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Laboratório do Comum Campos Elíseos

Fonte: Wikiversidade

SITE do projeto: https://trama.pimentalab.net

Sobre o Projeto

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O Projeto “Laboratório do Comum Campos Elíseos: corpos, território e tecnopolíticas do fazer-bairro” se caracteriza como uma plataforma de ações integradas sob a perspectiva de experimentação de um Laboratório de Inovação Social voltado para práticas de fazer cidade. Ele nasce como um projeto de extensão-pesquisa da EFLCH/Unifesp, do Pimentalab e com apoio da LAVITS.

Descrição completa: https://trama.pimentalab.net/archives/31

Convocatória

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Diante das formas renovadas de produção de desigualdades, do consórcio explícito entre forças autoritárias e as dinâmicas de expropriação da vida e do território, promotoras da crescente militarização, gentrificação, despossessão e tristeza, lançamos perguntas-vinculantes: Como reativar uma possibilidade de inteligência coletiva? Como convocar saberes e práticas coletivas que nos permitam imaginar e disseminar alternativas a esse cenário? Como produzimos e sustentamos o Comum entre todos?

Texto completo da convocatória: https://trama.pimentalab.net/archives/26

O que são os Laboratórios do Comum?

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Falar em “laboratório” significa adentrar as disputas sobre os modos, locais e formas de produção de conhecimento. Há sempre uma política dos modos de conhecer.

Falar em “Comum”, substantivo, significa assumi-lo enquanto fundamento político e ontológico. Interessa-nos tanto investigar o Comum, como produzir e organizar esse modo de conhecer (laboratório) sob a lógica do Comum. Portanto, chamamos “Laboratório do Comum” a prática dessa dupla experimentação: simultaneamente cognitiva e política.

Texto completo: https://outraspalavras.net/cidadesemtranse/o-que-sao-os-laboratorios-do-comum/

Modos de fazer e conhecer, ética e política

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Os laboratórios de inovação social, no sentido que aqui estamos praticando, funcionam sob um complexo arranjo sociotécnico, simultaneamente simbólico e material, normativo e pragmático. Há uma política cognitiva que se manifesta numa ética e num conjunto de práticas e tecnologias relacionadas ao modo de conhecer. Há uma tecnopolítica que se realiza nas configurações das mediações técnicas da interação social. Há uma economia política, relativa ao regime de propriedade, posse e uso dos bens e recursos produzidos. Há uma política experimental que se realiza através de processos instituintes de novas comunidades. Em síntese, um laboratório de inovação social realiza-se com uma combinação de: abertura; colaboração; cuidado; mediação; documentação; infraestruturas; tecnologias; protocolos; comunidades; protótipos e produção do comum. Trata-se de uma trama com muitas camadas, e para que cada um desses elementos se efetive ele precisa ser atravessado pelos demais.

Texto completo: https://trama.pimentalab.net/archives/33

Programa inicial em Ação

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Apresentação: (03/10)

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(03/10) // 19h à 22h // O que pode ser um laboratório do comum e os problemas que nos situam no território: saber-fazer habitar contra o saber-poder governar.

Tecnopolíticas da vigilância, militarização e as dinâmicas da especulação no território: (10/10) e (19/10)

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  • (10/10) // 19h à 22h// Discussão e debate sobre o tema + elaboração da pesquisa-ação no território
  • (19/10) // 14h à 18h// pesquisa-ação no território

Formas de habitar, produzir vizinhança e lutas pelo bairro (24/10) e (02/11)

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  • (24/10) // 19h à 22h// Discussão e debate sobre o tema + elaboração da pesquisa-ação no território
  • (02/11) //14h à 18h// pesquisa-ação no território

Regimes de sensibilidade, memória e território de aprendizagem (07/11) e (23/11)

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  • (07/11) // 19h à 22h// Discussão e debate sobre o tema + elaboração da pesquisa-ação no território
  • (23//11) // 14h à 18h// pesquisa-ação no território

Oficina de encerramento: (30/11)

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(30/11)// 14h à 18h// oficina de encerramento


Preparação para o primeiro dia: Questões vinculantes: afetos e problemas do Comum

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Questionário elaborado para a preparação das atividades do primeiro dia. Ele foi enviado previamente aos participantes inscritos e selecionados.

