Utilizador:Caio Tortamano/Redação hipertextual

Fonte: Wikiversidade

PARTE 1: Análise de Hyperlinks da reportagem da Wired: A 'SMART WALL' COULD SPARK A NEW KIND OF BORDER CRISIS, por Lily Hay Newman

A physical wall- O primeiro link leva para outra reportagem, também no site da Wired, e da mesma jornalista, Lily Hay Newman. O texto é de dois anos atrás e mostra a visão de Newman acerca da construção do fatídico muro de Trump, o qual ela julga ineficiente. O hiperlink parece uma maneira de contextualizar o leitor de uma opinião de quem escreve o texto, para definir o tom que o texto irá assumir (de ir contra a decisão do republicano).

Declared a state of emergency last week- Novamente, o link leva o leitor para outra matéria de Newman para a Wired. Agora parece que o uso do link poupa o tempo da escritora em contextualizar a situação na Câmara dos Representantes, a recusa ao financiamento de Trump, que faz o presidente declarar estado de emergência nacional na fronteira com o México.

Both ineffective and expensive- Dessa vez a matéria que é linkada pertence também a outro autor, Issie Lapowsky, além, é claro, de Lily Newman. A matéria aponta os motivos que levam as autoras a acreditarem que a construção do muro não será efetiva se o mesmo for construído sem a colaboração da tecnologia. Por enquanto, os links estão servindo para ampliar a contextualização sem carregar o texto.

Use of technology- Esse é o primeiro hiperlink que direciona o leitor para uma matéria que não pertence à Newman. O texto de Steven Levy aponta uma nova tecnologia que auxiliaria o controle da passagem de imigrantes ilegais na fronteira, como uma forma de ilustrar o que a autora diz achar perigoso adotar essas novas tecnologias para uma chamada “muralha inteligente”, que usasse a tecnologia como uma forma de controle populacional.

Already strained privacy rights- Um pequeno texto escrito por Andy Greenberg dá dimensão ao problema vivido nos Estados Unidos (e no mundo de uma forma geral) da falta de privacidade decorrente de um mundo cada vez mais tecnológico e conectado. O texto mostra como um pesquisador de Seattle faz para esconder os próprios dados durante uma viagem para a China ou a Rússia, por exemplo. O link contempla uma história que dá credito a respeito do que Newman está falando, todo cuidado é pouco atualmente.

Surveillance drones- Spencer Ackerman escreve um texto, datado de 2012, sobre a fixação da Defesa Nacional americana com pequenos drones de espionagem. O uso dessa tecnologia foi colocado como uma alternativa para a construção do muro físico que Trump quer construir, o link serve basicamente para dar respaldo a Newman.

Biometric identity schemes- Assim como o link acima, o texto de April Glaser é utilizado para ilustrar o que Newman quer dizer com o uso de tecnologias como uma alternativa a construção de uma barreira física que manteria imigrantes ilegais fora dos Estados Unidos. Entretanto, esse texto já possui a tônica da reportagem base, a preocupação do uso da biometria para o fim da privacidade das pessoas, e preocupações a respeito de segurança.

Share this data- Este é o primeiro link que redireciona o leitor para uma página na web fora do site da Wired. O site em questão é o da Cato Institute, uma companhia que promove pesquisas públicas dedicadas a preservar os princípios de liberdade individual. O texto de Matthew Feeney vai contra o uso de drones para patrulhamento nas chamadas CBP, sigla em inglês para Proteção de Fronteiras Customizada. Levar o leitor para um site sem ser da própria Wired me parece uma escolha acertada, e tira uma aura um pouco corporativista que havia no texto, de somente contemplar os textos do lugar em que a matéria é veiculada.

Use of its drones- No segundo hyperlink do texto para um site diferente, a escolha do texto de Craig Whitlock e Craig Timberg para o The Washington Post é assertivo quanto à temática do texto de Newman. O uso de drones de espionagem, antes utilizados para o controle das fronteiras, agora tem seus serviços prestados para outras companhias, ou seja, cerceando de maneira quase anônima a vida privada do cidadão. O investimento nessas tecnologias com a prerrogativa de segurança fronteiriça diminui as liberdades individuais.

