Introdução ao Jornalismo Científico/Conteúdos dinâmicos
Israel, Coreia do Sul, EUA e Brasil: contrastes no investimento em ciência e inovação
[editar | editar código]A análise recente dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) evidencia disparidades significativas entre países, tanto em termos absolutos quanto proporcionais ao Produto Interno Bruto (PIB). Segundo dados da Visual Capitalist (2023), Israel lidera o ranking mundial em intensidade de investimento em P&D, destinando 6,3% do seu PIB para essa finalidade, seguido pela Coreia do Sul, com 5,0%. Em valores absolutos, os Estados Unidos permanecem como o maior investidor global, com US$ 823,4 bilhões aplicados em P&D, o equivalente a cerca de 3,4% do PIB. As economias asiáticas concentram 46% do total global investido, seguidas pela América do Norte (29%) e Europa (21%).[1]
Os Estados Unidos, em termos absolutos, ainda são o país que mais investe em P&D no mundo, com uma soma elevada de $823,4 bilhões, o que representa cerca de 3,4% do PIB. Esse montante coloca os EUA em uma posição de destaque também não só em termos de recursos, mas de capacidade de inovação e infraestrutura científica ampliada, que sustenta seus laboratórios, universidades e indústrias de alta tecnologia. [2]
Em termos regionais, o panorama global mostra que o total de investimento em pesquisa e desenvolvimento atingiu US$ 2,8 trilhões em 2023, equivalendo a praticamente o triplo do total ajustado pela inflação desde o início dos anos 2000. A distribuição geográfica dessa cifra revela que as economias asiáticas ficaram com 46% do total, seguidas pela América do Norte (29%) e pela Europa (21%)
A análise também apresenta um ranking dos países da OCDE ordenados pela intensidade de investimento em P&D. Além de Israel, Coreia do Sul e EUA, aparecem no topo Taiwan (4,0%), Suécia (3,6%), Japão (3,4%), Bélgica (3,3%), Suíça (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%), Finlândia (3,1%), Dinamarca (3,0%), Reino Unido (2,8%), e Islândia (2,7%), antes da China (2,6%), Holanda (2,2%), França (2,2%), entre outros.
A matéria destaca dois pontos centrais: primeiro, que Israel e Coreia do Sul são os maiores “gastadores proporcionais” em P&D globalmente, com mais de 5% do PIB anualmente dedicados à pesquisa e desenvolvimento; segundo, que, apesar de concentrarem a maior receita bruta em P&D, os Estados Unidos já não detêm o percentual muito além de seus pares, com intensidade em torno de 3,4%, mas compensam no volume total de investimento. É também ressaltado que o crescimento global do investimento em P&D foi expressivo desde 2000, com a Ásia emergindo como protagonista tanto em escala absoluta quanto em proporção do PIB.
Esse panorama permite perceber que o Brasil, com intensidade de investimento em P&D em torno de 1,2% do PIB, está muito atrás dos líderes globais não só em volume mas especialmente em proporcionalidade. A discrepância evidencia o desafio estrutural do país: ainda que a base de pesquisadores e produtividade científica tenha avançado, o esforço financeiro para sustentar uma postura global de inovação é relativamente insuficiente. [3]
| Identificador AdriCar86 | Texto
Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil[editar | editar código]Visão Geral[editar | editar código]O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Brasil tem oscilado nos últimos anos, mantendo-se entre 1% e 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse percentual é considerado baixo em comparação com economias similares[4]. Em 2022, empresas industriais brasileiras de médio e grande porte investiram R$ 36,9 bilhões em atividades internas de P&D, representando 0,65% da receita líquida de vendas dessas empresas.Empresas industriais de médio e grande porte investiram R$ 36,9 bilhões em P&D em 2022. IBGE (2023). Evolução do investimento em P&D ao longo da última década (2013-2025)[editar | editar código]
Em 2024, além dos R$ 12,72 bilhões que o governo federal destinou ao FNDCT, tendo como objetivo principal financiar projetos nas áreas de Tecnologia da Informação e Geotecnologia, houve também investimento de R$ 3,1 bilhões destinados à infraestrutura de pesquisa em inovação, com 30% para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste[15]. Dessa forma, o governo pretendeu descentralizar as verbas, antes destinadas prioritariamente às outras regiões do país. O foco especial desse montante é a criação de uma rede entre todos os 202 Institutos Nacionais de Tecnologia presentes em território nacional, além da criação de novos institutos. O governo ainda anunciou o investimento de R$ 42,2 bilhões para favorecer o desenvolvimento tecnológico na indústria, em áreas como Big Data e Inteligência Artificial, além de mais R$ 58,7 bilhões que seriam destinados a partir de 11 de setembro de 2024[16]. Para o ano de 2025, o valor estimado para o FNDCT representa quase o triplo do valor de 2022 (R$ 5,52 bilhões)[17]. Porém, é o valor é inacreditavelmente menor do que foi investido no período de 2008 e 2019, com média de R$ 76,35 bilhões de reais). Percebe-se claramente uma queda entre 2019 e 2022. Financiamento[editar | editar código]O financiamento das atividades de P&D no Brasil é composto por recursos públicos e privados. O setor público tem sido historicamente o maior investidor, com destaque para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que