Para que possamos organizar a atividade do dia solicitamos que os participantes respondam previamente ao encontro três perguntas num formulário online. São respostas curtas (máximo 2 tweets):

Para inspirar:

Isabelle Stengers, No Tempo da Catástrofe

"Nós, herdeiros de uma destruição, os filhos daqueles que, expropriados de seus Comuns, foram a presa não apenas da exploração, mas também das abstrações que faziam deles qualquer um, temos que experimentar o que pode recriar – “fazer pegar novamente”, como se diz das plantas – a capacidade de pensar e agir juntos.[...]

Essa experimentação é política, pois não se trata de fazer com que as coisas “melhorem”, e sim de experimentar em um meio que sabemos estar saturado de armadilhas, de alternativas infernais, de impossibilidades elaboradas tanto pelo Estado como pelo capitalismo. A luta política aqui, porém, não passa por operações de representação, e sim, antes, por produção de repercussões, pela constituição de “caixas de ressonância” tais que o que ocorre com alguns leve os outros a pensar e agir, mas também que o que alguns realizam, aprendem, fazem existir, se torne outros tantos recursos e possibilidades experimentais para os outros. Cada êxito, por mais precário que seja, tem sua importância.[...]

E precisamos, principalmente, do que testemunhas, narrativas e celebrações podem transmitir: a experiência que assina a produção de uma conexão bem-sucedida entre a política e a produção experimental, sempre experimental, de uma capacidade nova de agir e de pensar. Tal experiência é o que, no rastro de Espinosa e de muitos outros, eu chamarei de alegria.[...]

A alegria, poderíamos dizer, é a assinatura do acontecimento por excelência, a produção-descoberta de um novo grau de liberdade, conferindo à vida uma dimensão complementar, modificando assim as relações entre as dimensões já habitadas. Alegria do primeiro passo, mesmo inquieto. E a alegria, por outro lado, tem uma potência epidêmica. A alegria é transmitida não de alguém que sabe a alguém que é ignorante, mas de um modo em si mesmo produtor de igualdade, alegria de pensar e de imaginar juntos, com os outros, graças aos outros.


Questões:


1) Nesses tempos de catástrofes (social, política, ambiental, existencial...) como a vida na cidade afeta a sua vulnerabilidade? O que você sente como erosão, extração ou expropriação do que é Comum na vida urbana?

2) Como a sua precariedade te faz querer saber e experimentar no território?

3) Retomar nossa inteligência coletiva, fabricar bifurcações no presente. Como fazer-bairro? Qual saber-fazer-em-relação você desejaria inventar? Um arranjo socio-técnico e/ou corpóreo-sensorial e/ou estético-político e/ou cuidado-atenção e/ou de co-habitar e/ou de fazer-encontros e alianças, e/ou comunicação livre, e/ou de composição intra-espécies, e/ou de ruídos no regime binário de sexo-gênero, e/ou de neutralização dos necro-dispositivos racistas e dos tantos dispositivos da especulação que se apropriam de formas de vida produzidas no território, e/ou de nos mantermos vivos; ou outros.

Respostas

Tivemos 46 respostas. O arquivo com as perguntas e respostas anonimizadas está disponível neste link: https://trama.pimentalab.net/wp-content/uploads/2019/11/doc-publico-respostas-ao-questionario-online-v2.pdf

Roteiro Dia 1

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Roteiro do Dia – 3 de outubro de 2019

1.Abertura e roteiro do dia

2.Exercício de aproximação

3.Apresentação proposta do Laboratório do Comum

3.1 Origem da proposta

3.2 Sentidos do Comum

3.3 Laboratório e Protótipo

3.4 Do saber-governar para o saber-habitar

4.Programa em Ação – Protótipo do Laboratório

Dia-a-dia: encontros, pesquisa situada, campo, elaboração do protótipo

5.Experimentação de Afinidades e Perguntas

5.1 Baralho e nossos acordos

5.2 Mapeamento Afinidades

6.Fechamento

Link para Slides apresentados: https://trama.pimentalab.net/wp-content/uploads/2019/10/apresentacao-labcom-dia1.pdf

Roteiro Dia 2

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1. Dinâmica de aquecimento (10m)

2. Abertura e discussão (40m) + Discussão coletiva (15m).

3. Dinâmica sobre problemas/perguntas aglutinadoras para formação dos coletivxs investigativistas (5 de apresentação + 15m trabalho coletivo)

4. Discussão em grupo: redesenhar e/ou aprofundar a pergunta; pensar num exercicio de investigação para o sábado.

Resumo

Neste encontro tivemos uma discussão sobre as dinâmicas da securitização/militarização/vigilância do território assim como as novas formas de extração de valor via plataformas (como airbnb, quinto andar, ifood); Discutimos também algumas questões específicas sobre economia local, as relações estreitas entre legal-ilegal na produção de novos espaços de exclusão assim como novos consórcios público-privado de gestão do espaço, as formas de produção biopolíticas de subjetivação do medo e de individualização que degradam o tecido de confiança e nos fazem dependentes de dispositivos privatizadores/expropriadores da vida coletiva.

