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Geografia/O estudo das nações lusófonas

Fonte: Wikiversidade

Esse livro faz parte do curso de Geografia. Visa estudar as nações lusófonas em todos os aspectos: físicos, históricos, econômicos, sociais e culturais. Além das nações lusófonas serão apresentados as regiões de Macau, Goa, Diu, Damão e Málacca.

As Grandes Navegações e a expansão portuguesa pela África e América

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OS PASSOS PARA A COLONIZAÇÃO

Objetivo:

Esta lição abordará a viagem e achegada dos europeus nas terras americanas, ou melhor, no novo mundo. Será visto as condições sociais, religiosas, econômicas e culturais que ajudaram na expansão marítima e comercial dos europeus nos séculos XV e XVI, sendo os países pioneiros - Portugal e Espanha.

O COMEÇO

O Brasil passa a ser ocupado pelos portugueses no início da idade moderna.

Nesse período ocorreram muitas transformações, pois na Europa o feudalismo ainda tinha alguns traços marcantes.


O INÍCIO DAS NAVEGAÇÕES

Para um navegante, o mar além de riquezas era visto como fonte de aventura e oportunidade de conhecer novos mundos. Nesta época, mesmo o medo do desconhecido não impediu esses navegantes de enfrentarem o mar. Isto não era fácil, porque o poder da igreja na sociedade era muito forte. Para a igreja a fé valia mais que a ciência. Mas durante o século VIX, nas cidades italianas o humanismo, começou a desenvolver-se. Esse movimento envolvia vários intelectuais que pregavam a glorificação do homem. A base desse movimento estava na cultura greco-romana, onde o homem é o centro do universo. Com esses pensamentos os navegantes tiveram mais ímpeto para as viagens. Vencido esse obstáculo, tinha outro: como financiar as viagens. Formar as esquadras. Para isso era necessário o acúmulo de capital e a formação de pessoal técnico. Para isso a presença do rei foi fundamental. Porque era com ele que ficava a maior concentração de riquezas.

A Coroa portuguesa favoreceu muito os navegantes. Por exemplo,o rei podia mobilizar recursos da igreja, dos impostos para poder bancar esses empreendimentos, que eram tão arriscados. Como o rei era o maior investidor, ganhava mais na divisão de lucros.

Além disso,outros fatores contribuíram para o impulso das navegações: o monopólio das cidades italianas, Gênova e Veneza, a tomada de Constantinopla pelos turcos e a alta dos preços das mercadorias.

PAÍSES PIONEIROS – PORTUGAL E ESPANHA

O maior destaque neste campo foi para Portugal. Alguns fatores que contribuíram para isso foram:

» Portugal passou a ser um reino independente em 1143. concentrou-se em expulsar os árabes de suas terras e através de suas viagens marítimas, durante o século XV, conquistar novas terras.

» D. João I, com o apoio da enriquecida burguesia mercantil, interessada em maiores lucros, tornou-se o primeiro impulsionador da expansão marítima.

» No século XV, Portugal torna-se um grande centro de estudos da ciência da navegação.

Com isso Portugal passa a se dedicar a um empreendimento importante, que era deixar de ser intermediário no comércio do Atlântico norte, para conquistar novas terras. Estas se tornariam novas fontes de comércio e de exploração de riquezas. O começo foi com a cidade de Ceuta, no norte da África.

Ceuta foi escolhida por causa de sua posição geográfica. Seria o ponto de partida mais próximo. Além disso esta cidade era um centro de comércio de mercadorias orientais de luxo e de produtos africanos, como o marfim e o ouro, que tinha grande valor comercial na Europa. Depois de Ceuta, Portugal prosseguiu sua expansão por outras partes da áfrica. O próximo lugar foi as Ilhas Madeiras(1419) e dos Açores (1432). Com tantas conquistas, Portugal adquiriu experiência em colonização, que serviu mais tarde para as suas conquistas na América. Com a utilização de mão-de-obra nativa das ilhas conquistadas, e com os investimento tanto da capital portuguesa como da cidade italiana de Gênova, foi estabelecido a produção açucareira nestas localidades.

Depois da ilhas foi a vez do litoral africano, onde foram construídas várias feitorias, estas eram fortes destinados ao comércio e a proteção de suas novas conquistas. O objetivo dos portugueses na África, não era de povoa-la mais sim explora-la. Para isso foram estabelecida relações com os chefes africanos, para poderem ter maior acesso ao ouro, marfim e principalmente escravos, que eram levados para serem vendidos em Portugal. O objetivo de Portugal era ao chegar às Índias contornando o sul da África. Embora isso tenha demorado um pouco( visto que iniciou-se em 1415 e só foi concluído em 1458). O resultado foi lucro para a burguesia mercantil com a primeira viagem com Vasco da Gama. Em 1498, Vasco da Gama, chegou em Calicute, um ponto importante de comércio de especiarias sobre o controle dos mulçumanos. Os portugueses tentaram estabelecer relações comerciais com o chefe da região, mas não deu certo. Então foi necessário o uso da força, e assim Vasco da Gama levou para Lisboa muita riqueza em especiarias e produtos orientais.

