Independência do Brasil

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A Independência do Brasil[editar | editar código-fonte]

A Independência[editar | editar código-fonte]

Em 14 de agosto de 1822, dom Pedro partiu para uma visita província  de São Paulo. Após sua partida novas ordens chegaram de Portugal, dando ultimato para o príncipe regente: ou ele entregava a administração do Brasil ás autoridades indicadas pelas Cortes, ou tropas portuguesas seriam enviadas para leva-lo á força para Lisboa.

Dom Pedro recebeu essas ordem enquanto, vindo de Santos, passava pelas margens do riacho Ipiranga, nas proximidades da cidade de São Paulo, no dia 7 de setembro de 1822, e decidiu romper com Portugal, declarando a independência do brasil.

Independência do Brasil

Por sua decisão, dom Pedro foi muito festejado em São Paulo e depois Rio de Janeiro, para onde retornou em 14 de setembro de mas não se implantou direto por todo o brasil. As tropas portugueses estavam de prontidão na Bahia, no Pará, no Maranhão e no Piauí, permaneceram leais a Portugal. O processo que chegou ao topo na Independência de 1822 teve inicio em 1808 com a família Real no Rio de Janeiro. Outro evento fundamental teria sido a unificação do Brasil com o reino de Portugal em 1815. Alterando sua condição de colônia. Por isso, apesar das resistências no Brasil e em Portugal, entende-se que a declaração da independência representou a formalização de um rompimento que já estava em processo desde a primeira década do século XIX

Entre as consequências do processo de independência do Brasil, podem ser mencionados: surgimento do Brasil enquanto nação independente, construção da nacionalidade “brasileira”; estabelecimento de uma monarquia nas Américas; endividamento do Brasil por meio de um pagamento de 2 milhões de libras como indenização aos portugueses.

Pouco a pouco, os brasileiros que, inicialmente, apoiaram os liberais portugueses começaram a perceber que as revolucionárias Cortes de Lisboa não só ignorariam os interesses locais como tinham a intenção de recolonizar o Brasil. Ou seja, os deputados das Cortes apresentavam projetos que, na prática, fariam o então Reino Unido retornar à condição de colônia de Portugal. Um desses projetos propunha fechar os portos brasileiros aos navios estrangeiros.

Outra medida das Cortes para diminuir a autonomia política do Brasil foi a imposição de regras que limitavam o poder do regente. Por fim, exigiram que dom Pedro também voltasse a Portugal.

Os grandes proprietários de terras das províncias de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais se opuseram aos atos das Cortes e resolveram se mobilizar para que dom Pedro permanecesse no Brasil. Entendiam que, dessa forma, teriam mais força política. Além disso, a manutenção da monarquia garantiria a continuidade da ordem escravista.

Depois de receber uma carta de José Bonifácio de Andrada e Silva, membro da Junta de Governo da Província de São Paulo, e um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, dom Pedro decidiu permanecer no Brasil. Era o dia 9 de janeiro de 1822, que ficou conhecido como o Dia do Fico. Em seguida, organizou um novo ministério, liderado por José Bonifácio. Em 4 de maio de 1822, Bonifácio decretou que todas as ordens vindas de Portugal só teriam valor no Brasil após a aprovação do príncipe regente.

Em junho do mesmo ano, dom Pedro convocou uma assembleia para elaborar a Constituição do Brasil. Desse modo, o príncipe regente tentava conquistar a confiança dos liberais brasileiros.