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Utilizador:Gabriela Franco Junqueira/Redação hipertextual

Fonte: Wikiversidade

Na matéria "O pacote de Moro 1: Ele diz hoje, e não antes, a coisa certa sobre caixa dois e corrupção. Mas, de fato, é contraditório", publicado no blog É da Coisa, Reinaldo Azevedo opta por completar a matéria utilizando seis hiperlinks.

O primeiro hiperlink é um vídeo publicado no canal de Reinaldo Azevedo intitulado como “Caixa dois ontem...”. O conteúdo do vídeo de pouco mais de um minuto trata-se de uma apresentação concedida por Moro para uma plateia de estudantes de Harvard em Abril de 2017. Durante a palestra, Moro apresentou sua opinião sobre caixa dois e corrupção, dizendo que “alguns desses processos me causam espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção entre a corrupção para fins de enriquecimento ilícito, e a corrupção para fins de financiamento ilícito de campanha eleitoral.” Tal declaração dada pelo atual ministro foi utilizada para mostrar o contraste de suas opiniões em 2017 e 2019.

“Moro e o caixa dois atualmente”, vídeo também disponível no canal de Azevedo, é um trecho de uma entrevista concedida para a Globo em que Sérgio Moro responde negando que caixa dois é o mesmo que corrupção.  Os dois primeiros hiperlinks mostram ao leitor a divergência existente tão comentada nas mídias digitais e nas redes sociais entre o posicionamento de Moro como juiz e atualmente no cargo de Ministro da Justiça

 O terceiro hiperlink encaminha o leitor para um PDF do projeto de lei que visa alterar o Artigo 350 do Código Eleitoral, mudança a qual está sendo proposta pelo atual Ministro da Justiça.  Provavelmente, Azevedo inseriu esse link para mostrar ao leitor o que representa o pacote de Moro e a distância entre suas falas anteriores e atuais.

Além do projeto de lei que espera mudar o Artigo 350 do Código Eleitoral, a segunda parte do pacote de Moro conta com um Projeto de Lei Complementar  visando alterar as competências da Justiça Eleitoral. No quarto hiperlink Reinaldo Azevedo disponibilizou tal projeto na íntegra, o usando para sustentar sua matéria ao trazer exatamente o projeto propõe.

Todas as outras medidas propostas por Moro como o sistema de barganha e condenação de pena depois de condenação em segunda instância estão em um projeto-ônibus de lei de 17 páginas também adicionado à matéria de Azevedo. Adicionar tal link é de extrema importância, assim como os dois hiperlinks anteriores, por comporem o pacote de Moro que está gerando polêmicas pelo Congresso além de estarem relacionadas a atual declaração do Ministro sobre caixa dois e corrupção.

O último link adicionado direciona o leitor para a segunda parte da matéria intitulada “O pacote de Moro 2: Grave no texto é a licença para matar. Moro acerta quando nega e erra quando endossa”. Os títulos escolhidos tanto para a matéria aqui comentada quanto para sua continuação apresentam um certo excesso de caracteres porém ainda consegue informar mesmo que resumindo quase toda a matéria. Dividir a matéria em duas partes pode ter sido uma escolha do jornalista visando não cansar seu leitor e, até,  gerar mais cliques para o seu blog.

Tarefa 2

Conheça as revistas feministas brasileiras que ajudaram a quebrar barreiras nas décadas de 70 e 80

Quando se abre alguma revista voltada para o público feminino, ainda encontra-se a maior parte das pautas com foco voltado para beleza, comportamento e moda. Entretanto, é preciso ressaltar que existem sim mídias dedicadas em produzir conteúdos voltados para questões de maior impacto e relevância na vida das mulheres como AzMina , revista Capitolina e o projeto Think Olga. Apesar de ter ocorrido um boom e uma nova onda do feminismo entre 2015 e 2016, engana-se quem pensa que a imprensa feminista surgiu nos últimos anos.

Durante a história até a atualidade, ser mulher muitas vezes significou ter que constantemente reivindicar os próprios direitos e continuar lutando para preservá-los. Nas década de 70 e 80, Mulherio, Nós Mulheres e Mulher Brasil foram alguns dos impressos que geraram barulho ao abordar temas como aborto, o papel da mulher na sociedade e o curso do movimento feminista em plena ditadura militar. A imprensa feminista, considerada parta da imprensa alternativa, foi usada como forma de resistência através da utilização da comunicação.

Os jornais e revistas feministas costumavam possuir tiragem irregular além de apresentarem o formato de tabloide. A grande maioria não se manteve em circulação em longo prazo, e, por fazerem parte da imprensa alternativa não recebiam grandes patrocínios além das dificuldades para se estabelecer financeiramente serem maiores.

Durante a década de 80, pesquisadoras e jornalistas formaram o Mulherio que, a princípio pretendia ser um boletim de notícias para as pesquisadoras da Fundação Carlos Chagas. Em sua edição de número zero, o grupo iniciou a publicação explicando quem eram, quais seus objetivos e história. “A resposta foi tão boa que isso ganhou corpo e um jornal menor que tabloíde e com distribuição bimestral” disse Inês Castilho, editora do Mulherio em 1984 em entrevista para o Nexo.

Em 2016 o Mulherio foi reeditado como forma de homenagem Fúlvia Rosemberg, uma das idealizadoras do jornal, morta no ano anterior. A ideia surgiu após um encontro de Júlia Rosemberg, filha de Fúlvia e Inês Castilho durante uma edição do Ssex Bbbox. Em entrevista  para o Jornal Nexo, Júlia disse “que é bom saber que algumas pautas já estavam sido pensadas naquela época. E ruim, porque mostra como houve pouco avanço desde então.”