Profilaxias das diabetes mellitus

Fonte: Wikiversidade

Entenda um pouco sobre esta patologia[editar | editar código-fonte]

A diabete trata-se de uma alteração na tolerância (aumento) na taxa de glicose observada no sangue. Mesmo sendo a principal fonte de energia do nosso organismo, em excesso torna-se um fator de alto risco à saúde quando não tratada adequadamente, podendo assim desenvolver problemas de visão, disfunção renal, lesões de difícil cicatrização, em algumas situações até mesmo a amputação de membros, dentre outras sérias disfunções. Os três principais sintomas desta doença formam uma chamada tríade composta pelas seguintes características:

Poliúria – aumento do volume de urina;

Polidpsia – sensação de boca seca e sede, levando ao aumento no consumo de líquidos;

Polifagia – aumento de apetite.

Mesmo sem um tratamento definitivo – a cura, o indivíduo com esta doença, fazendo o uso dos medicamentos disponíveis até então para o tratamento corretamente, consegue ter uma satisfatória qualidade de vida e saúde.

Diabetes Mellitus tipo I[editar | editar código-fonte]

O próprio sistema imunitário ataca as células β destruindo-as, resultando na deficiência completa de insulina. Desde então é preciso a aplicação diária de insulina através do uso de seringa e agulha, caneta de insulina ou bomba de insulina.

Caneta de insulina.
Seringa e agulha utilizada na aplicação da insulina.


Tipos de Insulina Insulina Ultra-lenta

Ação - Demorada Forma de administração - Costuma ser indicada para uso noturno tendo seu uso complementado por insulinas de ação rápida durante o dia.

Insulina Lenta

Ação – Intermediária (sua ação é obtida por meio de substâncias que retardam sua absorção pelo organismo). Duração – Consideravelmente boa Forma de administração - Deve ser combinada a outras insulinas de ação mais rápida, ampliando assim seu espectro de ação.

Insulina Regular

Ação – Rápida (è usada para complementar o uso de outras com ação mais lenta) Duração - Curta Forma de administração - Utilizada em situações de emergência, como em cirurgias, coma e crises de cetoacidose, um tipo de desregulação extrema do metabolismo que tem como característica marcante o cheiro de acetona na respiração do paciente.

Insulina NHP

Ação – Intermediária Duração – Consideravelmente boa Forma de administração – É parecida com a Insulina lenta, pois também possui substância que ajudam a retardar sua absorção pelo organismo.

Insulina Lispro (ou Aspart)

Ação – Ultra-rápida Duração – Curta Forma de Administração – São indicadas nas coberturas de refeições e combinadas com outras insulinas de ação mais lenta, auxiliando no controle do diabetes, na rotina diária.

Insulina Glargina

Este novo tipo de insulina possui em sua produção um tipo de tecnologia, na qual é realizada a recombinação do DNA, o que faz com que tenha a mesma segurança da insulina humana.

Duração – longa e estável Formas de administração - É permitida uma única aplicação diária. Em alguns casos, no entanto, torna-se necessário o uso combinado com outros tipos de insulina. Seu uso reduz o risco de hipoglicemias, pois não possui picos de ação.

Vale lembrar que a necessidade de insulina é diferente para cada diabético e somente pode ser prescrita pelo médico, que vai adequar o tipo de insulina, a dose a ser usada e horário de acordo com a idade do paciente, tipo físico, alimentação, estilo de vida e tipo de atividade física.

Diabetes Mellitus tipo II[editar | editar código-fonte]

Neste tipo de diabetes ainda não completamente elucidado, parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão. O tratamento é realizado à partir de hipoglicemiantes orais. Esses medicamentos podem agir aumentando a secreção de insulina ou melhorando a ação da insulina

Tipos de comprimidos:

Sulfoniluréias

Ação -estimular a produção de insulina

Clorpropamida – Diabinese Glibenclamida – Daonil, euglucon, glibenclamida ( genérica ) Glipizida – Minidiab

Biguanidas

Ação – Melhoram a resistência a insulina

Metformina – Glifage glucoformim, dimefor, metformina ( genérica )

Inibidores da Alfa-glicosidase

Ação – Diminuição de absorção de carboidratos

Acarbose – Glucobay

Metiglinidas

Ação - Estimulação da secreção pancreática de insulina

Repaglinida – Novonorm Prandim Gluconorm Nateglinida – Starlix

Glitazonas

Ação - Aumentam a sensibilidade à insulina no tecido muscular

Rosiglitazona – Avandia Pioglitazona – Actus

Nestes casos também é imprescindível o acompanhamento médico, a automedicação pode causar risco á saúde do paciente e até a morte do mesmo.

Referências[editar | editar código-fonte]

Biofísica para ciências biomédicas, 3ed. Porto Alegre,EDIPUCRS 2008.

Farmacologia Básica e Clínica, 5ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan 1992.

Diabetes mellitus: Uma abordagem simplificada para profissionais de saúde,São Paulo, Atheneu 1997