Problematizamos como o Comum é ameaçado continuamente, mas também algumas possibilidades de criação/retomada do Comum, sua visibilidade e sustentação. A partir dessa discussão, foram criados 4 coletivxs investigativistas conduzidos por 4 grandes temas. Suas fronteiras são muito frágeis, muitas coisas transbordam e transitam de um para o outro e pensar sobre essas fronteiras e seus trânsitos também nos pareceu importante.

Link para sistematização das discussão sobre os grandes temas: https://trama.pimentalab.net/wp-content/uploads/2019/10/transcricao-crafts-dinamica-formacao-grupos-dia3.pdf

Preparação para o terceiro dia: desenhar a pesquisa e organizar xs coletivxs

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Nosso desejo é que possamos iniciar uma experiência de pesquisa coletiva, trabalhando em grupos menores, onde podemos criar uma conversa-escuta mais atenta, e também construir formas de colaboração entre os grupos, de maneira a criar sinergias e evitar o desperdício da experiência. Os 4 grupos constituídos são trilhas de investigação sobre o Comum, cada qual abordando uma perspectiva mais específica.

Texto completo: https://trama.pimentalab.net/archives/102

Roteiro Dia 3: primeira saída a campo

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1.Apresentação sobre as dinâmicas da securitização/militarização/vigilância do território assim como as novas formas de extração de valor via plataformas (como airbnb, quinto andar, ifood); Discutimos também algumas questões específicas sobre economia local, as relações estreitas entre legal-ilegal na produção de novos espaços de exclusão assim como novos consórcios público-privado de gestão do espaço, as formas de produção biopolíticas de subjetivação do medo e de individualização que degradam o tecido de confiança e nos fazem dependentes de dispositivos privatizadores/expropriadores da vida coletiva (Henrique e Alana)

2. Apresentação do Acácio Augusto e Luanda Vannuchi

3. Discussão coletiva e dinâmica de formação dos grupos. Problematizamos como o Comum é ameaçado continuamente, mas também algumas possibilidades de criação/retomada do Comum, sua visibilidade e sustentação. A partir dessa discussão, foram criados 4 coletivxs investigativistas conduzidos por 4 grandes temas. Suas fronteiras são muito frágeis, muitas coisas transbordam e transitam de um para o outro e pensar sobre essas fronteiras e seus trânsitos também nos pareceu importante.

Arquivo com a sistematização do material produzido nos painéis craft: https://trama.pimentalab.net/wp-content/uploads/2019/10/transcricao-crafts-dinamica-formacao-grupos-dia3.pdf

Roteiro Dia 4: avaliação coletiva

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1-Aquecimento: Elixires do Laboratório de Afetos (do Coletivo EIA)

2-Síntese das anotações e contribuições recebidas nos PADs sobre a experiência do sábado (apresentação Henrique e Alana).

3-Coleta de impressões com uso de post-it em duas colunas (Dificuldades/Bloqueios X Experiência e aprendizados). Discussão coletiva sobre o processo da semana anterior: https://trama.pimentalab.net/wp-content/uploads/2019/10/registro-avaliacao-coletiva-sobre-campo1.pdf

4-Apresentação do Renato Abramo sobre o Forum Mundareu da Luz e Projeto Campos Elíseos Vivo.

5-Encaminhamentos: da pesquisa por problemas para a pesquisa por protótipos.

Roteiro Dia 5: proposição e seleção protótipos

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Nos reorganizarmos em torno da criação de protótipos, formando 3 sub-grupos.

O processo ainda é bem inicial e dá tempo de todxs subirem a bordo. Consideramos, todavia, que é importante manter o grupão caminhando junto, então, essas 3 linhas de trabalho seguirão perguntas/problemas comuns e teremos um mesmo espaço de práticas e encontros para o desenvolvimento dos protótipos nos próximos encontros.

Criamos um canal de comunicação para cada protótipo. Estamos usando o Riot para a troca mais ágil.

  • Cozinha Lab Tático
  • Midias Lab Móvel Lab
  • Cartografias do Comum

Sobre os Protótipos: é muito importante não perder de vista que os protótipos devem funcionar como dispositivos de pesquisa coletiva sobre o Comum. Ou seja, a construção do protótipo não é o objetivo em si, ele não é apenas uma intervenção-instalação mas um modo de ação que nos obriga a pensar-fazer-juntos, que dispare possibilidades de conhecimento e experimentação entre todxs.

