Imaginários transfeministas para o fim do mundo

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Imaginários transfeministas para o fim do mundo

Ementa[editar | editar código-fonte]

Tendo em vista o cenário da vida contemporânea atual, o presente curso busca apresentar algumas ideias e reflexões oriundas de discussões transfeministas com o intuito de investigar práticas de resistência, de reativação e de fortalecimento frente a um contexto que se apresenta para muitas pessoas como potencialmente destruidor de inúmeros modos de vida. Levando-se em consideração que os movimentos transfeministas e os engajamentos políticos e especulativos empreendidos por eles têm como preocupação, entre outras, o alto número de mortes de pessoas trans e travestis, o curso aposta que os transfeminismos podem fornecer boas ferramentas para sobreviver os tempos que chegaram e os que estão porvir. Para concretizar tal proposta, o curso desenvolverá um percurso que visa apresentar o que chamo de “imaginários transfeministas”, tentando articular com esse termo tanto o caráter prático das propostas transfeministas quanto sua dimensão criativa, isto é, capaz de ativar outras zonas da imaginação, outros possíveis. Alguns dos temas centrais discutidos serão: juntidades, pertencimento, bons e maus encontros, precariedades, insistências e cuidado/cura.

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Objetivos gerais[editar | editar código-fonte]

  • Iniciar uma conversa inspirada e ativada por discussões transfeministas com o intuito de pensar sobre os contextos da vida contemporânea.

Objetivos específicos[editar | editar código-fonte]

  • Discutir as histórias dos transfeminismos.
  • Discutir o contexto contemporâneo a partir de uma perspectiva transfeminista.
  • Discutir a experiência transfeminista enquanto prática política e prática especulativa.

Conteúdo programático[editar | editar código-fonte]

1. estar entre as nossas, insistir na vida[editar | editar código-fonte]

BIBLIOGRAFIA DE APOIO

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PRECIADO, Paul. 2018. Transfeminismo. Coleção Pandemia. São Paulo: n-1 edições.

KOIYAMA, Emi. 2001. Manifesto transfeminista.

RED PutaBolloNegraTransFeminista. 2010. Manifiesto para la insurrección transfeminista.

PRECIADO, Paul. 2011. Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Revista de Estudos Feministas, 19(1).

Site: transfeminismo.com

2. mútua implicação, mútua transformação[editar | editar código-fonte]

ESTORVO, Adelaide de. 2019. O gênero e a onça. Cadernos de Subjetividade, n. 20, pp. 47-66.

ESTORVO, Adelaide de. 2020. Pois é, Alana. Juntas em tempos de treta.

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3. presentes precários, imaginações de cura[editar | editar código-fonte]

CAVALCANTI, Céu. 2018. Quebranto. Publicado no blog pessoal da autora.

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CAMPOS LEAL, abigail. 2020. A pandemia, o espelho de merda y o fim do mundo. GLAC edições.

DE CORTES, Luna. 2020. Sociologias ontológicas do meu fique em casa: monólogo de consciência. Juntas em tempos de treta.

PEREIRA, Bru. 2020. A comunidade das sobreviventes contra a sobrevivência dos heróis. Zona de Contágio.

4. enfim, o fim [do mundo][editar | editar código-fonte]

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KURY, Bruna; CAPELOBO, Walla. 2020. Desejo que sobrevivamos pois já sobrevivemos. GLAC edições.

CATRILEO ARAYA, Antonio Calibán. 2019. “Potencia del giro epupillan: devenir itrofilmongen”. In: Awkan epupillan mew: dos espíritus en divergência. Santiago de Chile: Pehuén, pp. 107-113.

LEAL, Dodi. 2020. A arte travesti é a única estética pós-apocalíptica possível? Pedagogias antiCIStêmicas da pandemia. n-1 edições. (Coleção Pandemia Crítica)

MOMBAÇA, Jota. 2016. lauren olamina e eu nos portões do fim do mundo.