investiu R$ 9,96 bilhões em 2023, com previsão de R$ 12,72 bilhões para 2024 e R$ 14,6 bilhões para 2025. Para especialistas, o Brasil deve diversificar financiamento em P&D. Agência Brasil (2024). No setor privado, a participação no investimento em P&D ainda é considerada baixa. Para alcançar uma taxa de investimento de 1,6% do PIB, comparável a países como Espanha e Itália, seriam necessários investimentos adicionais de R$ 43,6 bilhões, dos quais R$ 30,5 bilhões deveriam vir da iniciativa privada.Para especialistas, o Brasil deve diversificar financiamento em P&D. Agência Brasil (2024). Notamos nos estudos apresentados como a P&D é classificada e financiado, destacando o papel de organizações como a UNESCO e a OCDE (Aula 1). Comparação Internacional[editar | editar código]A produção científica brasileira cresceu de forma contínua, passando de 82,7 mil publicações em 2019 para 89,2 mil em 2020 e 94,5 mil em 2021, conforme dados da base Scopus. Mesmo o avanço nesse período, o Brasil, à época, manteve-se na 13ª posição no ranking global, contribuindo com 2,7% da produção científica mundial (FAPESP, 2023). Nos anos seguintes, esses números se retraíram ligeramente. Em 2022, a base Scopus indexou 88,7 mil artigos brasileiros publicados[18]. Em 2023, 88,1 mil e em 2024, 86,2 mil[18]. Desafios e Perspectivas[editar | editar código]Os principais desafios para o crescimento do investimento em P&D no Brasil incluem a necessidade de maior envolvimento do setor privado e a ampliação do financiamento para pesquisa aplicada. Empresas como Natura e Embraer são exemplos de sucesso no investimento privado em P&D. No entanto, a maior parte dos pesquisadores brasileiros ainda está concentrada em universidades e instituições públicas, enquanto em países desenvolvidos, mais de 60% dos cientistas atuam na indústria.Para especialistas, o Brasil deve diversificar financiamento em P&D. Agência Brasil (2024). Além da questão orçamentária, o Brasil precisa ampliar o reconhecimento da ciência como ferramenta estratégica para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas e a desigualdade social. A realização da COP30 em Belém reforça a importância de políticas públicas baseadas em evidências científicas. A Sociedade Brasileira de Progresso a Ciência (SBPC) defende maior articulação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para garantir segurança institucional à ciência, além de fortalecer a educação científica e a integração com as Fundações de Amparo à Pesquisa. Superar o negacionismo e reafirmar o papel da ciência como base do desenvolvimento sustentável é um compromisso que exige ações imediatas e coordenadas (SBPC, 2025). A criação de políticas públicas e incentivos para aumentar os investimentos privados em P&D é vista como essencial para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
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Referência: == Referências == | Aula 5.1 e 5.2
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Último(a) editor(a) AdriCar86
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| 1 | Em 2022, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). A China aparece em 14º lugar, com um investimento de 2,4% do PIB, a França em 16º lugar com 2,2% e o Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%. Observando o período de 1996 a 2022, nota-se que Israel registrou um aumento no seu percentual de investimento do PIB de 123%, haja vista que, em 1996, seu índice era de 2,5%. Situação semelhante ocorreu no caso da Coréia do Sul, que apresentou um percentual de 122% de aumento no seu percentual de investimento do PIB, que em 1996 era de 2,2%. Já a França, por exemplo, apresentou um percentual "zero" de aumento, registrando-se, ainda, percentuais negativos nos casos do Canadá e da Rússia, por exemplo. A Tailândia figura como o país que mais aumentou seu percentual de investimento, com 915%[24], passando de 0,1% em 1996 para 1,2% em 2022, embora esteja numa posição bem próxima ao Brasil - 34º. O aumento de investimento brasileiro foi de 9% no mesmo período. [25]. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.[26] Em 2021, a UNESCO publicou o relatório "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente", que é publicada a cada cinco anos, contendo um resumo executivo e cenário brasileiro. Além do Webnário de lançamento[27], foi criado um vídeo educativo[28]. Entre os pontos abordados no documento, é possível destacar os seguintes: 1. Nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa; 2. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%; 3. O impacto da pandemia de Covid-19 e como a cooperação internacional foi fundamental para seu enfrentamento; 4. O aumento de 25%, entre 2014-2019, em investimentos globais em pesquisa, sendo que 63% desses investimentos estão concentrados na China e nos Estados Unidos; 5. O aumento no número publicações científicas, com temáticas associadas à inteligência artificial e robótica em maior número, em detrimento das relacionadas à sustentabilidade e meio ambiente, por exemplo.[29] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892
O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto o mundo avançou em 19%. https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/. O investimento só voltou a aumentar em 2024 e tem previsão de aumento em 2025.
Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 No ano de 2023, o investimento total global em P&D atingiu aproximadamente 2,75 trilhões de dólares, segundo estimativas da WIPO e dados consolidados até dezembro de 2023. [1]. Destaques regionais (OECD)
· Desafios de Financiamento: A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 · Crescimento do Número de Pesquisadores: O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |
[3] | 1 | AdrianaFarias09 e Tflassali | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 2 | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis por 10% da produção global de P&D.
Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).[4] O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.[5] |
[4] | AdrianaFarias09 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 3 | Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência Israel Innovation Authority, o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D[6], seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. [7][8]) e Suécia (3,31%). [9]
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[3] | 5.1 | Fideliscelso | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 4 | [15] [4] | 5.5 | Alebasi24 e Lucas José Momberg | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 5 | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. [16]Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções não associadas à função Ciência e Tecnologia.[17] No biênio 2023-2024, mais de R$ 26,3 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) - que tem como propósito apoiar financeiramente programas e projetos voltados para o desenvolvimento científico e tecnológico[18] - foram investidos nas áreas de ciência e tecnologia. Os investimentos contemplaram dez programas, entre eles, o Programa Pró-Amazônia e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). No primeiro programa, foram investidos R$3,4 bilhões, com o objetivo de estimular ações locais e de promover conhecimento acerca da sociobiodiversidade da Amazônia. Já no segundo, foram previstos R$23 bilhões, até 2028. [19]Em 2023, o governo anunciou reajuste das bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pós-doutorado) com acréscimo de 25% a 75%, como no caso da iniciação científica que passou de R$400 para R$ 700 reais. [20] | [17] | Thalesfig e Patriciaseri | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Em 2024, foi lançada a primeira edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), que segue a mesma metodologia do Índice Global de Inovação (Global Innovation Index – GII), da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
O IBID é um índice multidimensional que busca retratar o desempenho do Brasil no campo da inovação, considerando 74 indicadores distribuídos entre sete pilares: instituições, capital humano, infraestrutura, economia, negócios, conhecimento e tecnologia, e economia criativa. Os índices foram analisados individualmente para cada estado brasileiro, além de serem avaliados também por região. Para compor o índice do pilar Capital Humano, três dimensões foram consideradas: Educação Básica, Ensino Superior e Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). No caso de P&D, foram analisados três indicadores:
Com isso, foi possível elaborar um ranking dos estados e regiões com os melhores índices em P&D. Assim como na avaliação geral do IBID, o estado de São Paulo ocupa a primeira posição em P&D (1,0), posição igualmente alcançada pela região Sudeste. Já o Maranhão apresenta o menor índice na avaliação geral do IBID, enquanto o Acre ocupa a última posição em P&D (0,01). A região com o menor índice em P&D é o Nordeste. Os valores dos índices de P&D por estado e por região podem ser observados no gráfico a seguir: |
[21] | Aline.zanotti | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 5 | Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%[22]. | [22] | 5.5 | Thalesfig | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 5.6 | Os gráficos ao lado mostram uma retomada do investimento na pesquisa científica após 2023. No entanto, o número total de concessões já teve momentos melhores, com seu ápice em 2014, especialmente para bolsas no exterior, impulsionado pelo programa Ciência sem Fronteiras. Com o fim do programa em 2016, houve uma queda acentuada nesse tipo de concessão, além de oscilações significativas nos investimentos em pesquisa. [23] [24] [25]
