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A acne é uma enfermidade genético-hormonal inflamatória dos folículos pilossebáceos da face, das costas e tórax, cuja expressão clínica é dependente de vários fatores. Caracterizada inicialmente pela presença de comedão ou “cravo”, pápulas e pústulas. É umas das doenças de pele com maior predominância, atinge cerca de 80% dos adolescentes, causando alterações físicas e significante stress emocional, podendo persistir ou iniciar também na fase adulta. Sua freqüência maior na adolescência se dá pelo aumento dos níveis de hormônios sexuais,o que causa aumento da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas.[1]

FISIOPATOLOGIA

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A fisiopatologia da acne pode ser dividida em quatro pilares da patogênese:

  • Comedogênese
Folículo Piloso

Comedão são folículos pilosos aumentados e cheios de sebo, formando uma massa de células mortas e queratina em seu interior, que abrem ou não para a superície da pele.[2]

  • Produção de sebo

As glândulas pilossebáceas sofrem uma modificação para o processo de formação da acne. Ocorre a hipertrofia da glândula decorrente da ação androgênica, não necessariamente levando à formação de acne, mas criando condições para a formação do cômedo, pois oclui o óstio ductal, impedindo a drenagem do sebo normalmente produzido pela glândula e favorecendo a comedogênese. [3]

  • Colonização bateriana

A produção de sebo retida pelo cômedo oclusivo propicia a colonização principalmente bacteriana pelo Propionibacterium acnes.

  • Processo inflamatório

O aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, libera algumas substâncias que levam ao processo inflamatório característico das espinhas, levando a um meio propício para as bactérias se desenvolverem. [4]

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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O diagnóstico da acne é clínico e se estabelece por lesões localizadas principalmente na face, dorso e tórax. No processo de desenvolvimento a acne adquire diversas formas, representadas a seguir em grau de desenvolvimento e gravidade:

TIPOS DE LESÃO

  • Comedão: Lesão mais característica da acne, podendo ser fechado, tendo aspecto esbranquiçado, ou aberto, de cor enegrecida devido a oxidação das gorduras e aumento da deposição de melanina, vulgarmente conhecidos como cravos.
  • Pápula: Lesões eritematosas e sólidas, que podem ocorrer ao redor dos cômedos, o que indica atividade inflamatória da doença.
  • Pústula:É a evolução da pápula, podem ser superficiais ou profundas. São folículos do pelo inflamados, multiplicando as bactérias, que atraem células de defesa liberando substâncias que causam irritação e vermelhidão, elevando a pele que fica cheia de pus.
  • Nódulo: São infecções maiores dos folículos pilosos que se estendem mais profundamente na pele, formando caroços duros, profundos e inchados ao redor. Estes geralmente drenam secreções purulentas e deixam cicatrizes.
  • Cicatriz:É a conseqüência natural das lesões inflamatórias, ou o resultado da manipulação das lesões pela destruição das células

germinativas localizadas na região mediana do folículo. [5] [6]

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA

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O quadro clínico da acne vulgar pode ser dividido em inflamatório e não inflamatório, conforme as lesões predominantes, sendo elas graduadas de I a V.

Acne grau I, não inflamatória ou comendoniana, apresenta predomínio de cômedos.

Acne grau II, inflamatória, predomínio de lesões pápulo-pustulosas além dos cômedos.

Acne grau III, inflamatória, presença de nódulos e cistos.

Acne grau IV, inflamatória, uma forma severa da doença com múltiplos nódulos inflamatórios, formação de abscessos e fístulas.

Acne grau V, inflamatória, grave, de instalação abrupta, acompanhada de manifestações sistêmicas (febre, leucocitose e artralgia).

[7]

TRATAMENTO TÓPICO

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O tratamento tópico tem papel importante em todos os pacientes com acne. Os produtos prescritos mais freqüentemente são os antibióticos em associação a outros agentes como peróxido de benzoíla, ácido retinóico, ácido salicílico.[8]

  • Peróxido de benzoíla
  • Ácido retinóico
  • Ácido salicílico
  1. HERANE, M. I. Actualizacão terapêutica em acne vulgaris. Rev. Lat.Dermatol. Ped. v. 3, p. 5-19, 2005.
  2. http://www.ebah.com.br/acne-doc-a17575.html
  3. http://www.ebah.com.br/acne-doc-a17575.html
  4. FreedBerg IM, Eisen AZ, Wolf K, Austein KF, Goldsmith LA, Katz SL. Fitzpatrick’s dermatology in general
  5. Rivitti EA, Sampaio SAP. Dermatología. 2a. ed. São Paulo: Artes Médicas; 2000.
  6. Sá CMD. Acne: tratamento atualizado. São Paulo: EPUB; 2002.
  7. Brenner,F.M.;Rosas,F.M.B.;Gadens,G.A.;Sulzbach,M.G.;Carvalho,V.G;Tamashiro,V.ACNE: UM TRATAMENTO PARA CADA PACIENTE. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 15(3):257-266, maio/jun., 2006
  8. Brenner,F.M.;Rosas,F.M.B.;Gadens,G.A.;Sulzbach,M.G.;Carvalho,V.G;Tamashiro,V.ACNE: UM TRATAMENTO PARA CADA PACIENTE. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, 15(3):257-266, maio/jun., 2006