Utilizador:Carlos Eduardo de Azevedo Senna/Redação hipertextual

Fonte: Wikiversidade

Tarefa 1 -

. Texto:

  • Política: Nelson de Sá, Folha: [1] - 'Escândalo' ameaça reforma e vem aí um 'teste de realidade' - A diferença entre expectativas e realidade nunca foi tão grande, alerta Bloomberg, citando desemprego

Parágrafo 1 - Wall Street Journal - O link para o texto do WSJ é efetivo no sentido que confirma a introdução da questão por Nelson de Sá. A questão é que não vai muito além disso, pois demanda que o leitor (1) compreenda um nível avançado de inglês e (2) se cadastre para poder passar do paywall. Pode levar à pergunta se o próprio autor fez esse cadastro ou se a manchete, comunicando o alarme da publicação americana, foi o suficiente para seus intuitos.

Parágrafo 2 - Le Monde - Confirma a tese inicial de que os recentes escândalos do governo preocupam a audiência internacional que assiste com atenção ao desenrolar da reforma da Previdência.

- outros - Link para o jornal The New York Time para uma matéria que já não está mais hospedada no endereço do link.

- Bloomberg - Excelente link, diz mais do que a própria matéria de Nelson de Sá, apontando que um racha entre o governo e o partido do presidente, segundo maior atrás apenas do PT, a clara oposição no momento, seria letal para a reforma que é vista como panaceia para economia nacional.

Parágrafo 3 - Bloomberg - O tema da confrontação da realidade com as expectativas se concretiza com a ideia de pessoas comprando apartamentos de alto padrão versos obras recentes que acabaram inacabadas por falta de fundos no Rio de Janeiro. O confronto fica claro na ideia do investimento feito, com a esperança de ainda estar empregado e lucrando em 5 anos, frente os escombros da crise financeira.

Parágrafo 4 - Reuters - Não só o link está quebrado, não levando à página esperada, mas leva inesperadamente a uma página do NYT, sendo que o hipertexto está imbeded no nome da agência de notícias Reuters. Poderia ter ficado mais claro que o texto era do jornal novaiorquino com informações da agência.

- Globo - O link, mais uma vez, é melhor do que o texto de Sá. Enquanto a coluna de Nelson escolhe o uso da palavra ambígua "iniciativa", após falar que o Brasil quer mandar ajuda à Venezuela, a matéria de O Globo deixa bem mais clara a postura agressiva do governo brasileiro com o termo "ofensiva" e fala de como o Brasil perdeu um pouco o foco de um possível conflito com a Venezuela dado o início atribulado do governo Bolsonaro, mas agora está tudo alinhado para seguir as diretrizes dos Estados Unidos.

Parágrafo 5 - NYT - Usado para falar da oposição em Curaçao aos esforços americanos em usar ajuda humanitária para pressionar o governo do Maduro, a informação citada por Nelson de Sá aparece no 26° parágrafo da matério do Times. Certamente poderia ter encontrado a informação melhor posicionada em algum outro jornal.

Parágrafo 6 - Le Figaro - Passando para o próximo escândalo, o discussão do pacote “anticrime” no jornal francês destaca o caráter temerário de uma efetiva permissão para matar a ser dada a policiais. É conteúdo importante para reforçar as mensagens tanto de sucessivas polêmicas na administração pública quanto da diferença entre o que se esperava dele e o que efetivamente está sendo feito.

Parágrafo 8 - Washington Post - A reportagem, com relatos e análises, liga o presidente Bolsonaro à escalada de crimes violentos e ameaças à comunidade LGBT. O auto-imposto exílio do seu maior adversário dos seus mandatos como deputado representa a evidência mais grave no caso montado pelo Post.

Parágrafo 9 - Deutsche Welle - Enquanto a matéria do Post é mais uma posição do jornal de apoio à comunidade LGBT, esta história é sobre o apoio institucional de um grande partido alemão ao ex-deputado Jean Wyllys, reforçando a oposição internacional à pauta de costumes mais tradicionalmente ligada ao presidente.