Segundo o relatório da FAPESP, 2023 marcou uma retomada significativa nas atividades de pesquisa no estado de São Paulo, após um período de retração causado pela pandemia de COVID-19. A fundação registrou aumento na demanda por bolsas e auxílios, impulsionado tanto pela normalização dos laboratórios e programas de pós-graduação quanto por novas iniciativas de fomento. Entre elas, destaca-se o Programa Especial de Apoio à Infraestrutura de Pesquisa, que contratou 56 propostas para aquisição de grandes equipamentos, totalizando R$ 450 milhões, além do lançamento de um edital de R$ 200 milhões voltado à modernização de laboratórios com equipamentos de pequeno e médio porte. Em comparação a 2022, o número de bolsas vigentes cresceu 9,6% e os gastos com bolsas aumentaram 21%, com destaque para bolsas no exterior. Os auxílios à pesquisa também aumentaram 12% em número e 14,6% em desembolso.˜˜˜˜[26]. Para 2025, mesmo com o anúncio de novos investimentos e a maior arrecadação do FNDCT desde sua criação, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) alertou para cortes preocupantes na proposta orçamentária. O documento previa para 2025 reduções drásticas, como, por exemplo, em recursos destinados à divulgação científica (em 89%) e à educação científica (em 31,02%), [28] o que pode comprometer o acesso ao ciência, aprofundando desigualdades e reduzindo o engajamento da sociedade com temas científicos essenciais, como mudanças climáticas e inovação tecnológica. Além disso, novos cortes poderiam afetar diretamente a formação de pesquisadores(as) e a capacidade do Brasil de se manter competitivo no cenário global da ciência e tecnologia. Porém, até o momento, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de financiamento para P&D, tem uma previsão de R$ 14,6 bilhões para 2025, um aumento considerável em relação aos anos anteriores. [29] Apesar dos sinais positivos de retomada dos últimos anos, o financiamento para pesquisa e ciência ainda enfrenta desafios expressivos, necessitando de políticas mais comprometidas para garantir um crescimento e desenvolvimento mais estável.
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[1] [2] [3] [4] [5] | Lisiane Müller e Melissa Arruda Vieira | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 6 | As empresas industriais brasileiras com 100 ou mais funcionários investiram R$ 36,9 bilhões em atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2022. Desse total, 86,3% foram aportados por grandes empresas com mais de 500 funcionários. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o investimento total em P&D no Brasil tem se mantido em torno de 1,2% nos últimos anos. Esses números indicam uma recuperação em comparação aos dados de 2017, quando os investimentos em P&D pelas empresas brasileiras somaram R$ 32,6 bilhões, representando 0,5% do PIB. Além disso, uma sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que quase 90% das médias e grandes empresas industriais custearam, com recursos privados, as iniciativas de inovação ao longo de 2020. [6] [7] [8] | [9] | Juliana Ramiro | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 7 | Assim como no caso da Capes, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também enfrentou drástica redução de investimentos. Contou com um orçamento de pouco mais de R$ 3 bilhões em 2013. Em 2014 seu orçamento atingiu um pico, com mais de R$ 2 bilhões destinados a bolsas de estudo. O valor investido caiu para R$ 1,4 bilhão em 2019 e passou a ser cada vez menor a partir de então, saindo da casa dos bilhões em 2022. [11] [12] De acordo em o relatório de gestão de 2024, o valor aplicado a bolsas foi de R$ 1,347 bilhão, sendo R$ 117 milhões voltadas a mestrado; R$ 230 milhões a doutorado; R$ 466 milhões a pós-doutorado; R$ 269 milhões à iniciação científica (PIBIC).[13] |
[14] | Juliana Ramiro | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 8 | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas.
