Oficina de Investigação Filosófica
I Ementa
[editar | editar código-fonte]- As complexas relações entre educação, saber e poder.
- O que significa experiência?
- O pensar como experiência e filosofia.
- A experiência pedagógica moderna: objetificação da experiência e infância.
- Experiência e subjetividade.
II Fundamentação
[editar | editar código-fonte]Parte-se do pressuposto de que a investigação filosófica na educação pode contribuir com a assunção de uma postura investigativa dos profissionais em formação em relação a concepções e práticas educativas (pedagógicas ou não), bem como com a reflexão crítica relativa ao conhecimento, à vida social e em relação a si mesmos. Esse pressuposto está diretamente ligado à noção de experiência do pensar a ser tomada como elemento central da disciplina, envolvendo os participantes em situações de elaboração, colocação e investigação de problemas conceituais relacionados à educação de uma perspectiva filosófica.
A idéia é, portanto, a de que na disciplina se possa vivenciar a experiência do pensar como investigação reflexiva, crítica e criativa, levando-se em conta conceitos problemáticos acerca da prática filosófica e da prática educativa. Essa experiência deve envolver tanto a problematização e reflexão de situações vividas como de leituras específicas, além da produção coletiva e individual detextos (filosóficos) orais e escritos.
III Objetivos
[editar | editar código-fonte]- Vivenciar a experiência do pensar como investigação filosófica na educação, considerando alguns conceitos problemáticos no campo educativo.
- Perceber e compreender a Filosofia como possibilidade prática no campo da investigação em Educação.
- Refletir sobre o valor e o sentido da experiência do pensar na educação e na constituição da subjetividade, dialogando com alguns autores da história da Filosofia.
IV Conteúdo programático
[editar | editar código-fonte]1 De onde vim? (Educação, mundo, escola e experiência do pensar) 1.1 Da criança ao adulto e o caminho inverso 1.1.1 Aprender, escola, disciplina, autoridade 1.2 Ignorância e sabedoria: perguntar e calar
2 Quem sou? (filosofia, subjetividade e experiência do pensar) 2.1 “Conhece-te a ti mesmo” – a experiência da pergunta e do diálogo desde Platão 2.2 “Penso, logo existo” - a experiência da dúvida, da análise e da reflexão desde Descartes 2.3 “A verdade é um batalhão de metáforas mortas” - a experiência da criação desde Nietzsche 2.4 A experiência do pensar desde Deleuze
3 Para onde vou? (filosofia na educação: aspectos filosófico-pedagógicos) 3.1 Educação e escola 3.2 Educação e subjetivação: ser e devir 3.3 Ser e ser professor sendo 3.3.1 Ensinar, escola, disciplina, autonomia
V Bibliografia
[editar | editar código-fonte]CHAUÍ, M. de S. Convite à Filosofia. 7. ed. São Paulo: Ática, 2000.
DELEUZE, G. Diferença e Repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. 2. ed. São Paulo: DIFEL, 1973.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. 14. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
HEIDEGGER, M. Que é isto – a filosofia? In: Conferências e escritos filosóficos. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
KOHAN, W. O.; LEAL, B.; RIBEIRO, Á. A Filosofia na Escola Pública. Petrópolis: Vozes, 2000.
______. Infância. Entre Educação e Filosofia. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
LARROSA, J. O enigma da infância ou o que vai do impossível ao verdadeiro. In: Pedagogia Profana. Belo Horizonte: Autêntica, s/d.
NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Cia das Letras, 1992.
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Brasília: UnB, 1995.
RANCIÈRE, J. O mestre ignorante. Belo Horizonte: Autêntica, 2002/1985.