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A vírgula é um sinal gráfico de pontuação representado por ,. E tem como função indicar uma pausa e separar membros constituintes de uma frase.
Emprega-se vírgula:
• Para isolar aposto e vocativo: Ex: Maria, Pedro, meu namorado, ligou?
Erros quando a ordem é direta
[editar | editar código-fonte]- Não pode haver vírgula entre sujeito e predicado:
"O supervisor, distribuiu as tarefas" - ERRADO
- Não pode haver vírgula entre o verbo e seus complementos:
"Os alunos refizeram, todos os textos" - ERRADO
- Não pode haver vírgula entre o nome e o complemento nominal ou adjunto adnominal:
"A extração, do dente foi dolorosa" - ERRADO
Entre os termos da oração
[editar | editar código-fonte]- separar termos coordenados da mesma função e assindéticos, ainda que sejam repetidos Observação : havendo e entre os dois últimos termos, suprime-se a vírgula
- separar vocativos e o nome do lugar nas datas
- indicar inversões:
- do adjunto adverbial (se o adjunto for de pequena extensão, torna-se dispensável o uso da vírgula)
- do complemento pleonástico antecipado
- indicar intercalações:
- de expressões explicativas, continuativas e conclusivas
- do adjunto adverbial ou aposto (menos o especificativo)
- da conjunção
- indicar, às vezes, elipse do verbo (Ele virá hoje; eu, amanhã)
Em período composto
[editar | editar código-fonte]- para separar as orações coordenadas assindéticas (sem conectivos)
- para separar as orações coordenadas sindéticas, quando os sujeitos das duas orações forem diferentes
- Observação :ver os casos específicos do e
- para separar as coordenadas adversativas. É bom saber que não se pode usar vírgula depois do mas e que, quando porém, contudo, todavia, no entanto e entretanto iniciarem a frase, poderão ou não ser seguidos de vírgula. Essas últimas conjunções sempre terão uma vírgula antes e outra depois quando estiverem intercaladas no período
- para separar as coordenadas sindéticas alternativas em que haja as conjunções ou....ou, ora.....ora, quer....quer, seja......seja
- para separar as coordenadas sindéticas conclusivas (logo, pois, portanto). O pois com valor conclusivo (= portanto) sempre deve vir entre vírgulas
Ex.: Não era alfabetizado; não podia, pois, ter carta de habilitação
- para separar as coordenadas sindéticas explicativas (Não fale assim porque estamos ouvindo você)
- para separar as adverbiais reduzidas e as adverbiais antepostas ou intercaladas na principal
- para separar as orações consecutivas
- isolar as subordinadas adjetivas explicativas. As restritivas, geralmente não se separam por vírgula. Podem terminar por vírgula em casos de ter certa extensão ou quando os verbos se sucedem. Entretanto nunca devem começar por vírgula. (O rapaz, que tinha o passo firme, resolvei o problema / O aluno que estuda, aprende)
Vírgula antes do e
[editar | editar código-fonte]- não se emprega nas enumerações do tipo das seguintes:
Ex.: Comprei um livro e um caderno / Fui ao supermercado e à farmácia
- usa-se quando vier em polissíndeto
Ex.: E fala, e resmunga, e chora, e pede socorro.
- a vírgula separa elementos com a mesma função sintática, exceto se estiverem ligados pela conjunção e:
Ex.: O João, o Antônio, a Maria e o Joaquim foram passear.
- pode-se usar a vírgula se os sujeitos forem diferentes
Ex.: Eles explicam seus pontos de vista, e a imprensa deturpa-os.
- se o e assumir outros valores que não o aditivo, cabe o emprego de vírgula
Ex.: Responderam à mãe, e não foram repreendidos (adversidade)
Mudança de sentido
[editar | editar código-fonte]Uma vírgula fora do lugar já muda completamente o sentido da frase. Observe:
- José, Maria e o cãozinho Sweetie foram passear.
- José Maria e o cãozinho Sweetie foram passear.
Na frase 1 diz que Maria, José e o Sweetie foram passear, já na segunda diz que José Maria saiu sozinho com o Sweetie para passear.