Texto com descrição e reflexão sobre o processo: https://trama.pimentalab.net/archives/132

Roteiro Dia 6

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Com os protótipos já definidos e os sub-grupos também mobilizados para determinadas atividades, os mesmos trocaram informações no decorrer da semana (pelo Riot) a respeito da elaboração das ações. Nosso encontro foi na Casa do Povo, onde tivemos uma conversa com um dos curadores do ambiente a respeito da história de sua construção e o seu contexto de pós 2ª Guerra. Ou seja, a necessidade de preservação da tradição Judaica. E que vai além de uma estrutura que também oferece suporte a diversidade cultural (e local da Cidade de SP em Bom Retiro), mas como bem o define, é “ Um monumento vivo”, que mantém- se pelo fluxo de grupos heterogêneos que concomitantemente experimentam a si, o lugar e o mundo. Isto quer dizer, que foi um ambiente muito significativo e de grande relação com a proposta do Laboratório.

Em seguida, nos separamos nos respectivos grupos, formulando algumas perguntas para respondermos em conjunto.

Em uma mesa, colocamos o papel Kraft em que todxs escreviam suas sugestões.

Na conversa, houve a preocupação de um elo entre os protótipos e perguntas eram formuladas a partir dele.

“Como esses protótipos podem, de alguma forma conversar entre si? ”

“Quais são os Comuns que os protótipos querem tocar? ”

Não suprimir algumas questões importantes, que são além dos esforços para fazer acontecer o dia 30, é o fazer-junto, como criação de relação, experimentação e investigação.

Roteiro Dia 7: Como fazer-bairro?

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Nesse penúltimo encontro, realizado na ONG Ação Educativa, houve uma breve conversa entre todxs em círculo a respeito do andamento durante as semanas com os protótipos, pela qual as plataformas digitais foram de grande benefício - alguns não conseguiram se adequar ao Riot e migraram para plataformas convencionais. Entretanto, logo em seguida separaram-se em seus respectivos grupos para dar prosseguimento para tal.

Alguns grupos, como o "Comunique- se", trouxeram seus materiais e ideias para elaborarem o varal e a estrutura do lugar para acomodar os papéis, cartões, canetas, etc. Tendo que reelaborar algumas coisas, por alguns integrantes que não estariam mais presentes.

Cartografias do Comum, utilizaram-se apenas de um laptop e dos integrantes para compor suas ações para o dia 30.

Outro grupo, como o Cozinha- Experimentos, trouxeram mais pessoas para potencializar os saberes, compor os sabores e experiências, e assim alimentar relações. Utilizaram uma cartolina, para incluir os alimentos para compra, os que conseguissem na Xepa e os materiais necessários, para o fogo e a água.

Para finalização reuniram-se novamente em círculo, para ouvir o que os subgrupos planejaram e também para imaginar a visualização das três ações em conjunto na praça, realinhando informações e consensos básicos de horário do encontro final, comida, petiscos durante a ação, etc.

Texto com reflexão sobre o processo: https://trama.pimentalab.net/archives/142

Roteiro Dia 8: Conspira & Trama// Experimentos para a revolta que vem

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No dia 30/11 realizamos uma intervenção coletiva e experimentam com nossos protótipos num espaço público.

O lugar para alocar os protótipos, foi decidido ali na hora. Sabíamos que seria na Praça Olavo Bilac, mas não exatamente onde poderíamos ficar, pois uma feira aconteceria ali, e nosso ponto era incluir-nos a ela. No decorrer da manhã aos poucos os Comuneiros e amigxs iam chegando, somando vozes, se envolvendo entre os protótipos e dando corpo a eles.

Sendo assim, os trabalhadores da feira, passageirxs de um ônibus, de um carro esportivo, ou meros passageiros pelo local, logo percebiam e não disfarçavam, a surpresa, dúvida e espanto, ao ver um grupo de pessoas cozinhando, conversando, escrevendo cartas e observando mapas ao ar livre, ao lado de um ponto de ônibus.

Para nossa alegria, não ficaram somente nas observações distantes, mas se aproximaram e mesmo com certos receios, alguns permitiram quebrar o silêncio e aproximar o olhar distante, que a cidade nos impõem.

Alguns duvidaram e debocharam do fogo, que não acenderia; alguns criticaram a forma como a Cartografia fazia suas perguntas para as pessoas daquele bairro; E outros se perguntaram “Mas para quem irei mandar uma carta?”.