Outro navegador que atravessou no caminho de Portugal, o Genovês Cristóvão Colombo, que a serviço da Espanha, e com base na teoria de que a terra tinha forma arredondada, queria chegar ao oriente pelo Ocidente. Em 1492, ele chegou a San Salvador, na América Central, na ocasião , ele achava que havia chegado as Índias.

Esta descoberta deu origem a várias outras viagens, mas também a alguns problemas entre países. Especificamente entre Portugal e Espanha.

Começa-se uma série de acordos e tratados de divisão de territórios descobertos.

Em 1480, portugueses e espanhóis assinam o Tratado de Toledo, que garantia: as terras ao sul das ilhas Canárias seriam de exploração portuguesa. Isto foi um problema visto que as terras recém-descobertas por Colombo eram ao sul destas Ilhas. Mas ele estava a serviço da Espanha. Logo para não ficarem no prejuízo os espanhóis recorrem ao Papa( autoridade máxima na época). Ele atendeu o pedido espanhol e por meio da Bula Inter Coetera, 1493, fez a linha demarcatória de 100 léguas a oeste de Cabo Verde, onde as terras encontradas lá se tornariam da Espanha e as terras que ficassem ao leste , ou seja a África pertenceriam a Portugal.

Isto não foi de agrado aos portugueses que reuniram-se com os espanhóis, e assinaram oTratado de Tordesilhas, em 1494, onde ocorreu a mudança da linha demarcatória para 370 léguas a oeste do Cabo Verde. Com isso partes de terras que ainda nem haviam sido descobertas , como o Brasil, seriam também de Portugal.

A chegada dos portugueses à Ásia e Oceânia

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Portugal e as paisagens ultramarinas

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Aspectos Gerais

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w:Faro – Capital do Algarve.

Situado no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental faz fronteira apenas com um outro país, a w:Espanha. O território é dividido no continente pelo rio principal, o Tejo. Ao norte, a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos, intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planícies, sendo as serras esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o Minho e o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em Espanha. Outro rio importante, o Mondego, nasce na w:Serra da Estrela (das mais altas montanhas de Portugal Continental – 1993 m de w:altitude máxima).[1]

As ilhas dos w:Açores estão localizadas no w:rift médio do Oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente: São Miguel em 1563, e Capelinhos em 1957, que aumentou a área ocidental da w:Ilha do Faial.[2] O w:Banco D. João de Castro é um grande vulcão submarino que se situa entre as ilhas Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da superfície do mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir num futuro não muito distante. O ponto mais alto de Portugal é o w:Monte Pico na w:Ilha do Pico, um antigo w:vulcão que atinge 2351 m de altitude.[3]

w:Rio Guadiana, nas proximidades de w:Serpa, no w:Alentejo.

As ilhas da Madeira, ao contrário dos Açores que se situam na área do w:rift médio do Oceano Atlântico, estão situadas no interior da w:placa africana e a sua formação deve-se à actividade de um w:hot-spot não relacionado com a circulação tectónica. Esta situação de estabilidade e localização no interior da w:placa tectónica leva a que este seja o território do país menos sujeito a w:sismos. A última erupção vulcânica de que há evidência ocorreu há cerca de 6000 anos, na w:ilha da Madeira, manifestando-se actualmente o vulcanismo de forma indirecta, através da libertação de gases vulcânicos profundos e águas quentes e gaseificadas descobertas aquando da abertura de túneis rodoviários e galerias de captação de água no interior da ilha principal. O ponto mais alto do território é o w:Pico Ruivo com 1862 m de altitude.[4]

A costa portuguesa é extensa: tem 1230 km em Portugal continental, 667 km nos Açores, 250 km na Madeira onde se incluem também as Ilhas Desertas, as Ilhas Selvagens e a Ilha do Porto Santo. A costa formou belas praias, com variedade entre falésias e areais. Na w:Ilha do Porto Santo uma formação de dunas de origem orgânica (ao contrário da origem mineral da costa portuguesa continental) com cerca de 9 km é um ponto turístico muito apreciado internacionalmente. Uma característica importante na costa portuguesa é a w:Ria de Aveiro, estuário do w:rio Vouga, perto da cidade de w:Aveiro, com 45 km de comprimento e um máximo de 11 km de largura, rica em peixe e aves marinhas. Existem quatro canais, e entre estes várias ilhas e ilhotas, e é onde quatro rios encontram o oceano.[5] Com a formação de cordões litorais definiu-se uma laguna, vista como um dos elementos hidrográficos mais marcantes da costa portuguesa. Portugal possuiu uma das maiores zonas económicas exclusivas (ZEE) da Europa, cobrindo cerca de 1 683 000 km².[6]

Divisão administrativa

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As principais divisões administrativas de Portugal são os 18 distritos no continente e as duas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, que se subdividem em 308 concelhos e 4257 freguesias.[7] Os w:distritos, permanecem como a mais relevante subdivisão do país, servindo de base para uma série de utilizações administrativas, como por exemplo, os círculos eleitorais.