De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). [15] |
[16] [17] | Luis Henrique dos Santos | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 9 | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. | [18] | Agnessa Kling Nóbrega | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 10 | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)[19] instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.[20]
O Índice Global de Inovação (IGI) é o ranking que mede o desempenho em inovação de vários países. Publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, o IGI é calculado com base em 80 parâmetros e seu resultado identifica o desempenho de inovação dos países avaliados e a tendência global do progresso científico e tecnológico.[21] O relatório de 2023 posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo, nesta ordem, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos[22]. Em 2024, os mesmos atores ocuparam o topo do ranking. Nesse último relatório, o desenvolvimento de economia e inovação de Singapura passou o do Reino Unido. [23] O Brasil, desde 2023, consolidou-se como a economia mais inovadora latinoamericana (posicão ocupada até então pelo Chile), se estabelecendo como 49ª no ranking global. O país apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, em 2023, avançou cinco posições em relação ao ano anterior. [24] Em 2024, o Estado brasileiro caiu uma posição em relação ao ano anterior, mas ainda é o líder entre as economias da América Latina e do Caribe. O ranking inclui um total de 133 países.[25] Com base na metodologia do IGI, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) lançou em 2024 o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), revelando o cenário nos estados e regiões do país.[26] Esta medida tem como objetivo identificar potencialidades e desafios para a inovação em todo o território brasileiro, contribuindo para orientar políticas públicas e estratégias para o desenvolvimento nas difeerentes regiões do país.[27] De acordo com os dados divulgados pelo IBID 2025, o estado de São Paulo permanece na liderança do ranking atual de inovação no Brasil. O cálculo é feito com base em uma escala de 0 a 1, e São Paulo obteve a nota de 0,872, o que representa quase três vezes a média nacional, que é de 0,296. Outros cinco estados também superaram a média nessa classificação da inovação. São eles: Santa Catarina (0,449), Paraná (0,413), Rio de Janeiro (0,410), Rio Grande do Sul (0,398) e Minas Gerais (0,368). Para efeito de comparação, no IBID 2024, sete estados estiveram acima da média nacional, os seis já citados (SP, SC, PR, RJ, RS e MG) e também o Distrito Federal, que agora ficou abaixo da média (0,291). O IBID 2025 informa ainda que os últimos colocados no ranking mais recente são os estados de Alagoas (0,148), Maranhão (0,127) e Acre (0,122).[28][29] |
[30] [31] | Aarrigo (msg · ctrib D E · logs B M) | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 11 | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. | [32] | 5.5 | Kris Herik de Oliveira e Patriciaseri | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 12 | Segundo levantamento realizado pelo Lattes em 2016, entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres[33]. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%). As mulheres enfrentam inúmeros desafios na carreira como pesquisadoras. Uma revisão sistemática avaliou quem eram os apontados como os pesquisadores nomeados como primeiro autor nos artigos publicados e concluiu que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarga de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda é alta no contexto da ciência no Brasil. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita. Um estudo realizado no Brasil em 2021 utilizando dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq mostrou que), apesar do aumento de mulheres bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) nas últimas décadas, as desigualdades de gênero e raça permanece mesmo com O número de mulheres pesquisadoras apresentando um crescimento globalmente. A desigualdade de gênero é significativa em quatro aspectos, segundo mostra o estudo, são eles: as mulheres ainda representam parcela minoritária na ciência mundial; concentram-se em áreas de conhecimento especifícas; predominam nos níveis iniciais da carreira e são sub-representadas em posições deliberativas da política científica e tecnológica. (1) O estudo destaca também, a dificuldade que as mulheres enfrentam para acessar o sistema PQ, bem como, para alcançar as modalidades de bolsa de maior prestígio científico. E como resultado dessa disparidade as mulheres ocupam proporcionalmente menos posições no topo da carreira. [34][35][36] Com o objetivo de possibilitar o interesse, a permanência e a ascensão de mulheres nas áreas de ciências exatas e tecnológicas – onde, tradicionalmente, elas são sub-representadas e recebem pouco financiamento –, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI vem apoiando, desde 2023, algumas ações nesse sentido. Entre elas, a chamada Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação, que, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, concederá entre 4.500 e 5.400 bolsas às meninas e mulheres, da educação básica ao doutorado, que desejam atuar nesses setores;[37] e a chamada Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, a qual prevê bolsas de doutorado sanduíche e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas.