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Introdução ao Paisagismo - Aula Prática (manhã), Plantio a tarde

Fonte: Wikiversidade




Reciclando nutrientes e integrando a comunidade

De passagem pelo Brasil, Valmir Fachini compartilhou sua experiência com biossistemas integrados, que produz energia a partir dos resíduos humanos. Ele está agora no Haiti, onde mais de 90 biossistemas já foram implantados.

   Por Gabriela Briganti em co-criação com Bruna, Carol e Clio

O Haiti possui uma das capitais mais poluídas do mundo e com uma alta concentração populacional. Estes aspectos se assemelham às favelas brasileiras, pois ambas possuem pessoas ocupando um pequeno espaço. Desde a tragédia ocorrida em 2010, o Haiti busca sua lenta reconstrução. O ditado popular local já diz: “O lixo não tem pernas”. Como reconstruir a rede de esgoto de um país tão pobre e populoso? Biossistemas Integrados

Valmir Fachini, diretor do O Instituto Ambiental (OIA), levou para o país uma solução: os biossistemas integrados. Hoje, já são 90 biossistemas implantados. Mas foi necessária aí uma transformação no pensamento da sociedade haitiana.

O Biossistema Integrado significa uma mudança no conceito de modelo produtivo, onde se deixa de lado a forma linear de produção, e parte-se para um sistema integrado, onde tudo tem utilização e pode ser reaproveitado como matéria prima para um novo ciclo de produção. Esta reformulação conceitual anuncia uma nova revolução onde a espécie humana busca imitar os ciclos sustentáveis da natureza.

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Ao invés de esperar que a terra produza cada vez mais, se aprende a fazer mais com o que a terra já produz. Faz-se, então, uso total das matérias primas, acompanhada do uso de energias renováveis. Em um biossistema integrado, todos os nutrientes são reciclados e reaproveitados trazendo uma solução ambiental que beneficia também a população. O biofertilizante e o gás metano gerados são utilizados nas hortas e cozinhas de centros comunitários e creches. Além disso, por ser descentralizado, gera trabalho e renda para a comunidade local. Modelo de um Biossistema Integrado

Modelo de um Biossistema Integrado

Conheça o biossistema integrado implantado no Sertão do Carangola (Petrópolis -RJ). O Programa Cidades e Soluções da Globo News mostrou o primeiro biodigestor de Petropólis, construído pela equipe do OIA na favela do Sertão do Carangola atendendo mais de 250 famílias. Reportagem e apresentação de André Trigueiro, realizada em 2004. Postado em Biodisgestores, Módulo Agricultura | Marcado com Biodisgestor, Biossistema, Compostagem, Esgoto, Lixo, meio ambiente, natureza, Reciclagem de Nutrientes | 1 Comentário 24 de maio de 2013 A praça é… a praça é

Reflexão sobre o que é a praça, conduzida em palestra pelo arquiteto Francisco Lima.

PRAÇA é

pulmão, coração, mente

lugar de encontro, convivência,

compartilhamento

lugar de brincar, aprender,

de culturar e criar,

lugar para respirar, refletir,

cidadaniar

celebrar e festejar

praça como quintal,

extensão da casa,

contemplação,

espaço verde permeável,

fonte de alimento

praça-tiva,

participativa. pracinha militao dos santos

Quadro “A Pracinha”, de Militão dos Santos

  • A participação do arquiteto e educador Francisco Lima no CdT Agricultura Urbana aconteceram nos dias 16 e 18 de maio.


Saber-ver e saber-ler a praça

Por Gabriela Briganti em co-criação com Bruna, Carol e Clio

Depois de uma provocar uma reflexão sobre o que é a praça, na aula prática de Introdução ao Paisagismo, Xico Lima convidou os multiplicadores de agricultura urbana a observar mais a fundo os elementos presentes na Praça Homero Silva, onde estamos trabalhando.

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   Quais são os elementos de relevo?
   Elementos de Clima?
   Elementos de Vegetação?
   Elementos Hídricos?
   Limites, tamanho e localização?
   Existem equipamentos?
   Mobiliário urbano?
   Sinalização?
   Quais são os caminhos e acessos na praça?
   A praça é acessível a todos?
   A praça é segura?
   Qual é o uso da população? Social, lazer, esporte, cultual, convívio…
   Presença de fauna e flora

Pimenta rosa, espécie presente na praça Homero SIlva.

Pimenta rosa, espécie presente na praça Homero Silva.

