Tecnicas Construtivas - UC Materiais

Fonte: Wikiversidade

UC Unidade Curricular Materiais e Técnicas

Revisão para a Prova A1 a ser realizada na semana de 09-10 a 11-10

Fico a disposição para tirar dúvidas.

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Prova A2 - Roteiro de estudos e trabalhos para a Unidade Curricular de Materiais e suas Técnicas

Vou colocar os assuntos das aulas e vou solicitar uma tarefa em cada aula. Veja Qualidade - Técnicas - Prova A2

Aula do dia 20/10/2017 - assunto: Qualidade nas Obras

Aula do dia 20/10/2017 - assunto: Alvenarias de Vedação

Aula do dia 27/10/2017 - assunto: Armaduras para Concreto Armado

Aula do dia 10/11/2017 - assunto: Concreto Usinado

Aula do dia 17/11/2017 - assunto: Telhados

As tarefas deverão ser enviada para o email do Prof. Paulo Marcotti e terão o valor de 0,1 ponto a cada tarefa enviada. As tarefas serão postadas em cada página da aula correspondente.

Prova A1 - Roteiro de estudos e trabalhos para a Unidade Curricular de Materiais e suas Técnicas

Vou colocar uma série de textos e onde podem ser aprofundados.

Basicamente eu segui as seguintes referências:

BORGES, Alberto de Campos, Prática das Pequenas Cnstruções. Volume I. 9ª Edição Revista e Ampliada. São Paulo: Blucher, 2009.

Este livro tem inúmeros exemplares na biblioteca. Sugestão, retirem para o estudo para a prova. Eu mesmo tenho a 6ª edição de 1972 e utilizo.

BOTELHO, Manoel Henrique Campos. Concreto Armado eu te amo, para arquitetos. 2ª Edição. São Paulo: Blucher, 2011.

Este livro tem inúmeros exemplares na biblioteca. Sugestão, retirem para o estudo para a prova.

BAIA, Luciana Leonel Maciel, SABBATINI, Fernando Henrique. Projeto e Execução de Revestimento de Argamassa. São Paulo: O Nome da Rosa, 2002.

Este livro tem inúmeros exemplares na biblioteca. Sugestão, retirem para fazer um resumo.

PIANCA, João Baptista. Manual do Construtor. Porto Alegre: Globo, 1977. Este livro é bem antigo. Algumas informações serão enviadas no texto para os alunos.

SOUZA, Roberto de, MEKBEKIAN, Geraldo. Qualidade na Aquisição de Materiais e Execução de Obras. Sinduscon, Sebrae, PINI.



Os assuntos abordados nas aulas foram:

  • Visita preliminar ao terreno
  • Documentação para início das obras
  • Fundações
  • Argamassas
  • Concreto Armado
  • Formas
  • Armaduras
  • Alvenarias
  • Telhados



Estes assuntos serão tratados neste resumo (de maneira mais ou menos abrangente). Direcionando o estudo dos estudantes.

Ler o capítulo 1 (Chegada e apresentação do cliente) e capítulo 2 (Visita ao terreno) do livro Borges (2009).

Fazer um resumo manuscrito e individual desses capítulos.



O estudante deve focar nos procedimentos básicos que permitem estimar com uma precisão razoável as dimensões da obra e características do terreno e vizinhança.

Também deve entender e incluir no resumo a base e um levantamento planialtimétrico do terreno.

Para avaliar as dimensões de um terreno o engenheiro deve medir os lados do terreno. Se o terreno tiver um formato não regular, além dos 4 lados precisa medir uma ou duas diagonais. Caso o terreno seja muito alongado deve fazer 2 medidas dividindo o terreno, veja a figura 2-3 do liro do Borges na pág. 6.



Para a documentação o engenheiro deve consultar a subprefeitura local. Faça uma relação, citando as restrições mais comuns a serem observadas em uma obra residencial.

