Tecnoceno, virada cibernética e conflitos cosmotécnicos

Fonte: Wikiversidade

Sobre[editar | editar código-fonte]

Disciplina eletiva do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo.

Professor Responsável: Prof. Dr. Henrique Zoqui Martins Parra.

contato: henrique.parra [arroba] unifesp.br

Período e Carga Horária[editar | editar código-fonte]

Local: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Quando: 1° semestre de 2023, 12 sessões às quintas-feiras, 9:30hs às 12:30hs.

Carga horária total: 90 horas, 6 créditos

Como participar[editar | editar código-fonte]

As aulas acontecerão às quintas-feiras (9:30-12:30hs) presencialmente no Campus da EFLCH (Guarulhos) e num ambiente virtual sincrônico para os participantes externos que deverão participar ativamente no ambiente virtual. Os pós-graduandos externos à Unifesp poderão acompanhar o curso remotamente com presença obrigatória nas aulas síncronas no ambiente virtual. Nossa expectativa é ampliar as possibilidades de participação, porém mantendo a centralidade do curso no aprendizado coletivo, na discussão e interação sincrônica entre as presentes (físicos e virtuais). Portanto, a dimensão remota do curso não pretende massificar seu acesso. Para que possamos manter um bom nível de interação síncrona entre os partícipes (presenciais e retomos), limitaremos o número de estudantes externos ao PPGCS, os quais serão selecionados conforme o edital de matricula (veja no link abaixo):

  • Estudantes do PPGCS: matrícula regular para o curso presencial na EFLCH.
  • Estudantes ouvintes podem participar das aulas (presenciais e remotas). Todavia, temos um limite de pessoas para não sobrecarregar o espaço e garantir boas condições de fala para todes participantes. Para acompanhar/participar voluntariamente envie um email para henrique.parra [arroba] unifesp.br

Ementa[editar | editar código-fonte]

Na confluência dos estudos sociais em ciência e tecnologia (ESCT) e da teoria política (TP), a disciplina abordará um conjunto de problemas relacionados à tripla crise que enfrentamos: epistêmica (mutações no regime de verdade), política (erosão das instituições democráticas) e socioambiental (mudança climática). Nas últimas 3 décadas acompanhamos profundas transformações nos modos de exercício do poder, nas formas de produção de conhecimento e seus regimes de verdade, nos modos de subjetivação e ação política, através da crescente mediação das tecnologias digitais e cibernéticas em diversas esferas da vida. Divisores modernos que organizaram parte do mundo humano (relação tempo-espaço, público-privado, trabalho-não-trabalho, local-global, natureza-cultura, representantes-representados, experts-amadores, cientistas-leigos) passam por novas tensões e composições graças ao colapso de contexto multiescalar e às hibridizações provocadas pela crescente mediação cibernética. No Tecnoceno - como Hermínio Martins nomeia a atual ordem técnica do mundo – as tecnologias de informação digital são responsáveis por uma profunda tecnomorfia produzida na confluência do capitalismo, da tecnociência, da financeirização, da militarização e do extrativismo. Em seu livro Brutalismo, Achille Mbembe indica a necessidade de pensarmos esse cenário a partir do devir-artificial da humanidade, diante do aprofundamento das forças de extração, calculabilidade e conversão do vivo em recurso. Como a crescente mediação digital-cibernética da vida humana, a governamentalidade e personalização algorítmica se relacionam ao fortalecimento dos modos de subjetivação que amplificam as formas de vida neoliberal? Que relações podemos estabelecer entre a dataficação, a metafísica informacional, as mutações no regime moderno de autoridade científica e fenômenos como a pós-verdade? Como as tecnologias de comunicação digital, suas infraestruturas físicas, softwares e protocolos participam das reconfigurações nas formas de exercício do poder e nos arranjos entre atores estatais e corporativos? Quais as tensões e sentidos que a noção de soberania adquire diante de fenômenos como o colonialismo digital e as formas atualizadas de extrativismo? Como problemática estruturante nos perguntamos tanto sobre a configuração dos novos regimes cibernéticos e suas tecnologias de extração - impulsionadas pela pandêmia de Covid19 - como o que poderia ser também uma perspectiva tecnopolítica decolonial que percorra as reflexões alternativas às imaginações do "progressismo" e do "solucionismo tecnológico" que apresentam-se como horizonte da governamentalidade do capitalismo pós-pandêmico.

