2020. O material, consolidado, servirá de fundamento para as discussões em grupos de trabalho formados por delegados das diferentes categorias concernidas e por especialistas em cada uma das cinco áreas acima. Os resultados desses trabalhos serão transformados em uma pauta de reivindicações compartilhada por docentes, discentes e comunidades universitárias e escolares, assim como a proposição de uma agenda de ação conjunta.
Espera-se que este esforço de superação de barreiras corporativas e de categorias resulte em estruturas perenes de ação coletiva, cuja necessidade se torna evidente diante do caráter multidimensional do desafio imediato, e também do persistente ataque ao ensino público em favor dos interesses privatizantes e precarizadores do trabalho e do aprendizado, da parte de oligopólios empresariais das telecomunicações, educação particular e finanças.