[38] | [39] | 5 | Luís Enrique Cazani Júnior, Simone Vieira da Silva, Tflassali e Patriciaseri | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| De acordo com o estudo "Brasil: Mestres e Doutores 2024", realizado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) com base em dados da Plataforma Sucupira (CAPES/MEC), as mulheres continuaram sendo maioria entre os titulados no Brasil em 2021. Elas representaram 56,8% dos mestres e 55,6% dos doutores titulados naquele ano. Esses dados atualizam estimativas anteriores e mostram uma tendência de equilíbrio de gênero nos níveis mais avançados da pós-graduação.[9]. | [9] | 5.5 | Thalesfig | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Outro ponto destacado nesse estudo é a desconcentração regional na pós-graduação. Com base nos principais destaques da figura, é possível notar que a Região Sudeste concentrava a maior parte dos cursos de Mestrado. Mas, conforme dados de 1996 a 2021[40], nota-se que houve redução de 68 para 51% na concentração dos cursos nesta região. Considerando a modalidade Doutorado, o mesmo pode ser considerado para a Região Sudeste, ou seja, também ocorreu diminuição da concentração dos cursos (de 89 para 64%). No caso da região Nordeste, vale ressaltar o aumento da concentração dos cursos de Mestrado e, em especial, nos curso de Doutorado (1% em 1996 e 12% em 2021). Além disso, as políticas de fomento da Capes e do CNPq, como os Programas de Apoio à Pós-Graduação (PROAP)[41] e à Expansão da Pós-Graduação (PROCAD)[42], foram fundamentais para incentivar a criação de novos cursos e estimular a cooperação entre instituições consolidadas e emergentes. Isso indica um avanço significativo em termos de equidade no acesso à formação em nível stricto sensu, contribuindo para a formação de quadros qualificados em todas as regiões do país. Essa tendência pode ser interpretada como um passo importante para o desenvolvimento científico e tecnológico mais equilibrado regionalmente, o que é essencial para o enfrentamento de desafios locais e a promoção de soluções contextualizadas para os problemas sociais e ambientais brasileiros. |
NayAlves0901 | - | 13 | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.[43] | [43] [44] | 5.6 | Rogério Bordini | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 14 | [46] | Barbaramaiap | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 15 | Em 2023, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) anunciou um volume recorde de investimentos para fortalecer a ciência brasileira. Foram contratados mais de R$ 26,3 bilhões por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), valor que supera significativamente os recursos somados entre 2020 e 2022, que não atingiram R$ 10,5 bilhões. Esses investimentos marcam uma retomada expressiva no financiamento à ciência e tecnologia no país, após anos de restrições orçamentárias. [47] [48] | [49] | Juliana Ramiro | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretendia investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31]
No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |
[50] [51] | Mariacarolinahr | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 16 | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subiu de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.[52] Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.[53] | [54] | Jubdevito | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 17 | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." | [55] | 5 | Giudenari | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 18 | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: efeitos da mudança climática, que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de desenvolvimento, e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na inteligência artificial (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje | [56] | 5.5 | FSaldanha (discussão) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 1 | Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente[14]. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)[14]. | 30 | 1 | Thalesfig | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 19 | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.[57] | [57] | 5.1 | Luis Forte Rasmussem | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 20 | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. [58] | [58] | 5.1 | Clarissa Viana | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 21 | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. |
[59] | 5.5 | Clarissa Viana | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 22 | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. [60]
A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. [61] |
[60] [61] | 5.1 | Paulo Carneiro de Oliveira | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 23 | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). | [62] | 5.1 | Daniela Feriani | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 24 | Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país. Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Tecnologia. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Para 2025, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) planeja continuar com ações de desenvolvimento social e popularização da ciência, contando com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para novos editais em tecnologias assistivas e sociais, além da ampliação do Programa Mais Ciência na Escola. Além disso, estados como o Rio Grande do Sul anunciaram investimentos históricos para 2025, com um orçamento de R$ 360 milhões destinados à inovação, ciência e tecnologia, visando aumentar a autonomia tecnológica e promover o desenvolvimento regional. Esses investimentos refletem o compromisso do governo em fortalecer a infraestrutura de pesquisa e inovação, reduzir desigualdades regionais e promover o desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil. |