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Geral

  • Investigar as mutações dos modos de exercício do poder, nos regimes de conhecimento e modos de subjetivação, a partir da crescente mediação das tecnologias digitais-cibernéticas, sob uma perspectiva multiescalar dos conflitos, limites e possibilidades de transição societal no Antropoceno/Tecnoceno.

Específicos

  • Analisar as reconfigurações nos modos e técnicas de exercício do poder no contexto da crescente mediação cibernética e algorítmica.
  • Refletir sobre a trama saber-poder-tecnologia nos regimes de verdade (produção do real e verdadeiro) no presente e nos cenários futuros sob disputa.
  • Investigar a relação entre as transformações sociotécnicas e as mudanças nas dinâmicas de mediação e representação política, bem como nas relações de autoridade e poder institucional;
  • Analisar as tensões e possibilidades de um pluralismo técnico contra-hegemônico reivindicado por coletividades que interrogam a monocultura tecnocientífica.

Avaliação[editar | editar código-fonte]

  • Seminários: cada estudante ficará responsável por apresentar brevemente algumas questões de um texto selecionado para discussão em sala. Não se trata do habitual "seminário de texto/autor". Esperamos que as/os participantes façam uma breve intervenção dialogando com os argumentos centrais do texto (aprox. 10 minutos), mas principalmente, criando 2-3 questões disparadoras para nossa discussão em sala (+ 5 minutos). A idéia é que essas questões ajudem a relacionar o texto com temas/problemas que estamos vivenciando.
  • Cada estudante deverá escolher um tema/problema abordado no curso e desenvolver um artigo-ensaio. O corpo do texto deverá ter entre 12.000 a 15.000 caracteres (incluindo espaço). A idéia é que os trabalhos finais possam ser reunidos em uma publicação coletiva ao final do curso.
  • Frequência (mínima 75%).

Textos disparadores[editar | editar código-fonte]

Cronograma e Programa de Leituras[editar | editar código-fonte]

Aula 1 - 23 de março: Apresentação e Organização do Curso[editar | editar código-fonte]

  • Apresentação do curso e participantes
  • Organização e metodologia de trabalho

Leitura sugerida do texto que deu origem a organização dessa edição do curso:

PARRA, Henrique Z.M. Da tecnopolítica às lutas cosmotécnicas: dissensos ontoepistêmicos face à hegemonia cibernética no Antropoceno. In. KLEBA,J. ; CRUZ,C.; ALVEAR, A. (org). Engenharias e outras práticas técnicas engajadas : diálogos interdisciplinares e decoloniais. Campina Grande: EDUEPB, 2022. Disponivel em: https://www.pimentalab.net/wp-content/uploads/2022/08/Tecnopoliticas_Lutas_Cosmotecnicas_Henrique_Parra_2022.pdf

Aula 2 - 30 de março: Virada Cibernética e Informatização[editar | editar código-fonte]

SANTOS, Laymert Garcia. A Informação após a Virada Cibernética. IN. Revolução Tecnológica, Internet e Socialismo. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2003. Disponível em: https://bibliotecadigital.fpabramo.org.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/286/revolucao_tecnologica_internet_e_socialismo.pdf

MATTELARD, Armand. Sociedade do Conhecimento e Controle da Informação e da Comunicação. Conferência proferida na sessão de aberta do V Encontro Latino de Economia Política da Informação, Comunicação e Cultura, realizado em Salvador, Bahia, Brasil, de 9 a 11 de novembro de 2005. Disponivel em: https://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/sociedade_do_conhecimento_e_controle_da_informacao_e_da.pdf

Complementar

MARTINS, Herminio & GARCIA, J.L. A Hegemonia cibertecnológica em curso: uma perspectiva crítica. IN. MARTINHO, Teresa.D & GARCIA, J.L. (orgs) Cultura e Digital em Portugal. Lisboa: Ed. Afrontamento, 2013. (disponivel no drive virtual).