Parágrafo 10 - Der Tagesspiegel - A notícia sedimenta mais um ângulo de crítica internacional ao novo governo brasileiro: os ataques do presidente às expressões culturais e artistas de forma tão radical que levou alguns a temer pela própria vida. Mais um bom exemplo de como a atuação do presidente é considerada controversa em diversos países por uma grande miríade de motivos.

Parágrafo 11 - NYT - Numa última conexão, Nelson de Sá acha espaço para transicionar da ameaça do governo às artes e cultura diretamente para um obituário da atriz Bibi Ferreira, que falecera naquela mesma semana. A repercussão internacional da morte da estrela dá a medida do potencial da arte brasileira e como ela se comunicou no último século com a cultura americana.

Tarefa 2

. Texto jornalístico:

  • Violência de Verdade

O contraste entre ataques violentos difíceis de acreditar no Brasil e na Nova Zelândia e a relutância dos governantes em encarar os fatos

“É isso que temos que estar preocupados,” disse o general Mourão. A frase foi dita em uma entrevista coletiva acompanhada pela revista Veja, depois dos ataques em Suzano.

Mourão não estava falando desse tipo de crime que, como afirmou a revista Carta Capital, “é infelizmente, um entre outros ataques em escolas brasileiras – diferentemente do que afirmou Hamilton Mourão.” Saiba ele ou não, foi o oitavo desde 2002.

O general também não estava falando da sedução online de jovens por movimentos de extrema direita como na Nova Zelândia. Lá, um supremacista branco matou 50 pessoas, levando à mudança das leis sobre armas, como relatou a BBC. Segundo o site Mother Jones, o atirador produziu um manifesto cheio de “palavras-chave que levam para dentro dos buracos de coelho da extrema direita.” Esse tipo de narrativa parece ser o que radicalizou os jovens de Suzano.

Também não estava falando de armar funcionários das escolas, algo que o Deputado Rodrigo Maia contrariou durante sessão no dia da tragédia, como destacou a revista Exame. Apesar disso, Maia falou no twitter de “desarmar espíritos”, não em ao menos restringir o acesso a certos tipos de armas, como é o caso na Nova Zelândia. Políticos próximos ao governo disseram, pelo contrário, que não se pode ligar as mortes em Suzano ao discurso dos “desarmamentistas”. Um deles foi o próprio Mourão, como apontou outra matéria da Exame.

Mourão estava falando sobre vídeo games. Como apontou o jornal O Globo, nenhuma pesquisa acadêmica de vulto no Brasil ou no exterior concorda com o militar.

Governos não têm aceitado fatos comprovados e pesquisa científica séria. Como quando a Folha de S. Paulo fez matéria sobre uma nomeação baseada no Diário oficial e foi acusada de Fake News pelo próprio presidente Bolsonaro. A Folha também trouxe uma denúncia contra o novo presidente do Senado. O senador se defendeu, alegando “eventuais inconsistências em suas declarações são culpa da morosidade dos cartórios”. Só falhou ao não reconhecer que as acusações se originaram a partir dos registros desses mesmos cartórios, com registros das devidas datas.

O presidente americano Donald Trump elevou suas mentiras. De acordo com a agência de checagem Politifact, num curto pronunciamento, o presidente mentiu dez vezes.

Na Inglaterra, políticos do gabinete da Primeira Ministra continuam a afirmar que o governo segue unido, embora oito ministros tenham votado contra as propostas de Theresa May para pedir a extensão do prazo para a saída da UE, como ressaltou o The Guardian. Até no Canadá, o presidente negou ter pressionado promotores para encobrir corrupção em empresas do setor de petróleo, para quase na sequência se contradizer, como noticiado pelo The Independent. O risco é que se tornem cada vez mais comuns protestos, como o dos Coletes Amarelos na França, que depois de desestabilizar o governo, passaram a atacar vários símbolos das elites econômicas, como mostrou reportagem da RFI.