Na elaboração dos anteprojetos as informações já levantadas são necessárias. A subprefeitura exige que o engenheiro entre com alguns documentos para a obtenção do Alvará de Construção. Elabore uma relação simplificada dos documentos necessários. Estas informações podem ser avaliadas no capítulo 4 do Borges (2009) sobre o Projeto Definitivo.

O HABITE-SE é um procedimento que deverá ser observado antes da entrega da obra para seus futuros ocupantes. Para obtenção do HABITE-SE, na Prefeitura Municipal de São Paulo, são necessários alguns documentos. Elabore uma relação dos documentos exigidos. Estas informações podem ser avaliadas no capítulo 4 do Borges (2009) sobre o Projeto Definitivo.



Existe um filme interessante da série Mãos a Obra que descreve o início de uma obra, solicitação de água para consumo e para a obra, preparação básica do terreno, construção de um banheiro e armazenagem de materiais para a obra. Este vídeo resume o capítulo 5 do Borges (2009) sobre o Início da Obra.

Veja o link:

https://www.youtube.com/channel/UCIupg-hduIR57O94IH5Ek0Q/feed

em especial o programa 2 e o programa 3. Nao precisa fazer resumo desta parte.

Não precisa fazer resumo do Capítulo 5 do Borges "Início da obra", mas para iniciar uma obra residencial, precisa providenciar água para consumo, ou emprestada de um vizinho ou pedir a ligação da concessionária do município. Borges também cita que se deve fechar (murar) a obra, e montar um barracão para guarda de materiais e segurança.



Ainda precisa limpar o terreno, tirar o mato, arbustos, vegetação superficial e a camada superficial de solo, que tem material orgânico em decomposição. Esse material provoca uma baixa de resistência e recalques diferenciais na obra (poderiam provocar fissuras ou rachaduras na edificação). Desmatamento é uma retirada de vegetação de maior porte e mata densa ou mata menos densa, podendo ser desmatamento leve ou pesado. Algumas vezes, precisa usar ferramentas mais pesadas como tratores, motosserras fazendo o destocamento ou encovairamento, necessitando queimar e remover.

Todos estes procedimentos precisam ter autorização expressa da prefeitura.



Os alicerces de uma obra residencial são o assunto do capítulo 6 do Borges (2009). Veja as classificações usuais, transcreva no trabalho a árvore de classificação. Caso não reconheça algumas das classificações, faça uma pesquisa na web. So precisa conhecer a árvore dos diversos tipos de alicerce (veja a imagem na pág. 51 do Borges).



Elabore um pequeno resumo sobre argamassas. Utilize o livro do Sabbatini sobre Argamassas, que existe na biblioteca física.

Argamassa é uma mistura homogênea de agregados miúdos (geralmente areia), cal e cimento, que com a presença de água com aditivos ou não, tem propriedades de trabalhabilidade, aderência e endurecimento.

As argamassas podem ser utilizadas em:

  • assentamento de alvenaria
  • chapisco
  • emboço
  • reboco

A argamassa para assentamento de blocos ou tijolos das alvenarias de vedação. São compostas de cal e areia, com traço aproximado de 1:3, utilizando cal hidratada e produzida industrialmente, devido a dificuldade de jazida de onde possa se extraída cal virgem. Também existe argamassa pronta para comprar e adicionar água apenas.

O aglomerante das argamassas pode ser cal ou cimento.

A cal como aglomerante da argamassa é a mais indicada. A cal é chamada de cal virgem, quando existe uma jazida de cal perto da obra e pode ser extraída e utilizada (tem propriedades melhores que a cal hidratada, mas é muito difícil encontrar cal virgem). A cal é chamada de cal hidratada ou cal aérea, aquela que é usualmente comprada em lojas de materiais para construção.

