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Matéria: 'Escândalo' ameaça reforma e vem aí um 'teste de realidade'
Ao longo da matéria, Nelson de Sá cita diversos veículos de comunicação estrangeiros. O jornalista faz isso para demonstrar a repercussão de assuntos políticos brasileiros. Ao começar o texto já citando o Wall Street Journal, Nelson deixa claro como os olhos de jornais internacionais estão acompanhando Bolsonaro e seu governo, eleito pelo lema de acabar a corrupção. Infelizmente não foi possível ler toda a reportagem.
Le Monde e outros (The New York Times)
Ainda na linha de citar matérias internacionais, Nelson faz uma ligação com o jornal francês Le Monde e o estadunidense The New York Times, que escrevem sobre a reforma da previdência e como o projeto pode ser afetado pelo escândalo envolvendo o ex-secretário-geral Gustavo Bebianno.
Le Monde agrega novas informações: diz como a decisão de demitir Bebianno foi segundo porta-voz do presidente, por diferenças de opinião e mal entendidos; além de fechar a matéria mencionando Carlos Bolsonaro e a cotação da bolsa de valores, afetada diretamente pela primeira crise do governo. A matéria do The New York Times (acessado em 06/3/2019) não estava disponível.
A primeira matéria da Bloomberg que aparece no texto menciona fatos já falados em outras reportagens (sobre a demissão de Bebianno e a reforma da previdência), mas também agrega outras vozes. Simone Iglesias, a jornalista da Bloomberg, coloca uma fala da deputada federal pelo PSL, Joice Hasselmann, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do vice-presidente General Hamilton Mourão.
Como Nelson mesmo escreve, a Bloomberg “produziu uma longa análise” sobre a relação da economia as expectativas para presidente eleito. A empresa estadunidense começa destacando o otimismo do mercado imobiliário, que viu as vendas aumentarem depois do final do 2°turno eleitoral. Porém, a Bloomberg mantém o pé no chão com a diferença entre a expectativa econômica e a realidade, que é muito grande. Nelson de Sá escolheu colocar essa reportagem pela análise aprofundada e por ter uma outra visão sobre grandes esperanças e alto desemprego, algo que não é mencionada na sua reportagem para a Folha de São Paulo.
Matéria acessada em 06/3/2019 e indisponível.
A primeira matéria nacional é do jornal O Globo e, comparada às outras, muda de assunto. Ela comenta sobre o desejo do presidente Jair Bolsonaro de realizar políticas mais efetivas em relação à Venezuela e Nícolas Maduro. No entanto, a reportagem pode ser resumida pelas frases que Nelson coloca em sua reportagem, não há necessidade de ler - a matéria do O Globo - na íntegra.
Ainda no tópico Venezuela, Nelson de Sá adicionou uma reportagem extensa do The New York Times sobre falas recentes do presidente Donald Trump, retomando estratégias de governo contra Nícolas Maduro. O texto, além de possuir boas imagens, é um ótimo hiperlink para quem quer se aprofundar na questão da Venezuela pelo lado dos Estados Unidos.
O jornalista da Folha de São Paulo muda o assunto para política interna, e para isso usa o jornal francês Le Figaro. O tema é o controverso pacote anti crime elaborado pelo governo e que divide opiniões. Infelizmente não é possível ler a reportagem inteira, pois requer assinatura. Porém, o link com a matéria francesa pode ser útil caso alguém queira ler mais sobre o assunto, mas não precisava ser essa matéria específica, vários veículos nacionais escreveram reportagens parecidas à essa.
Ao falar de Jean Wyllys, Nelson faz um link com uma grande reportagem que conta um pouco da política de Bolsonaro em relação à minorias; mostra também que a face mais conservadora do novo governo anda em contramão à políticas aprovadas nos últimos dez anos, que seguram direitos LGBT+.