MARTINS, Hermínio. The Metaphysics of Information: The Power and the Glory of Machinehood. Revista Lusófona de Ciência Política e Relações Internacionais, 2005, 1, 165-192.

Aula 3 - 6 de abril: Tecnoceno e Tecnopolítica[editar | editar código-fonte]

¿Antropoceno, Tecnoceno o Capitaloceno? Algunos marcos para pensar el tiempo de la crisis climática: https://www.elsaltodiario.com/atenea_cyborg/antropoceno-tecnoceno-capitaloceno-algunos-marcos-pensar-tiempo-crisis-climatica

COSTA, Flavia. Tecnoceno: algoritmos, biohackers e novas formas de vida. Buenos Aires: Taurus, 2021. (Ver a Introdução - disponivel no drive)

HORNBORG, Alf, A. (2015). The Political Ecology of the Technocene: Uncovering Ecologically Unequal Exchange in the World-System. In C. Hamilton, C. Bonneuil, & F. Gemenne (Eds.), The Anthropocene and the Global Environmental Crisis: Rethinking Modernity in a New Epoch (pp. 57-69). Routledge. (disponivel no drive).

Complementar

MARTINS, Hermínio. The technocene : reflections on bodies, minds, and markets. New York: Anthem Press, 2018 (Cap.1 The Technocene - disponivel no drive).

CERA, Agostino. The Technocene or Technology as (Neo)environment («Techné: Research in Philosophy and Technology», 21:2-3 (2017), pp. 243-281. DOI: 10.5840/techne201710472).

Aula 4 - 13 de abril: Tecnologias Digitais e Neoliberalismo[editar | editar código-fonte]

TIQQUN. A Hipótese Cibernética (disponivel no drive).

STROM, Timothy. Capital y cibernética. New Left Review, n.135, julio-agosto 2022. (disponivel no drive).

Complementar

ZUBOFF, S. Big Other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma civilização de informação. In: BRUNO, F. et al (org.). Tecnopolíticas da vigilância: perspectivas da margem. São Paulo: Boitempo, 2018. https://lavits.org/wp-content/uploads/2020/09/Tecnopoliticas-da-vigilancia_miolo_download.pdf

PARANÁ, Edemilson. A Finança Digililizada. Capitalismo Financeiro e revolução informacional. Ed. Insular. 2016 (veja capitulo 4. A finança digitalizada. Informatização a serviço da dominância financeira).

HAN, Byung-Chul. Psicopolítica - o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Belo Horizonte: Editora Ayine, 2018.

Aula 5 - 20 de abril: Dataficação e Regime de Verdade[editar | editar código-fonte]

Texto principal RICAURTE, Paola (2019) Data epistemologies, the coloniality of power, and resistance. Television & New Media 20(4): 350–365. (há uma versão em espanhol no drive do curso).

Textos recomendados

GÓMEZ-CRUZ, E., RICAURTE, P. & SILES, I. (2023). Descolonizando los métodos para estudiar la cultura digital: una propuesta desde Latinoamérica. Cuadernos.info, (54), 160-181. https://doi.org/10.7764/cdi.54.52605

VAN DIJCK, J. Datafication, dataism and dataveillance: Big Data between scientific paradigm and ideology. Surveillance & Society. v. 12, n. 2, p. 197-208, 2014: DOI: https://doi.org/10.24908/ss.v12i2.4776

LEMOS, A. (2021). Dataficação da vida. Civitas: Revista De Ciências Sociais, 21(2), 193–202. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2021.2.39638

Leitura Complementar:

DIJCK, J. van. (2017). Confiamos nos dados? As implicações da datificação para o monitoramento social. MATRIZes, 11(1), 39-59. https://www.revistas.usp.br/matrizes/article/view/131620 ou https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v11i1p39-59

CESARINO, Letícia. Pós-Verdade e a Crise do Sistema de Peritos: uma explicação cibernética. Ilha – Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 23, n.1, p. 73-96, 202.