Mas a utilização de cimento normalmente não é recomendada, pois existem os seguintes problemas:

  • a trabalhabilidade da argamassa com cimento é pior do que a da argamassa com cal
  • a utilização de cimento na argamassa, fica uma argamassa muito rica, que pode produzir microfissuras que prejudica a imperbeabilização
  • a água de amassamento da mistura é retida por mais tempo quando é utilizada cal, permitindo maior resistência da argamassa de cal
  • se a argamassa secar muito rápido vai provocar o aparecimento de fissuras

Um bom resumo sobre argamassas, veja em http://costa.orgfree.com/DICASCON/TabelaArgamassas.htm e em http://www.demc.ufmg.br/tec3/Apostila%20Argamassas%20-%20TEC%20III.pdf e em https://www.passeidireto.com/arquivo/18965663/aula---argamassas



A vantagem de adição do agregado miúdo à pasta:

  • Barateita o custo
  • Diminui a retração
  • Facildata a passagem do anidrido cabônico do ar, que produz recarbonação de cálcio

Características das Argamassas, ou condições que uma boa argamassa deve satisfazer:

  • Resistência mecânica
  • Compacidade
  • Impermeabilidade
  • Aderência
  • Constância de volume
  • Durabilidade

Tipos de Argamassa

  • Básica ou Cheia
  • Rica
  • Pobre

Argamassa Básica ou Cheia: A pasta enche completa e exatamente os vazios da areia, ou seja, o volume de pasta de aglomerante puro é igual ao volume de vazios da areia utilizada. Esta é mais econômica, tem boa resistência e dilatação mínima.

Argamassa Rica: A quantidade de pasta é superior ao volume de vazios da areia, ou seja, o volume de pasta excede o espaço disponível entre os grãos de areia. Pelo excesso de aglomerante, haverá maior dilatação com surgimento de trincas e redução de resistência.

Argamassa Pobre: A quantidade de pasta é inferior ao volum de vazios da areia, sobrando espaço vazio que será preenchido apenas por água. O aglomerante ficará coberto, não colado e a argamassa será mais fraca.



Madeiras e Formas

O madeiramento usado em formas para lajes, vigas e pilares é discutido no capítulo 8 de Borges (2009, pág. 95). Faça um pequeno resumo sobre os componentes das formas: pontaletes, sarrafos, cunhas, assoalho, tábuas, vigas, barrotes, caibro, cintas e gravatas. Também verifique os materiais a serem utilizados como madeira serrada, laminada colada, madeira recomposta, MDF, chapas compensadas, maderit plastificado ou resinado.

Veja o link: Qual a diferença entre MDF, MDP, aglomerado, compensado e OSB Gabriela Perdomo arquitetura e interiores



Considerações Gerais sobre as madeiras utilizadas em obras civis

Madeiras: peroba, garapeira, pinho,

Madeiras (softwood)

Madeiras folhosas (hardwood)

As madeiras duras (coníferas) e mais resistentes do que as madeira moles (dicotiledôneas)

Veja os links:

http://globalwood.com.br/classes-de-resistencia-da-madeira/

http://www.mundoflorestal.com.br/mediawiki/index.php?title=Con%C3%ADferas_e_Folhosas



A água sai da madeira por evaporação à superfície, processo que é alimentado pela água que vem do interior da massa da madeira através de migração. A primeira água a sair é a água livre que se encontra nos espaços vazios das células. A saída da água é muito maior nas secções transversais, ou seja nos topos das peças, do que nas superfícies laterais, cantos e faces das peças de madeira.

Um fator condicionante da qualidade da secagem é o de manter um equilíbrio entre a água que é evaporada nas superfícies e a que vai chegando às superfícies por migração. Se a evaporação é muito intensa, as camadas perto da superfície ficam muito mais secas do que as camadas que se encontram mais para o interior, dando origem ao que se designa por gradientes de teor em água. Se a evaporação for mais lenta do que a migração não há inconveniente para a qualidade, mas se esta diferença for muito significativa é porque o processo de secagem da madeira virgem não está otimizado, ou seja, não está aproveitando o potencial de secagem disponível e a secagem vai demorar muito mais tempo do que seria possível.

