Equipamentos ativos

Fonte: Wikiversidade

HUB[editar | editar código-fonte]

Hub 8 Portas (10mbps). (C) Google Imagens, 2016.

O HUB é um concentrador de rede, um equipamento que funciona na Camada 1 do Modelo OSI (Camada Física). Sua principal funcionalidade é a interligação entre computadores de uma rede uma vez que possui várias portas RJ-45 (ou ISO 8877) fêmea. Está diretamente associado a “Topologia Física Estrela”. É fato também que atualmente este equipamento está cada vez mais em desuso, conhecido muitas vezes pelo termo “concentrador burro”.

Um HUB consiste num repetidor multiportas, ou seja, ele trabalha com o que chamamos de “Domínio de Colisão”, quando recebe a informação numa determinada porta, ele transmite essa informação por todas as outras portas, exceto por aquela que recebeu essa informação (flood), criando assim um único domínio de colisão reduzindo também a performance.

“Domínio de Colisão: Um domínio simples de colisão consiste em um ou mais Hubs Ethernet e nós conectados entre eles. Cada aparelho dentro do domínio de colisão partilha a banda de rede disponível com os outros aparelhos no mesmo domínio. Switches e Bridges são utilizados para separar domínios de colisão que são demasiado grandes de forma a melhorar a performance e a estabilidade da rede.” (BEZERRA, 2009).

Outra característica dos Hubs é que apenas permitem comunicações simultâneas entre dois pontos, isto é, se tivermos um PC A ligado a porta 1 e outro PC B a porta 2, e estiverem comunicando entre eles via HUB, se o PC C ligado à porta 3 pretender comunicar com o PC D ligado a porta 4 terá de esperar que termine a ligação entre o PC A e o PC B (a comunicação é estabelecida por frações de tempo mediante o número de portas do HUB ativas).

O HUB como um tipo de concentrador pode apresentar-se como:

  • Concentrador Passivo: dispositivo simples adequado a instalações onde a distribuição física das estações é tal que a degradação do sinal, quando transmitido entre quaisquer estações adjacentes, está dentro do limite aceitável. Não regeneram os bits, ou seja, não estendem o comprimento de um cabo, apenas permitem que dois ou mais hosts se conectem ao mesmo segmento de cabo.
  • Concentrador Ativo: possui repetidores embutidos nas portas onde são conectados os cabos que ligam o concentrador às estações. Esse tipo de concentrador restaura a forma e o sincronismo do sinal quando ele passa por suas portas. A distância máxima permitida entre um concentrador ativo e uma estação é o dobro da que é permitida quando um concentrador passivo é utilizado. Eles obtêm energia de uma fonte de alimentação para gerar novamente os sinais da rede.

REPETIDOR (Repeater)[editar | editar código-fonte]

Os repetidores são equipamentos utilizados para interligar redes com a mesma tecnologia. São usados em circuitos de comunicação reduzindo a distorção regenerando e amplificando um sinal de modo que possa continuar sendo transmitido com a força e formas originais, ou seja, o que é recebido numa porta é amplificado e retransmitido instantaneamente em todas as outras portas.

Opera apenas na Camada 1 do Modelo OSI (Camada Física) recebendo um sinal de entrada, regenerando-o e enviando para a porta de saída. Com o objetivo de manter a inteligibilidade dos dados, o repetidor é um regenerador de sinais (não um amplificador), pois refaz os sinais originais (deformados pela atenuação/ruído) tentando anular a interferência do ruído.

Por definição, não efetua nenhum tipo de filtragem. Sua utilização requer estudos relacionados ao padrão do meio físico e a susceptibilidade do ruído neste.

“Filtragem: Capacidade de um dispositivo determinar se um frame (quadro ou pacote) deve ser repassado para alguma interface ou deve ser descartado. A filtragem e o repasse são feitos através de uma tabela de comutação”. (BEZERRA, 2009).

Algumas vantagens do seu uso são:

  • Reduz os Efeitos da Atenuação;
  • Evitar Colisões;
  • Isolar Segmentos;
  • Hubs Ativos.

“É válido observar que um repetidor é transparente . Os computadores não sabem de sua existência, no sentido que nunca o endereçam. Na realidade, um repetidor não possui endereço IP nem MAC.”

BRIDGE (Ponte)[editar | editar código-fonte]

Com uma interface em bridge, cada dispositivo que se conecta através de um dispositivo físico, obter um endereço IP da sub-rede definida pela interface em bridge

Segmentando Redes com Bridge. (C) CISCO Networking Academy, 2014.

Uma Bridge (Ponte) pode ser tanto um dispositivo de hardware quanto um software, projetado para conectar segmentos diferentes de uma rede. Estes equipamentos possuem a capacidade de isolamento de tráfego por segmento de rede, apresentando-se como uma solução para resolver problemas de tráfego em redes locais.

Operam nas Camadas 1 e 2 do Modelo OSI (Camada Física e de Enlace), agregando a função de verificar o MAC Address do host que receberá o frame (quadro). Aqui é possível realizar filtragem de entrega através do MAC Address, determinando que interface receberá um quadro enviado. (BEZERRA, 2009).

Usa-se uma bridge quando existem diferentes tipos de redes em um ambiente e deseja-se trocar informações ou compartilhar arquivos entre todos os computadores, que podem comunicar entre si.

Exemplo básico de segmentação com Bridge. (C) Google Imagens, 2016.