Considered more and more- Neste momento do texto da Wired, a autora explica como pode ser perigoso o uso de reconhecimento facial e outras identificações biométricas para questões extra-fronteiriças. O link para um texto de Megan Molteni, colunista da Wired, mostra como o uso de identificação genética, que já está sendo utilizado na fronteira do país, pode dar lugar para uma delicada questão ética, a da privacidade dos imigrantes.

Algorithmic risk assessment- O link leva para um texto da Wired escrito por Issie Lapowsky que mostra como a polícia de Los Angeles usufruiu de um algoritmo que gera o reconhecimento de imigrantes mais suscetíveis a cometer crimes, com base no histórico prisional e nas informações sobre infrações cometidas anteriormente. O link exemplifica um medo de Newman que é claro ao longo do texto, as tecnologias já estão sendo utilizadas para limitar a liberdade daqueles menos favorecidos.

Reduce the need- No link seguinte, a justificativa das corporações de defesa apontam o uso desse tipo de algoritmo como uma forma de poupar em outros tipos de controles de fronteiras. O texto dessa vez é do site The Hill, e é escrito por Merrie Spaeth.

Relying on algorithms- Já com esse link, Lily Newman usa de um artigo de Issie Lapowsky para mostrar que a confiança cega nos algoritmos de reconhecimento de criminalidade podem funcionar tão bem quanto humanos não treinados. Lapowasky usa frequentemente no texto o termo “injusto” para caracterizar o sistema de justiça criminal americano. Dessa maneira, Newman vai encaminhando para a conclusão do texto embasando a visão dela com a ótica de outros colunistas.

CBP devices searches- O último link do texto é, surpreendentemente, repetido. O link utilizado é o mesmo de “already strained privacy rights”, um texto de Andy Greenberg para a Wired que fala sobre cuidados com a privacidade digital em checagens em aeroportos e etc. Dessa maneira, Newman finaliza o texto de uma maneira curiosa, repetindo um link do começo do texto no final, talvez como uma forma de dar fim ao argumento, como se estivesse amarrando as referências que fizera. Para o leitor, é muito pouco contundente, uma vez que é um conteúdo repetido, mas para a retórica da autora, talvez, seja uma forma de amaciar seu ego.


PARTE 2: Não parece uma tarefa difícil identificar um regime autoritário com pouca ou nenhuma liberdade de expressão. Em nossa sociedade ocidental, são poucos os exemplos de nações que se utilizem de meios autoritários para legitimar o seu poder e a estabilidade do governo. Porém, na América do Sul, o regime chavista imposto na Venezuela desde 1999 causa uma das piores crises humanitárias da história.

Desde a virada do século a Venezuela viveu sob comando de Hugo Chávez , militar que comandou a Revolução Bolivariana no país, e governou a nação até a sua morte, em 2013. Não é necessário dizer que a permanência por tanto tempo de uma mesma doutrina, sob o comando de uma mesma figura foi maléfica ao país, que hoje atinge uma inflação milionária.

Com a posse de Nicolás Maduro, em 2013, a oposição perdeu muito espaço no cenário político, e quem ousasse questionar a soberania chavista no governo corria o risco de ser reprimido de forma contundente, como aponta estudo do Observatório de Direitos Humanos na Venezuela.

Ano passado, depois de eleições consideradas fraudulentas pela oposição, a Assembleia Nacional organizou diversas moções que questionavam a legitimidade da reeleição de Maduro como presidente da Venezuela.

Em resposta, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó ,se autoproclamou presidente do país de forma interina , e conta com apoio da Assembleia que é formada em maioria por opositores. Além deles, mais de cinquenta países não reconhecem Maduro como presidente do país, e apoiam o jovem opositor, que buscou apoio de nações aliadas na América do Sul.

Apoiado somente pelas forças militares, especialmente na fronteira, o ciclo de poder dos chavistas vive os últimos dias, depois de sanções dos Estados Unidos, um blecaute de uma semana, a negativa de entrada da ajuda humanitária, Maduro deveria ter a decência com o próprio povo de reiniciar o movimento democrático no país, para que ninguém tenha que fazê-lo por ele.