Feita por Anthony Faiola e Marina Lopes, a matéria ainda conta com o relato de pessoas que vivem essas mudanças do governo na pele. É um ótimo (e extenso) hiperlink para quem quer saber mais sobre as recentes políticas conservadoras no Brasil.
Esse hiperlink foi meio aleatório. Acredito que usá-lo foi uma forma de mostrar repercussão e apoio internacional para a saída de jean Wyllys do Brasil, mas não agregou nenhuma informação importante.
Na mesma linha da reportagem do The Washington Post, o jornal diário alemão também dá voz para um público bastante atingido pelo governo Bolsonaro: os artistas. A matéria, que logo nos primeiros parágrafos já menciona Marielle Franco, traz as ameaças de corte de verba para artistas e as polêmicas com a exposição Queermuseu. Para o público alemão, essa reportagem trouxe informações antes desconhecidas, mas para nós, brasileiros, não acrescenta muita coisa.
Embora o assunto também seja cultura, essa reportagem destoa completamente do ritmo e lógica de todo o restante do texto. Não se comunica com nenhuma outra parte da matéria de Nelson de Sá.
Matéria: Militares venezuelanos roubam transeuntes que estão do lado brasileiro sob fuzil
Como Bolsonaro está lidando com a política externa brasileira
Os aliados, inimigos e polêmicas envolvendo o país no contexto internacional
“A diplomacia bolsonarista se mostra cada vez mais conservadora e autoritária”, afirma Daniel Avelar. Ainda na Folha, Avelar contou que os principais aliados seriam Donald Trump, Iván Duque e Binyamin Netanyahu.
Itamaraty
A escolha para o ministro das Relações Exteriores gerou polêmica. “A ascensão de Ernesto Araújo quebrou a hierarquia tradicional do Itamaraty” explica o portal Terra.
Marco Antonio Villa, na Istoé, chama Araújo de desconhecido e sem relevância no país e no exterior. Villa ressalta que as declarações do ministro sobre a instalação de bases militares americanas no Brasil foram incabíveis.
Brasil e Estados Unidos: relação de amor
A semelhança entre os dois governos é tanta que algumas mídias estrangeiras chamaram o presidente do Brasil de “Trump of the Tropics” (Trump dos Trópicos), segundo a BBC.
Um encontro entre os presidentes é realidade. A Agência Brasil diz que será no final do mês de março. Estão na pauta políticas internacionais e a crise na Venezuela. “Bolsonaro espera [do encontro] apoios concretos dos Estados Unidos na economia e na defesa”, segundo O Globo.
Nos Estados Unidos, trinta e dois congressistas americanos escreveram uma carta ao Departamento de Estado. Pela Veja, o grupo destaca que Bolsonaro coloca em risco o futuro democrático brasileiro e critica os ataques à minorias.
Brasil e Israel:relação em andamento
No final de 2018, Bolsonaro reiterou o desejo de mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Em extensa reportagem sobre Israel e Brasil, a Carta Capital ressalta a fala de Silas Malafaia: “O apoio dos evangélicos a Bolsonaro se devia a essa promessa, que teria de ser cumprida pelo presidente eleito”.
O presidente brasileiro também vai visitar Israel. A transferência da embaixada preocupar os exportadores que temem perda de mercado de países árabes, diz Sputnik.
Brasil e Venezuela: qual relação?
“O Brasil sempre irá procurar uma saída pacífica”, foi o que presidente Bolsonaro disse à Record TV sobre a Venezuela, depois de ser eleito.
Por divergências ideológicas, o governo nunca considerou Nícolas Maduro um aliado. Logo, se juntou à Donald Trump.
Sabendo do contexto de aliança, Maduro, no dia 21 de fevereiro, fechou a fronteira Brasil-Venezuela. “Mais vale prevenir do que remediar” disse o político.
A fronteira ficou caótica. Percursos rápidos duravam horas e militares da Venezuela roubavam quem estivesse passando por lá, independente do que carregavam, como conta a Folha.