Introdução ao Estudo pela WEB

Fonte: Wikiversidade


Ementa

Bem vindo ao curso Introdução ao Estudo pela WEB

Objetivo
Discutir os aspectos diferenciais (da educação não presencial) do estudo à distância, pela Web, através da Wikipédia, o que requer uma autonomia e proatividade do estudante. Discutir iniciativas de ambientação de aprendizagem virtual (AVA).

  1. Levar os estudantes a refletir sobre seu percurso escolar e receber subsídios para elaborar seu próprio projeto acadêmico e profissional;
  2. Informar-se sobre a natureza da instituição universitária, seu significado histórico, as mudanças que vem enfrentando com as novas tecnologias;
  3. Informar-se sobre o funcionamento da universidade/faculdade/curso e as modalidades de atendimento aos direitos dos estudantes;
  4. Conhecer de maneira mais ampla a natureza do curso superior escolhido e das atuais diretrizes curriculares, das leis/normas que regulam os cursos universitários na localidade escolhida, bem como do currículo proposto pela unidade universitária.

Nível do curso
Superior

Programa
A origem da universidade no Ocidente e as especificidades da organização do trabalho intelectual (estudos) sob seu prisma. A contextualização da universidade no local/região do estudante (de onde se originou? Como se organiza? Quais cursos? Avaliação e reputação de seu desempenho?). Conceituação de educação e linhas gerais de sua história. Linhas gerais históricas do curso superior escolhido. Formulação de um plano individual de estudos e saída profissional.

Bibliografia

  • CAMBI, Franco. História da Pedagogia. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
  • RIBEIRO, Darcy. A universidade necessária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
  • HOUSSAYE, Jean (et al.). Manifesto a favor dos pedagogos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

Bibliografia complementar

  • BEETHAM, Helen e SHARPE, Rhona. Rethinking Pedagogy for a Digital Age. Abingdon (GB): Routledge, 2007.
  • DE PERETTI, André. Para uma organização diferenciada e responsável do ensino. In: Pour une école plurielle. Paris: Larousse, 1987, p. 165 a 206. Tradução: Prof. Rogerio de Andrade Córdova.
  • ECO, Humberto. O Nome da Rosa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
  • GAUTHIER, Clermont e TARDIF, Maurice (Dir.s). A Pedagogia: Teorias e Práticas da Antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
  • NOT, Louis. As Pedagogias do Conhecimento. São Paulo: DIFEL, 1981.
  • GAUTHIER, Clermont (et al.). Por uma teoria da Pedagogia. Ijuí (RS): Editora UNIJUÍ, 1998.
  • HOUSSAYE, Jean (Dir.). La pédagogie: une encyclopédie pour aujourd´hui. Issy-les-Moulineaux (Fr0: ESF Éditeur, 2009.
  • HUBERT, René. História da Pedagogia. São Paulo: Editora Nacional, 1967.
  • LUZURIAGA, Lorenzo. História da Educação e da Pedagogia. São Paulo: Editora Nacional, 1985.
  • MEC/INEP. Formação do Educador: a busca da identidade do curso de Pedagogia. Brasília: INEP, 1987.
  • MARQUES, Ramiro. História Concisa da Pedagogia. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, s/d.
  • MEIRIEU, Philippe. A Pedagogia: entre o dizer e o Fazer A coragem de começar). Porto Alegre: Artmed, 2002.
  • MEIRIEU, Philippe. Pédagogie: le devoir de résister. Issy´les-Moulineaux (FR): ESF Éditeur, 2007.
  • PAIN, Jacques. Penser la pédagogie. Vigneux (Fr): Matrice Éditions, 2003.
  • PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
  • RIBEIRO, Darcy. UnB: invenção e descaminho. Rio de Janeiro: Avenir Editora, 1978.
  • SAVIANI, Dermeval. História das Idéias Pedagógicas no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.

SOETARD, Michel. Qu´est-ce que la pédagogie? Issy-les-Moulineaux (Fr): ESF éditeur, 2001.