Sua principal diferença dentre os outros dispositivos como os repetidores que trabalham a nível físico, é que as Bridges manipulam pacotes de dados em vez de sinais elétricos. Além de não retransmitirem ruídos e erros nos pacotes, as bridges são totalmente transparentes para os outros dispositivos de rede, e por isso, diversas redes locais interligadas por uma ponte formam uma única rede lógica. (MARTINEZ, 2016). As principais características da Bridge são:

Filtrar pacotes entre segmentos de LAN’s;

Capacidade de armazenamento de mensagens, principalmente quando o tráfego na rede for muito grande;

Possui função de uma estação repetidora comum;

Algumas bridges atuam como elementos gerenciadores da rede, coletando dados sobre tráfego para a elaboração de relatórios;

São Auto-configuráveis;

Transparente para os protocolos acima da camada MAC

Apesar de Bridges, Repetidores e HUBs serem dispositivos de rede semelhantes, a Ponte é mais complexa. Elas podem gerenciar o tráfego de uma rede ao invés de simplesmente retransmiti-lo para os segmentos de rede adjacentes.

SWITCH[editar | editar código-fonte]

Um switch é um dispositivo que simplesmente conecta todos os elementos da sua rede. Ele atua como ponte ou unidade de controle para que computadores, impressoras, servidores e todos os outros tipos dispositivos possam se comunicar. Os switches de rede às vezes são chamados de hubs de ponte, hubs de switch e pontes MAC, e geralmente são do tipo Ethernet.

Funcionamento Switch[editar | editar código-fonte]

Um endereço MAC (controle de acesso à mídia) é o identificador exclusivo que todo hardware atribuiu a ele. Eles são identificadores confiáveis ​​usados ​​para diferenciar dispositivos que enviam e recebem dados na rede.

Os switches operam na Camada 2 e reconhecem os endereços MAC dos dispositivos conectados, permitindo filtrar ou encaminhar decisões para cada quadro recebido corretamente. Por outro lado, os roteadores direcionam pacotes IP com base nos endereços IP da Camada 3.

A razão pela qual o switch é tão poderoso é devido a uma tecnologia chamada Packet Switching. Quando um dispositivo envia um pacote de dados ao switch, ele pode determinar onde está o destino pretendido do pacote e enviá-lo apenas para esse dispositivo. Em comparação, os hubs de rede enviam os pacotes indiscriminadamente para todos os dispositivos conectados. Ao fazer com que o

São switches mais complexos que podem ser usados ​​para empresas com maiores necessidades e conhecimento em TI. Eles permitem mais flexibilidade e capacidade em toda a rede e podem ser personalizados para se adequarem ao seu uso comercial. Alguns exemplos de recursos de gerenciamento são a capacidade de vincular configurações de largura de banda e duplex, configurar os recursos de Spanning Tree Protocol (STP)[1]e de Shortest Path Bridging[2] (STB), espelhamento de porta e monitoramento SNMP (Simple Network Management Protocol)[3] do funcionamento do dispositivo e do link.[4]

SWITCHES INTELIGENTES[editar | editar código-fonte]

Tradicionalmente, os switches gerenciados são controlados pelas equipes de TI, mas para atrair empresas que precisam de redes complexas sem uma equipe de TI robusta, os switches inteligentes (ou switches “parcialmente gerenciados”) tendem a ter interfaces baseadas na Web e é mais fácil para as organizações controlar suas redes sem precisar investir em um profundo conhecimento de TI. Essa poderia ser uma boa opção para uma empresa que precisa de uma rede de tamanho médio configurada com rapidez e eficiência e que possa ser gerenciada com uma equipe de TI enxuta.[5]

SWITCHS NAS NUVENS[editar | editar código-fonte]

Como o nome indica, esses switches são gerenciados pela nuvem. Eles podem ser mais seguros, permitir atualizações automáticas e são mais fáceis de gerenciar em escala remotamente. Para redes SMB (pequenas empresas), os switches gerenciados na nuvem podem simplificar o gerenciamento da rede, reduzindo a necessidade de uma equipe de TI no local altamente qualificada, além de fornecer a complexidade necessária para um negócio em crescimento. [1]

POE (POWER OVER ETHERNET)[editar | editar código-fonte]

Esses switches eliminam a necessidade de adaptadores de energia separados para os dispositivos conectados ao switch: energia e dados podem ser recebidos através de apenas um cabo. Permite uma configuração mais simples para dispositivos como telefones VoIP, câmeras IP ou pontos de acesso sem fio e também significa que os dispositivos conectados podem continuar a operar se a energia normal do escritório for cortada. [2]

AMBIENTES HOSTIS[editar | editar código-fonte]

Os switches de ambiente hostil são aqueles construídos para serem robustos, à prova de poeira e resistentes à água, para que possam ser usados ​​em dispositivos que os sujeitam a choques, vibrações ou temperaturas extremas. Eles foram projetados para serem confiáveis, de modo que os sistemas possam continuar operando em caso de falta de energia ou outra interrupção; Por exemplo, uso em ferrovias. [3]

Referencias[editar | editar código-fonte]

https://www.uniaogeek.com.br/ acessado dia 20 de março de 2023

https://www.controle.net/ acessado dia 20 de março de 2023

  1. https://pt.wikipedia.org/wiki/Spanning_Tree_Protocol#:~:text=Spanning%20Tree%20Protocol%20(referido%20com,na%20melhor%20performance%20da%20rede.
  2. https://pt.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.1aq
  3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Simple_Network_Management_Protocol
  4. https://www.dlink.com.br/voce-sabe-como-os-switches-funcionam-e-qual-o-poder-deles/#:~:text=Um%20switch%20%C3%A9%20um%20dispositivo,tipos%20dispositivos%20possam%20se%20comunicar.
  5. https://www.dlink.com.br/voce-sabe-como-os-switches-funcionam-e-qual-o-poder-deles/#:~:text=Um%20switch%20%C3%A9%20um%20dispositivo,tipos%20dispositivos%20possam%20se%20comunicar.