Portal:Formação Intermediária/Língua Portuguesa/Origens e história da Língua Portuguesa
A Língua Portuguesa desenvolveu-se na parte ocidental da Península Ibérica a partir do latim falado trazido pelos soldados romanos desde o século III AEC.. A língua começou a diferenciar-se das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano e das invasões bárbaras no século V d.C. e passou a ser utilizada em documentos escritos em cerca do século IX DEC, e no século XV DEC já se tinha tornado uma língua com uma rica literatura.
As conquistas romanas
[editar | editar código-fonte]Chegando à Península Ibérica em 218 AEC, os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, da qual descendem todas as línguas românicas. O idioma foi propagado pelos soldados romanos, colonizadores e comerciantes, que construíram cidades romanas principalmente perto dos assentamentos de civilizações anteriores. Mais tarde, os habitantes das cidades da Lusitânia e resto da Península Ibérica romanizada foram reconhecidos como cidadãos de Roma.
O controle romano da parte ocidental da Hispânia não foi consolidado até as campanhas de Augusto em 26 AEC. Embora os territórios ao sul do rio Tejo só foram conquistados após a vitória do Licínio Crasso, no ano 93 AEC, muito poucos traços das línguas nativas persistem em Português moderno. Depois de 200 anos de guerras primeiro com os cartagineses e depois com os habitantes locais, o imperador Augusto conquistou toda a península, que foi nomeado Hispania. Ele, então, dividido em três províncias: Hispânia Tarraconense, Baetica Hispânia e Lusitânia, a última incluindo a maior parte do Portugal moderno. No século III, o imperador Diocleciano dividiu Tarraconensis em três, criando a província adjacente de Gallaecia, que geograficamente incluia a parte restante de Portugal e a moderna Galiza (na região noroeste da Espanha).
Invasões bárbaras
[editar | editar código-fonte]Entre 409 DEC e 711 DEC, enquanto o Império Romano entrava em colapso, a Península Ibérica foi invadida por povos de origem germânica, conhecidos historicamente como bárbaros. Estes bárbaros (principalmente os Suevos e os Visigodos) absorveram rapidamente a cultura e língua romanas da península; contudo, devido ao encerramento das escolas romanas, o latim evoluiu sozinho. Como cada tribo bárbara falava o latim de maneira diferente, a uniformidade da península levou à formação de línguas bem diferentes (galaico-português ou português medieval, espanhol e catalão). Acredita-se, em particular, que os suevos sejam responsáveis pela diferenciação linguística dos portugueses e galegos quando comparados com os castelhanos. É, ainda, na época do reino Suevo que se configuram os dias da semana proibindo-se os nomes romanos. As invasões deram-se em duas ondas principais: a primeira com penetração dos chamados bárbaros e a assimilação cultural romana. Os "bárbaros" tiveram uma certa "receptividade" a ponto de receber pequenas áreas de terra. Com o passar do tempo, seus costumes, língua, etc. perderam-se, porque não havia uma renovação do contingente de pessoas e o seu grupo era em número reduzido. Uma segunda leva foi mais lenta, não recebeu terras e foi constituída por grandes números de pessoas devido à proximidade das terras ocupadas com as fronteiras internas do Império Romano.
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