[63]
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil [64] [65] |
5.1 | Daniela Feriani | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Segundo dados de 2021 e 2020 dos Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação os investimentos em P&D caíram entre 2019 e 2020, o principal motivo foi a queda do dispêndio das empresas, reduzidos de R$ 49,3 bilhões para R$ 40,3 bilhões de um ano para o outro. “Houve desaceleração das atividades do setor empresarial na pandemia e essa queda deve estar relacionada ao impacto da Covid-19”, afirma o sociólogo Marcelo Paiva, analista do Observatório de Ciência, Tecnologia e Inovação do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (OCTI/CGEE).[66] O investimento das empresas também caíram em Ciência e Tecnologia (C&T), reduzidas de R$ 54 bilhões em 2019 para R$43,1 bilhões em 2020, e em Atividades Científicas e Técnicas Correlatas (ACTC), reduzidas de R$ 4,7 bilhões para R$ 2,9 bilhões de um ano para o outro. [67] Por outro lado, foi registrado um aumento, ainda que pequeno, do investimento público, de R$ 46 bilhões para R$ 46,9 bilhões entre 2019 e 2020. Esse aumento foi direcionado para os investimentos dos ministérios da Saúde (R$ 3 bilhões em 2020 ante R$ 1,9 bilhão em 2019) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (alta de R$ 5,3 bilhões para R$ 8,1 bilhões), que concentraram despesas para investigar e combater a Covid-19. Mas houve queda nos gastos com P&D em pastas como Educação (de R$ 17,9 bilhões para R$ 17,7 bilhões) e Agricultura (de R$ 3,8 bilhões para R$ 3,4 bilhões). Apesar da baixa no investimento de empresas no período de 2019 e 2020, dados analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que das 196 empresas que participaram da pesquisa 90% utilizaram financiamento privado para P&D. [68] |
[69] | 5.1 | Juliana Di Beo | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Edição da Tabela com Dados Atualizados[editar | editar código]Investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no Mundo[editar | editar código]Os EUA lideram o ranking, com um investimento de 679 bilhões de dólares, representando 3,4% do seu PIB. No entanto, a Coreia do Sul continua sendo o país que mais investe proporcionalmente ao PIB, destinando 4,81% do seu Produto Interno Bruto para P&D, um aumento significativo em relação aos anos anteriores.[72] De acordo com a OCDE, o total investido em P&D apenas por seus países-membros foi de aproximadamente US$ 1,7 trilhão em 2022. Investimento do Brasil em Ciência e Tecnologia[editar | editar código]Em 2023, o Brasil investiu cerca de 1,2% do PIB em P&D, totalizando R$ 95 bilhões. Do montante, 0,67% do PIB veio de recursos públicos (União, estados, CNPq, CAPES e FAPs) e 0,53% do PIB do setor privado (empresas, universidades particulares e institutos privados). O financiamento público passou por uma retomada significativa: o orçamento do MCTI saltou de R$ 3,4 bi (2020) para R$ 8,7 bi (2024), e o FNDCT executou cerca de R$ 10 bilhões em 2023, com previsão de R$ 14,7 bilhões para 2025 (50% reembolsável, 50% não reembolsável). No entanto, o CNPq sofreu cortes de R$ 76 milhões no orçamento para 2025, reduzindo recursos para bolsas e formação científica. A execução do FNDCT também foi expressiva: entre 2023 e 2024, o aporte às universidades federais saltou de R$ 329 mi para R$ 1,3 bi, com destinação de R$ 1,2 bi para infraestrutura do PAC (incluindo Sirius e NB4). Além disso, foram lançados em dezembro de 2024 dois editais Pró‑Infra no valor de R$ 1,2 bi para modernização de laboratórios e centros temáticos. Distribuição de Pesquisadores no Brasil[editar | editar código]A Plataforma Lattes, do CNPq, revelou que, até 2023, o Brasil possuía 240.310 pesquisadores com mestrado e doutorado cadastrados. Entre eles, 89.700 são mestres e 150.610 possuem doutorado. O crescimento no número de pesquisadores é um reflexo do aumento dos programas de pós-graduação e do fortalecimento das universidades públicas e privadas.[73] Distribuição por gênero:
A maior concentração de pesquisadores continua sendo na Região Sudeste, seguida pelo Sul e Nordeste. No entanto, houve um crescimento no número de doutores nas regiões Norte e Centro-Oeste, impulsionado pelos programas de descentralização da pós-graduação.[73] Distribuição geográfica
Participação do Setor Privado na Pesquisa[editar | editar código]Nos países líderes em pesquisa e desenvolvimento, a maior parte dos pesquisadores trabalha no setor privado. No Brasil, essa realidade é diferente:
Essa discrepância se deve ao baixo investimento privado em P&D no Brasil, à falta de incentivos fiscais adequados e à pouca interação entre universidades e empresas. Empresas como a Natura investem 3% de sua receita em pesquisa, enquanto a Embraer destina 10% de seu faturamento ao setor.[75]