VAN DIJCK, J. NIEBORG, D. POELL, T. Plataformização. Revista Fronteiras – estudos midiáticos, v. 22, n. 1, 2020. https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/fem.2020.221.01

A Sociedade da Plataforma: entrevista com José van Dijck: https://digilabour.com.br/a-sociedade-da-plataforma-entrevista-com-jose-van-dijck

Aula 6 - 27 de abril: Individuação e Regimes de Subjetivação: saberes e poderes[editar | editar código-fonte]

Texto principal ROUVROY, A. & BERNS, T. Governamentalidade algorítmica e perspectivas de emancipação: o díspar como condição de individuação pela relação? Revista Eco-Pós. v.18, n.2, Dossie Tecnopolíticas e Vigilância. p.36-56, 2015. https://revistas.ufrj.br/index.php/eco_pos/article/view/2662/2251

Complementar

BRUNO, Fernanda; RODRIGUEZ, Pablo. The Dividual: Digital Practices and Biotechnologies. https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/02632764211029356?journalCode=tcsa

BRUNO, Fernanda, BENTES, Anna, & FALTAY, Paulo. Economia psíquica dos algoritmos e laboratório de plataforma: mercado, ciência e modulação do comportamento. Revista FAMECOS, 26(3), e33095, 2019. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.3.33095

INTRONA, L. D. Algorithms, Governance, and Governmentality: On Governing Academic Writing. Science Technology and Human Values, v. 41, n. 1, p. 17–49, 2016.

LURY, Celia and DAY, Sophie (2019) Algorithmic personalization as a mode of individuation. Theory, Culture & Society. DOI: 10.1177/0263276418818888.

RODRIGUEZ, Pablo Manolo. Las Palabras en las Cosas: Saber, poder y subjetivación entre algoritmos y biomoléculas. Editorial Cactus, Buenos Aires, 2019.

Aula 7 - 4 de maio: Infraestruturas, extrativismo e conflitos ontológicos[editar | editar código-fonte]

Com a presença do convidado Sebastian Lehuedé

LEHUEDÉ, S. (2022). Territories of Data: Ontological Divergences in the Growth of Data Infrastructure. Tapuya: Latin American Science, Technology and Society. https://doi.org/10.1080/25729861.2022.2035936

MEZZADRA, Sandro & NEILSON, Brett (2017): On the multiple frontiers of extraction: excavating contemporary capitalism, Cultural Studies, DOI: 10.1080/09502386.2017.1303425

Big Tech’s New Headache: Data Centre Activism Flourishes Across the World: https://blogs.lse.ac.uk/medialse/2022/11/02/big-techs-new-headache-data-centre-activism-flourishes-across-the-world/

Complementar

BRODIE, Patrick. 2020. Climate extraction and supply chains of data. Media, Culture and Society 42 (7-8): 1095-1114. https://doi.org/10.1177/0163443720904601

HOGAN, M. (2015). "Data Flows and Water Woes: The Utah Data Center." Big Data & Society, 2(2), https://doi.org/10.1177/2053951715592429

Evento: Cryptorave: 5 e 6 de maio[editar | editar código-fonte]

Programação em construção: https://www.cryptorave.org

Aula 8 - 11 de maio: Big Data, Inteligência Artificial e Colonialismo Digital[editar | editar código-fonte]

Matteo Pasquinelli e Vladan Joler. Manifesto Nooscopio – Inteligência Artifical e Extrativismo do Conhecimento: http://lavits.org/o-manifesto-nooscopio-inteligencia-artificial-como-instrumento-de-extrativismo-do-conhecimento/?lang=pt

Kate Crawford e Vladan Joler: Anatomia de um sistema de inteligência artificial: o Amazon Eco como mapa anatômico de trabalho humano, dados e recursos planetários: https://www.comciencia.br/anatomia-de-um-sistema-de-inteligencia-artificial/

Complementar

Nick Couldry and Ulises A. Mejias. Data Colonialism: Rethinking Big Data’s Relation to the Contemporary Subject. Television & New Media, 1–14, 2018, https://doi.org/10.1177/1527476418796632

