Utilizador:Annacapelli/Redação hipertextual

Fonte: Wikiversidade

Tarefa 1

Matéria escolhida: "Enquadrado", do UOL


  1. O primeiro hiperlink da matéria leva a outra reportagem do UOL, detalhando a prisão de Marcola, publicada uma semana antes. O uso do hiperlink explica-se pois a matéria para a qual somos direcionados traz conteúdo e informações que servem como complementares, fornecendo ao leitor dados sobre os acontecimentos anteriores, o que permitirá uma contextualização do que está sendo apresentado na reportagem “Enquadrado”.
  2. O próximo link redireciona o leitor para o mesmo endereço que o anterior - a reportagem de 14 de fevereiro que aborda os custos ao Estado para manter Marcola preso em Porto Velho. A repetição do destino do hiperlink pode se tratar de uma tentativa de garantir o acesso do leitor àquela informação, mas não existe realmente a necessidade de incluir dois redirecionamentos para a mesma matéria, especialmente tão próximos - o que acaba produzindo um efeito redundante.
  3. No texto de “Enquadrado”, é mencionado que Marcola, agora em outro presídio, enfrenta condições mais rígidas. Na matéria para a qual o hiperlink guia o internauta, publicada na semana anterior, também pelo UOL, é explicado de que forma as penitenciárias federais onde estão os membros do PCC são mais controladas em termos de segurança. Nesse caso, o hiperlink funciona novamente como uma fonte de informação adicional, para acrescentar ao entendimento do leitor da reportagem original.
  4. Este próximo link aponta para uma reportagem mais antiga do UOL, de 2017. Em “Enquadrado”, os jornalistas mencionam o Regime Disciplinar Diferenciado, a que Marcola foi penalizado nove vezes. Já na reportagem a que somos direcionados, além de informações sobre o que é e como funciona o RDD, é relatada a saída do líder da facção do regime de isolamento após um ano. Portanto, o hiperlink permite uma localização temporal dos acontecimentos relacionados à reportagem, além da compreensão de termos mais técnicos.
  5. O quinto hiperlink complementa a citação da determinação de que Marcola e os demais líderes do Primeiro Comando da Capital permaneçam em RDD durante os dois primeiros meses nos presídios federais com outra matéria do UOL, que apresenta as considerações de um promotor do Ministério Público acerca das consequências da prisão de Marco Willians Herbas Camacho. Neste caso, o conteúdo do link não possui uma ligação tão direta com a reportagem original, mas também acrescenta informação a ela.
  6. O último hiperlink incluído na matéria faz parte de uma seção que conta de forma breve a história de Marcola até que se tornasse o principal líder do PCC. Para tanto, é informada a data do surgimento da facção. A partir disso, somos direcionados a outra reportagem especial do UOL, esta de agosto de 2018, bem completa, trazendo diversas informações sobre o Primeiro Comando da Capital. Sua leitura seria um complemento para a contextualização e compreensão completas da matéria “Enquadrado”.

De forma geral, a reportagem do portal UOL faz bom uso dos hiperlinks, usando a ferramenta para encaminhar o leitor a outras matérias do site, relacionadas ao assunto principal e que trazem conteúdo complementar. A inserção dos links é pertinente pois eles dão acesso a uma perspectiva mais ampla e completa sobre os fatos abordados. A única escolha incoerente seria a repetição dos dois primeiros links, que é desnecessária.


Tarefa 2

Matéria escolhida (ligação obrigatória): "Papa Francisco promete 'batalha total' contra abuso sexual de menores", da Folha de São Paulo. Publicada no site da Folha em 24 de fevereiro de 2019 e na edição impressa do dia 25 de fevereiro de 2019.

Nos últimos 25 anos, a Igreja Católica tem enfrentado escândalos sobre casos de abuso sexual, que começaram a ser revelados sobretudo desde de 2010. A discussão ao redor do tema se intensificou depois da renúncia do Papa Bento XVI, anunciada em fevereiro de 2013. A decisão do antecessor de Francisco, aliás, provocou muita especulação acerca de quais seriam os reais motivos para o abandono no cargo - questões ainda não respondidas seis anos depois.

A pressão por investigações e pela revelação de documentos acobertados pela Igreja é crescente. Neste ano, foi organizada uma cúpula no Vaticano, composta por mais de 200 líderes católicos, incluindo especialistas em combater crimes de pedofilia. O Papa Francisco havia prometido ações concretas e eficientes, e, após a reunião, chegou a declarar “batalha total” contra os crimes, e afirmar que seriam tratados com a “máxima seriedade” pela Igreja.

Nascido Jorge Mario Bergoglio, o 266º chefe da Igreja Católica e da Cidade Estado do Vaticano vem tomando medidas e demonstrando posicionamentos amplamente diferentes dos apresentados por seus antecessores no cargo. Apesar de, por exemplo, ter afirmado que críticos da Igreja são “amigos, primos e parentes do demônio”, algumas de suas declarações se diferem do que seria tradicionalmente esperado vindo de um clérigo. Talvez seja este um dos motivos que explica a relativa popularidade do sumo pontífice - que ganhou até um documentário sobre sua trajetória.. Na América Latina, no entanto, sua reputação não é a mesma: está ficando mais difícil para o papa manter a boa imagem por aqui.

A situação é toda de contrastes: se por um lado o papa expressa a posição de não julgar pessoas LGBT, por exemplo, sua visão, quando analisada mais a fundo, não é exatamente progressista, apenas verbalizada de maneira mais empática. A cúpula convocada no último dia 21 de fevereiro é mais um retrato desses quase paradoxos - muito se prometeu sobre suas implicações, mas ainda não se pode afirmar muito sobre os reais resultados. É bem complexo, portanto, prever por quais mudanças a Igreja Católica passará nos próximos anos - e se é que haverá mudanças significativas na prática.