As percepções subjetivas são muito importantes para desenvolver uma abordagem sistêmica da praça. A praça pode ser um espaço verde na cidade, um local de encontro e cidadania (convívio), um lugar de aprendizagem. Pode ser um local de encontro interior, para lazer e esporte. Toda praça tem sua história. É importante conhecê-la para compreender melhor. A praça pode ser um local de arte e cultura, uma fonte de alimentos para o corpo e para a alma.

http://cdtagriculturaurbana.wordpress.com/2013/05/31/saber-ver-e-saber-ler-a-praca/


http://cdtagriculturaurbana.wordpress.com/2013/06/01/perfumes-e-cores-primeiras-flores-para-a-praca/

1 de junho de 2013 Perfumes e cores: primeiras flores para a praça!

Plantando juntos, levando cor e perfume para a praça. Os primeiros moradores começam a marcar presença nas oficinas – desenvolvendo um novo olhar para o espaço, um novo quintal comunitário, estendendo seu território para além da casa. Avó, mãe e neta juntas fazendo as covinhas, plantando, adubando e regando as mudinhas. Para ser agricultor não é preciso ter idade, não é marca de uma geração. Pode ser um exercício de unir gerações e compartilhar.

Por Gabriela Briganti em co-criação com Bruna, Carol e Clio

Na parte da tarde do dia 18 de maio, Tomita compartilhou mais saberes da Agricultura Natural e orientou o segundo plantio na praça. Além dos multiplicadores, algumas famílias que moram próximas a praça participaram do plantio. Com o apoio e participação da comunidade a praça ganha vida!

Conheça as “novas habitantes” da Praça da Nascente:

cravo

Cravos-de-defunto ou tagetes gostam de local ensolarado e solo rico em matéria orgânica. Pode ser adicionado húmus de minhoca para um boa floração!

A tagete é um ótimo repelente para as formigas. As formigas não gostam do perfume, então seu plantio serve também como repelente. Pode ser plantada em hortas caseiras ajudando a controlar os insetos, além de enfeitar com seu colorido. Também é uma planta que elimina nematóides do solo.

lavanda

Lavandas podem ser plantadas durante o ano todo. Elas não gostam de terra encharcada e se desenvolvem melhor na terra aerada. Gostam de clima temperado, como o clima da região Sudeste.

São ideais para perfumar ambientes, podendo ser utilizada também como fonte medicinal analgésica, sedativa, antiinflamatória, antiséptica, relaxante e calmante.

Citronela

Citronelas são plantas aromáticas que não são muito exigentes em relação ao solo. Gostam de sol pleno, não vão bem à sombra ou meia-sombra. Se multiplicam por divisão de touceiras, em qualquer época do ano

São muito boas como repelentes contra mosquitos e borrachudos. Cultive-as no caminho percorrido pelo vento espalhando o aroma pelo local e espantando os mosquitos. Uma outra forma de aproveitar o poder repelente citronela é fazer um chá com as folhas da planta e usá-lo na limpeza da casa.

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Capuchinhas gostam de receber bastante luz solar, favorecendo a floração. Podem compor bordas, jardineiras, varandas ou peitoris ensolarados. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano, mas na primavera se desenvolvem mais rápido. Não são muito exigentes quanto ao solo.

São comestíveis! As folhas e flores têm um sabor picante e levemente amargo lembram a mostarda. Podem ser adicionadas a saladas, queijos, omeletes… Os frutos são usados no preparo de picles. As flores decoram e dão sabor aos pratos. São ricas em vitamina C e minerais. Estimulam o apetite, são digestivas e ajudam a limpar o sangue das impurezas. Auxiliam no tratamento de inflamações do fígado e rins.

Conheça mais espécies de flores comestíveis neste vídeo:


Uma opção a ser considerada? Pensei na possibilidade de também plantarmos uma árvore nos locais de cultivo de agricultura urbana. Alternativas de plantio. • Nativas da região • De outras regiões ou adaptáveis... mas nunca exóticas. • Frutífera – (p.e., família das Myrtaceas)

Vantagens na escolha: • Melhor adaptação à região alvo. • Identificação da população com a espécie. • Porta de entrada ou reforço alimentar da fauna (citado por Peter) • Rusticidade. • Reintrodução de espécies raras (grumixama, pitanga, araçás, goiaba, gabiroba). • Perenes e praticamente não exigem manutenção. • Garantia de “marcação de território”. Planta cercada, identificada com placa e procedência CdT.

Opção por frutíferas de produção precoce (araçá, pitanga) Mudas disponíveis a preços bem acessíveis (R$ 2 a 5 por muda de 60cm, conforme volume comprado) Possibilidade de plantio sob rede elétrica devido ao porte da espécie escolhida. Boa opção para calçadas e mesmo vasos em casas ou apartamentos. Pra começo, acho que está bom...