Portal:Êxodo Urbano/Encontro 4

Fonte: Wikiversidade

Presentes:

Carlão, julia, cecília foz, drebs, tati, fred, rosalina, aline, analú e rafa.

Na reunião fizemos um exercício de levantar idéias para nossa terrinha e foi levantada a possibilidade de se alugar uma casa em alguma região um pouco mais afastada de sampa e consequentemente mais barata e com mais espaço para aqueles que quiserem morar ou utilizar para atividades pontuais, uma espécie de fase transitória até realmente arranjarmos uma terrinha. Para a casa foi pensado de já ser um local mais rural do que urbano, com espaço externo para plantar e para as crianças.

Possíveis locais levantados para se alugar a casa (podem surgir novos, acrescentem): embú das artes, ibiúna, parelheiros, bragança, atibaia (tem trem campo limpo paulista px), itapecerica, juquitiba, bragança (um integrante tem um amigo político legal por lá). Vamos levantar prós e contras de cada local, assim como média de aluguel, tipos de terreno, tem mata e água próximos? Foi pensado no transporte, que saída da anhanguera é melhor que raposo e fernão.

Também se pensou que caso achemos uma casa dessas num valor pequeno para vender, também pode ser um projeto intermediário antes da terrinha ao invés de pagar aluguel.

Pensamos em fazer uma lista separada do que gostaríamos para essa casa transitória e a terra e no fim vimos que as atividades e espaços que sonhamos seriam quase a mesma coisa para as duas histórias, e eventualmente algumas não vão ser possíveis nesse momento.

Idéias levantadas pelo grupo:


Convivência:[editar | editar código-fonte]

  • Reuniões periódicas para discussão de vivência coletiva.
  • Cada um participa do projeto que interessa dentro do todo.
  • Divisão de trabalho e manutenção da casa: limpar casa, consertar pequenos reparos, etc.
  • Podemos ter projetos comuns a todis, como horta.
  • Acordo de colaboração como compartilhar carro, ferramentas, etc. Dentro daquilo que as pessoas se sentirem confortáveis. E como resolver quando algo quebrar, com a divisão de consumo da gasolina por exemplo.
  • Buscar comunidade local para compra de insumos, troca e vivências, buscar a chepa dos produtores e feiras.
  • Pensar na comida cozinha/organização. Os estilos e escolhas variam, seria legal pensar um jeito de se conjugar.

Projetos:[editar | editar código-fonte]

  • Laboratório de fitoterápicos, bruxaria, cerveja, destilação, cosméticos, etc.
  • Cozinha para produção de produtos artesanais como pesto, pão, salgados, cerveja, etc.
  • Sala de leitura/biblioteca.
  • Salão para atividades como yoga, reuniões, evento mensal.
  • Quartos individuais para pessoas/casal que forem morar no espaço.
  • Quarto conjunto para as crianças e armários para guardar roupas, brinquedos, etc.
  • Alojamento para quem contribui e quer estar eventualmente presente, também para visitantes.
  • Sala de música/estúdio, artes e costura.
  • Escritório tranquilo e organizado para aqueles que trabalham com computador, pesquisa, etc.
  • Redário.
  • Horta, com comestíveis, plantas medicinais, plantas comestíveis não convencionais (PANC's), ruderais, plantas de poder.
  • Atividades no local para geração de renda para as pessoas que quiserem, como oficinas de permacultura, alimentação consciente, bioconstrução, saúde, horta, comunicação não violenta, aquecimento solar, energia solar. Sendo que quem participar da organização decide sobre valores e divisão da grana, sempre pensando em reverter algo para o espaço. Pensar e viabilizar a participação de pessoas do entorno/comunidade. Ou seja atividades para geração de renda, mas também para capacitação de pessoas.
  • Grupos de estudo saúde, bioconstrução, etc (permanentes)
  • Escola, grupo de estudos de pedagogia e leis. Educação/Escola democrática.
  • Atendimentos terapêuticos / sala de cura, para atendimentos de comunidade de fora da casa/sítio.
  • Intimidade para discutir os conflitos.
  • Tomada de decisão por consenso (o livro creating a life together traz algumas boas reflexões sobre isso, como por exemplo que muitas vezes “vence” no consenso quem tem mais paciência e menos sono).
  • Local de fogueira, violão, música, dança e celebração. Tenda de temaskal.
  • Cachoeira, banhos sem ser no chuveiro. Hot Tube fora, sauna.
  • Espaço/sala de conflitos.
  • Marcenaria / Galpão, laboratório de experimentos.
  • Local para educação e brincadeira das crianças.