Antes de 1976, os dois arquipélagos atlânticos estavam também integrados na estrutura geral dos distritos portugueses embora com uma estrutura administrativa diferenciada, contida no Estatuto dos Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes,[8] que se traduzia na existência de Juntas Gerais com competências próprias. Havia três distritos autónomos nos Açores e um na Madeira:

Após 1976, os Açores e a Madeira passaram a ter o estatuto de w:Região Autónoma, deixando de se dividirem em distritos, passando a ter um estatuto político-administrativo e órgãos de governo próprios.[9] Actualmente, a divisão administrativa traduz-se na tabela seguinte.

Distritos[10]
  Distrito Área População     Distrito Área População
1 Lisboa 2761 km² 2.124.426 10 Guarda 5518 km² 173.831
2 Leiria 3517 km² 477.967 11 Coimbra 3947 km² 436.056
3 Santarém 6747 km² 445.599 12 Aveiro 2808 km² 752.867
4 Setúbal 5064 km² 815.858 13 Viseu 5007 km² 394.844
5 Beja 10.225 km² 154.325 14 Bragança 6608 km² 148.808
6 Faro 4960 km² 421.528 15 Vila Real 4328 km² 218.935
7 Évora 7393 km² 170.535 16 Porto 2395 km² 1.867.986
8 Portalegre 6065 km² 119.543 17 Braga 2673 km² 879.918
9 Castelo Branco 6675 km² 208.069 18 Viana do Castelo 2255 km² 252.011
Regiões Autónomas
Região autônoma Área População Gentílico
Açores
2.333 km²
243.101
Açoriano
Madeira
801 km²
244.098
Madeirense

Portugal também está dividido em três w:NUTS.[11] Esta divisão foi elaborada para fins estatísticos, estando em vigor em todos os países da União Europeia.

O primeiro (w:NUTS I) é composto por três grandes regiões: w:Portugal Continental, w:Região Autónoma dos Açores e w:Região Autónoma da Madeira.[12]

Apesar de serem os distritos a divisão administrativa de primeira ordem em Portugal Continental, é outra a divisão técnica de primeira ordem. Trata-se das cinco grandes regiões geridas pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRs), e que correspondem às subdivisões w:NUTS II para Portugal. Os seus limites obedecem aos limites dos w:municípios, mas não obedecem aos limites dos distritos, que por vezes se espalham por mais do que uma região.[13]

As regiões de NUTS II subdividem-se em subregiões estatísticas sem significado administrativo, denominada w:NUTS III, cujo único objectivo é o de servirem para agrupar municípios contíguos, com problemas e desafios semelhantes, e obter assim dados de conjunto destinados principalmente ao planeamento económico.

Áreas urbanas

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A próxima versão da divisão administrativa portuguesa, que está actualmente em processo de implantação (a diferentes velocidades consoante as várias estruturas), gira em volta de "áreas urbanas", definidas como unidades territoriais contínuas constituídas por agrupamentos de concelhos.[14] Existem três tipos de áreas urbanas:

  • Grandes Áreas Metropolitanas (GAM) – área urbana composta por nove ou mais concelhos, e com população superior a 350 mil habitantes;
  • Comunidades Urbanas (ComUrb) – área urbana composta por agrupamentos de 150 mil a 350 mil habitantes;
cade sobre o relevo ??

Ilha da Madeira

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Arquipélago dos Açores

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Outras cidades importantes

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Aspectos Gerais

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Divisão administrativa

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O Rio Amazonas

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Rio de Janeiro

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Outras cidades importantes

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Aspectos Gerais

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Divisão administrativa

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Outras cidades importantes

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Cabo Verde e Guiné-Bissau

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Aspectos Gerais

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Divisão administrativa

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Outras cidades importantes

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São Tomé e Príncipe

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Outras regiões lusófonas

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Guiana Francesa e a comunidade lusófona

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  1. {{{Título}}}.
  2. {{{Título}}}.
  3. {{{Título}}}.
  4. {{{Título}}}.
  5. {{{Título}}}.
  6. {{{Título}}}.
  7. Portugal no Veraki. Página visitada em 7 de Outubro de 2008.
  8. Decreto-Lei n.º 36453, de 4 de Agosto de 1947
  9. Artigo 6.º, parágrafo 2, da Constituição da República Portuguesa.
  10. Distritos de Portugal. Página visitada em 6 de Outubro de 2008.
  11. NUTS de Portugal. Página visitada em 6 de Outubro de 2008.
  12. {{{Título}}}.
  13. Decreto-Lei n.º 104/2003, de 23 de Maio. Página visitada em 7 de Outubro de 2008.
  14. Subdivisões de Portugal. Página visitada em 7 de Outubro de 2008.