Tentativa e erro fazem parte do estar e fazer em comum. Não são fórmulas prontas, mas experimentações e investigação, de uma ciência aberta que não exclui, extermina ou bloqueia saberes não certificados ou legimitados, mas que convida a tecer as diversas partes para tramar o Comum.

Relato completo sobre a experiência do dia: https://trama.pimentalab.net/archives/144

Organizando: comunicação e documentação

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Proposta de uso e tecnologias para a documentação e comunicação geral e nos sub-coletivxs: https://trama.pimentalab.net/archives/105

Organizando: mediação e distribuição de papéis

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Baralho

Mediação e Distribuição de Papéis

DAMAS:

  • cuidado com o grupo
  • controle do tempo
  • obstruir violências
  • cuidar do ambiente
  • dissolver privilégios
  • cuidar do que é inegociável e das negociações de conflitos emergentes

VALETE:

  • implicação
  • compromisso com o processo coletivo
  • evitar o desperdicio da experiência
  • documentação

CORINGA

  • escudeiro da criação
  • estimula o melhor em nós
  • vai cuidar da linguagem e dos processos estéticos

AZES

  • função guerreira, lembrar sempre quem são os inimigos
  • o que incomoda o poder?
  • situação de combate que nós força a pensar?
  • cuidar para que os inimigos não sejam desencarnados.
  • como funcionam os dispositivos da extração/expropriações

SETES:

  • são os perguntadores/investigadores
  • farejadores, querem saber o que o poder esconde
  • espanta a certeza, a verdade, volta às boas perguntas sempre que possível

REI

  • patriarcado
  • dono, proprietário
  • expropriador
  • gerente da produtividade
  • o representante
  • o especialista

Pesquisa Coletiva

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Reportagens e notícias selecionadas

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  • Seleção de links:
  1. gentrificação: https://links.fluxo.info/bookmarks/polart/gentrifica%C3%A7%C3%A3o
  2. campos-eliseos: https://links.fluxo.info/bookmarks/polart/campos-eliseos

Mapas colaborativos e cartografias sociais

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Plano Diretor, Zoneamento e Projetos Urbanísticos

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Arquivos: https://cloud.pimentalab.net/index.php/s/LJHHcWHmKrCA6X2

GT Minhocão da PMSP: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2019/05/PMSP_GTI-PQ-MINHOCAO_RELATORIO-V7.pdf

Projeto Nova Luz: https://cloud.pimentalab.net/index.php/s/SrriZbMfP8g7Ncg

Grupos de Pesquisa

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Mobilização e organização social

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Rede institucional de Saúde e Assistência

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CRATOD, Complexo Prates, Programa De Braços Abertos, Programa Recomeço, Programa Redenção (...), AMA Sé, AMA Boracéa, CAPS Adulto Sé, CAPS Infantojuvenil Sé, CAPS AD Sé, SAE CTA/AIDS Campos Elíseos, Unidade Básica de Saúde, Centro de Acolhida Praça Princesa Isabel, Morada Nova Luz, Tenda...

Coletivxs Corpo, Saúde, Cuidado

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  • Rede arte (in)comum - www.facebook.com/redearteincomum

Direito à Àgua

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Água para todxs! O direito a beber água na rua: https://www.youtube.com/watch?v=EsPpfCZPBhQ

Catadores e Reciclagem

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Projeto de lei que prioriza catadores no tratamento de resíduos sólidos em São Paulo: http://wikihelou.com.br/p/2-gerenciamento-de-residuos-solidos/

Dados Poluição

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  • ETEC Doutora Maria Augusta Saraiva - Rua Guaianases, 1385 - Campos Elíseos, São Paulo - SP, 01204-001.
  • ETEC Santa Ifigênia
  • Escola Estadual João Kople
  • Escola Estadual Fidelino de Figueiredo
  • Escola Estadual Conselheiro Antonio Prado
  • Escola Estadual Caetano de Campos Consolacao
  • ETEC SEBRAE - Alameda Nothmann, 598 - Campos Elíseos, São Paulo - SP, 01216-000

Alimentação

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  • Grupos que mantem comedouros populares e filantrópicos
  • Redes locais de consumo
  • Empreendimentos solidários de alimentação

Atelier, Oficinas, Marcenarias

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R. Dr. Carvalho de Mendonça, 174 - Campos Elíseos https://www.facebook.com/gomaoficina

Companhias de Teatro

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BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas - Notas para uma teoria performativa de assembleia. Ed Civilização Brasileira, 2018.

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