Pontos para serem bem discutidos:[editar | editar código-fonte]

  • Animais. Ter animais demanda um trabalho diário e muita responsabilidade, também tem o trabalho de limpeza e manutenção que tem que ficar claro quem vai fazer e como. Também existem pessoas alérgicas a gatos por exemplo. Como conciliar sem ninguém ficar desconfortável e de forma a evitar problemas como maus tratos, abandono e futuros conflitos.
  • Silêncio e horários.
  • Divisão para fazer refeições de forma otimizada. De repente combinar uma refeição do dia ser feita em forma de rodízio para todis.
  • Cuidado compartilhado das crianças, só os pais dividem a tarefa? Todo mundo? É voluntário? Fazemos uma formação para aqueles que gostariam mas não tem conhecimento/jeito para isso? Quais as necessidades de um núcleo cuidador.

Infra estrutura necessária:[editar | editar código-fonte]

  • Internet.
  • Quartos individuais/casal para todis.
  • Fogão/forno industrial.



Foi pensado num primeiro momento pensar na viabilização financeira do aluguel independente das atividades que pretendemos no local, mas pouco a ir transformando para que o espaço seja autosustentável nas contas.

O pessoal pensou que seria uma boa a casa ser um espaço de aprendizado prático antes do êxodo, onde poderíamos compartilhar nossas habilidades e conhecimento. E tanto a casa, quanto o sítio serem um espaço de encontro e articulação para formas de vida coletiva e bem viver (saúde, agricultura e felicidade).

Foi conversado bastante sobre o trabalho com espiritualidade do local. Como preservar isso nos espaços coletivos, pois sair da cidade tem muito a ver com a reconexão com a natureza e com a espiritualidade. É importante o olhar das pessoas para preservar e cultivar o espaço do silêncio, conversar sobre horários. De repente ser for necessário um espaço um pouco mais afastado do local de dormir, para as pessoas poderem conversar e fazer outras atividades sem interferir nesse espaço de silêncio. Podemos pensar em construir esse local da espiritualidade com algo que o grupo achar conveniente, uma sala, um altar, um laguinho para reflexão, ... E mesmo que alguém do grupo não acredite naquilo, que se tenha respeito pela crença do outro.

Conversamos um pouco sobre o consumo de bebidas, drogas e como esses entendimentos podem ser diferentes, e que no fundo o uso abusivo é uma questão a ser discutida em grupo. Foi dado o exemplo da Casa Jaya que não vende álcool (uma proteção extra), e também uma festa em uma casa coletiva que tiveram pessoas que eram amigos de amigos e que uma pessoa teve que ser expulso porque tava “causando”, foi identificado que os amigos ou aqueles que entendem o projeto costumam respeitar o espaço e as pessoas. E que o consumo de uma cerveja caseira costuma ser bem diferente de outras bebidas.

Foi falado também sobre o espaço ser bonito ter um design pensado estético/funcional, pois isso reflete nosso animo, nossa felicidade, nos inspira e faz feliz. Beleza dá áurea/egrégora.

Pensamos que já temos que ir pensando na nossa formalização como grupo ou para compra da terra, ou para qualquer outra coisa. Vamos começar a fazer uma pesquisa séria? Talvez já começar a ver algum advogada/o e contador/a amigui.

Algumas pessoas já manifestaram interesse nesse projeto da casa intermediária, e outras já falaram que para já não rola.

E por fim, começar um passo de cada vez, focar primeiro uma coisa, e depois ir evoluindo.