O teor em água da madeira é definido com base no peso anidro da madeira, através da expressão

H (%) = (( PH - P0 ) / P0 ) * 100

onde,

H representa o teor em água da madeira,

PH representa o peso da madeira com o teor em água indicado por H, e

P0 representa o peso da mesma amostra depois de completamente seca a 0% de teor em água, o que se consegue por uma permanência prolongada numa estufa a 103ºC.

Na prática esta expressão dá a quantidade de água que existe numa determinada massa de madeira anidra, ou seja, completamente seca.

Esta é a forma de avaliar o teor em água, definida em todas as normas nacionais, Europeias e internacionais.

Para efeitos práticos interessa registar alguns marcos correspondentes a determinados valores do teor em água, ou seja:

  • Madeira verde H > 30% (água livre + água ligada)
  • Madeira com teor em água do ponto de saturação das fibras PSF de 25% a 35% (água ligada)
  • Madeira comercialmente seca H < 18%
  • Madeira seca H entre 10% e 14%
  • Madeira no estado anidro H = 0%

O elevado teor de água da madeira, acima dos 20% e até a quase saturação de água do interior dos espaços vazios (entre 25% e 35%), são condições muito favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos responsáveis pela degradação biológica da madeira, vulgarmente designada por podridão. A podridão, ou o seu início, têm um efeito devastador sobre as obras em madeira, pois comprometem desde cedo o comportamento mecânico e, depois de iniciado, o processo de degradação tende a prosseguir mesmo com significativa diminuição das condições de humidade mais favoráveis. Os microrganismos da degradação têm inicialmente necessidade de humidade para se desenvolverem, mas depois de iniciado o desenvolvimento há mecanismos de captura da pouca humidade do ar. Num ambiente em que a madeira em bom estado de conservação esteja em equilíbrios de cerca de 14% (medidos com um aparelho elétrico), as madeiras já em degradação apresentam teores em água acima dos 25%.



A madeira perde ou absorve água do seu interior para o ambiente. Esse processo é regulado pela quantidade de água contida na madeira e pelas condições do meio ambiente. Ao valor do teor de água correspondente ao ponto de equilíbrio ou teor de água de equilíbrio.

Umidade de equilíbrio da madeira (UE) = 12% para um ambiente com umidade de 65% segundo a NBR 7190 (tabela 7).

As madeiras duras (coníferas) NÃO SÃO MAIS RESISTENTES do que as madeira moles (dicotiledôneas). Obs.: o termo conífera é a tradução correta para a palavra em inglês “softwood”, enquanto que folhosa é a tradução correta para a palavra “hardwood”. Traduzir softwoods como madeiras macias e hardwoods como madeiras duras não é correto já que tanto entre as coníferas como entre as folhosas existem madeiras duras e madeiras macias. Veja o link http://www.mundoflorestal.com.br/mediawiki/index.php?title=Con%C3%ADferas_e_Folhosas

Coníferas: As coníferas são chamadas de madeiras moles, pela sua menor resistência, menor densidade em comparação com as dicotiledôneas.

A NBR 7190 orienta que se for utilizada uma espécie de madeira não conhecida, devem ser realizados ensaios para a caracterização das da resistência:

  • resistência de compressão paralela às fibras
  • resistência à tração paralelas às fibras. Mas quando não for possível determinar laboratorialmente a resistência à tração uniforme, a resistência à tração paralela às fibras pode ser adotada igual a resistência à tração na flexão.
  • resistência de cisalhamento paralelo às fibras
  • densidade básica
  • densidade aparente

Estas observações sobre a umidade da madeira foram retiradas de

http://www.hms.civil.uminho.pt/events/utmadeira2005/9_00t.pdf




Assuntos para tratar depois da Prova A1

Pedra, pedregulho, agregado graúdo ou cascalho, matacão Areia, agregado miúdo Cimento Armaduras Alvenarias Telhados