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5.1 e 5.5 | PEDRO HENRIQUE VISENTINI PANTAROTTO | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Em 2023, os gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) no setor industrial brasileiro atingiram R$ 38,3 bilhões, um aumento nominal em relação aos R$ 36,8 bilhões de 2022, segundo a PINTEC Semestral do IBGE. No entanto, apenas 34,3% das empresas industriais investiram em P&D, percentual praticamente estável frente a 2022 (34,4%). A maior parte dos recursos (84,6%) continuou concentrada em grandes empresas (500+ funcionários), mas houve uma leve redução na participação frente a 2022 (86,3%). Em contrapartida, as pequenas empresas (100–249 funcionários) aumentaram sua fatia nos gastos com P&D, de 5,9% para 7,9%, enquanto as médias (250–499 funcionários) mantiveram estabilidade. Setores como produtos farmoquímicos, eletrônicos e químicos se destacaram, com taxas de investimento em P&D acima de 60% O uso de apoio público para inovação caiu de 39,0% em 2022 para 36,3% em 2023, com os incentivos fiscais sendo o instrumento mais utilizado (26,4%). Apesar disso, quase metade das empresas inovadoras (49,1%) planeja aumentar gastos com P&D até 2025.[76] Parcela do PIB investida em Ciência e Tecnologia entre 2000 e 2021[editar | editar código]Segundo dados disponilizados pelos governos estaduais e federal, pode-se observar a evolução dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) brasileiros. Esses dados foram calculados com base em dados do IBGE, SIAFI, balanços estaduais e a pesquisa PINTEC. O investimento governamental considera despesas empenhadas de recursos do Tesouro e de outras fontes, excluindo juros, amortizações de dívidas e despesas com inativos e pensionistas. Nas instituições de ensino superior, os gastos com pós-graduação são usados como proxy para P&D. No setor empresarial, os dados vêm da PINTEC, complementados por estimativas para períodos e setores não cobertos. Métodos de regressão linear e dados das contas nacionais são utilizados para ajustar os valores. Os dados coletados apontam falta de manutenção do investimento em transições governamentais. Ou seja, o investimento em ciência e tecnologia, no Brasil, é menos uma política de Estado contínua e implantada na cultura, e mais uma promessa de gestões. Segundo o jornal Valor Econômico, com base nos dados da consultoria Macke, o Brasil chegou a 1,21% do PIB investido em P&D. |
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DIFERENÇA DE GÊNERO DOS PESQUISADORES NO BRASIL[editar | editar código]Segundo dados do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), órgão do Ministério da Ciência, a remuneração mensal entre homens e mulheres, de 2009 a 2024, sempre ouve discrepâncias:
Em outra pesquisa do CGEE de 1996 a 2021 sobre títulos de mestrado e doutorado concedidos:
As mulheres sendo, em média, 54,5% dos mestres em geral.
As mulheres sendo em média, 52,8% dos mestres em geral. A diferença de gênero também se reflete nas condições de liderança dos pesquisadores brasileiros. Segundo dado do Censo do Lattes, em 2014, a maioria dos pesquisadores que ocupavam o papel de liderança em algum aspecto de sua vida acadêmica (líder de grupo de pesquisa, de laboratório, etc) eram homens, sendo 54% em números percentuais[77]. Em 2023, houve uma discreta mudança: 52% dos líderes eram homens[78].
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[79]
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5.1 | Carolina Iwamoto Scaliante | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| 28 | Hoje conseguimos entender melhor como o mercado se comporta no quesito investimento em P&D graças as contribuições de grandes pensadores e pesquisadores no mundo, como notamos no mais recente prêmio Nobel em Ciências Econômicas de 2.025.
A Real Academia Sueca de Ciências nesta semana concedeu o Prêmio do Banco Central da Suécia em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel de 2025 a Joel Mokyr, da Northwestern University ao identificar o que leva o crescimento sustentado por meio tecnológicos e o cenário implícito a este meio; também foi premiado o Sr. Philippe Aghion professor do Collège de France, INSEAD e LSE e Peter Howitt, da Brown University ambos usando a teoria do crescimento sustentado por meio da destruição criativa – todos, como time conseguiram explicar o crescimento econômico impulsionado pela inovação. [80]
Entre 2.000 e 2.005 vínhamos numa queda com um cenário negativo; a partir de 2.006 houve um aumento no investimento chegando ao pico de 1.28 em 2.015 seguido por algumas quedas, mas, ainda assim acima dos 0.98 pontos percentuais atingidos em 2.006. Este cenário positivo indicado pela tendência do otimismo no Brasil além da capacidade de investimentos é observado até 2.018 quando a tendência aponta para uma queda com uma pequena recuperação em 2.022.
Em 2016, havia um total de 217.741 mestres e doutores cadastrados, sendo que a maioria dos mestres era composta por mulheres, enquanto a maioria dos doutores era de homens. A pesquisa no Brasil ainda é bastante concentrada na região Sudeste, que abriga a maior parte dos mestres e doutores do país, evidenciando o papel das FAPs na tentativa de descentralizar a ciência e tecnologia [Aula 5]. Notória a distribuição por área de conhecimento. Entre os mestres, as áreas mais populares são Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas e Ciências da Saúde. Já entre os doutores, a liderança fica com as Ciências Humanas, seguidas por Ciências Exatas e da Terra e Ciências da Saúde. O texto destaca que, curiosamente, a área de Ciências Sociais Aplicadas, que tem o maior número de mestres, cai para a quinta posição entre os doutores.[Aula 5] |
Aula 1, 5 e pesquisas. | Editado por AnaCaroline Sousa |
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