Dan McQuillan. Resisting AI. An Anti-​fascist Approach to Artificial Intelligence. Bristol: Bristol University Press, 2022

MILAN, Stefania; TRERÈ, Emiliano. Big Data a partir do Sul/ dos Suis: uma matriz analítica para investigar dados nas margens. Revista Fronteiras – estudos midiáticos 24(3):109-122 setembro/dezembro 2022. Unisinos – doi: 10.4013/fem.2022.242.10 https://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/26004/60749411

Aula 9 - 18 de maio: Soberania e Políticas Tecnológicas[editar | editar código-fonte]

GALDON, Gemma. ¿Soberanía tecnológica? Democracia, datos y gobernanza en la era digital. http://lab.cccb.org/es/soberania-tecnologica-democracia-datos-y-gobernanza-en-la-era-digital/ Acesso em 29/05/2017

HACHÉ, Alex (org). Dossier Soberanía Tecnológica 1 (pp.4-19): https://www.ritimo.org/IMG/pdf/dossier-st1-es.pdf

PADILLA, M. & HACHE, Alex (2017). Soberania Tecnologica 2 (ler Prefácio e Introdução pp. 3–14). https://sobtec.gitbooks.io/sobtec2/content/es/

Complementar

COUTURE, S., & TOUPIN, S. What Does the Notion of “Sovereignty” Mean when Referring to the Digital? New Media & Society, 21(10), 2305–2322, 2019. https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=3107272

Süß, Rahel. The right to disidentification: Sovereignty in digital democracies. Constellations. 2022;1–17. DOI: 10.1111/1467-8675.12626

BRATTON, B. H. (2015). The Stack: On Software and Sovereignty. Cambridge: MIT Press.

Aula 10 - 25 de maio: Tecnopolíticas Terranas[editar | editar código-fonte]

LATOUR, Bruno. Onde aterrar: como se orientar politicamente no antropoceno. Ed.Bazar do Tempo, 2020.

Complementar:

LEMMENS, Pieter; BLOK, Vincent; ZWIER, Jochem. Toward a Terrestrial Turn in Philosophy of Technology. Techné: Research in Philosophy and Technology. Volume 21, Issues 2–3 (2017).

STIEGLER, Bernard & translated by Daniel Ross (2020) NOODIVERSITY, TECHNODIVERSITY, Angelaki, 25:4, 67-80, DOI: 10.1080/0969725X.2020.1790836

Evento: FIB#13 - Fórum da Internet no Brasil[editar | editar código-fonte]

Mais informações: https://forumdainternet.cgi.br/

Aula 11 - 1 de junho: Cosmotécnicas e Futuros Tecnológicos[editar | editar código-fonte]

Com a presença do convidado Juan David Reina-Rozo

REINA-ROZO, Juan David. Futuros, especulaciones y diseños para otros horizontes posibles. Volumen 20, número 51, enero-abril, 2023, pp. 195-221. DOI: https://doi.org/10.29092/uacm.v20i51.974

HUI, Y. Tecnodiversidade, São Paulo: Ed.UBU, 2020 (ler Capitulo 1: Cosmotécnica como Cosmopolítica).

Complementar

Entrevistas com Yuk Hui:

“A tecnodiversidade implica em pensar divergências no seio do desenvolvimento tecnológico”. Entrevista com Yuk Hui: https://www.ihu.unisinos.br/602272-a-tecnodiversidade-implica-pensar-divergencias-no-seio-do-desenvolvimento-tecnologico-entrevista-com-yuk-hui

“Uma nova compreensão da tecnologia poderia ter um efeito transformador”. Entrevista com Yuk Hui: https://www.ihu.unisinos.br/603881-uma-nova-compreensao-da-tecnologia-poderia-ter-um-efeito-transformador-entrevista-com-yuk-hui

RAMOS; BAUWES; EDE; WONG (eds). Cosmo-local. Published by Futures Lab. 2021.

Aula 12 - 8 de junho: Apresentação dos Projetos e Avaliação Final[editar | editar código-fonte]

  • Apresentação do esboço do trabalho final
  • Discussão e avaliação coletiva sobre o percurso

Bibliografia inicial[editar | editar código-fonte]

BRATTON, B. H. (2015). The Stack: On Software and Sovereignty. Cambridge: MIT Press.