Adicional
Em educação a distância, ou não presencial, o “método” de estudo assume a maior importância. Ele remete à organização do tempo e das atividades, tanto por parte da equipe docente quanto, principalmente, por parte de cada estudante. A palavra chave, aqui, é auto-organização. Diferentemente de cursos presenciais, não há horários fixados antecipadamente pela autoridade escolar ou universitária. Há apenas um cronograma segundo o qual cada cursista dispõe seu tempo e suas atividades. Nesta “disciplina", trabalharemos por tópicos, sendo que a duração de cada tópico terá duração ora de uma, ora de duas semanas, conforme o volume de leituras e de tarefas requeridos. E isso será suficiente para as leituras, as buscas de informações (pesquisas acadêmicas), as participações nos fóruns, a escrita de seu diário de bordo.
Temos, então, um roteiro de estudo ou de atividades, um “caminho” a seguir, ou seja, um “método” de trabalho (“método” é uma palavra de origem grega que significa, exatamente, “caminho” (odós) “através do qual” (meta) realizamos nossas andanças. Aqui, andanças acadêmicas.
Assim, cada tópico é constituído por um módulo a ser iniciado com um texto escrito pelo professor. Então, primeiramente, recomenda-se ler o texto atentamente. A seguir, comentar/questionar o texto lido no “fórum”. Numa universidade em que se deve desenvolver a capacidade de análise e de crítica, nada deve ser aceito passivamente, mas deve ser analisado, comentado, argumentado. Em certos momentos pode ser necessário fazer buscas na internet, ou fazer leituras complementares. De tudo isso deve resultar uma síntese pessoal a ser escrita no “diário de bordo”. Para cada tópico, ou módulo de estudo, uma boa página (mais ou menos XXXX palavras) deve ser escrita, resumindo o que cada qual destacou como importante. Tudo devidamente comentado/justificado.
Vale insistir nessa dupla dimensão: a metodologia contempla um espaço individual e um espaço coletivo. O diário de bordo é o espaço individual. A ele só têm acesso o/a estudante, seu/sua tutor/a e o professor responsável pela disciplina. O fórum é o espaço de trocas, de cooperação, de construção coletiva do conhecimento. Com essas duas modalidades procura-se atender ao que Jean Piaget denomina as duas dimensões de uma formação plena da pessoa: a dimensão intelectual e a dimensão moral, ou sóciopolítica, neste caso expressa como forma e capacidade de compartilhamento e cooperação. Celestin Freinet, um pedagogo que se tornará conhecido ao longo do curso, baseava sua filosofia educacional e pedagógica em quatro pilares: comunicação, documentação, cooperação, afetividade. Na verdade, poder-se-ia acrescentar um quinto pilar: a livre expressão. Espera-se que essas modalidades permitam que esses cinco pilares aconteçam.
Assim, ao final do semestre, cada qual deve estar em condições de elaborar um “texto síntese” da disciplina, numa espécie de artigo respondendo a uma simples questão: “Que ficou para mim, de relevante, nessa disciplina?Que descobertas importantes eu fiz? Que sugestões de tudo eu posso retirar para compor o meu plano de formação profissional?Que questões eu gostaria de conhecer com mais interesse e profundidade? ”

Índice de aulas
A disciplina terá como conteúdos um conjunto de informações e atividades complementares:

  1. Memorial escolar para os estudantes situarem-se no seu percurso formativo;
  2. Estudo do conceito e da história sucinta da instituição “Universidade”;
  3. Estudo sucinto da história do ensino superior (seminário com contributo de informações contextuais do aluno) e as vicissitudes da criação das universidades, a atual tensão público/privado e suas raízes sócio-históricas;
  4. A era das novas tecnologias da informação e da comunicação e o advento das universidades abertas e virtuais, na esteira da educação a distância;
  5. A história e a estrutura das instituições ou instituição superior a ser escolhida pelo aluno
  6. A história e a estrutura da unidade, faculdade ou departamento ao qual o curso do aluno se filia;
  7. O carácter do curso escolhido: conceito e breve histórico: especificidade e legitimidade de um fazer e de um saber historicamente legitimados;
  8. As diretrizes nacionais para os cursos a ser escolhido;
  9. O atual currículo do curso a ser escolhido.
  10. Síntese final e projeto de estudos.

Avaliação
A avaliação da aprendizagem levará em conta, após a leitura dos textos, a cada tópico/módulo:

  1. As atividades estarão organizadas em 10 tópicos;
  2. Cada tópico vale até 10 pontos;
  3. A participação nos fóruns, comentando o lido, sugerindo, interrogando, respondendo vale até 4 pontos. Essa participação será avaliada sob a forma “contributiva/opinativa” (valendo pontos). Quando “meramente protocolar/elogiosa”, não merecerá pontuação;
  4. O texto escrito nos “diários de bordo”, contendo sua resenha pessoal relativa aos conteúdos de cada tópico/módulo valerá até 6 pontos.