BENJAMIN, Ruha (editor). Captivating technology: race, carceral technoscience, and liberatory imagination in everyday life. Durham: Duke University Press, 2019.

BRODIE, Patrick. 2020. Climate extraction and supply chains of data. Media, Culture and Society 42 (7-8): 1095-1114. https://doi.org/10.1177/0163443720904601

CESARINO, Letícia. Pós-Verdade e a Crise do Sistema de Peritos: uma explicação cibernética. Ilha – Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 23, n.1, p. 73-96, 2021.

CONTY, Arianne Françoise. 2018. The politics of nature: new materialist responses to the anthropocene. Theory, Culture & Society 35 (7-8): 73-96. https://doi.org/10.1177/0263276418802891

COSTA, Flavia. Tecnoceno: algoritmos, biohackers e novas formas de vida. Buenos Aires: Taurus, 2021.

COUTURE, S., & TOUPIN, S. What Does the Notion of “Sovereignty” Mean when Referring to the Digital? New Media & Society, 21(10), 2305–2322, 2019.

HOGAN, M. (2015). "Data Flows and Water Woes: The Utah Data Center." Big Data & Society, 2(2), https://doi.org/10.1177/2053951715592429

HORNBORG, Alf. Nature, Society, and Justice in the Anthropocene. Ed. Cambridge, 2019.

HUI, Y. Tecnodiversidade, São Paulo: Ed.UBU, 2020.

LEHUEDÉ, S. (2022). Territories of Data: Ontological Divergences in the Growth of Data Infrastructure. Tapuya: Latin American Science, Technology and Society.

LURY, Celia and DAY, Sophie (2019) Algorithmic personalization as a mode of individuation. Theory, Culture & Society. DOI: 10.1177/0263276418818888.

MARRES, Nootje. Why we can’t have our facts back. Engaging Science, Technology and Society, [s.l.], v. 4, p. 423-443, 2018.

MARTINS, Hermínio. The technocene: reflections on bodies, minds, and markets. New York: Anthem Press, 2018.

MBEMBE, Achille. Brutalismo. São Paulo: N-1, 2021.

MEZZADRA, Sandro & NEILSON, Brett (2017): On the multiple frontiers of extraction: excavating contemporary capitalism, Cultural Studies, DOI: 10.1080/09502386.2017.1303425

MIROWSKI, Philip. Hell is truth seen too late. Boundary 2 46:1 (2019). DOI 10.1215/01903659-7271327

MUELLER, M. L. (2020). Against Sovereignty in Cyberspace. International Studies. Review, 22(4), 779–801.

PADILLA, M. (2017). Technological Sovereignty: What Are we Talking About? In Technological Sovereignty Vol. 2 (pp. 3–14).

PARRA, Henrique Z.M. Da tecnopolítica às lutas cosmotécnicas: dissensos ontoepistêmicos face à hegemonia cibernética no Antropoceno. In. KLEBA,J. ; CRUZ,C.; ALVEAR, A. (org). Engenharias e outras práticas técnicas engajadas : diálogos interdisciplinares e decoloniais. Campina Grande: EDUEPB, 2022.

RAMOS; BAUWES; EDE; WONG (eds). Cosmo-local. Published by Futures Lab. 2021.

RICAURTE, Paola (2019) Data epistemologies, the coloniality of power, and resistance. Television & New Media 20(4): 350–365.

RODRIGUEZ, Pablo Manolo. Las Palabras en las Cosas: Saber, poder y subjetivación entre algoritmos y biomoléculas. Editorial Cactus, Buenos Aires, 2019.

STIEGLER, Bernard. Bifurcate: there is no alternative. London: Open Humanities Press, 2021.

TSING, Anna. On non scalability. Common Knowledge 18:3. 2012. DOI 10.1215/0961754X-1630424.

ZUBOFF, Shoshana. The age of surveillance capitalism: the fight for the human future at the new frontier of power. Nova Iorque: Public Affairs Books, 2018.